Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 3
Don't Worry, Bro


Notas iniciais do capítulo

Não postei capítulo novo esses dias porque eles foram muito cheios e corridos, mas em compensação fiz um cap. maior dessa vez (se é que alguém ainda lê). Espero que curtam, boa leitura ;D



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POV Marshall

– Acorda moleque, é a ultima vez que eu te chamo - Disse minha mãe sendo um poço de doçura

– Bom dia também - Disse eu, sonolento

– Estou indo pra casa dos Mertens, só volto á noite - Disse ela destrancado a porta

– O que eu vou comer?

– Se vira, você não é o independente? Além do mais, alguém tem que trabalhar nesta casa

– Isso foi uma indireta pra mim? - Disse Marceline.

Marceline é minha irmã, mora junto comigo e a minha mãe, ela é um pé no saco como toda irmã tem que ser, eu a aturo e tento não voar no pescoço dela, e ela acredito que faz o mesmo. Uma vez, quando éramos crianças, enfiei a cabeça dela num balde de cloro. Uma vez, ela fincou um garfo na minha testa. Linda relação fraternal, não?

– Entendam como quiserem - Disse minha mãe fechando a porta

– Aí Marcy, faz meu café

– Não sou sua empregada, faz você, inútil

– Own, também te amo

Entrei no banheiro e tomei um banho, saí sem comer mesmo, peguei um ônibus e dormi no caminho, quase perdi o ponto. Quando desci uma mina loira esbarrou em mim, mas acho que ela nem percebeu, eu sou um nada mesmo.

– Cara, essa escola é enorme! Vou levar anos pra achar minha sala - Disse sozinho. O que era mais uma de minhas manias estranhas.

Entrei, no portão tinha uma garota com seios enormes pulando pra fora do decote, umas mechas roxas no cabelo e um arco com uma estrela, ela assoviou pra mim, oxe, mina louca. Ela chegou em mim e perguntou:

– Oi, você é novo aqui né?

– s-sim

– Meu nome é carol, mas pode me chamar de caroço

Depois, chegou uma mulher toda bem vestida, era a diretora:

– Carol, você de novo provocando os garotos? Ora, tenha modos!

A mina louca saiu andando.

– Você deve ser Marshall Lee Abadeer não é? Seja bem vindo, sua sala é a 27 e seu armário é o 215 - A diretora me entregou um papel, era a minha inscrição ou sei lá, coloquei ela dentro da mochila e fui pra minha sala que era no 2° andar.

Cheguei na sala, já tinha um pessoal lá, fui direto pro fundo porque não queria ser notado, entrou pela porta aquela menina loirinha que tinha esbarrado em mim na entrada, ela parecia ser legal mas agora está com aquelas menininhas nariz em pé, deve ser uma fresca também, nem a pau eu iria falar com ela, certamente me esnobaria. E mesmo se fosse, o que eu diria? Então vi a Carol falando com ela e olhando pra mim.

Depois chegou um garoto e encostou na minha mesa

– Você deve ser o aluno novo - Disse ele com cara de mongol

“Mas é claro que eu sou o aluno novo, que pergunta idiota” Pensei, mas não falei, só consenti com a cabeça

– Esquisito, caladão... o gato comeu sua língua? - Ele insistiu, se achando o engraçadão, decidi ignorar, mas ele não calava a boca - meu nome é Gumgall

– aham, legal - Eu disse já impaciente

– esse é o meu lugar

– não tá escrito seu nome nele - Porque eu disse isso?

– ahah, vai estar escrito com o seu sangue se você não sair daí

Eu não queria ir pra diretoria no primeiro dia, então me levantei e sentei em outro lugar “que babaca” pensei.

A aula foi um saco, eu realmente não estava interessado em saber como as amebas se reproduzem, só ficou interessante no final, quando a loirinha veio falar comigo

– Hey, você é o Marshall né? - Disse ela meio sem graça

– Oi, sou sim

– éer, bem vindo! - Disse ela colocando uma mecha de cabelo pra trás

– obrigado

– o Gumball não estava te incomodando, estava?

– Não, está tudo bem

– ele é meio idiota ás vezes, não liga não - Percebi - você vai passar o intervalo sozinho?

– provavelmente, já que as únicas pessoas que eu conheci até agora foi uma mina oferecida e um cara babaca - Talvez eu não devesse ter sido tão sincero, talvez eles dois sejam amigos dela ou sei lá

– só ouvi verdades - ela riu - então, almoça comigo hoje? - Ela perguntou simpática, sentando-se ao meu lado.

– hã.. sim, claro - Eu disse meio sem jeito

Acho que me enganei sobre ela. Mas, por que ela está sendo tão legal comigo? Ela é a garota-riquinha-popular-gostosona! Como assim? O que ela quer afinal?

– o que você quer afinal? - disse eu

Porque eu fui tão ignorante com uma menina que está sendo tão simpática comigo? Porque eu disse isso? Só faz merda, Marshall!

– como assim? - ela perguntou com sua voz doce

– hm, quero dizer, porque você está sendo legal comigo?

– eu costumo ser legal com todo mundo, não preciso de um motivo específico pra isso, nem de nenhum interesse

– como é o seu nome mesmo?

– Fionna

– eu sou...

– Marshall - Ela me interrompeu

Ficamos a outra aula um do lado do outro, conversando sobre coisas aleatórias, ás vezes ela começava a falar uns bagulho de rico e eu fingia que estava entendendo, almoçamos juntos e as amiguinhas dela ficaram nos olhando, mas ela parecia não se importar. Na saída eu falei que ia passar na casa de um amigo, pra que ela não visse que eu ia de ônibus pro subúrbio.

Chegando em casa joguei a mochila no chão e me deitei na cama, o dia foi melhor do que eu esperava, abri um caderno e escrevi “Fionna” para que eu não esquecesse (mas é claro que eu não ia esquecer) Fiquei o dia todo pensando na loirinha que foi legal comigo sem motivo aparente.

“Para, com isso Marshall, ela não é pro teu bico” Pensei

Já estava anoitecendo e eu não conseguia parar de pensar naquela garota. Não posso estar gostando dela, isso só me meteria em mais problemas, isso eu já tenho bastante, não preciso de mais. Já não basta o que eu fiz na escola anterior? Naquela noite terrível? Se eu pudesse voltaria no tempo, com certeza. Eu voltaria e consertaria tudo o que eu fiz, consertaria essa tragédia que é a minha vida, se não fosse por ele eu nem estaria aqui. Como eu sou estúpido! estúpido! Uma lágrima quente escorreu em meu rosto frio

– desculpa cara, é tudo minha causa... minha culpa! perdão - comecei a chorar feito um condenado e sussurrar - desculpa, desculpa

– Marsh, você tá legal? - Marceline entrou no meu quarto preocupada e me viu chorando, ela entrou e me abraçou como se eu fosse uma criança, eu não conseguia parar de chorar, mas ela me confortava e fazia tudo parecer melhor. Ela era como uma segunda mãe, nas minhas crises ela me olhava com um olhar de “está tudo bem” e eu sempre dormia em seus braços.

– Calma, calma, já passou - Ela dizia - Não se preucupe

– eu sou um monstro ma-marcy, sai daqui

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– xiiu - ela dizia com seu sorriso gentil passando a mão em meus cabelos, isso me confortava, me acalmava e aos poucos eu ia parando de chorar, de soluçar. Eu ia fechando os olhos e dormia como um bebê. Só ela conseguia fazer isso.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem por favor, capítulos sem comentários desanimam o autor :c
Prometo que eu não demoro mais pra postar, o próximo já está feito, mas só vou postar quando tiver comentários (pra eu saber que tem alguém lendo). É isso gente, obrigada pela compreensão ;)



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