Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 24
Troubles In Home


Notas iniciais do capítulo

Em uma escala de 0 á 100, o quanto Fionna e Marshall estão ferrados? Um milhão?
E durante o capítulo, antes que perguntem: Não, eles não fumaram maconha.



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POV Marshall

Cake e Marceline não pareciam estar tão felizes assim, ambas estavam sentadas no sofá de braços cruzados e expressão séria.

Fudeu – Era a única coisa que eu conseguia pensar.

Ficamos por um tempo em silêncio, elas sentadas esperando uma explicação e eu e Fionna de pé na porta, rindo com cara de quem fumou um baseado de maconha.

– Vocês estão rindo de quê, seus palhaços? – Cake perguntou irritada

– Não vão dizer nada? – Marceline arqueou as sobrancelhas

– Você quer que eu diga o que? – Eu disse prendendo a risada

– Pode começar explicando que palhaçada é essa de fugir com a minha moto sem me avisar...

– ...e só chegarem de madrugada? – Cake completou – Vocês acham certo isso?

– Vocês estão muito estressadas – Eu ri me encostando no braço do sofá – Até parece que alguém morreu

– É, a gente tá bem, tá vendo? – Fionna disse abrindo os braços – Tá tudo bem, calma!

– Não, não está tudo bem – Cake disse séria – Nossos pais descobriram do Marshall, você sabia disso, mocinha?

– Eles já sabiam á muito tempo – Ela riu

– Não, eles descobriram o verdadeiro Marshall, não o que você inventou – Ela se levantou – Você acha que o mundo é feito de brincadeiras, que você não tem responsabilidades? A verdade é dura mas é clara. Eles dois estão putos da vida com você, e principalmente com o Marshall!

– Eu? – Indaguei assustado – Mas o que eu fiz?

– Pra eles, você nasceu – Cake se virou pra mim – Só sua existência já basta.

– Como se não bastasse os pais dela terem preconceito por classe social, você ainda inventa de sumir com ela e só voltar de madrugada! – Marceline disse quase partindo pra cima de mim – O que vocês dois têm na cabeça?

– Mas...

– Mas nada, Fionna! Eu fiquei preocupada! Todos ficamos! Nossos pais já até prestaram queixa do seu desaparecimento, eles estão achando que Marshall te sequestrou!

– MAS O QUE? – Eu gritei confuso – Mas a gente só deu um role!

– Vocês sumiram o dia inteiro!

– Era só o que me faltava, a polícia no meu pé – Eu andava em círculos – Porque você não disse que eu não fiz isso, Cake? E você Marceline, estava aode?

– Você acha que eles nos escutaram? – Marceline exclamou – O tal do George Mertens nem quis olhar na minha cara!

– Muito menos na minha – Cake se sentou cabisbaixa – Ele disse que a culpa é minha de você ter sumido, disse que eu acobertei vocês dois.

– Não tem como eu falar com ele? – Eu perguntei

– Você tá louco? De jeito nenhum! – Cake respondeu – Quer morrer, garoto?

– O que eu faço? – Fionna entrou em desespero

– O melhor a fazer é ir pra casa e torcer pra que eles estejam dormindo – Cake disse pondo a mão em suas costas e já a empurrando pra porta – Até amanhã, Marcy

– Tchau – Ela disse indo em direção á porta também – Me liga.

Cake consentiu com a cabeça e entrou no carro junto com Fionna, Marceline as seguiu com o olhar até que elas sumissem na avenida, depois fechou a porta e voltou o olhar pra mim, sem dizer uma palavra, me encarando.

– O que? – Eu indaguei.

POV Fionna

Agora eu vejo que foi uma péssima ideia sair com Marshall e só voltar de madrugada, eu achei que não ia dar nada. O que deu na minha cabeça? Fui a viagem toda escutando sermão da Cake e rezando para os meus pais estarem dormindo, o que não adiantou de nada. Eles estavam na sala de jantar, esperando pela minha chegada, ou notícias, ou qualquer coisa do tipo.

– Oh, graças á Deus – Minha mãe disse enquanto ia em minha direção e me abraçava (até parece que se importa comigo)

– Aonde você estava? – Meu pai questionou bravo

– Eu sai... – Eu respondi baixo

– Saiu? – Ele disse indignado – Como você desaparece por horas e não diz nada á ninguém?

– Pai, eu... – Eu tentava explicar, mas um nó na garganta não me deixava.

– Pai nada! Agora você lembra que tem pai? Agora você lembra que têm família? O que está acontecendo com você Fionna? Com quem você estava?

– Com Marshall – Eu respondi com voz de choro

– Eu sabia! – Ele berrou quase me batendo – Tinha que ser esse garoto, eu não disse?

– Ele não tem culpa de nada, eu fui por que eu quis! – Eu disse em um surto de coragem

– Eu não quero ver você nunca mais com aquele delinquente, está me ouvindo?

– Mas por que?

– Por favor né, Fionna! Ele é um degenerado, morador de subúrbio! Não é boa pessoa, não dá pra confiar nele! Olha só pra você, merece coisa melhor!

– O senhor nem o conhece pra estar dizendo tudo isso!

– E nem preciso conhecer, não quero ver você com ele e pronto acabou!

– Ótimos argumentos pai, parabéns – Eu disse aplaudindo irônica – O senhor acha melhor que todo mundo não é? Eu vou te madar a real, Sr. Mertens: Você não é! Não é só porque você está ai todo engravatado e limpinho montado em uma pilha de dinheiro que você é melhor que um mendigo maltrapilho debaixo da ponte. Pra falar a verdade, é bem capaz do mendigo ser bem melhor que você, porque ele deve ter caráter e o mínimo de decência de não julgar o livro pela capa!

– Cala a boca, você é uma criança, não sabe o que está dizendo! Vá já para o seu quarto! – Ele gritou furioso e cuspindo, desviando de mim

– A verdade dói não é, Sr. Dono da Razão? – Eu me atravessei na sua frente

– A conversa acabou Fionna, some da minha frente – Ele me empurrou e saiu batendo a porta.

Subi as escadas tentando prender o choro incontrolável, me trancando em meu quarto.

– Fionna, você tá bem? – Cake batia na porta – Abre aqui.

– Vai embora Cake – Eu dizia em prantos – Sai daqui.

Ela não disse mais nada, apenas se retirou, me deixando sozinha novamente.

Fiquei por um tempo chorando e soluçando incontrolavelmente até pegar no sono, ás 3:23 da manhã.

POV Marceline

– O que? – Marshall me indagava com a cara mais sonsa do mundo.

– O que? Você ainda me pergunta?

– O que você quer que eu diga? Foi mal, desculpa!

– Suas desculpas não vão reverter essa porra, Marshall! Você tem ideia da gravidade da situação? Seu nome está na polícia britânica! Você tem noção disso? Já não basta o que você fez na América? Pra onde você vai fugir agora, pra Finlândia?

– Não precisa me lembrar, que saco! Deixa o passado no passado!

– Te dói falar no passado né? Parece que você não aprendeu nada com ele.

– Tá bom, Marceline, já chega! Você quer me torturar com isso? Você também tem culpa naquilo!

– Ah, é minha culpa agora? É você que age feito um adolescente inconsequente sempre! Eu que tive que amadurecer muito rápido pra preservar sua infância, e é assim que você me agradece?

– Eu nunca pedi pra você fazer nada por mim!

– Agora é assim né? Tudo bem, eu quero é que se foda então, seu ingrato do car%$#@

– Ótimo

– Ótimo! – Eu sai batendo a porta, quando encontrei George Mertens subindo a viela, em direção á nossa casa.

– Marceline, não é? – Ele me olhou de cima á baixo com desdém

– Sim, sou eu. O que você veio fazer aqui? Como me achou?

– Eu não estou á sua procura, e sim desse tal de Marshall, seu irmão.

– Vou perguntar de novo: Como nos achou?

– Eu tenho meus contatos, consigo tudo o que quiser.

– O que quer aqui?

– Já disse, conversar com Marshall.

– E porque você acha que eu vou te deixar entrar?

– Porque você deve estar no mínimo fula com seu irmão ingrato. Ele não precisa de você afinal, não é?

– Como você sabe disso? – Eu questionei recuando – Estava nos espionando?

– Eu tenho meus contatos, garota, já falei – Ele disse impaciente – Além do fato de você estar berrando. Vai me deixar entrar ou não?

– Ah, que se dane – Eu dei de ombros – Boa sorte com seu querido genro – Eu disse sardônica, dando as costas.

POV Marshall

Então é isso, ali estava eu sentado no sofá com um turbilhão de pensamentos passando pela minha mente. Arrumei treta com a Família de Fionna, meu nome está na polícia de novo e pra fechar a noite com chave de outro falei um monte de merda pra Marcy, coisas que ela não precisava ouvir depois de tudo o que fez por mim. Parabéns Sr. Lee, Dessa vez você se superou.

Como se não bastasse, depois da Marcy sair nervosa de casa sabe lá Deus pra onde, o causador de tudo isso bate na minha porta. No silêncio da madrugada, fui devagar até a porta o atender.

– Boa noite, Sr. Marshall – George Mertens dizia parado na minha frente.

– Eu sei que o senhor está puto comigo, mas vamos conversar lá fora, minha mãe está dormindo – Eu sussurrei.

– O quê? Fale pra fora! – Ele dizia alto

– Xiiu! – Eu me debatia desesperado – Cala a boca! – Eu sussurrava quase gritando.

– Com quem você pensa que está falando?

– Quem está ai? – Minha mãe despertou

– Nada, mãe, sou eu! – Eu gritei da porta – Pode ir dormir!

– Menino, você sumiu o dia todo, onde estava? – Sua voz ia se aproximando

Eu tentei empurrar, esconder ou sei lá, fazer qualquer coisa pra esconder o cara, pra que ela não visse seu patrão na minha porta á essa hora da madrugada e notasse que Marceline estava fora e percebesse minha expressão de pavor e assimilar o caos que estava ocorrendo e pelo amor de Deus, alguém me ajuda!

– Sr. Mertens? – Ela estranhou

– Harvey? – Ele indagou

– Marshall! – Ela exclamou

– Mãe! – Eu Empalideci.


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Notas finais do capítulo

É nessas horas que a Marceline faz falta. E agora? Quem vai te livrar dessa, vampirinho?
Desculpe pela palavra de baixo calão, mas você está no mínimo fodido, não? hue
Parece que os mistérios sobre o passado do Marshall voltaram á tona, hein? Não perca o próximo capítulo!
O que acharam? Deixe um comentário pra incentivar a autora! E se não for pedir de mais, se você amou favorite a fic, please? :3 Beijos, até sábado!