Rise of the Guardians 2 - Spirits of Halloween escrita por Black


Capítulo 3
Capítulo 3: Who's the Guardian?


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a "adventure tmj" por comentar e favoritar a Fic.
Aqui está mais um capítulo.
Espero que gostem e boa leitura!



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– Dá para acreditar neles? – Jennete perguntou ao chegarem ao cemitério em que moravam.

– É. – Jackeline respondeu, sorrindo. – Eles deviam saber que não somos guardiãs. Somos os espíritos do Halloween!

– Com certeza. – Jennete concordou. – Eles devem ser idiotas de pensar que nós aceitaríamos.

– Mas tem uma coisa curiosa. – Jackeline ressaltou.

– O que? – Jennete ficou curiosa.

– Eles queriam apenas uma de nós. – Jackeline explicou. – Somos as duas partes do mesmo espírito, então por que não as duas?

Jennete pareceu pensar no assunto por um momento, mas logo deixou de lado e foi procurar alguma casa para bagunçar. Jackeline continuou pensativa, sentada em uma lápide olhando para o céu estrelado, mas sem achar uma resposta para a pergunta que ela mesma fizera.

Na oficina de Norte...

– Como vamos fazer para pegar aquelas garotas? – Norte perguntou, andando de um lado para o outro em seu escritório.

– Por mim, podemos deixá-las assim. – O Coelho respondeu ainda irritado. – Não precisamos de mais guardiões, ainda mais uma adolescente! Já me basta o Jack.

– Eu sei que você me adora Coelhão. – Jack sorriu para ele e se encostou a seu cajado.

– Vai sonhando. – O Coelho respondeu, provocando.

O Coelho e Jack estavam no início de uma discussão enquanto Norte andava de um lado para o outro na sala sempre se fazendo a mesma pergunta e a Fada do Dente encaminhava suas fadinhas para os lugares certos.

Todos pararam o que estavam fazendo quando Sandman novamente chacoalhou um dos duendes que andavam pela sala para chamar a atenção dos colegas.

– O que foi Sandy? – A Fada perguntou.

Sandman passou várias imagens pela cabeça, deixando todos ainda mais confusos.

– Mas devagar Sandy. – Jack pediu.

Sandman obedeceu todos puderam entender tudo. Ele mostrava a garota com a abóbora, Jackeline, assustando crianças e logo depois sua visão muda para Jennete entregando doces às crianças e ajudando-as a fazer as travessuras de Halloween.

– Entendi! – Norte exclamou.

– Entendeu? – Todos perguntaram juntos.

– É claro. – Norte sorriu para todos. – Sandy quis ressaltar a diferença entre elas. Jackeline é todo o terror e medo que as crianças sentem na noite de Halloween enquanto Jennete é aquilo que os deixa felizes.

– Entendi. – A Fada declarou. – Então é a Jennete a guardiã, certo?

– A Jennete?! – O Coelho exclamou, lembrando-se das bolinhas de luz que quase o cegaram. – Como eu já disse, prefiro a Marmota.

– Mas não foi a Marmota que a Lua escolheu. – Jack lembrou, divertindo-se com a cara de zangado do Coelho.

– Não sei, mas podemos começar falando com ela sobre...

Norte foi novamente interrompido, mas desta vez por um alarme que alertava que as crianças do mundo inteiro corriam perigo. Os guardiões correram para o lugar onde o globo estava e viram algumas das luzes do globo se apagando como da última vez.

Sem dizer nada, o Coelho cavou seu buraco e entrou nele. Norte foi com Sandman, Jack e a Fada do Dente até seu trenó e eles partiram.

Chegaram à cidade de Los Angeles, onde maior quantidade de crianças estava começando a perder a fé neles. Ao se reunirem, perceberam a movimentação de vários cavalos-pesadelo que corriam loucamente pela cidade aterrorizando os sonhos das crianças, mas ao avistarem os guardiões, todos os atacaram.

Os guardiões lutavam bravamente, mas perceberam que desta vez, os pesadelos eram diferentes. Eram mais fortes. Norte os combatia com suas duas longas espadas. Jack os congelava com seu cajado. Sandman estava conseguindo transformar alguns deles em sonhos. O Coelho lutava com eles usando seu bumerangue. A Fada batia neles.

– São muitos! – O Coelho exclamou.

– Então precisam de ajuda. – Ouviram uma já conhecida voz. – Fechem os olhos!

Jennete desceu do céu onde voava e jogou nos cavalos-pesadelo algumas bolas de luz assim que todos fecharam os olhos. A luz obrigou os pesadelos a recuarem e irem embora.

– Obrigada. – A Fada do Dente agradeceu.

Jennete deu de ombros e se preparou para ir embora quando Norte segurou o seu braço antes que ela saísse.

– Precisamos conversar. – Jack falou antes de Norte.

– Não tenho nada para dizer. – Jennete puxou seu braço e Norte o soltou.

– Mas nós temos. – Norte sorriu. – Parabéns... Guardiã.

– Guardiã? – Jennete perguntou surpresa e debochada. – Sério?

– Nós já sabemos que a escolhida é você. – A Fada também sorriu.

Jennete fez cara de incrédula, mas logo depois revirou os olhos, ficando indiferente.

– Como vocês tem tanta certeza? – Ela perguntou com a voz cheia de tédio.

– Não interessa. – O Coelho respondeu ainda irritado com a garota.

– Nossa. Que Coelho rancoroso. – Jennete riu.

– Podemos conversar na minha oficina? – Norte perguntou.

– Não tenho nada para fazer mesmo. – Jennete deu se ombros.

Norte foi para o trenó seguido por todos, mas arrastando o Coelho que preferia seus túneis. Jennete e Jack Frost riram da cena do Coelho se debatendo e pedindo para que Norte o deixasse usar os túneis ao invés do trenó. Norte, por sua vez, ignorou os pedidos do coelho e todos foram à oficina.

Chegando lá, eles foram até o escritório de Norte.

– E então? – Jennete perguntou.

– E então o que? – O Coelho perguntou.

Jennete bufou e revirou os olhos.

– Vocês disseram que queriam conversar. – Ela respondeu.

– Ah, sim. Claro. – Norte lembrou, sem graça.

– Então? – Jenn perguntou novamente.

– Por onde eu começo? – Norte perguntou a si mesmo.

– Que tal pela parte do por que precisam de um novo guardião? – Jennete sugeriu.

– Boa ideia. – A Fada elogiou.

– Sandy avisou sobre um novo perigo que ameaçava nossas crianças e o Homem da Lua escolheu um novo guardião para nos ajudar. – Norte explicou. – No começo, nós não sabíamos se seria você ou sua irmã, mas Sandy nos ajudou a descobrir.

– Sei... – Jennete falou ainda desconfiada. – E que novo perigo seria esse?

– É... É... – Norte gaguejava.

– Antes disso, Sandy havia nos dito que tinha conversado com o Homem da Lua. – A Fada falou por Norte. – Então nos mostrou como nosso inimigo se pareceria. Acontece que acabou mostrando exatamente a mesma imagem de quem seria o novo guardião.

– Eu? – Jennete perguntou confusa.

– Não você. – O Coelho respondeu ainda insatisfeito. – Sua irmã.

– Jacky? – Jenn agora estava incrédula. – Não pode ser. Eu conheço a minha irmã. Exceto nas noites de Halloween, ela é inofensiva.

– Eu discordo. – Jack falou, lembrando-se de quando Jackeline o enganara transformando-se em Breu.

– Você precisa nos ajudar Jennete. – A Fada pediu.

– Eu não sei...

Sandman mostrou a ela a imagem de várias crianças correndo de cavalos-pesadelo, com medo. Depois mostrou os guardiões os combatendo. Jennete estava junto a eles.

– Jacky... – Jennete olhou para baixo.

– Vamos fazer o seguinte. – Norte propôs. – Vamos vigiá-la por enquanto. Ela não parece ser uma ameaça ainda, mas se em algum momento ela fizer mal às nossas crianças, você terá que nos ajudar Jennete.

– Tudo bem... Eu acho. – Jennete concordou, embora ainda estivesse indecisa.

– Pegue. – Norte estendeu para ela um dos globos de neve. – Isso te levará para casa.

Jennete pegou e sem dizer mais nada, abriu um portal e voltou para onde a irmã lhe esperava.

– Nossa. – O Coelho falou assim que ela saiu. – Ela não é tão ruim quanto eu pensava.

– Que novidade, o Coelhão se enganou. – Jack respondeu sarcástico.

– Vocês não vão começar a brigar agora, vão? – A Fada perguntou.

– É sempre divertido implicar com o Canguru da Páscoa. – Jack declarou.

– Eu já disse, é Coelhão. – O Coelho falou ranzinza como sempre.

– Tanto faz. – Jack lançou ao Coelho um sorriso presunçoso.

Enquanto os outros continuavam com aquela discussão, não prestavam atenção no diálogo que estava acontecendo entre Sandman e Norte.

– O que você acha Sandy? – Norte perguntou.

Sandman fez uma imagem de areia acima de sua cabeça de Jackeline e Jennete. As duas estavam lutando entre si, mas ninguém parecia estar levando vantagem até que Jennete tem a sorte de derrubar sua irmã, mas ao invés de acabar com ela, a garota apenas recua. Nisso Jackeline a ataca e a derrota, matando-a.

– Tem razão, Sandy. – Norte concordou. – Também acho que Jennete não irá contra a irmã. Pareciam bem unidas quando as conhecemos.

Sandy concordou com a cabeça, meio tristonho.

– O que vamos fazer Sandy? – Norte pediu a opinião do guardião dos sonhos.

Sandman deu de ombros, sem saber o que responder. Norte abaixou a cabeça. O sempre empolgado e sorridente guardião agora estava triste e cabisbaixo.

Em Outro Lugar...

– Você demorou Jenn. – Jackeline declarou ao ver a irmã se aproximar.

Jackeline continuava sentada na mesma lápide de antes, apenas esperando a irmã gêmea voltar. O coveiro passara várias vezes pelo lugar, supervisionando, mas ele não conseguia ver os espíritos do Halloween.

– Acho que sim. – Jennete declarou com um meio sorriso.

– Aonde foi? – Jackeline estava curiosa.

– Fazer minhas brincadeiras de sempre. – Em parte era verdade já que Jennete praticamente destruiu três casas antes de encontrar com os guardiões.

– Quantas casas? – Jackeline perguntou feliz.

– Perdi a conta. – Jennete gargalhou um pouco.

– Guarda algumas para o Halloween. É só daqui a duas semanas, não é?

– Sim. – Jennete ficou empolgada. – Já está pronta para dar alguns sustos?

– Com quem você pensa que está falando? – Jackeline olhou sugestivamente para o coveiro que passava repetidamente pelo lugar.

Sendo um espírito, Jackeline não podia ser vista, mas quando se transformava, qualquer um podia vê-la. Ela ficou de frente para o coveiro e se transformou em um zumbi pavoroso. O velho ficou pálido e paralisado até que finalmente correu gritando vendo a aproximação do ”zumbi”.

Jackeline voltou ao lugar onde estava sentada e retornou à sua aparência normal.

– Vejo que continua em boa forma. – Jennete elogiou. – Você é ótima nisso.

– É. Faço isso todos os anos. – Jackeline ficou cabisbaixa ao dizer isso.

– Jacky, não fica assim. – Jennete se aproximou da irmã e, mesmo não sendo muito carinhosa, abraçou a gêmea.

– Assim como? – Jackeline se soltou do abraço e começou a andar em direção às árvores que rodeavam o cemitério.

– Aonde vai? – Jennete perguntou.

– Te falo quando descobrir. – Jackeline levantou um pouco a mão que segurava a abóbora para que a lanterna iluminasse o caminho enquanto desaparecia entre as árvores.

Jennete lançou um sorriso na direção onde a irmã tinha ido e simplesmente desapareceu.

Na oficina...

– Parem com isso vocês dois. – Norte repreendeu o Coelho e Jack que continuavam discutindo.

– Norte, você tem que ver isso. – A Fada o chamou.

Os outros três guardiões foram até onde a Fada estava com Sandman. Os dois olhavam aflitos para o grande globo e assistiam algumas luzes se apagarem e serem substituídas por uma areia negra.

– Mas o que é isso? – Norte perguntou ao ver o que acontecia com as luzes.

– Está pior dessa vez. – A Fada explicou. – Não é como antes quando as crianças apenas paravam de acreditar em nós. Parece que agora elas estão com medo de nós.

– Com medo de nós? – Jack perguntou confuso. – Como assim?

– O idiota está certo. Nós as protegemos. Por que teriam medo de nós? – O Coelho perguntou.

– Temos que descobrir. – Norte falou, pegando mais um globo de neve no casaco vermelho.

– Já posso até imaginar quem está fazendo isso. – Jack falou baixo. Seus pensamentos já voltados para Jackeline.

Norte abriu o portal e jogou o Coelho dentro dele antes que ele tivesse chance de protestar ou fazer um túnel. Em seguida entrou e a Fada, Jack e Sandman o imitaram.

Logo eles apareceram no mesmo lugar de antes. A cidade estava quieta. Nem mesmo pesadelos havia ali. Os guardiões estranham a calma e foram procurar por qualquer coisa que estivesse causando o medo nas crianças ou pistas sobre o culpado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Obrigada por lerem e até o próximo capítulo!