Trapaças na Noite Escura escrita por Lola Vésper


Capítulo 3
Capítulo 3




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Às vezes me pergunto qual foi o último pensamento de Dimitri. Teria o garoto de sorriso fácil se sentido traído? Ou imaginara que a dívida estava paga? Ele tentara lutar pela vida, apegado demais a ideia de poder e fortuna, ou soube que tinha feito coisas erradas demais e que a morte seria um destino melhor do que o que lhe esperava em vida, atormentado pela própria consciência? Às vezes também me pergunto se percebeu a trama, mesmo que só depois de o estrago já ser irreversível.

Se qualquer um de nós tivesse percebido… Se tivesse sido diferente…

Ainda lembro-me da noite em que nos reunimos pela última vez para um jogo de cartas no McMills. Era a vez de Dimitri jogar e quando nos reunimos no fundo do bar, não pude conter um sorriso. O lugar parecia estranhamente mais escuro e sujo, os três homens que nos esperavam pareciam mais mal-encarados do que os outros que eu conhecera. Nada melhor para a última vez em que jogávamos lá e perguntei-me se as pessoas do bar sabiam sobre nosso golpe final. As cartas foram distribuídas e o jogo começou, cada um de nós fazendo nossas apostas.

Quando percebi os valores que os três homens estavam apostando não pude deixar de me sentir decepcionada. Não posso dizer que estava satisfeita, era minha última vez no McMills e estava me tornando cada vez mais ambiciosa.

Soltei um riso alto, em minha melhor atuação. Chamei os homens de covardes e fiz a primeira grande aposta da noite. Sabia que perderia todo aquele dinheiro para Dimitri, mas conseguiria mais dinheiro com os homens mal encarados.

Dimitri demorou mais para dar o golpe do que normalmente. O garoto costumava ser impulsivo e gostava de jogos rápidos, mas não naquela noite. Talvez quisesse aproveitar seus últimos momentos no bar tanto quanto eu.

Ele esperou pela quinta jogada para começar a jogar de fato, olhando para cada um na mesa redonda e, esperando pelas apostas atingirem o melhor número antes de mostrar suas cartas com um sorriso quase felino no rosto.

Foi quando aconteceu. E aconteceu tão rápido que eu só percebi quando o homem já empurrara a mesa e levantara, com o revólver carregado e sacado bem na direção de Dimitri.

– Ladrão! – o homem com a barba castanha e o revolver em mãos vociferou.

Olhei para os lados, tentando não demostrar o desespero que sentia. Consegui ver Petrus segurando o assento de sua cadeira com força, a minha frente Hugh trincara os dentes e olhava quase sem piscar para o homem com o revolver.

Mas me surpreendi quando voltei a olhar para Dimitri. Seus olhos pareceram conter surpresa e susto por alguns segundos, mas foi tão rápido que me fez questionar se registrara o momento corretamente. Temia que, impulsivo como ele era, pegasse em sua arma também, causando uma tragédia, mas Dimitri me surpreendeu naquela noite. Ele olhou para o lado, quebrando o contato visual com o homem de barba castanha e o clima tenso que se tornara repentinamente. E, em seus lábios, havia um sorriso. Um de seus sorrisos divertidos, achando graça da situação, mas ao mesmo tempo deixando em seu rosto aquele tantinho de arrogância que deixava bem claro que o revolver tão próximo de seu rosto não era uma ameaça.

– Quem você está chamando de ladrão? – perguntou Dimitri, voltando a olhar o homem de barba castanha, o sorriso ainda brincando em seus lábios, as mãos relaxadas sobre o colo.

O homem pareceu desconcertado por um momento, vacilando em sua acusação, agora sem certeza. Mas isso serviu apenas para desestabilizá-lo por um momento, pois no outro voltou a olhar fixamente para Dimitri, a arma firme em suas mãos novamente.

– Você, seu merdinha. Está trapaceando! – ele acusou.

– Você tem provas?

Ninguém pôde segurar o homem de barba castanha quando ele pulou em cima de Dimitri e derrubou-o no chão, socando-o e dando voz à raiva pela violência. Eu me levantei rapidamente, tentando acompanhar os movimentos dos homens no chão, mas não interferindo diretamente.

Os dois homens lutaram, Dimitri segurando o punho do outro e tentando afastar a arma. Alguns disparos foram feitos sem atingir ninguém e socos e pontapés foram distribuídos antes que Dimitri conseguisse desarmar o homem, fazendo com que sua arma caísse inútil fora do alcance dos dois. Mas agora que tinha as duas mãos livres, o homem pressionava Dimitri contra o chão, sacudindo-o e batendo sua cabeça no chão em movimentos repetitivos.

Eu podia sentir Petrus parado atrás de mim, o hálito fazendo os cabelos de minha nuca se arrepiarem. Mas não vi quando Hugh se levantou. Não importava muito, agora era ele quem tinha um revólver sacado em direção à cabeça do homem de barba castanha, o dedo ameaçando o gatilho perigosamente.

– Saia de cima dele – Hugh falou entre os dentes, em um rosnado baixo e amedrontador, como um trovão saindo do fundo de sua garganta.

A cena pareceu congelada por alguns momentos. Ninguém se atreveu a falar ou se mover e era quase como se todo o ar houvesse se extinto. A tensão podia ser cortada por uma faca e era tão palpável como se fosse algo material. Pela primeira vez na noite, senti a frieza da faca presa em minha perna como um alarme, avisando-me que talvez precisasse usá-la logo e me arrependendo de ter apenas isso como arma. O isqueiro também pesou em meu bolso e eu imaginei que podia jogar uma daquelas garrafas de vodca no chão e colocar fogo em tudo, se as coisas realmente ficassem feias. Mas não me atrevia, era muito arriscado. E se eu ferisse algum de meus companheiros? Nossos nomes eram sujos demais para que procurássemos um hospital ou médico em horário tão tardio. E como partiríamos na noite seguinte, já havíamos dispensado Pavel, que normalmente cuidava dos nossos possíveis ferimentos depois de um trabalho.

Felizmente não precisei chegar a tanto. Petrus deu um passo à frente, ficando ao meu lado e usando de sua voz autoritária:

– Basta.

Foi como a palavra de um diretor em um teatro, que não achava que a cena funcionava bem e queria mudá-la. Hugh guardou sua arma em um momento fluido, o homem de barba castanha e Dimitri se colocaram de pé rapidamente e o único detalhe que indicava que algo acontecera era a mesa e as cadeiras fora do lugar.

– Pegue seu dinheiro e vamos embora – Petrus continuou friamente, agora se voltando para Dimitri em especial.

Todos nós começamos a nos mexer, acatando uma ordem direta do nosso suposto chefe, o homem que em teoria tinha o poder sobre a vida e a morte. E aquela noite no McMills teria terminado assim, mas o homem de barba castanha não se dera por satisfeito ainda.

– Ah! – ele exclamou, em tom fingido de desdém. – Então você é o famoso Rei de Espadas? Achei que fosse maior.

Petrus restringiu-se a olhar para o homem.

– Quem você pensa que é para dar ordens assim? – ele perguntou, aproximando-se de Petrus e os dois ficaram nariz com nariz – Você não é tão assustador assim.

– Não queremos problemas – Petrus respondeu em uma voz baixa e feroz que fez um calafrio percorrer minha coluna.

O homem riu alto.

– Vocês já têm problemas, meu amigo.

– Eu estou falando sério – Petrus continuou no mesmo tom. – Normalmente não dou segundas chances, mas estamos com um pouco de pressa.

– Está indo para um motel foder essa puta? – ele provocou, rindo e apontando para mim. – Não seja egoísta. Devia dividi-la conosco! – propôs.

Não posso dizer que me senti particularmente ofendida, mas meus companheiros ficaram. Vi quando Dimitri e Hugh, antes preocupados com outras coisas, voltaram-se unânimes para onde a briga acontecia, os rostos sérios.

– Eu não vejo as coisas desse jeito – Petrus foi simplesmente e rápido, com uma eficiência que nenhum dos outros havia demostrado naquela noite. Ele sacou sua arma em silêncio e puxou o gatilho sem nenhuma hesitação. O som do tiro ecoou pela sala pequena e o homem caiu no chão com as mãos na barriga ensanguentada.

A segunda bala atingiu seu peito e os olhos encarraram o nada vagamente, sem realmente verem qualquer coisa.

Petrus virou-se para os outros dois desconhecidos que haviam jogado conosco pela primeira vez, como se perguntasse se queriam seguir os passos do homem agora morto. Quando nenhum deles disse qualquer coisa, Petrus guardou sua arma e passou por cima do cadáver em direção a porta, sendo seguido por mim, Hugh e um Dimitri que guardava todo o dinheiro ganho.

Nenhum de nós estava preocupado com o homem morto. Pela manhã ele seria apenas mais um cadáver no meio do lixo em um bairro que conhecia a morte como um evento diário. A menos que ele pertencesse a alguma gangue mais ousada (o que não parecia ser o caso, afinal não tinha tatuagens ou símbolos que o indicassem) não tínhamos com o que nos preocupar.

Dimitri terminava de colocar seu casaco cinza enquanto atravessamos o bar. Hugh e Petrus já os tinham vestido e eu nunca cheguei a tirar o meu.

Deixamos o McMills para a noite fria em silêncio, sempre seguindo Petrus. Seus passos eram suaves e deixavam pegadas na neve tingida de cinza pela escuridão mórbida da noite. Vi ele se curvar um pouco enquanto acendia um cigarro e voltando a se endireitar deixando a fumaça subir para o céu noturno de poucas e tímidas estrelas.

Só paramos brevemente quando o caminho de Hugh divergia do nosso. Dimitri entregou-lhe todo o dinheiro que ainda carregava, sabendo que o mais alto cuidaria de dividi-lo em partes justas entre nós.

O resto de nós continuou andando e, finalmente, eu e Dimitri nos colocamos ao lado de Petrus, julgando que já estávamos longe o bastante e que podíamos deixar de chamá-lo de “chefe”.

Nenhum de nós disse nada no começo, e eu contive a vontade de abraçar meu próprio corpo com a intensão de protegê-lo contra o frio gélido que preenchia a noite. Mas, mantendo minha postura elegante, preferi fingir que o frio e a neve não me afetavam sobre o casaco de pele.

Olhei então para meus companheiros, tentando esquecer o frio e a dor em meus pés causada pelos saltos que vacilavam enquanto eu tentava manter o ritmo dos homens. Não conseguia ver Dimitri direito, o rosto encoberto pelas sombras de seu chapéu marrom e dos prédios do lado de Petrus, mas conseguia ver o rosto do loiro com clareza, iluminado pelos postes de rua. Ele estava sério, os cabelos presos debaixo do chapéu cinza pareciam alinhados, o casaco de lã também cinza cobria boa parte de seu corpo, dando-lhe um ar de superioridade e elegância, o tipo de pessoa que você devia temer ou que pelo menos tem um motivo para isso, as mãos enfiadas nos bolsos.

Petrus acabara de matar um homem, mas não havia qualquer sinal nele que demonstrasse isso. Parecia tão centrado como sempre fora, como um castelo de pedras firmes, inabalável.

– Você não é uma puta – ele disse tão repente que me surpreendi. Agradeci por Petrus ter continuado a olhar para frente ou teria me flagrado olhando para ele e, o que era pior, corando. Abaixei a cabeça, afastando o olhar. – Aquele homem…

Eu não respondi de imediato, ainda preocupada com a possibilidade de ter sido surpreendida, sem perceber que Petrus se dirigia a mim. Ele se calou depois disso, sem voltar a dizer qualquer coisa. Apenas quando percebi o silêncio que se formara, sem que nenhum dos dois dissesse qualquer coisa foi que entendi o que Petrus queria dizer.

– Não se preocupe – falei. – Não é como se fosse uma novidade tão grande ouvir as pessoas me chamando assim… Afinal, deve se lembrar de como nos conhecemos.

Petrus olhou para mim, sorrindo e deixando que o sorriso chegasse aos seus olhos, então eu soube que aquele era um de seus raros sorrisos sincero. Sorri de volta para ele, sem precisar de qualquer esforço para isso.

– Nunca vou esquecer – ele prometeu. – Melhor noite de todas – e agora havia certa malícia em sua voz e sorriso.

Dimitri, que antes não se interessara pela conversa, de repente pareceu alerta como um cão de caça.

– Quer dizer que foi tão bom assim?

Petrus riu alto desta vez, jogando a cabeça para trás e quase deixando seu chapéu cair com o movimento brusco. Dimitri, também sorrindo, disse que sabia sobre minha regra sobre nunca mais voltar para o mundo da prostituição, mas fez questão de perguntar se eu não podia abrir uma última exceção. Eu ri dele, sabendo que no meio da brincadeira havia um fundo de verdade, mas fazendo de conta que não percebera o que o garoto queria dizer. Perguntei se ele não tinha outra moça com quem mexer, uma das que eu sabia aquecer sua cama às vezes. Ainda em tom de brincadeira, e desta vez fingindo-se de ofendido também, Dimitri disse que tudo aquilo não passava de blasfêmia e que eu não podia difamá-lo desse jeito.

Petrus dirigiu-nos um daqueles seus sorrisos tortos, enquanto Dimitri tentava parar de rir. Depois disso puxou a gola do casaco para cobrir o pescoço e tragando um pouco mais de seu cigarro, ele continuou andando, desta vez sem dizer nada e eu e Dimitri, talvez pela força do hábito, seguimos seu exemplo, avançando pelas ruas escuras até o meu prédio, onde paramos brevemente, despedindo-nos e seguindo caminhos diferentes.

Assim que subi para o meu apartamento não me despi de imediato, como normalmente faria. Fui até a sacada e, ainda sem acender a luz falha da sala, observei enquanto os postes da rua de luz fraca iluminavam o caminho de meus companheiros rumo ao prédio deles, naquela noite solitária enquanto apenas o cantar de um gato apaixonado era ouvido, jurando a lua que a amava e lamentando a falta da namorada costumeira.

Quando voltei para dentro do apartamento que carecia de um aquecedor e descobri que seu interior não era tão diferente do frio de fora, amaldiçoei-me por ser tão mão-fechada. Mas, mesmo assim continuei em direção ao banheiro, despi-me e tomei um banho de água, finalmente, quente. Esse era um luxo que eu me permitia ceder. A água quente lavava todas as preocupações do meu corpo e eu me permiti relaxar verdadeiramente pela primeira vez no dia.

Não posso mentir. Eu não me sentia bem sabendo que tinha menos de uma semana em Moscou. Eu estava perfeitamente adaptada à cidade grande e aprendera a desfrutar daquele bairro cinzento e por vezes tão vermelho quanto sangue. Não era a melhor vizinhança, eu sabia, mas era a melhor para o tipo de negócio em que nos envolvíamos. Não me agradava tampouco ter que trocar de identidade, de nome. Eu usara Ania por uma vida inteira, mesmo antes de começar a sociedade, mesmo antes da vida na prostituição. E, de repente, eu deixaria de ser Ania. Viraria uma completa estranha que por acaso habitava meu corpo tão conhecido.

Enquanto eu refletia em baixo do chuveiro, deixando a água quente cair por meus cabelos castanhos e corpo nu, passei a mão pelo meu pescoço e senti a cicatriz pequena. Peguei-me voltando ao assunto cansativo sobre a minha infância e começo da adolescência. Não era uma garota mais, entretanto ainda tinha a maldita cicatriz do tempo que ainda era. Achava insuportável, uma companheira odiada que eu tinha que carregar para todos os lados. De todos os meus segredos, aquele era o escondido mais profundamente.

Sem que eu quisesse as memórias me invadiram. A casa branca com a porta de madeira, os dias de sol, o cheiro de sangue e o hálito de menta insuportável. Não! Balancei a cabeça e bloqueie todos os pensamentos relacionados a isso, afastando qualquer coisa relacionada à minha infância e adolescia. Tinha prometido que não deixaria isso me afetar, então, não deixei.

Por fim sai do banho enrolando-me em uma toalha azul e sentindo o cheiro gostoso que o xampu deixara no cômodo. Andei nas pontas dos pés até o meu quarto o mais rápido possível, tentando evitar o frio e vestido uma das poucas roupas que ainda não tinham sido emaladas.

Então eu me deitei, cobri-me com vários cobertores, finalmente permitindo-me sentir frio, e dormi. Apenas acordei no dia seguinte com o telefone tocando sem parar e me deixando irritada. Não queria ter que levantar para atendê-lo, mas o fiz o mais rápido que o calor da minha cama permitiu e coloquei o telefone no ouvido, a voz ainda soando cansada.

– Espero não ter te acordado – era a voz de Dimitri do outro lado e de repente me lembrei da chamada que me fizera dias antes e como ele parecia diferente da euforia caótica da outra vez. – Estou só ligando para avisar que vai ter uma reunião no apartamento do Hugh. Sobre as identidades falsas, o plano e dinheiro.

Embora a maioria das palavras de Dimitri tenha me desaminado, a última fez todo o resto valer. Avisei que iria me trocar, mas devia encontrar com eles antes do almoço. Ouvi Dimitri suspirar do outro lado da linha, mas acabou concordando, parecendo um pouco ansioso. Procurei ignorar isso e desliguei o telefone, cumprindo minha promessa enquanto trocava de roupa e escolhia uma blusa apertada em conjunto com uma calça preta mais larga e completava com um sobretudo vermelho. Meu batom naquele dia combinava com o sobretudo e eu sorri para o meu reflexo na frente do espelho, colocando o maço de cigarros no bolso esquerdo e as chaves do carro no direito enquanto descia as escadas para o térreo, entrando no carro meio velho estacionado do outro lado da calçada e avançava em direção ao apartamento de Hugh.

Hugh morava um pouco longe do resto de nós, por isso revolvi pegar o carro que eu pouco usava. Dirigi em silêncio por alguns minutos, passando por alguns carros na rua e observando o céu cinzento. Quando finalmente cheguei ao meu destino final, saindo do carro, observei o prédio por alguns segundos antes de entrar. Era velho e parecia estar caindo aos pedaços, com seus tijolos amostra. Poucas pessoas moravam ali junto com Hugh e isso incluía a velha louca no primeiro andar e o traficante que nunca parava em casa do terceiro andar. Meu amigo morava no último andar, e foi para lá que me dirigi, preferindo subir as escadas a arriscar o elevador instável.

Bati educadamente na porta, uma vez que o apartamento não dispunha de campainha. O próprio Hugh atendeu, cumprimentando-me e pegando meu casaco antes de eu entrar. Avistei Petrus e Dimitri já na sala, os dois usando camisas brancas, e sentados despreocupadamente nos sofás antigos, o mais novo se esforçando muito para parecer tão intimidador quanto o loiro, mas sem conseguir. Hugh e eu nos unimos a eles rapidamente, todos nós sentados nos sofás da sala.

– Agora que estamos todos aqui – Hugh começou com um sorriso, – acho que posso mostrar o que interessa de verdade. Já está tudo certo e se plano der certo teremos pelo menos três vezes mais disso.

E ele esticou a mão para trás, pegando uma caixinha de madeira. Nós três nos inclinamos para frente, curiosos para saber o que parecia deixar nosso amigo sério tão animado. E, quando ele finalmente abriu a caixa para vermos do que se tratava, eu perdi o fôlego.

Havia tantos diamantes ali que eu não conseguia contá-los.

E ainda teríamos mais…

Quando ele disse a qualidade de cada um deles sem que ninguém perguntasse, fiquei estática.

Talvez as lendas fossem verdadeiras. Talvez Hugh soubesse como esfregar duas moedas e fazer surgir uma terceira.


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