Uma explosão tomou conta do olimpo, quando os quatros elementos se chocaram: Água, Fogo, Gelo e Trevas. Porém não causou efeito nenhum. Nicole estava parada no meio dos quatro, com os braços esticados, impedindo que o poder se chocassem.

– PAREM! - ela gritou - Os quatro elementos não podem se chocar.

Pandora bufou.

– Ah, é? E quem te falou isso?

Nicole se virou para Pandora. Rosnou como um leão, pegou-a pelo pescoço e levantou-a, encostando a Titânide na parede.

– Te interessa? - ela deu um soco na cara da morena - O que Hades você está fazendo aqui? Hein?

Pandora gargalhou, sinistramente.

– Vim fazer o que já deveria ter feito a muito tempo. - ela olhou para Paul, que estava parado na porta da mansão - Levar o mestre comigo.

Nicole soltou suas longas e negras garras e colocou-as perto de seu pescoço.

– Acha que vai leva-lo? ACHA QUE VAI LEVA-LO? ESTÁ PERDENDO O SEU TEMPO!

Pandora gargalhou de novo.

– Ai, Nicole. Você é muito tola, sabia? Pensa que pode faze-lo controlar Chronos, mas você é quem está perdendo o seu tempo. - Nicole apertou os olhos - Ah, qual é. O Lorde Chronos não pode ser controlado. Não é que nem a sua mamãezinha que você mesmo matou e depois ela reencarnou em você.

Nicole cortou sua garganta e apertou ainda mais seu pescoço, deixando marcas.

– Olha aqui. Eu não matei minha mãe. Ela deu a vida a mim na hora do parto, porque ela já sabia como seria minha vida se não fizesse isso. E ela reencarnou em mim para que um dia eu pudesse encontrar os Três Lordes do Zodíaco. Porque se não tivesse, eu não saberia por onde começar. Eu não matei Lissandra.

Pandora sorriu, ainda não acreditando. Ela virou fumaça negra, saiu das mãos de Nicole e foi até Paul, virando sua forma de novo. Paul olhou para ela.

– Não pode controlar. Ainda não entendeu isso? - perguntou Pandora

Paul assentiu, cerrando a mandíbula. Pandora virou fumaça e, antes que alguém pudesse impedir, ela levou Paul consigo. Nicole chutou um pedaço de mármore que estava no chão, fazendo-o em pedaços.

– Maldita!

Percy soltou um palavrão em grego.

– Precisamos encontra-lo. Tenho certeza que tem como controlar.

Nicole assentiu e depois olhou para Percy com a testa franzida. Ele não parecia bem. Ainda pingava sangue de suas asas. Ele foi m direção a Nicole. Esta correu e o segurou antes que ele caísse.

– Percy? Ah, droga. Você ainda tem sangue mortal. Por que está demorando tanto assim?

Eles levaram o semideus, ou melhor, quasetitã até a enfermaria. Seu rosto estava totalmente pálido. Sally piscou nervosa. Nicole pegou uma faca e cortou seu braço. Sally franziu a testa.

– O que está fazendo?

Nicole não respondeu. Percy olhava para ela quase implorando para que a dor parasse.

– Calma, Percy. Vai ficar bom logo.

Ela pegou um copo e espremeu seu sangue ali. Todos os deuses se entreolharam assustados. Nicole entregou o copo a Percy, e este o bebeu rapidamente. Todos os deuses arregalaram os olhos. Afrodite colou a mão na boca, querendo vomitar. Annabeth pensou se ainda queria beija-lo. O sangue de Nicole percorreu na sua garganta, queimando um pouco. Nicole sorriu. Tinha funcionado. Agora era só esperar um pouco e...

– Nicole! Você é doida ou se finge? - perguntou Apolo

– Ele bebeu porque quis.

Sally olhou para Percy, que fazia careta de dor.

– Ele quis isso?

Quando o efeito terminou, a cor dos olhos de Percy, que estavam num tom de preto, voltou ao seu verde original. Ele olhou para sua mãe e confirmou com a cabeça.