As Aventuras do Pequeno Eryk escrita por Neryk


Capítulo 69
68 – Dominando a Aceleração


Notas iniciais do capítulo

UOU! Demorei mas voltei hehe.

Sinto MUITO pela demora. Mas realmente não tá fácil pra ninguém.

Mas beleza! Aqui está a continuação dessa treta!

Tenham uma Boa Leitura!



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Junior vivia uma corrida acirrada. O Corredor estava fazendo o menor comer poeira. Literalmente. Entrou poeira na boca dele. O menino teve até que fazer uma parada para cuspir tudo pra fora.

— (Ai minha língua) – Junior falou com a língua para fora, abafando um pouco a voz. Ele raspava com a sua mão, tirando todo o resto de poeira que tinha.

O Corredor aparece do nada em sua frente usando a sua velocidade para golpear de leve em Junior, capotando o garoto até a parede de um prédio mais próximo, com os olhos girando de tontura como um redemoinho.

— Eu estava enganado ao seu respeito. – Começou o Corredor se aproximando de Junior andando normalmente. – Achei que estava a minha altura. Eu tenho o poder da aceleração. Você apenas é rápido. Não deveria ter criado expectativas. Afinal, cê é apenas um moleque.

— Como assim eu sou só rápido?! Já não me viu correndo? Corro que nem você! – Rebateu Junior se levantando ainda com raiva do vilão.

— Não é bem assim criança. Eu consigo ver tudo em câmera lenta. Mas para as outras pessoas eu sou apenas um borrão amarelo ultra veloz. Enquanto você? Consegue usar a aceleração apenas em seus pés, não pelo corpo inteiro. Se corremos com a mesma velocidade...

O Corredor aparece rápido novamente atrás de Junior, agora golpeando o menino com o pé até parar no meio da rua.

— Eu vou frear sem problemas enquanto você vai acabar batendo numa parede. – Terminou o vilão exibindo o seu poder.

— Apenas nos pés? Dá para fazer pelo corpo inteiro? – Questiona Junior chocado no chão. Nunca imaginou a possibilidade de fazer o mundo em sua volta ficar devagar ao invés de correr mais rápido que eles.

— Há! Mesmo se eu te dissesse, levaria anos para você dominar como eu. Agora, se não se importa... Eu tenho uma cidade inteira para roubar. FUI!

Finalizou o Corredor por fim abandonando o local.

Mesmo machucado Junior consegue se levantar. Ele percebe que o único jeito de vencer seu ex-ídolo na corrida era dominar a aceleração que nem ele.

Não seria uma tarefa difícil, mas ele não sabia como conseguir.

O pequeno se abaixa no chão como se estivesse se preparando para correr numa olimpíada, respira fundo e...

 Dá a largada.

Ele falou alguma coisa sobre dominar a aceleração pelo corpo inteiro. Mas como vou fazer isso além de usar nos pés?

Aproveitando que a cidade não estava lotada de carros como de costume (devido a um certo ataque de vilões), Junior tenta praticar sua velocidade correndo como nunca correu. Graças aos ensinamentos do dono do circo Henriqueél, o garoto aprendeu a atingir velocidades inimagináveis.

Mas de acordo com o Corredor, aquilo não era nada.

Mantendo os olhos fechados, Junior tentava se concentrar.  Queria sentir o vento, queria sentir a velocidade, queria sentir a aceleração pelo corpo todo.

Sua velocidade era tão absurda que tudo o que o garoto via em sua frente era a terra toda borrada. Atravessava as ruas da cidade deixando um rastro de fogo por onde passava.

— Nossa! Será que eu conseguir? – Se pergunta o menino.

Quando resolve parar de correr, foi aí que ele percebeu.

Ao invés de frear, Junior dá de cara em um muro, passando por ele tão forte ao ponto de deixar a marca de seu corpo inteiro, levando uma queda daquelas.

Junior não tinha dominado a aceleração.

— Ai... meu abajur... – Dizia Junior todo zonzo.

— Haha! Viu? Eu te disse. – Aparece o Corredor no local do nada.

— Vai se catar! – Junior retruca arremessando uma pedra como resposta (mas Otávio desvia). – Cê vai ver! Vou ficar tão rápido que mesmo nesse teu modo fulera de câmera lenta aí vai conseguir me ver!

— Você fala que eu vou ver mas também fala que eu não vou ver?

— Ah?! Ah, não! Quer dizer, eu... AAAH VOCÊ ME ENTENDEU!

Junior atacado da vida salta na cabeça do homem, surpreendendo o vilão. Ele “gruda” em sua cabeça e batia freneticamente enquanto o Corredor fazia de tudo para largá-lo.

— Sente a aceleração agora, sua roda quadrada!! Vai! Sente, vai! – Provocava Junior sem parar de atacar. Puxava o cabelo, esfregava os punhos na cabeça, batia bem forte como martelo e outros meios de fazer qualquer um se enlouquecer.

— Argh! Seu pirralho! – Sem alternativa, o Corredor resolve levar Junior consigo e corre pela cidade inteira na tentativa de conseguir se livrar dele.

Junior teve que se segurar bem firme para não cair. No meio da correria, o Corredor resolve efetuar um giro antes de parar, arremessando Junior por fim, rolando no asfalto, até cair imóvel.

— Grr! Gostou dessa, trequinho?! – Intimida o Corredor irado de raiva.

— Hehe... hehehehehe... Hahahahahahaha!

— Hein? – Agora Otávio estava confuso. Mesmo todo arrebentado, Junior consegue rir como se tivesse ganhado?

— Muito obrigado...! Graças a você-AI! Matei a charada da aceleração. – Junior afirma com toda a certeza do mundo, enquanto se levantava do chão, ainda sentido as dores.

— Como é que é? – Arqueia a sobrancelha o Corredor completamente confuso. “Não tem como ele ter descoberto” pensou.

Com o mundo em sua volta ficando devagar, Junior corre normalmente na direção do Corredor...

Até acertar seu “gongo”.

— AAAAAAI! SEU PIRRALHO! – Deu aquele berro segurando entre as pernas sentindo aquela dor agonizante.

— Eu te disse que eu ia conseguir. Só sentir um leve formigamento de choque pelo meu corpo. É normal? – Junior pergunta irônico. O Corredor se aborrece tanto que fica vermelho de raiva.

— Hehehehehe... Venha aqui, fedelho. – Chamou o Corredor estendendo sua mão quase pegando em Junior. O menino desvia a tempo e sai correndo dali, dando inicio a mais uma perseguição.

Embora os dois corressem como raios deixando um rastro de fogo pelo chão, para Junior e Otávio o tempo estava parado. Beeem devagar. Às vezes batiam seus ombros um no outro, causando um repelimento entre o choque.

— Se liga no zé mané que disse “o que”.

— O que?

— Hahaah! Zé mané! – Ria Junior zoando com o Corredor.

— ORAS, SEU...!  TÁ TIRANDO COM A MINHA CARA?! VAI VIRAR ARROZ DERRETIDO, SEU PIRRALHO!

Continuavam correndo a mil assim. Até que, por alguma razão, Junior não consegue manter o poder da aceleração por muito tempo.

— Mas hein!? – O menino se espanta quando vê o tempo desacelerar de volta ao normal, e acaba sendo golpeado pelo Corredor aproveitando o momento de distração do pequeno.

— HAHAHAHAHA! Eu sabia! Não ia demorar muito para você não aguentar o peso da aceleração. – Afirmou o vilão parando de correr.

— Oras...! Eu não preciso disso para te vencer! Tudo o que preciso fazer é ISSO!

Junior volta a correr como antes novamente. Só que dessa vez ele tinha um plano.

— Pode correr... Mas não pode se esconder.

O Corredor toma um suquinho e larga no chão antes de voltar a correr. E graças ao poder da aceleração, ele avista mais à frente um fio no meio da rua armado para fazer qualquer um tropeçar, parando na hora a centímetros de distancia.

— Sério? É sério? É sério isso? Eu vi esse barbante a quilômetros daqui, muito antes de eu chegar. Achou mesmo que isso ia me fazer levar uma capotada daquelas?

Quando o Corredor se abaixa para mexer na corda, bastou só um toque para uma bola de ferro enorme aparecer presa em uma barra de metal, acertando em cheio no vilão como um taco de golfe, indo parar para fora da cidade.

— Armadilha portátil da Jessy. Parece coisa de desenho animado, mas essa garota sabe criar. – Aparece Junior se recostando na parede vitorioso ao exibir a caixinha aberta onde a enorme armadilha fica quando é encolhida.

Enquanto isso, na igreja...

— Olha só...! Se não são as crianças do momento...! – Falou Maurício enquanto Eryk e Jessy encaravam o homem intensamente.

— Você não vai levar a santinha para lugar nenhum! Tá ouvindo seu pangaré!? – Provoca Eryk fazendo Mauricio se acabar de rir.

— Hahahaha! Não seja tolo! Não vai ser um monte de fedelhos que vai me impedir. – Dizia Mauricio se juntando a estatua da nossa senhora ao se segurar na corda, subindo junto com ela. – Adoraria ficar para conversar, mas tenho coisas muito mais importantes para tratar. Tchaau..! – Terminou cantarolando por fim ao se despedir dos dois menores.

— Eu cuido da Nossa Senhora enquanto você pega o tiozão! – Instruiu Eryk correndo na frente. Jessy saca o seu controle remoto que ela mesma inventou e aperta um botão apontando o objeto para baixo, criando um impulso o suficiente para se pendurar de baixo da corda da estatua. Enquanto isso Eryk dava vários pulos, mas não adiantava. Quanto mais pulava, mais era difícil de alcançar.

— Tudo de acordo com o meu plano... – Sussurrou o vilão para ele mesmo ao sorrir de canto.

— Você não vai... para lugar nenhum! – Afirma Jessy tentando se segurar, mas a pequena não aguentava o próprio peso.

— Há! Eu acho que não. É SUA DEIXA!

Quando Maurício deu a ordem, alguém salta do helicóptero e pousa agachado na frente de Eryk.

 Pelas roupas e a mascara ao levantar o seu rosto, Eryk logo a reconhece.

— É a Garota... Borboleta..? – O pequeno Eryk falou com a voz quase seca de tão abalado que ficou, enquanto a Garota Borboleta ficava de pé em sua frente, emitindo um ar maligno.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Aconteceu! Como é que vai ser a partir de agora? A Garota Borboleta vai mudar de lado? Ou vai continuar nessa? Tudo isso e muito mais nos próximos capítulos de As Aventuras do Pequeno Eryk!

Muito obrigado por terem lido até aqui!

No próximo capítulo será focado na luta do Jeová, e mais uma revelação para não perder o costume hehe.

E é isso então! Fiquem com Deus e Até a Próxima!