As Aventuras do Pequeno Eryk escrita por Neryk


Capítulo 23
22 – A Garota Nova e o Filho da Mal Humorada


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como vão? Bom, aqui está mais um cap pra vocês!

Tenham uma Boa Leitura!



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Depois da aula, Eryk e seus amigos combinaram de se verem na casa da árvore. Jessy já tinha ido na frente. E enquanto a Eryk estava caminhando para o local destinado.

– Hm? – Eryk para com a tranquila caminhada ao sentir estar sendo seguido. Quando olhou para trás, avia somente uma calçada vazia. Então como não tinha nada, deu de ombros e continuou seguindo reto.

Quando um barulho é escutado atrás do garoto, Eryk imediatamente vira para ver quem era.

Mas para sua surpresa, o local ainda estava deserto.

– Ué? Que estranho... – Falou Eryk. Decidiu prosseguir com seu caminho. Andou mais um pouco até escutar passos.

Eryk queria olhar para trás, mas achou que espantaria quem quer que fosse. Então ele apenas para de andar para escutar os passos.

Eryk tinha parado repentinamente. Os passos que o gordinho escutava tinham parado logo após, o que deu a oportunidade de Eryk saber que alguém estava o seguindo.

Será uma travessura? Será que é algum valentão? Eryk não queria brigar e volta a encaminhar. Os passos são escutados novamente.

Eryk repete a mesma ação de antes, parando e ouvindo, e a situação só se repetia.

Depois de mais de três vezes nisso, Eryk desiste e sai correndo do local.

Mesmo não olhando para trás, dava para saber que, quem quer que fosse, o seguia correndo também. Eryk resolve entrar em uma esquina. A pessoa que o seguia também. Mas logo freia e cai de bunda no chão ao ver Eryk parado só a esperando.

– Eí? Você tá bem? – Pergunta Eryk preocupado, enquanto ajudava a pessoa a se levantar do chão com a mão.

– O... Obrigada. – A pessoa, ou melhor, a garotinha agradeceu enquanto se levantava.

Quando ela olha para Eryk, seus belos olhos roxos são mostrados. Seus fios de cabelos pretos com detalhes rosa eram perfeitos de tão lisos que eram. Seu rosto era tão belo que parecia que tinha sido esculpido por anjos. Eryk fica corado ao ver a beleza da menina, e nem repara que ainda a segurava com a mão.

– P-pode me soltar... – Pediu a garota gentilmente. Quando percebe, Eryk logo a larga desajeitado.

– Foi mal heh heh! Eí! Eu te conheço... – Falou Eryk ao reconhecê-la.

– É-é. Nós estudamos na mesma sala. – Lembrou a garota um tanto sem jeito.

– AH É MESMO! – Lembrou Eryk com um berro, assustando a menina. – Ah meu pai, me desculpa tá bem? – Eryk tenta se desculpar, mas ao invés disso a garota começa a chorar.

– M-me desculpa... Eu sempre irrito as pessoas... Eu não queria... – Tentava dizer a garota com seus rosto cheio de lágrimas.

Eryk fica agoniado. Fica se mexendo para lá e para cá, como se resolvesse alguma coisa.

Até ele ter uma ideia. Não sabia se daria certo, mas não custava nada tentar.

– Vem comigo! – Eryk a pega na mão novamente e a puxa animado para seu local divertido.

Algum tempo depois...

– Nossa... Que lugar bonito... – Falou a garota admirada com a parte de dentro da casa da árvore.

– Quem é ela? – Luane, Jessy, Junior e Jeová perguntaram confusos.

– Oras pessoal! Ela é a... Quem e você mesmo?

Todos capotam pra trás ao ver quem nem a pessoa que trouxe a menina sabia o seu nome.

– TÁ MALUCO É?! VAI TRAZER GENTE DESCONHECIDA PRA CÁ!? – Brigou Jessy.

– Calma, calma! Ela não é TÃO desconhecida assim. Ela na verdad-

– D-deixa... Eu vou embora. – A garotinha o interrompe, já dando meia volta para sair da casinha.

– N-NÃO! Espera! – Eryk a segura com a mão, não tão forte para não machuca-la. Quando todos viram a cena, logo criam conclusões precipitadas.

– Ummm!!!!!! Tão namorando! – Cantarolaram os quatro ao mesmo tempo. Não foi só Eryk que corou, até a garotinha corou com o comentário maldoso do pessoal.

–N-n-n-n-não é nada disso! – Protesta Eryk.

– Ah não é? E o que você ainda segura a mão dela?

– A mãe de quem?!

Quando Jessy levanta o assunto, só aí que Eryk repara. Logo a soltou, constrangido.

– M-me desculpa, tá bem? – Eryk tentou se desculpar gentilmente.

– N-não foi nada de mais... – Falou a garota gentilmente constrangida também.

– Então? É namoro ou é mais do que amizade? – Perguntou Junior, fazendo Eryk se aborrecer.

–V-vamos mudar de assunto!? – Eryk estava corado, mas agora era de raiva. Assim que passou, continuou a falar – Poderia nos dizer qual é o seu nome?

– M-meu nome é Ana. – Se apresentou timidamente.

– Ana? Eu não te conheço? – Pergunta Jessy achando que já tinha visto a garotinha em algum lugar.

– Ah sim. Ela estuda na mesma sala que a gente, segundo ela. – Eryk esclareceu.

Após as apresentações serem feitas, todos brincavam com a garota nova animados. Se divertiam como ninguém. De amarelinha, esconde-esconde, pira-garrafão, e tudo mais.

Quando Eryk resolveu para um pouco para pegar fôlego, Junior se juntou ao amigo para conversar.

– Por que você trouxe ela? – Pergunta o moreno curioso.

– Ela estava triste. Então eu a trouxe para cá para se animar um pouco. – Respondeu com um sorriso aberto.

– É, mas agora ela teria que vim para cá todo o dia, já que sabe onde é que fica agora. – Falou Junior.

– E daí?

–E daí, meu caro parceiro de pandeiro alto, é que nós não conhecemos ela muito bem. Vai que ela apronta com a gente?

– Hmm... Ela não me parece ser disso.

– Minha mãe sempre dizia que as aparências enganam. E depois que eu te conheci, confirmei que ela estava certa.

– Hã? Como assim? – Pergunta Eryk confuso agora.

– Bom, olhando de longe, você não parece que é do tipo amigo fiel. Mas depois que conhecemos melhor, pensamos que estávamos completamente enganados.

– Mos? Dos?? Por que fala no plural?

– Heh heh é porque não é só eu. Luane e Jeová também. Eu tenho certeza, já que eles confiam em você também.

– Nossa... Valeu. – Falou Eryk um tanto comovido.

– Heh de nada! Então? Vamos brincar?

E os dois companheiros voltam a diversão de anteriormente. E brincaram até o dia raiar.

No dia seguinte...

– Você é tão legal Ana! – Falou Jessy na fila das meninas para pegar a merenda que estava sendo distribuída na cantina da escola.

– O-obrigada. – Ana agradeceu.

– E Eryk? Vocês já se beijaram? – Pergunta Jeová sacaneando com Eryk. Ele, Junior e assim como os outro garotos, estavam na fila masculina para pegarem a merenda também.

–N-n-n-não inventa Jeová! – Fala Eryk um pouco corado e começando a se aborrecer.

– PEGUEM LOGO ISSO SEUS MOLENGAS! ANDEIM! PEGUEM LOGO ISSO! – Falou uma velha aborrecida na cantina, a que distribuía merenda. Cabelos cacheados tortos e bagunçados, uma boca de tubarão, olhos irritados de fúria e um nariz que saia fumaça ao formigar. A velha era gorda, usava um avental que encobria a enorme pança, e também uma toca que escondia somente a parte de cima do cabelo, ao invés de esconde-lo todo.

– T-tenha paciência mãe. São só crianças. – Poderoso tentou defender. Ele conseguiu trabalhar na cantina, ao lado de sua “querida mãezinha”.

–Exato! SÃO SÓ CRIANÇAS DA PESTE! SÓ SERVEM PARA FERRAR COM A VIDA DOS MAS VELHOS! GYAH!!!!!!

– GYAH!!!!!!!!!!!

–GYAH!!!!!!!!!!!

– Mas que maracutaia é essa? – Pergunta Eryk ao ver gritos malucos vindo da cantina.

– Vai saber. Deve ser daquela velha maluca. – Deduziu Junior.

– Pois é. O poderoso é filho dela. Não é a toa que ele cuidava das crianças que fugiam. – Falou Eryk.

– PEGUEM LOGO ISSO SEUS PESO MORTO!

– Ai que velha chata! Vamos Ana. – Chamou Jessy após ela e Ana terem pego o seu, antes que a velha da cantina as fuzila-se com o olhar.

– VELHA CHATA É A TUA MÃE!

– E tia? Vê logo o meu que eu não quero mais ficar aqui. – Pediu Eryk querendo sair daquele local logo.

– Toma seu pivete... Toma E NUMCA MAIS VOLTE AQUI?!?!?!?!?

Eryk correu para longe. Assim que Junior e Jeová pegam o seu, eles fazem o mesmo.

– Aff... Que dia... – Suspirou poderoso indo descançar na porta da cantina no lado de fora.

– Podemos te fazer companhia? – Pediu Eryk ao lado de Junior e Jeová.

– Oi meninos. À vontade. – Deixou. Os garotos se sentam no chão e comem ao lado de Poderoso.

– Então... Poderoso... Você é mesmo filho daquela velha? – Pergunta Eryk esvaziando sua boca cheia engolindo tudo.

– Pior que eu sou mesmo. Foi por causa dela que eu fugir de casa. Ela sempre me maltratava com tudo que eu fazia. Não tinha um pingo de paciência comigo. Não recebia o amor que uma criança merece ter da mãe. Então, quando ela disse que não me amava desde que eu nasci, eu cansei. Cansei e resolvi deixa-la.

– É? Mas então porque você trabalha com ela agora? – Pergunta Jeová curioso.

– O que eu fiz foi errado então eu-

– Ahhhh!!!! – Exclamaram todos decepcionados.

– Tava bom demais! – Comentou Junior se apoiando com a mão.

– Ué? O que foi?

– Nyar é que você fala que fugir foi errado. A gente tava gostando da historia até você falar isso. – Explicou Jeová. Poderoso apenas bufa cansado prestes a explicar para os garotos.

– Foi errado, é claro. Mas eu só fiz isso porque foi necessário.

– Foi? – Pergunta Eryk.

– Sim. Eu tinha 12 anos quando eu fugir. Algo me dizia que aquele era o momento. Então eu aproveitei. E se eu não tivesse feito isso... Só Deus sabe onde eu estaria agora. – Finalizou o homem de cabeça baixa, tristercido.

Os garotos ficaram em um silêncio mortal. Eryk queria muito dizer algo. Mas só depois que o barulho de nada começou a incomodar, ele resolveu falar.

– Mas essa tia é maluca mesmo. Ainda mais colocar um nome diferente desses. Eu heim!

– Heh não foi ela que me chamou de Poderoso. – O homem falou.

– Não? – Pergunta Jeová agora curioso.

– Não. Quem começou a me chamar assim foi a primeira criança que eu salvei de estar abandonada. Ela me achou poderoso e daí o apelido.

– Ahh... Então qual é o seu nome? – Pergunta Eryk.

– Heh. Meu nome é José. Muito prazer.

– JOSÉ DO ESCAMBAL! VEM LOGO QUE VOCÊ TEM QUE ARRUMAR TUDO ISSO E LOGO! – Chamou sua mãe, atropelando no português. Os garotos começaram a rir um pouco ao ouvir a palavra “escambal”.

– Você também se chama escambal? – Pergunta Eryk se segurando para não rir.

– Não garoto. É o chamado que minha chefe/mãe usa para eu ir até ela logo. Até mais garotos. – José se despediu.

Mas tarde...

Na feira do bairro, a velha da cantina estava fazendo compras para o colégio, a mando do diretor do mesmo.

– Bando de pivetes filhos de uma PESTE! “Os carregadores estão de folga”. “Por favor, compre suprimentos para a merenda de amanhã”. Há! Diretor que não direita ninguém! Se eu fosse à diretora...

– E se você fosse alguém mais importante que o diretor... – Se pronunciou uma voz em um local escuro, próximo da velha.

– Quem disse isso!? – Perguntou com um tom de irritada.

– Você quer ter o controle de tudo? – Se revelou ser o misterioso homem encapuzado.

– Do que está falando?

– Eu estou falando disso.

O encapuzado mostre em sua mão um frasco de vidro vermelho.

– Acrescente isso em sua reseita e você fará com que a comida que as crianças comem, comerem cada uma delas.

– Hmm... – A velha rabugenta de antes agora estava com um olhar interesseiro na garrafa de vidro.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por terem lido até aqui!

Qualquer coisa, é só comentar!

E é isso mesmo! Fiquem com Deus e até a Próxima!