A Revolução dos Vampiros - Versão Antiga escrita por Goldfield


Capítulo 11
Epílogo




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Epílogo

–         Amor!

Fernando e Luíza se abraçaram como nunca antes, e assim permaneceram por vários minutos, aos beijos. Todos comemoravam o fracasso da revolução dos radicais na sala do abade.

–         Então o Basílio se matou? – espantou-se Fernando. – Que doente!

–         A namorada dele também, e o pior é que o Alfredo era um radical! – disse Adams. – Ele nos traiu, mas o abade deu um fim nele!

Nisso, os olhos de Jorge ganharam o olhar tristonho de Isabela. Ela estava num canto da sala, pensativa, seu rosto perdera o sorriso. O moderado passou a mão pelo bolso da calça, sabendo que aquele era o melhor momento para agir. Caminhou lentamente até Isabela e, sorrindo, disse:

–         Olá!

–         Olá, Jorge! Você foi muito corajoso enfrentando o Basílio! Se não fosse você ele não teria destruído o coração!

–         Bem, obrigado... Eu fiz apenas o que achei certo!

–         Admiro muito sua coragem!

–         Isabela, eu preciso lhe dizer uma coisa...

–         O quê? – perguntou a vampira, com um inesperado brilho nos olhos.

–         Primeiramente, sinto muito pelo Alfredo...

–         Oh, sim... Não é sua culpa!

–         Em segundo lugar...

–         Em segundo lugar?

–         Escrevi um poema para você!

Jorge entregou a folha de papel para Isabela, que, com um belo sorriso no rosto, começou a ler o poema para si mesma. O moderado tremia de nervosismo.

Após concluir a leitura, Isabela exclamou:

–         Que lindo, Jorge! Adorei!

–         Todo esse tempo, e nunca tive coragem de me declarar! Mas agora o faço: eu te amo, Isabela!

–         Eu também te amo, bobinho...

E beijaram-se ardentemente, enquanto os demais batiam palmas ao redor.

–         Mas uma coisa me entristece! – disse Luíza. – Morreram muitos inocentes lá fora! Mesmo o levante não se espalhando pelo mundo, muitas pessoas pagaram injustamente com a vida, e não podemos fazer nada!

–         É aí que você se engana, minha cara! – sorriu Adams.

O agente do FBI começou então a ler um trecho do “Livro de Profecias dos Vampiros”:

Caso o levante fracasse de alguma maneira, os humanos mortos reviverão e não se lembrarão de nada, assim como os que sobreviveram na região onde ocorreu. Porém, se algum humano tiver auxiliado no fracasso da rebelião, terá a memória preservada. Dessa forma nós vampiros não seremos chamados de imprestáveis, mas aqueles que organizaram o levante e dele participaram serão chamados de covardes, condenados à vergonha eterna.

–         Você está querendo me dizer... – sorriu Luíza.

Eram cinco horas da manhã, e por toda cidade as pessoas mortas pelos vampiros começaram a acordar, enquanto aquelas que haviam sobrevivido viam-se confusas, pois subitamente não sabiam como haviam ido parar no lugar onde estavam. Os ferimentos e mordidas provocados pelos radicais haviam desaparecido completamente, e aqueles que despertavam não conseguiam se lembrar de nada do que havia acontecido. Boa parte da cidade teria que passar por reparos, mas o mais importante, as vidas inocentes, não haviam sido perdidas.

Assim, o piloto do helicóptero derrubado pelos radicais na Praça da Sé acordou confuso ao lado dos escombros, o pai de Fernando despertou dentro do porta-malas do carro e logo foi libertado pelo filho, que o abraçou com grande emoção... A repórter que havia sido mordida por um radical no terraço de um prédio na Avenida Paulista agora noticiava para todo o Brasil, enquanto o câmera, que também acordara sem memória, a filmava:

–         O que houve aqui em São Paulo é um verdadeiro mistério! Parece que todas as pessoas num raio de aproximadamente trinta quilômetros do centro da cidade sofreram de amnésia coletiva nesta madrugada, e quando acordaram o centro da capital estava totalmente depredado. Suspeita-se que algum grupo ligado ao PCC tenha liberado gás alucinógeno através de helicópteros e pontos-chave da cidade, assim como nas estações de metrô. A Polícia Federal está investigando o caso, enquanto os moradores da metrópole calculam quanto terão que desembolsar para reparar os danos provocados pelos criminosos. É com vocês aí no estúdio!

A transmissão foi encerrada e a repórter perguntou ao câmera:

–         Tem certeza que a câmera não filmou nada durante a madrugada?

–         Filmar ela filmou, mas a imagem e o áudio se foram!

–         Estranho... Os pilotos da emissora alegam que aconteceu o mesmo com o que eles filmaram...

Quanto aos vampiros radicais, todos haviam se escondido pela cidade, envergonhados pelo fracasso. Não haviam conseguido tomar o poder, por enquanto...

Seis horas da manhã, e Adams, Jorge e Isabela (de mãos dadas), Gabriel, Luíza e Fernando estavam sentados na calçada de frente para o prédio de apartamentos onde vivia o estudante de Medicina. Seu pai já estava em casa, junto com Dona Ruth e os pais de Luíza. Vitor havia desaparecido. Tudo terminara bem, afinal.

–         Então só a gente sabe o que realmente aconteceu! – exclamou Fernando.

–         É isso mesmo! – disse Jorge, após beijar Isabela nos lábios. – Que bom que tudo acabou!

–         Meus caros, creio que nem tudo acabou...

Dizendo isso, Adams entregou um exemplar do jornal “O Estado de São Paulo” para Fernando, com a seguinte manchete: “Influente político da Romênia pode ser novo líder da União Européia”.

–         O que significa isto? – estranhou Luíza.

–         Isso vocês terão que descobrir sozinhos!

E para o espanto de todos, Adams transformou-se num morcego e voou para longe deles.

FIM

Por enquanto...

Luiz Fabrício de Oliveira Mendes – “Goldfield”.

Atenção: Esta é uma história de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Comentário final: Pois bem, terminou! Escrevi essa história em 2004 e agora estou reescrevendo-a para tentar publicá-la em livro através de uma editora. A não ser pela presença de Ernest Adams, acredito que a nova versão seja diferente em praticamente tudo, hehehe xD

- Goldfield.


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