Nossa Hogwarts, Nosso Mundo escrita por Giullia Lepiane


Capítulo 4
Nossos estudantes - III


Notas iniciais do capítulo

Então, este é o penúltimo capítulo de apresentações! Porém, galera, o último não poderá ser escrito enquanto eu não tiver as seis fichas que faltam, então já me desculpo por qualquer eventual demora (se bem que disse isso no último capítulo, e não demorou tanto assim. Espero que este, novamente, seja o caso).
E, bem, este capítulo é dedicado à minha "irmã" Lily Duncan, porque se não fosse ela para divulgar o NHNM na fanfiction dela, eu ainda não teria fichas suficientes nem para estar postando este capítulo aqui rs. Muito obrigada!
Ah, já estou ansiosa por escrever sobre a escola...
Espero que gostem do capítulo!



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Ken Drakon

– Tenho más notícias para você, garoto. – Disse James, o padrinho de Ken que morava com ele e os pais, entrando no quarto dele naquela manhã. O menino acordou, sentou-se na cama e pegou seu óculos na mesinha de cabeceira, para conseguir enxergar o rosto do padrinho.

– O que aconteceu?

– Escrevemos uma carta para o professor Dumbledore para saber se você poderia levar Draig para escola e ele não aceitou, por oferecer risco aos outros alunos.

Ken bufou. Draig, seu dragão de estimação encolhido por magia, não ofereceria risco algum, já que Ken sabia perfeitamente como lidar com ele – era do saber geral que a família Drakon há gerações treinava e trabalhava com dragões, e o garoto não era exceção. Como ele ficaria longe de seu animal de estimação?

– Droga de Dumbledore. – Murmurou ele. James fez um gesto com a mão para que ele se calasse.

– Não fale assim. É um bom homem, Dumbledore. Foi um bom professor de Transfiguração para mim e seus pais, e fico feliz que ele agora seja diretor. Você vai gostar dele quando for para Hogwarts.

– Pode até ser. Mas Draig não vai. – Falou, decididamente.

James tentou disfarçar um sorriso.

– Bem, Draig não vai para Hogwarts.

*********

Jason Taylor

Jason não tinha conseguido dormir naquela noite. Passara toda a madrugada se revirando em sua cama, imaginando a manhã seguinte, quando sua carta de Hogwarts chegaria. Então, antes mesmo do sol nascer, ele já tinha se levantado e ido para a sala de sua casa, onde ficou andando para lá e para cá e encarando a janela, esperando qualquer sinal de uma coruja.

– Jazz? Você está aqui desde que horas? – Foi a primeira pergunta que a Sra. Taylor fez para ele ao entrar na sala, já perto das oito horas da manhã. O filho não tinha o hábito de acordar cedo.

– Não sei. Cinco da manhã? Mãe, você acha que minha coruja já está chegando? – Ele esperava que sim, afinal, suas pernas já estavam doendo de tanto andar.

– Claro que já está. Mas espere sentado, você é ansioso demais! – Declarou ela, e em seguida foi para a cozinha. – Vou preparar o café da manhã antes que seu pai acorde. Vai querer o quê?

Quando o menino ia responder, uma coruja entrou pela janela da sala. Jason correu para pegar a carta que ela trazia, a abriu, e leu o conteúdo com os olhos brilhando.

– Jason, eu perguntei o que você vai querer para o ca... – Começou a repetir a Sra. Taylor, voltando para a sala, mas foi interrompida quando Jason se aproximou e lhe deu um abraço muito forte.

– Agora eu vou entrar na escola, e depois, um dia, vou ser o melhor jogador de Quadribol do mundo! E quero panquecas para o café, por favor.

*********

Merody Hoddie

Como o rádio da residência dos Hoddie ficava na sala, Merody o tinha ligado no volume máximo para poder ouvir música de seu quarto.

Era a milésima vez que a estação tocava a música Here Comes the Sun dos Beatles só naquele dia, e Merody cantava junto sem prestar muita atenção. Ela tentava se lembrar de quando era criança e sua mãe era viva, a época em que havia magia na vida de Merody – porque depois que ela morrera, quando a filha tinha cinco anos, a menina foi deixada com apenas seu pai trouxa, sem nada mágico por perto.

Por algum motivo, ela tinha quase se esquecido de que era uma bruxa como sua mãe, e ficara surpresa quando a carta de Hogwarts dela chegara naquela manhã. Seu pai apoiava a sua ida para o colégio, e ela se sentia estranha por não estar tão feliz – claro que queria ir, mas era tão apegada ao pai, e iria passar tanto tempo longe dele... Sem falar que já não lembrava mais como funcionava o mundo bruxo.

– Here comes the sun, and I say it’s all right. – A voz de Merody foi morrendo enquanto cantava a parte da música que dizia que tudo estava bem. Ela ouviu um barulho de porta se abrindo vindo da sala, e correu até lá para ver seu pai chegando do trabalho. – Papai! – Exclamou, indo abraçá-lo.

– Como vai você, minha bruxinha? – Perguntou ele, gentilmente. – E que música alta é essa?

– Vou bem. E quanto à música... bem, acho que estou me despedindo das minhas coisas trouxas preferidas.

Ele não entendeu a profundidade do que ela tinha acabado de dizer.

*********

Doug Myers

– Isso é idiota, pai. – Reclamou Doug. Ele estava afundado na poltrona onde tinha se sentado, e tentava não olhar para o rosto do homem sentado no sofá à sua frente.

– Isso não é idiota, Doug. – Respondeu ele. – Temos de treinar a maneira como você deve conversar com as pessoas em Hogwarts. Você é muito quieto, e não conseguirá ser popular dessa forma.

– Não ligo.

– Liga sim. É importante ser popular, e comunicativo. Senão, você vai acabar se privando do maior prazer de Hogwarts.

– Caçoar sangue-ruins?

– Exatamente. – O Sr. Myers lhe sorriu. Doug afundou mais na poltrona. Não ligava para sangue-ruins. Se eles estivessem ou não em Hogwarts, não era problema dele.

– Tudo bem, querido, acho que Doug não está muito no humor para isso hoje. – Disse a Sra. Myers, que estava sentada no sofá ao lado do marido. Para ela, tudo girava em torno das vontades do filho. – Hoje, quando saí, comprei algumas vestes novas para ele usar no colégio. Gostaria que as experimentasse.

– Certo. – Sr. Myers fez um gesto de mão dispensando-os. – Mas não pense que fugiu de mim, Doug.

– Nunca pensaria isso. – Respondeu o menino, e saiu da sala junto com a mãe.

*********

Andrew Skyful

Para a maioria dos estudantes, comprar o material escolar podia ser uma das melhores partes de ir para Hogwarts. Para Andrew, contudo, não era nada empolgante ir até o Beco Diagonal para comprar livros e vestes de segunda mão, por causa da má condição financeira de sua família.

Assim, ele fora até lá com os pais para comprar sua varinha, e depois voltou para casa com o pai enquanto a mãe ficou para comprar o resto das coisas.

Em casa, deitou-se no sofá e ficou girando a varinha em suas mãos, admirando-a. Andrew se sentia um bruxo de verdade com ela, não mais uma criança, e aquela era uma sensação muito boa.

– Andy? Eu posso ver? – Perguntou Lorian, a irmã de seis anos do garoto, que entrava saltitante na sala, apontando para a varinha.

Mesmo gostando muito de Lorian, ele não ia deixá-la pôr as mãos descuidadas na varinha nova dele. Mas Andrew não podia simplesmente dizer aquilo, pois acabaria por magoá-la, então a estendeu em direção à irmã.

– Veja com os olhos. – Avisou. Lorian assentiu e se aproximou para ver melhor...

... E esperou Andrew relaxar para tomar a varinha de suas mãos e sair correndo e gritando sobre ser uma grande bruxa. O garoto balançou a cabeça.

– Crianças... – Murmurou, e foi atrás de Lorian.

*********

Sophie Mercure

Sophie já estava acostumada com as pessoas encarando seu pai todas as vezes em que os dois saiam juntos. Muitas vezes, alguns até se aproximavam para pegar um autógrafo dele, que assinava como Carlisle Mercure, apanhador do Chudley Cannons.

Mas mesmo assim aquilo estava sendo incômodo no dia em que eles foram para o Beco Diagonal comprar o material dela e de seus irmãos mais velhos, Woody e Sander, e eles estavam sendo atrasados o tempo inteiro por fãs.

– Esta é a sua filha? – Perguntou uma mulher, sorrindo para Sophie. – É tão bonitinha!

– Sophie é. – Respondeu o Sr. Mercure, brevemente. – Agora, se nos dá licença, precisamos ir.

E os dois davam meia-volta e seguiam para alguma loja que estivesse mais vazia.

– É seeempre assim. – Sophie comentou, embora não parecesse particularmente chateada com aquilo. O pai suspirou.

– Nem sempre. É que hoje aqui está muito cheio. Devíamos ter vindo depois que a maioria dos alunos já tivessem comprado o material. – Respondeu ele.

– Podemos voltar outro dia.

– Suponho que sim. – O homem sorriu, deixando claro que já tinha pensado naquilo, mas não tinha dito para não desapontar a filha.

– Mas antes, podemos tomar sorvete. – Continuou ela. Aquele era seu doce preferido de todos.

O Sr. Mercure contou, em sua mente, o tempo que levariam para fazer aquilo, e por fim concordou.

– Tudo bem, vamos lá.

*********

Augustus Geoffrey & Elliot Geoffrey

– Você realmente não tem jeito, não é mesmo, Elliot? – Perguntou Augustus, com ar de falsa decepção e um sorrisinho nos lábios. Seus braços estavam cruzados.

Elliot, seu irmão gêmeo, que estava encostado na parede do corredor tentando ouvir a conversa dos pais na sala ao lado, encostou um dedo nos lábios para o irmão ficar quieto. O Sr. e a Sra. Geoffrey não iam ficar nada contentes se soubessem que os filhos estavam ali, ouvindo-os, principalmente já tendo passado da hora de dormir.

– Você está aqui também, não reclame de mim. – Respondeu ele, quase apenas com movimento labial. Augustus, que tinha acabado de chegar (diferentemente do irmão que estava lá desde o começo), descruzou os braços e deu de ombros.

– Mas eu estava passando por aqui para ir até a cozinha beber água, não para...

– Shh! – Fez Elliot, alarmado. E mesmo que Augustus estivesse prestes a dizer que não pretendia ouvir a conversa dos pais, também se encostou na parede, e os meninos escutaram:

– O Ministério da Magia sabe o que faz, Helena! – Dizia o pai, alto. – Entendo que com os problemas com Você-Sabe-Quem, os Aurores estão passando por dificuldades, mas achar que há Comensais no próprio Ministério já é paranoia!

– Então você acha que o Ministério não é corrompível? – A Sra. Geoffrey parecia tentar manter a voz controlada, mas falava alto mesmo assim. – Estou dizendo, quando você finalmente entender certas coisas, a profissão de Auror já vai ter sido inclusive extinta pelos Comensais...

– Não diga esse tipo de coisa horrível! Só confie no Ministério, pode ser? Crouch tem tudo sob controle.

– Você está me dizendo para confiar em Bartô Crouch? O homem que está incentivando os Aurores a matarem ao invés de capturarem, se rebaixando ao nível dos próprios Comensais? Olhe, estou feliz por El e Gus estarem indo para Hogwarts neste ano. Se é para eu confiar em alguém, que seja em Dumbledore.

– Estão falando da gente. – Sussurrou Augustus.

– Estou ouvindo. – Elliot sussurrou de volta. – Calma, você me distraiu... O que eles acabaram de dizer?

– Dissemos – Ouviu-se a voz do Sr. Geoffrey, mais alta do que antes, e ele e a mulher saíram da sala, olhando os filhos com repreensão –, que por acaso conseguimos ouvir as vozes de vocês lá de dentro, agora.

Os dois engoliram em seco

– O quanto vocês ouviram? – Perguntou a Sra. Geoffrey.

– Nada. – Mentiu Elliot. – Só estávamos passando para pegar água na cozinha.

– Vocês dois têm até três para voltarem para o quarto de vocês e fingirmos que nunca estiveram aqui. – Disse o pai. – Um...

Augustus e Elliot saíram correndo.

– Dois... – Continuou a mãe.

Eles subiram as escadas.

– Três!

A porta do quarto se fechou atrás deles.


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Notas finais do capítulo

Pelas barbas de Merlin, qual é o problema desse site?! No Word está aparecendo que o capítulo tem 1880 palavras, aqui aparece que têm 1817 quando vou ver a prévia do capítulo, e depois, quando ele é registrado, aparece menos palavras ainda! Eles estão comendo parte do meu texto, é isso? Se vocês repararem algo faltando/estranho, avisem para mim, por favor, porque tenho medo de que isso esteja acontecendo (mesmo que eu também releia o capítulo).
Bom, de qualquer maneira, nos vemos no último capítulo de apresentações? ;)