Além dos Muros escrita por Quione


Capítulo 12
Mark Ward


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, eu sei que sumi e quero me desculpar por isso e vou me explicar. Aconteceu algumas coisas pessoais e quando eu vim postar aqui eu fiquei sem internet, quando voltou eu fiquei um pouco desanimada e sem inspiração para escrever (mesmo que a história esteja escrita ate o cap 15). Eu perdi meus "amigos" (sim, eles estão vivos), e isso foi mt ruim pra eu e descidi que nao queria fazer coisas que me lembrasse deles, e por isso parei de postar. E hj eu senti vontade de ler uma fic e quando terminei, loguei na minha conta para comentar e aproveitei para ver as notificações e quero agradecer a Rhyenx, pois quando vi a chuva de comentários que ela deixou fiquei curiosa e corri para ler e fiquei tão feliz com as críticas e elogios e com o entusiasmo dela que comecei a chorar (sem brincadeira) e me deu vontade de voltar. Quero agradecer a todos vcs e me desculpar pelo sumiço e apartir de hj vou me esforçar mt para que isso não se repita. É isso.. Boa leitura e leiam o recadinho das notas finais (é curtinho, eu juro kk). bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/474802/chapter/12

Mabela estava dentro de uma sala preta e branca. Havia uma cama e uma janela no alto, onde a luz da lua refletia por todo o recinto. Ela estava deitada e amarrada, tentou se soltar mais sem sucesso. Mabela estava vestida com uma camisola branca grande e estava toda suada, seus lábios secos e rachados se contraíram quando uma das paredes se abriram como um elevador, não havia portas.
– Já era hora - disse uma voz rouca. Mabela levantou a cabeça e o encarou, era o mesmo homem da carruagem, ele estava igualmente encapuzado dos pés a cabeça.
– Quem é você? - indagou Mabela
– Isso é o que menos importa, Mabela Stanford ou melhor dizendo, Mabela Walder - sua voz era suave porém firme, e o cheiro de sangue tomou conta da pequena sala
– O que estou fazendo aqui? Afinal, como vim parar aqui? Onde está Amanda, Sebastian e... - sua voz falhou e Mabela começou a tossir.
O homem sorriu e sentou-se em uma cadeira que tinha perto da cama.
– Se acalme criança, isso é só o começo
– Começo do quê?
– S.M! - o homem gritou e a parede se abriu novamente. Uma mulher alta e pálida entrou, um pano cobria seu rosto, deixando apenas seus olhos visíveis. Seus cabelos lisos e loiros estavam escapando do coque apertado. Seu corpo perfeito estava coberto por uma calça branca e uma blusa também branca, parecia uma enfermeira e trazia consigo uma siringa.
– Mabela, essa é a S.M - disse o homem - e ela irá vir de hora em hora dar uma olhada em você, até você dizer onde está
– Onde está o quê?
Silêncio.
– Do quê você está falando? - Mabela gritou e olhou para o homem - por que estou aqui? Quem é você? Quem é ela?
O homem se levantou e caminhou até a parede
– A onde vai? Ei volte aqui! - Mabela continuo a gritar - Socorro! Me tira daqui
Mabela se contorceu e começou a se debater e a gritar descontroladamente.
– S.M, faça o que tiver de ser feito, até que ela fale. A parede se abriu e ele saiu
A enfermeira assentiu e se aproximou de Mabela com a siringa que continha um líquido verde, Mabela se debateu e a enfermeira ingetou a agulha em sua barriga e em seguida empurrou o líquido. Mabela instantemente parou de se debater, seu corpo não correspondia a seus comando, ela queria gritar e arrancar aquelas algemas de seus puços, mas não conseguiu. Mabela pôde ouvir um suspiro vindo da enfermeira e então o corpo da garota começou a tremer. Mabela estava tendo uma confusão e então tudo ficou preto.


Com um sobresalto, Mabela olhou em volta e viu Sebastian abrir as cortinas.
– Opa, te acordei? - disse ele a olhando. Sem dizer nada, ela o abraçou - Ow, hãn... hum... sentiu minha falta? - ele sorriu
Mabela estava suada e Sebastian pareceu não estar incomodado, pois retribuiu seu abraço e beijou o topo de sua cabeça.
– Teve um pesadelo? - ele perguntou com a voz suave
Mabela assentiu
– Ah... quer falar sobre isso?
Ela negou com a cabeça
– Ok, está com medo?
– Muito - a voz de Mabela saiu como um sussurro
Sebastian segurou os ombros da menina e o retirou cuidadosamente de seu corpo fazendo-a olhar em seus olhos.
– Sei que não estive muito presente esses dias, mas fique tranquila, eu sempre estarei aqui quando você precisar - ele sorriu - não fique com medo, não irei deixar ninguém mexer com a minha bebê. Mabela sorriu timidamente e o abraçou novamente, ele retribuiu e sorriu.
– Agora você precisa estudar, vou deixa-la se arrumar
Mabela assentiu e Sebastian caminhou até a porta, ascendeu a luz e saiu. Assim que ele fechou a porta Mabela sentou na cama e tocou seus puços e fechou os olhos, ela pôde sentir as algemas prendendo-os, o cheiro forte de sangue e o tremor de seu corpo. Tentando tirar as cenas de sua cabeça, Mabela foi até o banheiro e se lavou rapidamente e saiu, vestiu uma calça jeans clara, a blusa da escola e calçou seus tênis. Peteou seus cabelos e os prendeu em um rabo de cavalo.
Quando chegou a sala de jantar, a mesa estava farta para um café da manhã, Will estava com o cabelo bagunçado, vestido com uma calça jeans escura e a camiseta do colégio. Sebastian sorriu ao ver Mabela, Amanda logo apareceu com uma jarra de suco e sorriu, Mabela sentou ao lado de Will e serviu-se.
Sebastian falou brevemente sobre sua curta viagem há Londres, fora isso o café da manhã foi silencioso.
Assim que terminaram, Mabela e Will pegaram suas coisas e foram para fora esperar Amanda, que não demorou a chegar com o carro, eles entraram e Will colocou os fones de ouvido e Mabela fez o mesmo.
O caminho até a escola foi silencioso, assim que chegaram, Will saiu em disparada a sua rodinha de amigos e comprimentando todos. Mabela deu um beijo em Amanda e desceu, entrou e encontrou Alex, Alison e Pedro encostado no muro conversando. Ela se aproximou deles e sorriu
– Mabêeees - disse Alison sorrindo e abraçando a amiga
– Bom dia Ally - respondeu Mabela sorrindo.
Elas se afastaram e Mabela foi até os meninos
– Oi Alex e Pê
Ela deu um beijo na bochecha de cada um e sentiu um calafrio percorrer por seu corpo, quando um homem passou por ela.
– Paresse que esse é o nosso novo professor - disse Alex encarando-o.
O homem era alto, cabelos negros, levemente corpulento e tinha uma aparência de cansado. Mabela o olhou atenta para o novo professor e sentiu um arrepio percorrer por sua espinha. Ele não era bonito, mas também não era feio, tinha olhos azuis e aqueles olhos não era estranho para Mabela.
– Mabela? - Alex chamou, tirando sua atenção do professor - está tudo bem?
– Sim - ela disse virando-se para encara-lo
– Então vamos entrar, o sinal bateu.
Eles caminharam até a sala de aula. Mabela ainda encarava o professor com desconfiança, aqueles olhos... não era estranho.
As duas primeiras aulas passaram voando. Enquanto esperavam o próximo professor(a) entrar, Alex, Alison, Pedro e Mabela, ficaram conversando sobre músicas. A conversa foi interrompida quando Mabela sentiu um arrepio percorrer pelo seu corpo, um perfume doce invadiu a sala e o professor entrou. Era o mesmo professor que eles haviam visto no pátio horas atrás. O professor sorriu e Mabela virou-se para frente como todos os outros alunos, ele sorriu e virou-se para a lousa, escreveu Mark Ward e virou-se para os alunos novamente.
– Óla pessoal - disse o professor - sou o novo professor de história de vocês, me chamo Mark.
Seus olhos azuis cintilaram, ele usava uma capa preta que cobria todo seu corpo, apesar do calor. Ele olhou para Mabela e depois para Pedro, Alison e Alex, sua expressão era indecifravel, mas seu olhar dizia algo, algo que Mabela estava tentando entender.
Professor Mark anotou algumas páginas na lousa e pediu que todos a resumissem, assim que se sentou, Mabela observou com o uma piscadela que o professor a observava atentamente enquanto mexia em seu anel.
Assim que o sinal bateu, todos os alunos saíram da sala, apenas, Mabela e seus amigos ficaram. Assim que Alex pegou seu dinheiro na mochila, eles caminharam até a porta. Os meninos e Ally foram na frente, enquanto Mabela andava atrás, assim que ela passou pela porta ouviu alguém sussurrar chica inocente, assim que olhou para o lado viu o professor Mark estava sorrindo e andando. Sem dizer uma palavra, ela desceu para o pátio.
O intervalo foi silencioso, ninguém disse nada. Alison, Pedro e Alex por vez e outra se entre olhavam com uma certa desconfiança, mas Mabela não atreveu a perguntar, apenas comeu seu lanche até o sinal bater.
As próximas aulas passaram-se arrastando e silenciosas, desde que o professor Mark entrou na sala, nenhum dos amigos de Mabela falava alguma coisas. Ela sabia que aqueles olhos não eram estranhos para ela, mas será que seus novos amigos sabiam quem ele era? Será que já haviam sido alunos de Mark? Nunca saberia, pois não conseguia falar.
Após voltar para casa, Mabela almoçou, leu, ajudou Amanda em algumas coisas em casa e quando o sol já estava se pondo, Mabela subiu para seu quarto. A garota tirou a roupa e as jogou na cama, pegou uma toalha e foi para o banheiro.
A água caia em seus ombros tensos e os relaxavam dolorosamente, Mabela fechou os olhos e ficou apenas tentando imaginar da onde conhecia aqueles olhos azuis... mas nada aconteceu, era como se seus pensamentos estivessem bloqueados para se lembrar. Mabela terminou seu banho e enrolou na toalha, saiu do banheiro e pegou sua camisola, vestiu-se e deitou na cama. Após tentar mais uma vez se lembrar de onde conhecia Mark ou seus lindos olhos azuis, Mabela caiu no sono, estava tão cansada que não demoro muito.
Chuva, era tudo o que a garota conseguia ouvir. Mabela estava atordoada e foi abrindo os olhos lentamente, com a vista embaçada ela viu as paredes preta e branca e reconheceu a pequena sala sem porta. S.M estava sentada de pernas cruzadas em uma cadeira, ela segurava uma siringa com líquido verde e encarava Mabela. A parede se abriu como um portão e o mesmo homem encapuzado entrou e o cheiro de sangue inundou o ambiente.
Mabela sentiu a boca travada e seca
– Água - sussurrou a garota sem forças
– Quer água é? - disse o homem encapuzado
Mabela assentiu com a cabeça molhada de suor e sem forças
– Ah! então nos diga onde está e S.M lhe dará água
Mabela olhou para a mulher que estava com a seringa na mão, seu corpo estremesseu e seus olhos se fecharam.
O cenário mudou e Mabela estava dentro de uma sala, parecia a sala de música do orfanato, só que agora ela estava pegando fogo.
– Mabê - sussurrou uma voz fraca vindo atrás do piano.
Mabela correu até o piano e viu Vitor deitado preso ao instrumentos, ela se ajoelhou tossindo
– Vitor! O que.. O que aconteceu?
– Babbs, ela...
– Ela oquê?

– Ela... - Vitor tossiu e respirou fundo tentando absorver todo ôxigenio que conseguia
– O que tem a Bárbara Vitor?
– Mor..
Vitor não conseguiu terminar a frase, seus olhos se fecharam e Mabela pôde ver uma lágrima escorrer pelo rosto sujo do amigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me perdoem os erros, enviei pelo cel
Até o próximo cap :D