Back From Hell escrita por Lana Sparks
Notas iniciais do capítulo
Capítulo dedicado a Lian Black, um ser humano adorável que quase sempre me confunde com os comentários, pois tem uma escrita complicada demais para minha mente perturbada e mal desenvolvida haha. Obrigada pela recomendação
– Quarto 405, tenham uma boa estadia. – O rapaz de aparentemente 20 anos disse para Sam, entregando-o a chave do quarto.
– Obrigado. – Sam pegou a chave e os três subiram para o quarto.
– Desde quando passaram para hotéis de beira de estrada, para hotéis de três estrelas? – Bobby perguntou, incomodado com o luxo do lugar.
– Desde que descobrimos o nome de uns ricaços, eles nem vão dar falta. – Dean disse rindo.
Logo chegaram em seu quarto, Dean já foi jogando as coisas pelo chão e se jogou em uma das camas. – A cama é minha! – Ele disse assim que se jogou na cama.
– E a outra é minha, tenho problema nas costas, coisa da idade. – Todos ali sabiam que Bobby não tinha problema nenhum, mas preferiram não discutir.
– Parece que o sofá é meu... Que bom . –Sam e sua falsa animação fizeram Bobby e Dean rir. – Como será que Alexia está ?
– Deve estar bem, o anjo lá ta cuidando dela. – Bobby disse tirando os livros da mala.
– Já existe internet, sabia? – Sam perguntou rindo e tirando o notebook da bolsa.
– Ta bom, garoto de faculdade... Quero ver achar alguma coisa dos livros na internet. – Bobby disse, desafiador.
– Ta bom, chega vocês dois... O que temos? – Dean perguntou para Bobby.
– Prédio aparentemente assombrado, barulhos estranhos, sons de arranhões nas paredes e no chão e uma empregada jura que viu o fantasma da antiga colega. – Bobby disse.
– E como a colega morreu? – Sam perguntou.
– Ataque cardíaco, em um dos quartos do hotel. – Bobby falou, era tão obvio.
– Qual é o nome do hotel? – Sam perguntou, sentando-se a frente do notebook.
– Salvatore Hotel. – Bobby respondeu, abrindo um livro.
– Achei... – Sam disse, Dean e Bobby sentaram-se ao seu lado. – Aqui diz que uma tal médium, Joan Grant, passou um tempo no hotel em 1929.
‘ Joan Grant fazia uma viagem com seu marido pela Euroupa em 1929, os dois pararam em um hotel em Bruxelas, onde passaram a noite. Por um motivo inexplicável o quarto deixou Joan inquieta, o marido achou que era idiotice da mulher e foi dar uma volta sozinho.
Grant decidiu tomar um banho para acalmar os nervos, ao ver que de nada adiantou, resolveu ler um pouco e ir para a cama. Foi ai que ela teve um choque. Enquanto estava deitada na cama, teve uma assustadora visão: Um jovem, com feições tristes pareceu ter saído correndo do banheiro e se jogou pela janela, Joan esperou ouvir o baque surdo de seu corpo se chocando contra o chão, mas não ouviu nada. A médium, nervosa, decidiu fazer uma oração, mas, algum tempo depois, teve a mesma visão outra vez.
Foi ai então que ela concluiu que aquela sensação desagradável no quarto tinha a ver com um evento passado. Uma vitima de suicídio, pensou ela, alugara aquele mesmo quarto, e agora estava comunicando sua aflição a médium. Joan julgou ser capaz de libertar o espirito do suicida, ou de qualquer coisa que estivesse perturbando aquele aposento, se aprofundando no assunto. Seu maior medo, no entanto, era que poderia envolver-se tão completamente com o suicida que acabaria por saltar da janela também.
Assumindo o risco, Grant foi até a janela e disse:
– Seu medo já se apoderou de mim, e agora você esta livre.
Ela repetiu essa mensagem varias vezes antes de sentir que o quarto ficara, de repente, mais claro.
Quando seu marido voltou, no inicio da noite, ela estava aborrecida:
– Seu monstro! – Esbravejou ela. – Como pôde sair assim e deixar, deliberadamente, sua mulher envolver-se com um caso de suicídio? Não foi graças a você que deixei de pular da janela para quebrar o pescoço.
– Qual é o problema? – Perguntou o marido. – O que foi que aconteceu?
– Este quarto estava assombrado. Eu lhe disse que havia alguma coisa errada aqui. Um homem ficou o tempo todo correndo do banheiro para a janela e pulando lá em baixo. Eu tive de me envolver para libertar o espirito dele e quase acabei pulando janela abaixo. No dia seguinte, o Sr. Grant verificou a historia com o gerente do hotel, e foi informado de que, realmente, ocorrera um suicídio naquele mesmo quarto, cinco dias antes, e que o ocupante saltara pela janela.’
(N/A: História: O Hotel Do Suicídio. Livro: O Livro Dos Fenômenos Estranhos, de Charles Berlitz, página 279)
– Espera... Bruxelas? Então porque diabos estamos em São Francisco? – Sam perguntou a Bobby, assim que terminou de ler a história.
– Eu acho que isso é como O Iluminado, o hotel onde foi filmado a história trocou o numero do quarto, achando que os hospedes não ficariam mais ali. – Dean disse. - Aposto que o hotel ameaçou processar quem publicasse a história, então mudaram o local para Bruxelas.
– É claro... Mas nem mencionam o nome do hotel, pra que fazer isso? – Sam perguntou intrigado.
– Naquela época, as coisas sobrenaturais se espalhavam rápido, as pessoas começariam a pesquisar e provavelmente achariam o hotel. – Bobby disse.
– Então... O cara era um eco da morte, provavelmente, então quem está matando gente? – Dean perguntou.
– Vamos descobrir. – Sam fechou o notebook e os três foram rumo ao Salvatore Hotel.
* * * * * * *
– Boa tarde, somos do San Francisco Today, estamos fazendo uma matéria sobre os lugares históricos de São Francisco e adoraríamos fazer uma matéria sobre seu hotel. – Sam disse para o gerente, que mantinha um sorriso largo no rosto, chegava a dar medo.
– O que gostariam de saber? – O homem de terno perguntou.
– Tudo. – Bobby disse.
– Tudo bem, vamos dar um volta. – O homem disse e saiu andando pelos corredores, sendo seguido pelos três.
– Esse hotel foi construído em 1900, por Claudia e Louis Salvatore e ficou muito famoso em 1929 após o relato de Joan Grant se publicado, afirmando presenças sobrenaturais no local, alguns anos depois a história foi desmentida pela própria Joan.
– Eu aposto de ficou rica. – Dean disse baixo para Sam, que segurou o riso.
– Muitas estrelas já ficaram aqui, Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Elvis Presley, Lana Turner... – O homem dizia.
– Bom, podemos falar com as funcionarias? É uma parte importante da matéria. – Sam pediu e o homem assentiu, chamando todas as funcionarias.
– Infelizmente tenho que ir, volto depois. – O gerente saiu e deixou os três sozinhos com os funcionários.
– Quem é Elizabeth Kinney? – Dean perguntou e uma senhora de cinquenta anos deu um passo a frente. – Vamos falar com você, em particular. – Dean disse e conduziu a senhora até o lado de fora.
– Foi a senhora que viu o fantasma de Lauren Winters? – Sam perguntou.
– Fantasmas não existem, criança. – A senhora olhou docemente para Sam. – Eu vi alguém parecida com Lauren, só isso.
– Pode nos contar, Elizabeth, não tem problema. – Bobby disse e a senhora o olhou preocupada.
– O gerente, Martin, nos fez prometer não falar nada para a imprensa. – A mulher mantinha as mãos cruzadas na frente do peito.
– Não se preocupe, não vamos colocar isso na matéria, é apenas curiosidade. – Dean disse sorrindo e a senhora sorriu também.
– Tudo bem... Eu a vi, Lauren, ela estava desesperada correndo pelos corredores. Eu na hora fiquei paralisada, apavorada. Ela sumiu dois minutos depois. – Elizabeth disse.
– Obrigado, Elizabeth... – Sam disse e foi interrompido por Elizabeth, sem ela perceber.
– Eu sinto pena do senhor Shelby... pobre homem. – Elizabeth dizia com magoa na voz.
– Porque? – Dean perguntou e recebeu um pisão no pé.
– Além dele ter perdido a esposa? – Bobby perguntou e Dean se calou.
– O casal ia ter o primeiro filho, passaram mais de dez anos tentando... Bom, isso é tudo que eu sei. Até mais senhores. – A senhora voltou a seus afazeres.
– Sério, Dean? ‘Porque?’ – Sam dizia para o irmão, que se mantinha calado.
– Então, acho que vamos fazer uma visita ao senhor Shelby. – Bobby disse.
– O.k, eu só vou ligar para Castiel, ver como Alexia está. – Sam disse e se distanciou dos dois.
– Pai coruja. – Bobby brincou e Dean continuou sério. – O que foi garoto? Parece que levou um tiro.- As comparações do Bobby nunca foram muito boas.
– Nada, só quero resolver isso logo. – Dean disse e Bobby o entendeu, ele sabia que mesmo que o bebê de Alexia pudesse destruir o mundo, ainda era filho de Dean.
– Ela está bem, se recuperando da ‘Ressaca angelical’ – Sam brincou e os três foram procurar o senhor Shelby.
* * * * * * * * *
Chegaram na frente de uma casa bonita, de pessoas normais, com a bandeira dos Estados Unidos na frente e a clássica cerca branca.
– Senhor Shelby? – Sam perguntou ao homem, que cuidava da grama.
– Sim? – Ele perguntou ao tirar o fone de ouvido.
– Gostaríamos de fazer algumas perguntas, sou o Agente Page e esses são Agente Plant e Agente Bonham. – Sam disse mostrando o distintivo.
– Em que posso ajudar, Agentes? – O homem perguntou.
– Queremos fazer algumas perguntas sobre sua esposa, Lauren Winters. – Bobby disse.
– De novo? – Senhor Shelby suspirou. – Vamos entrar. – Ele disse entrando em casa, sendo seguido pelos três.
– Então, a senhora Winters disse alguma coisa estranha antes de morrer? Alguma coisa preocupante? – Dean perguntou.
– Não, ela só dizia que queria sair do trabalho, mas isso não é preocupante, é normal... Aceitam? – Shelby ofereceu cerveja para os homens.
– Não, obrigado. – Sam disse. – Então, Senhor Shelby...
– Scott, por favor. – Scott disse para Sam.
– O.k, Scott... Lauren tinha problemas cardíacos? – Bobby perguntou.
– Não, eu me surpreendi quando disseram a causa da morte, ela sempre foi saudável. – Scott disse, escorando-se na geladeira.
– Isso é tudo, obrigado. – Sam disse e se virou para a saída, quando Scott o chamou.
– Porque vocês estão aqui? Foi um ataque cardíaco, caso encerrado... Não?
– Como você disse, é muito estranho alguém ter um ataque cardíaco do nada. Até mais. – Sam disse e os três voltaram para o hotel.
* * * * * * * *
– O.k, então temos uma mulher saudável que morre do nada de ataque cardíaco E que odeia o trabalho. Elizabeth? No site do hotel, diz que Elizabeth é uma das funcionarias mais antigas, mas é só... O foco é em Lauren. – Sam disse enquanto fuçava o site do hotel.
– Então, Elizabeth mata Lauren por inveja, o espírito volta com raiva e começa a matar pessoas? – Bobby perguntou.
– Uma coisa não faz sentido, se Lauren estava matando pessoas, porque ela aparentava fugir de alguém quando Elizabeth a viu. – Sam disse.
– Elizabeth pode ter mentido. – Bobby disse.
– Duvido muito, aquela senhora mal consegue andar, nunca mataria alguém... Eu tenho um palpite. – Dean disse na frente do notebook.
– O que? – Sam e Bobby perguntaram juntos.
– Olha isso. – Dean apontou para uma foto com os funcionários, onde faltavam Lauren e o gerente, Martin. – Se você aproximar a imagem daquela porta... Temos Lauren e Martin no maior amasso. – Dean disse bem humorado.
– Uau... Agora eu realmente estou perdido. –Sam disse.
– Você reparou que as vítimas anteriores haviam sido apenas mulheres? – Dean perguntou, foi como se acendessem uma luz na cabeça de Bobby e Sam.
– Martin! – Bobby e Sam disseram juntos novamente.
– Na mosca... Vamos lá.
Os três foram até o Hotel Salvatore, um outro homem estava como gerente.
– Posso ajuda-los? – O homem disse, sério.
– Somos do FBI, precisamos falar com o Senhor Martin! – Sam disse ofegante, haviam corrido do carro até o Hall de entrada.
– O senhor Martin está de folga hoje, amanhã estará de volta. – O homem disse e se afastou.
– Senhores, voltaram? – A voz de Elizabeth surgiu atrás dos mesmo.
– Sim... Pode nos dizer se tem alguma de suas colegas ‘sumidas’ hoje? – Bobby perguntou, Dean e Sam não entenderam o porquê.
– Hum... – A mulher parecia pensar. – Não vejo Annie há três horas.
– Senhora, onde é o porão? – Bobby perguntou, segurando os ombros da mulher, que se assustou.
– Não posso lhe dizer, sinto muito, senhor.
– É importante, Annie pode estar em perigo. – Bobby insistiu e a mulher os levou rapidamente até o porão.
– Por favor... Não. – Uma voz de mulher dizia do outro lado da porta, e do nada um grito estridente foi ouvido.
Dean e Sam arrombaram a porta, atraindo a atenção de Martin para eles.
– Ora ora, quem temos aqui? – Martin dizia com um sorriso sádico nos lábios, com um avental ensanguentado. – Elizabeth não consegue ficar quieta!
– Solte a garota. – Dean disse, apontando uma arma para Martin, que recuou... Ele era apenas um humano, morreria por um tiro.
– Abaixe a arma e nós conversamos. – Martin disse e Dean destravou a arma.
– Acho que não... – Dean disse. – Sam, tira a garota daqui.
Sam foi até Annie e a desamarrou da maca, estava toda ensanguentada e apenas com alguns trapos a cobrindo. Bobby colocou o casaco na garota e Sam a levou do porão.
– Porque? - Dean perguntou. – Porque Annie, Lauren, Lindsey ou Lori?
– Bom, Lindsey e Lori eram irmãs, consequentemente iriam contar uma para a outra, tive que dar um fim nelas antes que isso acontecesse... Lauren estava grávida, o filho era meu, minha esposa não ficaria contente em saber que eu vou ser pai e não é ela que está gravida, Annie foi pura diversão. – Martin disse como se fosse a coisa mais comum do mundo.
– Você é um monstro! – Bobby disse.
– Ah é, pode apostar que eu sou... Mas e vocês, são quem? Obviamente não são jornalistas.
– Não interessa quem nós somos... – O telefone de Dean começou a tocar.
– Deem um jeito de manter Martin ai, chamei a policia, daqui a pouco vão ai prender o cara. – Era Sam.
– Você fez o que?! – Dean perguntou. – O.k, eu dou um jeito. – Desligou o telefone.
Ficaram enrolando Martin por dez minutos até a chegada da polícia, Bobby e Dean contaram tudo a polícia, que prendeu Martin e checariam o caso.
* * * * * * * *
– Então Lauren não era um fantasma? Era apenas um eco, estava fugindo de Martin quando foi morta, por isso Elizabeth a viu desesperada. – Sam dizia para Dean e Bobby, que escutava a conversa pelo telefone. Os três voltavam para casa.
– Sim, estavam tentando nos avisar, assim como Claire fez, lembra? – Sam perguntou para Dean. – ... DanaShulps, Ashland Sup? – Sam dizia, tentando fazer com que Dean lembrasse.
– Eu lembro, Sammy. – Dean disse rindo.
– Ecos não são exatamente um perigo a sociedade, nós praticamente resolvemos um caso normal, somos quase Agentes do FBI de verdade. – Bobby disse rindo do outro lado da linha.
– É, só que com algumas passagens a mais pela policia. – Dean disse rindo.
Os três seguiram conversando a viagem inteira, logo estariam em casa.
( A história de Joan Grant é uma das minhas favoritas, meu tio costumava ler O Livro Dos Fenômenos Estranhos para mim, antes de dormir. SUPER recomendo o livro pra quem gosta do mundo Sobrenatural.)
História: O Hotel do Suicídio. Livro: O Livro Dos Fenômenos Estranhos de Charles Berlitz. Página 279.
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Como eu quase nunca foco os capítulos nos casos, decidi fazer um capítulo apenas com o caso. Espero a opinião de vocês :)