Back From Hell escrita por Lana Sparks


Capítulo 11
Chapter 11 - Salvatore Hotel.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Lian Black, um ser humano adorável que quase sempre me confunde com os comentários, pois tem uma escrita complicada demais para minha mente perturbada e mal desenvolvida haha. Obrigada pela recomendação



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/474801/chapter/11

– Quarto 405, tenham uma boa estadia. – O rapaz de aparentemente 20 anos disse para Sam, entregando-o a chave do quarto.

– Obrigado. – Sam pegou a chave e os três subiram para o quarto.

– Desde quando passaram para hotéis de beira de estrada, para hotéis de três estrelas? – Bobby perguntou, incomodado com o luxo do lugar.

– Desde que descobrimos o nome de uns ricaços, eles nem vão dar falta. – Dean disse rindo.

Logo chegaram em seu quarto, Dean já foi jogando as coisas pelo chão e se jogou em uma das camas. – A cama é minha! – Ele disse assim que se jogou na cama.

– E a outra é minha, tenho problema nas costas, coisa da idade. – Todos ali sabiam que Bobby não tinha problema nenhum, mas preferiram não discutir.

– Parece que o sofá é meu... Que bom . –Sam e sua falsa animação fizeram Bobby e Dean rir. – Como será que Alexia está ?

– Deve estar bem, o anjo lá ta cuidando dela. – Bobby disse tirando os livros da mala.

– Já existe internet, sabia? – Sam perguntou rindo e tirando o notebook da bolsa.

– Ta bom, garoto de faculdade... Quero ver achar alguma coisa dos livros na internet. – Bobby disse, desafiador.

– Ta bom, chega vocês dois... O que temos? – Dean perguntou para Bobby.

– Prédio aparentemente assombrado, barulhos estranhos, sons de arranhões nas paredes e no chão e uma empregada jura que viu o fantasma da antiga colega. – Bobby disse.

– E como a colega morreu? – Sam perguntou.

– Ataque cardíaco, em um dos quartos do hotel. – Bobby falou, era tão obvio.

– Qual é o nome do hotel? – Sam perguntou, sentando-se a frente do notebook.

– Salvatore Hotel. – Bobby respondeu, abrindo um livro.

– Achei... – Sam disse, Dean e Bobby sentaram-se ao seu lado. – Aqui diz que uma tal médium, Joan Grant, passou um tempo no hotel em 1929.

Joan Grant fazia uma viagem com seu marido pela Euroupa em 1929, os dois pararam em um hotel em Bruxelas, onde passaram a noite. Por um motivo inexplicável o quarto deixou Joan inquieta, o marido achou que era idiotice da mulher e foi dar uma volta sozinho.

Grant decidiu tomar um banho para acalmar os nervos, ao ver que de nada adiantou, resolveu ler um pouco e ir para a cama. Foi ai que ela teve um choque. Enquanto estava deitada na cama, teve uma assustadora visão: Um jovem, com feições tristes pareceu ter saído correndo do banheiro e se jogou pela janela, Joan esperou ouvir o baque surdo de seu corpo se chocando contra o chão, mas não ouviu nada. A médium, nervosa, decidiu fazer uma oração, mas, algum tempo depois, teve a mesma visão outra vez.

Foi ai então que ela concluiu que aquela sensação desagradável no quarto tinha a ver com um evento passado. Uma vitima de suicídio, pensou ela, alugara aquele mesmo quarto, e agora estava comunicando sua aflição a médium. Joan julgou ser capaz de libertar o espirito do suicida, ou de qualquer coisa que estivesse perturbando aquele aposento, se aprofundando no assunto. Seu maior medo, no entanto, era que poderia envolver-se tão completamente com o suicida que acabaria por saltar da janela também.

Assumindo o risco, Grant foi até a janela e disse:

– Seu medo já se apoderou de mim, e agora você esta livre.

Ela repetiu essa mensagem varias vezes antes de sentir que o quarto ficara, de repente, mais claro.

Quando seu marido voltou, no inicio da noite, ela estava aborrecida:

– Seu monstro! – Esbravejou ela. – Como pôde sair assim e deixar, deliberadamente, sua mulher envolver-se com um caso de suicídio? Não foi graças a você que deixei de pular da janela para quebrar o pescoço.

– Qual é o problema? – Perguntou o marido. – O que foi que aconteceu?

– Este quarto estava assombrado. Eu lhe disse que havia alguma coisa errada aqui. Um homem ficou o tempo todo correndo do banheiro para a janela e pulando lá em baixo. Eu tive de me envolver para libertar o espirito dele e quase acabei pulando janela abaixo. No dia seguinte, o Sr. Grant verificou a historia com o gerente do hotel, e foi informado de que, realmente, ocorrera um suicídio naquele mesmo quarto, cinco dias antes, e que o ocupante saltara pela janela.

(N/A: História: O Hotel Do Suicídio. Livro: O Livro Dos Fenômenos Estranhos, de Charles Berlitz, página 279)

– Espera... Bruxelas? Então porque diabos estamos em São Francisco? – Sam perguntou a Bobby, assim que terminou de ler a história.

– Eu acho que isso é como O Iluminado, o hotel onde foi filmado a história trocou o numero do quarto, achando que os hospedes não ficariam mais ali. – Dean disse. - Aposto que o hotel ameaçou processar quem publicasse a história, então mudaram o local para Bruxelas.

– É claro... Mas nem mencionam o nome do hotel, pra que fazer isso? – Sam perguntou intrigado.

– Naquela época, as coisas sobrenaturais se espalhavam rápido, as pessoas começariam a pesquisar e provavelmente achariam o hotel. – Bobby disse.

– Então... O cara era um eco da morte, provavelmente, então quem está matando gente? – Dean perguntou.

– Vamos descobrir. – Sam fechou o notebook e os três foram rumo ao Salvatore Hotel.

* * * * * * *

– Boa tarde, somos do San Francisco Today, estamos fazendo uma matéria sobre os lugares históricos de São Francisco e adoraríamos fazer uma matéria sobre seu hotel. – Sam disse para o gerente, que mantinha um sorriso largo no rosto, chegava a dar medo.

– O que gostariam de saber? – O homem de terno perguntou.

– Tudo. – Bobby disse.

– Tudo bem, vamos dar um volta. – O homem disse e saiu andando pelos corredores, sendo seguido pelos três.

– Esse hotel foi construído em 1900, por Claudia e Louis Salvatore e ficou muito famoso em 1929 após o relato de Joan Grant se publicado, afirmando presenças sobrenaturais no local, alguns anos depois a história foi desmentida pela própria Joan.

– Eu aposto de ficou rica. – Dean disse baixo para Sam, que segurou o riso.

– Muitas estrelas já ficaram aqui, Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Elvis Presley, Lana Turner... – O homem dizia.

– Bom, podemos falar com as funcionarias? É uma parte importante da matéria. – Sam pediu e o homem assentiu, chamando todas as funcionarias.

– Infelizmente tenho que ir, volto depois. – O gerente saiu e deixou os três sozinhos com os funcionários.

– Quem é Elizabeth Kinney? – Dean perguntou e uma senhora de cinquenta anos deu um passo a frente. – Vamos falar com você, em particular. – Dean disse e conduziu a senhora até o lado de fora.

– Foi a senhora que viu o fantasma de Lauren Winters? – Sam perguntou.

– Fantasmas não existem, criança. – A senhora olhou docemente para Sam. – Eu vi alguém parecida com Lauren, só isso.

– Pode nos contar, Elizabeth, não tem problema. – Bobby disse e a senhora o olhou preocupada.

– O gerente, Martin, nos fez prometer não falar nada para a imprensa. – A mulher mantinha as mãos cruzadas na frente do peito.

– Não se preocupe, não vamos colocar isso na matéria, é apenas curiosidade. – Dean disse sorrindo e a senhora sorriu também.

– Tudo bem... Eu a vi, Lauren, ela estava desesperada correndo pelos corredores. Eu na hora fiquei paralisada, apavorada. Ela sumiu dois minutos depois. – Elizabeth disse.

– Obrigado, Elizabeth... – Sam disse e foi interrompido por Elizabeth, sem ela perceber.

– Eu sinto pena do senhor Shelby... pobre homem. – Elizabeth dizia com magoa na voz.

– Porque? – Dean perguntou e recebeu um pisão no pé.

– Além dele ter perdido a esposa? – Bobby perguntou e Dean se calou.

– O casal ia ter o primeiro filho, passaram mais de dez anos tentando... Bom, isso é tudo que eu sei. Até mais senhores. – A senhora voltou a seus afazeres.

– Sério, Dean? ‘Porque?’ – Sam dizia para o irmão, que se mantinha calado.

– Então, acho que vamos fazer uma visita ao senhor Shelby. – Bobby disse.

– O.k, eu só vou ligar para Castiel, ver como Alexia está. – Sam disse e se distanciou dos dois.

– Pai coruja. – Bobby brincou e Dean continuou sério. – O que foi garoto? Parece que levou um tiro.- As comparações do Bobby nunca foram muito boas.

– Nada, só quero resolver isso logo. – Dean disse e Bobby o entendeu, ele sabia que mesmo que o bebê de Alexia pudesse destruir o mundo, ainda era filho de Dean.

– Ela está bem, se recuperando da ‘Ressaca angelical’ – Sam brincou e os três foram procurar o senhor Shelby.

* * * * * * * * *

Chegaram na frente de uma casa bonita, de pessoas normais, com a bandeira dos Estados Unidos na frente e a clássica cerca branca.

– Senhor Shelby? – Sam perguntou ao homem, que cuidava da grama.

– Sim? – Ele perguntou ao tirar o fone de ouvido.

– Gostaríamos de fazer algumas perguntas, sou o Agente Page e esses são Agente Plant e Agente Bonham. – Sam disse mostrando o distintivo.

– Em que posso ajudar, Agentes? – O homem perguntou.

– Queremos fazer algumas perguntas sobre sua esposa, Lauren Winters. – Bobby disse.

– De novo? – Senhor Shelby suspirou. – Vamos entrar. – Ele disse entrando em casa, sendo seguido pelos três.

– Então, a senhora Winters disse alguma coisa estranha antes de morrer? Alguma coisa preocupante? – Dean perguntou.

– Não, ela só dizia que queria sair do trabalho, mas isso não é preocupante, é normal... Aceitam? – Shelby ofereceu cerveja para os homens.

– Não, obrigado. – Sam disse. – Então, Senhor Shelby...

– Scott, por favor. – Scott disse para Sam.

– O.k, Scott... Lauren tinha problemas cardíacos? – Bobby perguntou.

– Não, eu me surpreendi quando disseram a causa da morte, ela sempre foi saudável. – Scott disse, escorando-se na geladeira.

– Isso é tudo, obrigado. – Sam disse e se virou para a saída, quando Scott o chamou.

– Porque vocês estão aqui? Foi um ataque cardíaco, caso encerrado... Não?

– Como você disse, é muito estranho alguém ter um ataque cardíaco do nada. Até mais. – Sam disse e os três voltaram para o hotel.

* * * * * * * *

– O.k, então temos uma mulher saudável que morre do nada de ataque cardíaco E que odeia o trabalho. Elizabeth? No site do hotel, diz que Elizabeth é uma das funcionarias mais antigas, mas é só... O foco é em Lauren. – Sam disse enquanto fuçava o site do hotel.

– Então, Elizabeth mata Lauren por inveja, o espírito volta com raiva e começa a matar pessoas? – Bobby perguntou.

– Uma coisa não faz sentido, se Lauren estava matando pessoas, porque ela aparentava fugir de alguém quando Elizabeth a viu. – Sam disse.

– Elizabeth pode ter mentido. – Bobby disse.

– Duvido muito, aquela senhora mal consegue andar, nunca mataria alguém... Eu tenho um palpite. – Dean disse na frente do notebook.

– O que? – Sam e Bobby perguntaram juntos.

– Olha isso. – Dean apontou para uma foto com os funcionários, onde faltavam Lauren e o gerente, Martin. – Se você aproximar a imagem daquela porta... Temos Lauren e Martin no maior amasso. – Dean disse bem humorado.

– Uau... Agora eu realmente estou perdido. –Sam disse.

– Você reparou que as vítimas anteriores haviam sido apenas mulheres? – Dean perguntou, foi como se acendessem uma luz na cabeça de Bobby e Sam.

– Martin! – Bobby e Sam disseram juntos novamente.

– Na mosca... Vamos lá.

Os três foram até o Hotel Salvatore, um outro homem estava como gerente.

– Posso ajuda-los? – O homem disse, sério.

– Somos do FBI, precisamos falar com o Senhor Martin! – Sam disse ofegante, haviam corrido do carro até o Hall de entrada.

– O senhor Martin está de folga hoje, amanhã estará de volta. – O homem disse e se afastou.

– Senhores, voltaram? – A voz de Elizabeth surgiu atrás dos mesmo.

– Sim... Pode nos dizer se tem alguma de suas colegas ‘sumidas’ hoje? – Bobby perguntou, Dean e Sam não entenderam o porquê.

– Hum... – A mulher parecia pensar. – Não vejo Annie há três horas.

– Senhora, onde é o porão? – Bobby perguntou, segurando os ombros da mulher, que se assustou.

– Não posso lhe dizer, sinto muito, senhor.

– É importante, Annie pode estar em perigo. – Bobby insistiu e a mulher os levou rapidamente até o porão.

Por favor... Não. – Uma voz de mulher dizia do outro lado da porta, e do nada um grito estridente foi ouvido.

Dean e Sam arrombaram a porta, atraindo a atenção de Martin para eles.

– Ora ora, quem temos aqui? – Martin dizia com um sorriso sádico nos lábios, com um avental ensanguentado. – Elizabeth não consegue ficar quieta!

– Solte a garota. – Dean disse, apontando uma arma para Martin, que recuou... Ele era apenas um humano, morreria por um tiro.

– Abaixe a arma e nós conversamos. – Martin disse e Dean destravou a arma.

– Acho que não... – Dean disse. – Sam, tira a garota daqui.

Sam foi até Annie e a desamarrou da maca, estava toda ensanguentada e apenas com alguns trapos a cobrindo. Bobby colocou o casaco na garota e Sam a levou do porão.

– Porque? - Dean perguntou. – Porque Annie, Lauren, Lindsey ou Lori?

– Bom, Lindsey e Lori eram irmãs, consequentemente iriam contar uma para a outra, tive que dar um fim nelas antes que isso acontecesse... Lauren estava grávida, o filho era meu, minha esposa não ficaria contente em saber que eu vou ser pai e não é ela que está gravida, Annie foi pura diversão. – Martin disse como se fosse a coisa mais comum do mundo.

– Você é um monstro! – Bobby disse.

– Ah é, pode apostar que eu sou... Mas e vocês, são quem? Obviamente não são jornalistas.

– Não interessa quem nós somos... – O telefone de Dean começou a tocar.

– Deem um jeito de manter Martin ai, chamei a policia, daqui a pouco vão ai prender o cara. – Era Sam.

– Você fez o que?! – Dean perguntou. – O.k, eu dou um jeito. – Desligou o telefone.

Ficaram enrolando Martin por dez minutos até a chegada da polícia, Bobby e Dean contaram tudo a polícia, que prendeu Martin e checariam o caso.

* * * * * * * *

– Então Lauren não era um fantasma? Era apenas um eco, estava fugindo de Martin quando foi morta, por isso Elizabeth a viu desesperada. – Sam dizia para Dean e Bobby, que escutava a conversa pelo telefone. Os três voltavam para casa.

– Sim, estavam tentando nos avisar, assim como Claire fez, lembra? – Sam perguntou para Dean. – ... DanaShulps, Ashland Sup? – Sam dizia, tentando fazer com que Dean lembrasse.

– Eu lembro, Sammy. – Dean disse rindo.

Ecos não são exatamente um perigo a sociedade, nós praticamente resolvemos um caso normal, somos quase Agentes do FBI de verdade. – Bobby disse rindo do outro lado da linha.

– É, só que com algumas passagens a mais pela policia. – Dean disse rindo.

Os três seguiram conversando a viagem inteira, logo estariam em casa.

( A história de Joan Grant é uma das minhas favoritas, meu tio costumava ler O Livro Dos Fenômenos Estranhos para mim, antes de dormir. SUPER recomendo o livro pra quem gosta do mundo Sobrenatural.)

História: O Hotel do Suicídio. Livro: O Livro Dos Fenômenos Estranhos de Charles Berlitz. Página 279.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como eu quase nunca foco os capítulos nos casos, decidi fazer um capítulo apenas com o caso. Espero a opinião de vocês :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Back From Hell" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.