Imaginário escrita por Blues


Capítulo 9
Esquecer


Notas iniciais do capítulo

Demorei demais eu sei, mas aqui ta uma correria sem fim, minha família é envolvida com escola de samba e eu também então fica complicado ter tempo, minha net ficou off ontem que eu ia posta, só voltou agora a noite. Então ta ai, mil desculpas.



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Ela estava lá, deitada, olhando o teto, ás vezes fazia caretas, outras vezes ficava triste, eu não sei o que fazer o que dizer, acho que não devo atrapalha seu raciocínio.

—Cody – Me assustei um pouco, ela me olhava serena com um sorriso mínimo nos lábios rosados. Estava estranha desde que chegou da escola, estava entranha desde aquele dia, o dia em que quase a beijei, ficava assim pensativa me observando vez ou outra corando, conversando consigo. Agora esta de férias, não há treino, nem escola então fica o tempo todo em casa. – Cody você ouviu o que eu disse?

—Não, o que disse? – Sorriu negando com a cabeça, tentando coloca meus pensamentos de lado.

—Vamos para a casa do meu tio amanhã esta bem? Quero visita meus primos, tem ensaio também.

—Tá... O que você tem? - Questionei-a e ela me olhou franzindo a sobrancelha.

—Eu? - Apontou pra si mesma, e olhou nervosa pra outra direção. - Nada. Por quê?

—Nada... Nada não. - Essa nanica é suspeita.

—Vem vamos dormi – Estendeu a mão para mim. (Não pensem besteiras viu somos meros adolescentisinhos. )

—Sua mãe não vem para casa hoje não? – “Peguei” sua mão e deitamos de costa um para o outro.

—Não. Ela tá em um churrasco na casa da minha tia e vai dormi para lá. - Falou com a voz mansa bocejando em seguida.

—Ata. Boa noite. - Me aconcheguei melhor na cama.

—Boa - Fechou os olhos e dormiu imediatamente. Eu ainda demorei um pouco.

.

Acordei com o barulho de um copo de vidro quebrando, o barulho era da cozinha e a reclamação da prima da Nanda também. Reparei melhor o que ocorria ali. Eu estava deitado de barriga para cima com os braços abertos, ela estava deitada na minha direção como se apoia-se a cabeça no meu braço. Mesmo que me atravessando, eu parecia senti-la, lá deitada em cima dele, o rosto sereno e a respiração ritmada a fazia parecer frágil. Logo ela começou a se mexe indicando que estava acordando, coçou os olhos como uma criança, passou a mão pela cara e finalmente abriu os olhos me encarando, olhou nossa situação levantou e sentou na cama como se tivesse pegado um choque.

—Eu, er... D-Desculpe. I-Invadi seu lado d-da cama sem querê querendo - Se atrapalhava toda falando.

—Tudo bem – Sorri da cara de bunda que ela fez.

—Ta, né – Se levantou apresada e foi para o banheiro, logo voltou pedindo para eu sair. Enquanto se vestia, eu ficava sentado no corredor vendo os primos dela discutirem sobre de quem é a culpa do copo, a 30min estava gritando um com o outro, todo dia era assim.

—Ei. Cody – Sussurrou já pronta com a mochila nas costas. - Vamos? – Estendeu a mão para mim. Eu “Peguei” e me levantei. Saímos de lá de mãos dadas, porém logo ela percebeu o que tava fazendo e soltou minha mão colocando as mãos no bolso do shorte jeans. Chegamos a parada e sentamos para espera o ônibus. Ela colocou os fones do celular e ficava olhando para a direção que o ônibus vem. Celular... Ela ganhou um, de forma inusitada há uns 8 dias.

Memórias ON (terceira pessoa POV's)

Eram umas 11:45min da noite, No pátio da igreja na vila, uma área residencial privilegiada da cidade. Nanda tinha ido vê os primos se apresentarem dançando quadrilha pela escola deles e como já tinha acaba as apresentações agora rolava um bingo feito pela escola. Estava no último prêmio, cartela cheia e bem afastada do palco do outro lado de lá no fim do pátio estava Nanda com seus tios e mãe marcando alguns bingos. Nanda parecia nervosa olhando a cartela em sua mão com um olhar fulminante.

— PEDRA DE NÚMERO...54! - Nanda olhou para o palco e voltou a olhar sua cartela marcando o número gritando levantando a cartela como um prêmio. - EU BATI! BINGO! - Mais duas pessoas gritaram que bateram e como estavam mais perto do palco subiram logo. Foi como se começa-se a tocar a musica das olimpíadas e Nanda começou a corre em câmera lenta sentindo o momento mas...

—ANDA LOGO PALHAÇA CORRE!- Disse sua mãe e mas que na hora correu com todas as suas forças atravessando todo o patio e sorrindo ofegante entregou a cartela para conferirem. Depois de uns 15 mim finalmente veio o veredito.

—É parece que vai para a pedra maior. Por favor esperem colocarmos todas as peças de volta para tirarem seus números. - Nesse tempo nossa heroina recuperou o fôlego e se recompôs - Por favor tirem seus números. - Todos tiraram uma peça, e sem olhar a sua própria Nanda respirou fundo beijando a própria mão fechada. - Você tirou o número. ..34 , não é tão ruim agora você aqui tirou. ..2 ... kkkkk Já perdeu volte ao seu lugar. - O cara muito puto com se mesmo desceu do palco. Só restava uma senhora muito mau encarada e o número de Nanda que podia levar lá a vitória. - Me dê o seu número - Estendeu a mão para pegar e Nanda o deu super nervosa - Bom parece que... - O tempo parou ali por alguns milésimos de segundos e neles Nanda e a senhora se encaravam desafiadoras, é agora ou nunca. - Parece que você perdeu - A senhora sorriu para Nanda - A senhora perdeu dona, por que ela tirou 45! - O sorriso no rosto da mulher se desfez e no de Nanda brotou ela apontou tirando sarro da senhora e começou a dança gritando.

— Até que fim ganhei alguma coisa boa em um bingo!! - Exclamou nossa heroína. O apresentador pegou o embrulho e deu a Nanda.

—Aqui está seu prêmio! Um celular! - Ela o pegou e gritou o levantando - WE ARE THE CHAMPIONS MY FRIENDS! - Cantou animada e saiu do palco correndo logo depois pela vergonha. Depois de se junta aos seus familiares foram pra casa e lá ela foi abri seu prêmio. - Nossa será que é um chocolight (Celular muito famoso de última geração da época). - Assim que abriu o sorriso foi diminuindo. - Mas... o que? - Abriu a caixa e começou a lê as funções dele. - Só tem radio e só faz ligação...Ele não tem jogo... - Decepção.

—Ele é muito bom! - Exclamou sua mãe o pegando das mãos gélidas de Nanda. - Não gostou?

—O que você acha? - Perguntou de forma obvia.

—Eu gostei. Vamos fazer assim, eu fico com esse novo celular e você fica com o meu usado - Tirou o seu celular Nokia do bolso e deu pra ela. - Tem jogo e MP3. Quer? - Nanda sorriu agradecida pegando o outro celular agora seu.

—QUERO .

MEMÓRIA Off

.

E foi assim...

—Nanda o que você tem hein? – Ela não me ouviu e eu passei a mão nos seu ombro para causa frio e chama sua atenção, e funcionou. – Tira o fone. – Fiz o gesto de tira o fone e ela tirou me olhando confusa - O que você tem?

—Nada. -Disse simplória.

—Mentira! Fala logo. - Brandei pra ela saber que era sério o negocio. Pareceu pensa um pouco e concordou algo com si mesma.

—Eu posso te fala antes de dormimos?

—Sim, mas por que só antes de dormimos?

—Porque é quando eu tenho mais coragem. - Disse engolido seco.

—Por que precisa de cora-

—Pare de perguntas e seja paciente SR.Cody – Me cortou colocando de novo o fone e se levantando para entra no ônibus que havia chegado, sentamos nos últimos bancos e o ônibus estava meio vazio. O tempo todo ficou olhando pela janela pensativa. Os primos de Nanda moram no outro lado da cidade, em uma parte separada dela, perto da hidroelétrica da cidade chama-se essa parte de vila permanente o local que eu disse antes. Levou cerca de 30min para chegar lá, descemos do ônibus e andamos até a casa deles, assim que chegamos no jardim da frente eles saíram de lá correndo e abraçaram ela.

—Nanda o trouxe? - Questionava o menor.

—Trouxe o Naruto? - Perguntou o do meio.

—Sim e sim. Let’s go nanicos. - Apontou para a casa seguindo pra lá. 

—Se sente alta agora né? - Perguntei sorrindo .

—Sim. – Sorriu me olhando com uma cara fofa e entrando na casa dos tios, aonde cumprimentou eles e sentou na cama do quarto dos meninos tirando o PS2 da mochila e estalando na TV deles. (Vou representa os pequenos por “L” Leandro o do meio e “P” Paulo o menor)

P - Liga logo! - Falava eufórico.

—Calma rapaz – Respondeu já ligando-o e eles tomaram conta dos controles. – Quem morre passa o controle, fechado?

L – Ta. – Eu sentei atrás dele encostado-se à parede. Nanda sentou do meu lado e “encostou” a cabeça em meu ombro os vendo jogar.

—Cody?

—Sim pequena?

—Não me chama de pequena. - Ela disse fazendo bico.

—Ta , Nanica. - falei debochado.

—Vai cata coquinho – Se levantou e tomou o controle do menor que já tinha perdido no combate. Eu apenas sorri observando-os jogar, na verdade eu queria que o dia passa-se logo, estava muito curioso para saber o que ela quer me dizer, parecia importante, muito importante...

.

Narrando ... Nanda

O dia passou correndo, eu estava deitada de costa para o Cody no colchonete no quarto dos meninos, estava esperando eles dormirem para mim poder fala com ele, fala tudo, mas antes de fala tudo eu preciso tira uma duvida, apenas uma pergunta e uma resposta me separam da verdade. Olhei para as camas deles, ambos dormindo profundamente.

—Cody? – Me virei para ele que fez o mesmo. O espaço era pequeno e estávamos bem próximos. – Cody quero que responda uma pergunta.

—Faça - Disse bem serio, parecia está um pouco ansioso.

—O que eu sou para você? – Ele pareceu espantado, ficou alguns segundos calado, os segundos pareceram horas, meu coração estava muito acelerado como se pode se sair pela minha boca a qualquer momento. Eu entrei em um modo de desespero e ansiedade muito grande. Eu tinha medo da resposta ser negativa, tinha muito medo. Pensei bastante antes de pergunta, passei esses dias imaginando esse momento e ensaiando falas, como devia pergunta e montei toda a cena na minha cabeça, mas somente pensei se desse certo e não errado e por isso estava mais nervosa do que deveria.

—Eu... - Hesitou - Você é minha amiga.- Falou com convicção.

—Só sua amiga? - Perguntei com esperanças.

—Sim. – Aquilo ficou ecoando na minha cabeça “só sua amiga?. Sim” eu senti meus olhos esquentarem e me virei novamente. - O que queria me conta? Por que você ta estranha? - "Pegou" em meu ombro e eu fechei fortemente os olhos sentindo as lagrimas caírem.

—Não era nada não. Besteira. – Tentei ao máximo controla minha voz, eu queria chora desesperadamente eu precisava chora. Esperava um “você é minha pequena” , esperava uma resposta melhor, por que eu fiz isso? Por que isso aconteceu? Eu me apaixonei pela primeira vez, parti meu coração pela primeira vez, e ele se quer é real. Eu o crie de um desenho de minha cabeça, vivi ao seu lado, os tempos que passei com ele foram os melhores, me apaixonei e me ferrei. Friendzone ...

—Boa noite. – Eu não respondi, me concentrei e engoli o choro, Não ia chora. Não podia e não iria. Vou esquece esse sentimento vou-me mante neutra a toda essa situação. “Não”, repetia para mim. O que eu tava pensando? Ele nem é real, não existe, e se ele disse-se que me amava, que eu era sua? Eu ia beija o nada? Puff que loucura. Eu sou louca. Idiota. Esquecer, isso que eu vou fazer. ESQUECER!

Demorei a dormi, não conseguia, fui vencida pelo cansaço e só percebi que dormi ao acorda, o dia a segui prometia ser longo e ácido.

~To Be Continue


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Notas finais do capítulo

Jal-ga.



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