Imaginário escrita por Blues


Capítulo 6
Grau de amizade.


Notas iniciais do capítulo

Está ai, demorei um pouquinho por que tive visitas inesperadas e missões inadiáveis.vamos a leitura.



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—Rafaa! Sai da frente! - Bati forte o lápis no Caderno pra enfatizar meu descontentamento.

—Saio não oh. - Falou sem deixa de escrever.

—Sai capeta! Quero vê o que está escrito no quadro! Tua cabeça na frente não me deixa vê. Tira a cabeça. - Veja nosso grau de amizade.

—Se eu tiro ela, fico sem cabeça.

—ha ha to rindo demais, olha minha cara! - Falei mostrando minha cara de tédio, e ela se virou na cadeira me mostrando linguá.

—Chata. – Ela afastou a cadeira pra esquerda me dando visão do quadro.

—Valeu Nazaré. - Sorri voltando a escreve.

—Vai se lasca - Rafaela estudou comigo na 5° serie éramos muito unidas depois da aula sempre íamos pra casa dela conversa, mas na 6° caímos em salas diferentes e isso meio que nos afastou, sabe eu não saia muito da sala pra conversa, eu só conversava com minha turma. Agora caímos na mesma sala e a apresentei para o San e o Antônio e formamos nosso próprio grupo. Ela odeia que a chamamos de Nazaré que é um dos sobrenomes dela.

—Nazaré sai da frente - Olhei para vê quem falou. Era mais um amigo que fizemos com o tempo, se chamava Darley. ele era bem serio às vezes e legal, nos conheceu por causa de um trabalho em grupo e ele acabou entrando para o nosso e criamos amizade.

Rafaela era branquinha e alta com os cabelos bem enroladinhos na altura dos ombros e sempre de óculos. Darley era moreno e de cabelos um pouco cachiado curtos era um pouquinho menor que a rafa.

—Até tu com esse negocio de Nazaré. - Se lamentava dirigindo o olha pra trás aonde estávamos.

—Vai da licença ou não? - Questionou sem paciência.

—Não. Eu já afastei por causa da Nanda. - Protestou apontando a caneta pra mim.

—To nem ai. Sai.

—Que bosta - se arredou um pouco mais.

—Ninguém mandou senta na nossa frente. - Dessa vez era o Antônio.

—Mas não tinha mais cadeira ai no meio. - Sentou de lado pra vê o quadro e conversa conosco.

—Não temos culpa que chegou tarde. - Foi o Sancara dessa vez.

—Se atrasou mais que você kkk - Agora foi o Cody.

—Né!- Sorri pra ele que estava sentado no chão do meu lado.

—Né o que Nanda? - Foi a rafa.

—Nada não. - Falei disfarçando escrevendo.

—Às vezes eu acho que você é doida fica falando sozinha.- Murmurava me olhando de canto.

—Eu não sou doida e não falo sozinha viu.- Fiquei balançando o lápis enquanto reclamava.

—E fala com quem? - Ironia...

—Com quem não te interessa. - Minha voz saiu baixa e grossa sem querê.

—Huuuuuuu - Falaram os três meninos.

—Credo Nanda.

—Foi mau rafa - O professor olhou desconfiado pra gente e nos fingimos de inocentes abaixando nossas cabeças.

—Ta... - Falou rápido. Todos voltamos a escrever.

—Que violência Nanda. - O Cody sentou no meu colo. Folgado.

—Não gosto que me chamem de doida só por que falo com você. - Sussurrei escrevendo ignorando o fato de ele esta no meu colo tapando minha visão.

—Por que não fala sobre mim para eles? - Sugeriu e eu parei de escreve o olhando de forma obvia que aquela ideia era furada total.

—Por que eles não entenderiam sobre nós. É capaz de quererem me coloca em um hospício.

—Ha... é meio chato sabe? Ser sozinho... - Falava triste me abraçando.

—Você não é sozinho. - Coloquei o lápis na mesa abaixando a vista.

—Mas só você me vê. - Sussurra assim no meu ouvido é meio ruim para essa situação.

—E-Eu sei... - Sei lá eu não gosto muito da ideia de outras pessoas (garotas) verem o Cody. Ele é muito bonito pra ser visto de graça.

—As pessoas tem que pagar para me vê né? - Indagou sorrindo de canto de um jeito sexy.

—Não me diga que eu falei o que tava pensando.

—Falou. Quem é a ciumenta agora? - Aumentou o sorriso.

—Eu? - Sorri sem graça.

—É isso ae, resposta certa. – Ele sussurrou roco. F.D.P não faça isso!

—Nanda você ta bem? Ta suando frio. - Perguntou o San me olhando preocupado.Eu realmente estava soando frio e estática com a ousadia desse ”isprito”, ultimamente ele anda assim abusado e folgado, me abraçando mais, e falando baixo no meu ouvido quando estamos escrevendo que é pior ele fica grudado em mim e deitando no meu colo.

—Eu estou bem – Me recuperei do choque – Cody dá licença? – sussurrei entre os dentes sobre o olhar do San que ainda estava desconfiado.

—Ta bom amor, Vou da uma volta me encontra depois na arquibancada, ta? - Se levantou batendo na própria roupa.

—Ta bom agora chispa daqui. - Ele sumiu sorrindo e eu fui volta escrever. Haviam se passado 4 meses já. Sim 4 meses, os tempos então rápidos não? Tudo estava indo muito bem, boas notas, boas amizades, boas sonecas depois do almoço, Cody não anda mais implicando por eu dormi demais.Eu vou regularmente pras aulas de Karatê e as vezes eu falto natação pro pura preguiça de sai e anda até o poliesportivo no sol quente das 3H da tarde.

—Olá! Posso falar com a turma – Interrompi meu raciocínio e olhei na porta, era o professor de educação física.

—Pode sim. - O professor de português saiu para ele falar com a gente. Deve ter ido ao banheiro, no meio da escrita ele colocou a mão na barriga e fez cara feia.

—Aposto que é caganeira – Sussurrei para o pessoal que também havia reparado no professor e começaram a ri como hienas, meus amigos são muito escandalosos.

—Qual é o motivo dos risos?

—Nada não fesor. Qual o motivo da sua presença? – Questionei. Sou meio folgada as vezes, influencia de quem? DO CODY!

—Vim aqui avisa que começou a seletiva a partir de agora, neste momento, para os jogos estudantis, se você tiver talento em uma modalidade vá ao pátio que lá tem um aviso dos horários das seletivas de cada modalidade então galera compareça com muita força de vontade por que essa tarde vai fazer muito sol e nossa quadra é aberta. - Anunciou animado  com um olhar esperançoso.

—Ai não professor, nem me fale em sol viu, que minha querida pele fica horrível. - Falou uma das patricinhas do grupo patricinha. avá.

—É para comparecer QUEM QUISER participa, não precisa ir todo mundo ta? – Todos concordaram com a cabeça. – O.K Espero a presença de pelo menos três de vocês seus preguiçosos. - Saiu da sala rindo. Ainda demorou uns 3 min para o professor volta com cara de alivio e um copo com antiácido.

—Não falei.

.

—Demorou. – sentei ao lado do Cody com meu pastel de “flango” e meu saquinho de suco de maracujá. Minha mãe tinha me dado dinheiro para o lanche hoje.

—Desculpa, fui compra lanche. - Levantei um pouco as mãos com o lanche.

—Eai como foi a aula? - Perguntou e nós ficamos encostados no degrau de trás só sentindo o vento que vinha do rio.

—Foi como sempre – Pausei dando uma mordida no pastel - Escreve, faz atividade de sala, dormi um pouco na introdução do assunto, leva um tiro de papel com estilingue de liga, bati no Antonio. O de sempre manja? - Ele fez cara feia.

—Não fale enquanto você come, é falta de educação.

—Você que pergunto! - Acusei e ele suspirou. Fui comendo enquanto ele me contava o que fez.

—...Eai vim para cá te espera. - Terminei de comer olhando para o rio, brisando um pouco enquanto mastigava o ultimo pedaço, até que me lembrei do professor de educação física, por que ele saiu da sala dele levando os alunos do turno da tarde para a aula de física.Os alunos da tarde fazem educação física de manhã e vise vessa.

— Ah é, o professor foi na sala falar para a gente que começou a seletiva para os jogos estudantis.

—E você...?- Falou devagar me questionando.

—Eu o que?

—Você vai participa, não vai?

—Acho que prefiro fazer o trabalho dos preguiçosos... – Bom se você não participasse teria de fazer o trabalho valendo nota total do bimestre por que não teríamos aula pratica por causa dos treinos.

—NÃO! Você vai participa! - Se levantou ficando na minha frente tirando minha visão da canoa que passava por lá.

—Mas... - Me cortou.

—Mas nada, ponto e acabou! - Falou autoritário e eu me encolhi um pouco de susto.

—Merda - Eu sabia que era perda de tempo discutir com ele então resolvi aceita, COM MUITA RELUTÂNCIA, participa dos jogos. Mas pensando aqui com meus botões Cody tem o maior grau de amizade de todos comigo. É mais folgado, falante e sabe bem mais de mim, além de mora comigo e convivemos o tempo todo, ele sempre que meu bem mesmo depois de brigarmos.

—Que dia é hoje mesmo? - Perguntou pensante.

—Terça né? - Ele pareceu pensa um pouco mais e se levantou rapidamente apontando o dedo na minha cara, me assustou. - aff Cody vai assusta o cão, diacho!

—Hoje tem karatê! - Karatê...

~FLASH BACK

4 MESES ATRÁS . 03:30 p.m GINÁSIO POLI ESPORTIVO.

Bocejei novamente sentada na frente da secretaria esperando a minha vez de ser atendida, sentada ao meu lado estava a minha mãe conversando com uma mulher que também, como nós, esperava a sua vez, se eu já vi essa mulher antes? Não. Estou naquele momento que sua mãe faz amizade com o povo da espera e você fica lá com a boca aberta olhando pro céu sem sabe o que fazer da vida, isso sempre acontece quando vou no banco com ela.

—Ta babando Nanda...- Eu estava com a cabeça encostada na parede na posição em que disse a pouco e jogando no Motorola abre e fecha da mamãe, cara eu to no nivel 7 do jogo o mais longe que fui , mas to nem ai, por que eu tava mais com sono do que prestando atenção a vida, desviei minha visão pra ele devagar limpando a baba com a costa da mão que estava vaga. - Nossa que demora... -comentou se levanto do banco que estávamos sentado e saiu andando devagar, eu pausei o jogo e fechei o celular virei a cabeça pro outro lado aonde estava minha mãe que tava tão entretida na reclamação sobre atendimentos ruins com a outra que deve ter esquecido de mim e nem ia nota se eu sai-se. Me levantei sentindo minha costa estralá, acho que faz uma hora e meia que estava na mesma posição, caminhei um pouco rápido pra alcança o Cody que estava olhando a piscina pela grade de proteção ao redor da área, parei ao seu lado colocando as mãos nos bolsos do meu shorte azul bebê, olhei para a água se movendo um pouco devido ao vento que soprava um pouco forte fechei os olhos respirando fundo e soltei o ar com um sorriso atraindo a atenção do Cody.

—Ventinho da tarde... - Ele sorriu voltando a olhar a água.

—Vai mesmo fazer isso? - Perguntou ainda com desconfiança e eu bufei.

—Vou. Eu disse que faria, não disse?

—Disse... Só que... - A voz foi morrendo e o olhei pra incentiva-lo a falar.

—Que?

—Você fazendo esporte parece surreal. - Voltou a sorri e só aumentou quando eu bufei de novo em um puro ato de indignação.

—FERNANDA! - Ouvi minha mãe grita meu nome e concluir que finalmente iam nos atende. Corri até ela já um pouco mais desperta por está entusiasmada e entramos na sala sentando em frente a um homem com cara de quem anda tomando café demais pra não dormi. Ele pegou uma ficha de inscrição nos encarando desconfiado.

—Por que vieram?- Deu vontade de responde "pra compra batata, quanto ta o quilo?"

—Minha filha - Minha mãe me olhou e deu um tapa no meu braço por que tava mexendo em um enfeite engraçadinho da mesa do cara. Eu me assustei e quando vi o olhar assassino da minha mãe me sentei direito e limpei a garganta.- Ela quer ter aulas de natação e lutas.

—Lutas? - Ele me perguntou desconfiado, serio eu tenho a maior pinta de sedentária tanto que chega a ser duvidoso eu ainda caminha até a venda sem acaba desistindo no meio do caminho e dormindo ali mesmo no meio da rua.

—Sim, Kung-fu. - Você precisavam ter visto eu pedindo pra minha mãe me escreve, ela nem relutou, na verdade acho ate que ficou feliz.

—Kung-fu? olha er...- Me olhou com a sobrancelha arqueada, olhei pra mão dele segurando uma caneta pronta pra escreve no lugar que estava "NOME"

—Fernanda. Fernanda Arnaud Rocha.- Ele escreveu meu nome, claro errando o "Arnaud" sempre erram.

—Olha Fernanda agente não tem a modalidade de kung-fu aqui.

—Não? -perguntei só pra confirmar e ele afirmou com a cabeça. - Então tem qual?

—Temos judô e karatê.

—Então... - Comecei a pensa ...Bom, karatê não é tão ruim apesar de eu ainda querê kung-fu, eu até faria judô mais depois daquela batida na minha cabeça acho que já deu de judô pelo resto da vida, karatê é legal. - Eu quero fazer karatê. - Ele voltou a escrever no papel de inscrição e adicionar minhas informações que minha mãe ia dando. Isso me fez lembra uma musica do cavaleiros do forró e comecei a cantarola ela atraindo atenção dos dois.

—Eu conheço essa musica! - Disse o cara meio energético e começou a canta o refrão - O karatê dinheiro, o karatê fazenda, Não precisa ser solteiro, O cara ter dólar no bolso, Prá lhe dar muito prazer, Não precisa ser bonito, Basta só o karatêê ♪♫ - Não preciso dizer que eu e minha mãe e o Cody e todos que estavam naquela sala que eram umas 10 pessoas olharam pra ele com "gotas na cabeça" como nas dos desenhos, teriam gotas de verdade se isso não fosse a dura realidade, CARAMBA ATÉ RIMOU! Percebendo o clima ele limpou a garganta voltando ao trabalho da minha inscrição, bom vamos pular isso sim?

Depois de me escreve peguei meus horários e sair de lá alegre por que minha mãe me disse que ia me pagar um sorvete, gente minha mãe me ama.

FLASH BACK OFF

—Hum... que preguiça me deu só de ouvi essa palavra. - Ele me olhou sem expressão como se disse-se "avá é mesmo" sorri rápido pegando um papel e vendo minha agenda de horários, sou organizada por incrível que pareça, Terça e quinta Natação, Terça e Sexta karatê, acho que vou mata Natação e o karatê hoje já que vou ter que vim pra seletiva. É, melhor amigo é isso mesmo, quando não ta te metendo em problema ta ajudando você ou acabando com seu descaço. Acho que esse grau ta muito além das minhas vistas já.

—Trabalho? Que Trabalho - Me perguntei olhando minha agenda.

—Trabalho...- Ele repetiu o que eu disse e depois bateu na própria testa. -Trabalho!

— Continuo sem entender.

—Você tem trabalho de Ed.Física desse bimestre!

—Tenho? - Me questionei ainda tentando lembra.

—Tem! Era sobre...sobre...- Ele fechou fortemente os olhos tentando lembra. - AH era sobre Primeiros socorros! Uma apresentação teatral sobre o assunto! - Comecei a lembra disso e da nossa reunião sobre o Trabalho que eu faltei por causa da Natação.

—Vou pergunta pra Rafa depois então.

—Tenho que te lembra depois, sei que vai esquecer.

—É , vou mesmo - Concordei fazendo bico. Co é minha agenda, meu amigo e meu Dicionario.

~To be continue


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Notas finais do capítulo

Jal-ga (03/11/14)



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