Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 37
Perguntas Diretas


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de volta!
Tenho visto que a fic está tendo muitos acessos e em comparação a isso pouquíssimos comentários. Qual é pessoal! Apareçam!!!
Boa Leitura!!



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Naquela manhã de segunda feira eu acordei com uma decisão tomada: eu iria procurar pelo meu ex-amigo Danny e questioná-lo a respeito do envolvimento dele nessa bagunça toda de bruxos e vampiros.

Tomei um café rápido e corri para porta assim que minha mãe fez menção de puxar conversa, dando uma desculpa qualquer sobre estar atrasada. É claro que minha pressa não tinha nada a ver com isso, e eu estava apenas tentando evitar as perguntas que ela me faria a respeito do Vincent.

Ao abrir a porta, quase me esbarrei com o Robert que estava de pé, com o braço esticado dando a entender que estava prestes a tocar a campainha.

–Ei! Que pressa é essa? – perguntou ele sorrindo.

–Tenho umas coisas urgentes para resolver – respondi me afastando – te vejo depois!

Naquele dia como o Vincent na aparecera e Kate tampouco eu me resignei em ir para o colégio a pé. Não era perto, mas pelo menos eu podia ir pensando em como eu abordaria o Danny e treinando o que eu iria falar. Eu parecia uma idiota, mas era necessário. Eu não podia me dar o luxo de parecer fraca e medrosa durante a nossa conversa se eu realmente quisesse adquirir umas respostas.

Nem percebi que tinha uma moto me acompanhando até alguém me jogar uma bolinha de papel no rosto. Atordoada, me virei para ver quem era e dei de cara com Arthur me olhando com uma o cenho franzido.

–Eu sabia que essa história toda tinha te deixado confusa, mas não achei que você fosse enlouquecer, pelo menos não tão rápido – disse ele.

Comecei a andar mais rápido enquanto bradava um EU NÃO SOU LOUCA! Para ele.

Como ele estava de moto não demorou nada para que me alcançasse novamente.

–O que você quer que eu pense? Estava conversando sozinha!

Eu o fuzilei com os olhos antes de responder.

–Não é da sua conta!

Ele deu de ombros.

–Que seja. Porque está indo a pé? Seu namorado com presas esqueceu de você?

–Porque eu quis – respondi – o que deu em você?

Ele pareceu surpreso com a pergunta.

–Como assim?

–Você está muito falante hoje, só isso.

Arthur pareceu pensar sobre o assunto. Depois deu de ombros.

–Sei lá. Não posso querer conversar?

Estreitei meus olhos. Será que eu tinha acordado numa realidade alternativa? Onde a personalidade de todo mundo que eu conhecia fosse ao contrário?

–Pode –respondi por fim.

Ele não disse mais nada e por uns instantes e eu fiz o mesmo. Quem que visse a cena ia achar bem esquisita. Um rapaz de moto acompanhando uma moça a pé, ambos sem dizer nada. Então eu resolvi perguntar.

–Você não vai me oferecer uma carona?

Ele me olhou como estivesse considerando antes de responder com um meio sorriso.

–Não.

Soltei um suspiro. Não, ainda era o Arthur de sempre.

–Mas se você quiser subir, eu não te impeço – acrescentou, me jogando um capacete.

Revirei os olhos e montei na moto. Ele estava com uma jaqueta preta além de camisa e calça da mesma cor. Enquanto ele dava a partida pensei se talvez ele usasse algo além de preto.

*********************************************

Quando chegamos ao colégio eu estava mortalmente arrependida de ter vindo com o Arthur. Primeiro, porque ele dirigia como um louco e não estava nem aí para as leis de trânsito segundo, por causa dos olhares que recebi de Kate e July assim que me viram. Depois que eu desci da moto, Arthur se afastou sem dizer mais nada e eu segui para encontrar minhas amigas já me preparando psicologicamente.

–Susan, desde quando você e o Arthur se dão bem? – perguntou July parecendo confusa.

–Nós não nos damos bem Julie, mas ultimamente isso não tem muita importância não é?

Kate bufou.

–A julgar pelo seu novo namorado, não, não faz nenhuma diferença.

–Alguém me chamou? – disse Mike se aparecendo na nossa frente e agarrando Kate para beijá-la, fazendo uma cena. Como sempre.

Eu e July trocamos olhares bastante insatisfeitos. Eu não via aquele garoto com a Kate por dias e tinha até esperança que ela tivesse dado ouvido a razão e chutado aquele idiota.

Quando ele terminou nos olhou sorrindo cinicamente.

–Oi meninas!

July não respondeu. Eu dei um oi tão baixo e desanimado que eu acho que ninguém deve ter ouvido. Mas ele não pareceu se importar com a nossa falta de receptividade.

–Amor, que tal nós sairmos hoje? Estou com saudades.

Ele fez aquela carinha de cachorro abandonado e Kate riu. Revirei os olhos. Qual é?! Que coisa mais cafona.

–Claro gatinho – disse Kate.

–Eu te ligo – disse ele piscando para ela e se afastando.

July nem esperou ele se afastar o suficiente antes de vociferar.

–Você ainda está com esse cara!

Kate olhou para ela de cara feia.

–E porque não? Ele é meu namorado.

–Ele é bruxo! – insistiu July – pode estar querendo te usar.

Kate ficou vermelha.

–Ele não faria isso! – disse ela, antes de se afastar pisando duro.

Aquilo era surpreendente. Eu nunca vira Kate tão envolvida com um cara antes.

–Viu só isso? – indagou July.

– Ela parece enfeitiçada – falei em tom de brincadeira mas minha amiga pareceu afetada por minhas palavras.

–Você acha? – perguntou ela.

Eu a encarei. Tinha falado aquilo de brincadeira, sem nem me dar conta que eu podia estar supondo algo possível.

–Temos que descobrir – falei séria.

O sinal tocou e nós duas fomos para a aula.

As primeiras aulas passaram rapidamente. Durante o intervalo eu dei diversas voltas na escola procurando pelo Danny, sem sucesso. Já estava quase desistindo quando eu o avistei no bebedouro. Discretamente eu me aproximei.

–Podemos conversar?

Ele estava a abaixado e levantou-se rapidamente para ver quem tinha falado com ele assustando-se ao me ver e cuspindo parte da água.

–Susan? O que você quer?

–Como eu disse, quero conversar.

Ele me encarou confuso e depois olhou para os lados como se procurasse algo.

–Está procurando seus novos amigos? – perguntei sarcasticamente.

A expressão dele mudou e sua voz parecia muito afiada quando ele respondeu.

–Eu não sou o único aqui com novas amizades.

–Podemos conversar ou não? – continuei, já cansando daquilo.

Ele começou a caminhar e eu o acompanhei.

–Você mudo muito – comentei.

–A gente muda quando descobre que é um bruxo, sua amiga é uma híbrida que é amiguinha de um assassino cruel – ele respondeu sem me olhar.

–E a sua solução é tentar me matar? –falei baixinho, pois estávamos no corredor e poderiam nos ouvir.

–Eu não quis... – ele balançou a cabeça e parou uns instantes. Depois me segurou pelo braço e me puxou até uma sala vazia.

–Eu nunca quis te fazer mal.

–Você faz ideia do que eu passei? Eu não sabia de nada disso até ter sido atacada por você! E não venha com essa de não querer me fazer mal. Eu ouvi muito bem Roger dizer que queria me matar.

Ele passou a mão pelos cabelos nervoso.

–Amanda e Roger não entendem o que está acontecendo.

–E o que está acontecendo? – indaguei.

–Você! Você está se transformando. E a sua transformação vai salvar a todos nós! Nunca mais seremos usados por vampiros de novo!

Ele parecia um louco, falando com os olhos arregalados. Dei dois passos para trás.

Ao ver eu me afastado ele me agarrou pelos braços.

–Só queremos o seu bem Susan.

–Me solta Danny – eu avisei.

–O Vincent vai te matar, do mesmo jeito que matou a minha mãe!

Eu o observei boquiaberta. Sem saber o que fazer, saí dali correndo.

Cheguei a sala de aula arfando. Não havia chegado ninguém ainda pois estávamos no intervalo, então eu me joguei numa cadeira,tentando me recompor. O que tinha sido aquilo? Nunca vira o Danny tão desesperado. Será...será que ele tinha razão?

–O que aconteceu ? – disse uma voz rouca que eu já sabia bem a quem pertencia.

Saber quem era não me impediu te levar um enorme susto e quase cair da cadeira. Eu ia acabar morrendo com um infarto devido a tantos sustos.

Ele estava sentado na cadeira ao meu lado visivelmente relaxado. Seu cabelo estava mais bagunçado que o normal, mas ainda incrivelmente bonito.

–Então? – insistiu.

Eu o encarei pensando nas palavras do Danny. Será que ele pretendia me matar?

Cansada de todos aqueles segredos e dúvidas, decidi jogar tudo para cima e ser direta.

–O que você não está me contando?

Ele me fitou parecendo não entender.

–Tudo bem – disse irritada – vou ser mais direta – o que você sabe sobre o que as bruxas querem comigo? Você matou a mãe do Danny? E o mais importante: você pretende me matar?


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Notas finais do capítulo

Minha nossa! O que será que o nosso loirinho vai responder para a Sue? E o Mike? Será que ele enfeitiçou a Kate mesmo? Ou ela só está apaixonada? E o Danny? O que acham dele?
Quem está achando o "Artie" super fofo?



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