Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 15
Assuntos Inacabados


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Quanto tempo né? Pois é mas agora já está tudo ok e eu tenho um novo capítulo para vcs. Espero que gostem.
Boa Leitura



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Eu provavelmente não tinha ouvido aquelas quatro palavras. Vincent, o vampiro do mal não tinha acabado de pedir a minha ajuda. Provavelmente era algum truque para ele poder me matar. Mas ele não precisaria inventar algo para isso, era só fazer e pronto. De qualquer forma aquilo não soava nada bem.

–Você vai ficar aí fazendo essa careta por muito tempo? – indagou ele impaciente.

–Eu estou confusa – afirmei – mas estou com medo de perguntar o motivo de você querer a minha ajuda e pior, como eu poderia ajudá-lo?

Ele caminhou até a porta e, para o meu desespero trancou-a.

–Eu esclareço para você – disse ele sentando e batendo no lugar ao lado dele num convite silencioso.

Balancei a cabeça negando o convite. Quanto mais longe eu ficasse dele, melhor.

Percebendo que eu não iria sentar ele revirou os olhos e puxou o meu braço e me colocou sentada, mesmo diante dos meus protestos.

–Senta logo criatura, eu não mordo. Muito – disse ele rindo da sua própria piada.

Eu não estava vendo graça nenhuma. Pelo contrário, eu estava muito preocupada com o que ele me diria a seguir.

–Como eu ia dizendo, preciso de uma mãozinha sua. Como você já deve ter imaginado eu não vim parar nessa cidade por nada.

–Para falar a verdade – discordei – eu não imaginei isso não.

Ele arqueou uma sobrancelha.

–Sério? você não achou que houvesse algo por trás da minha chegada?

–Sinceramente? Não. Eu achei que...sei lá, eu não sei, você quis mudar de ares?

Vincent soltou um bufo cansado.

–Lá vem você de novo com o seu conhecimento recém adquirido em séries de TV. Acha que sou quem? Stefan Salvatore? Que eu resolvi me instalar numa cidadezinha sem nenhum atrativo para viver de maneira pacata e renascer a velha chama da humanidade?

–Não foi isso não? – perguntei. Então ele conhecia TVD hein? Ora , ora quem diria...

–É claro que não. Aprenda uma coisa sobre vampiros Susan, esse negócio de crise de consciência não é do nosso feitio. Se quer saber eu nunca conheci um vampiro que não amasse ser vampiro.

–Então por que você veio para cá? – eu tinha medo de terminar aquela conversa num saco preto mas, ele quer minha ajuda né? Eu estava segura, pelo menos por enquanto.

–Digamos que eu estou numa...missão – respondeu ele.

–Que missão? Eu vou logo avisando que não vou te ajudar a dar sumiço em nenhum corpo.

Vincent revirou os olhos.

–Porque eu precisaria de ajuda para sumir com algum corpo? Ou melhor, porque eu precisaria da sua ajuda? Sem querer ofendê-la, mas seus 50 quilos não tem muita serventia para esse tipo de serviço.

–Eu falei de brincadeira – disse, um pouco assustada por ele falar em ocultação de cadáveres como se fosse a coisa mais normal do mundo – e eu não tenho 50 quilos tá?

–Tem quantos, 49? – ele brincou sorrindo.

–Que tal voltarmos a parte da sua missão e pararmos de falar sobre o meu peso? – indaguei irritada.

–É claro, a missão. Bom, digamos que estou numa investigação. Você não precisa saber mais do que isso. Era para ser uma tarefa simples, mas eu tive algumas complicações desde que cheguei.

–Você quer minha ajuda, mas não vai me contar toda a verdade? – reclamei.

Ele me lançou um olhar irritado.

–Não me interrompa.

Puxa que cara mais suscetível, pensei. Tinha acabado de fazer uma brincadeira sórdida sobre o meu peso e agora estava com aquele olhar assassino no rosto.

–Bom, eu não imaginava que essa cidade era cheia de bruxas, e devo admitir que isso está atrasando bastante meus e planos.

Eu não conseguir entender muita coisa do que ele disse. Meu cérebro teve uma pane quando ele falou a palavra “bruxas”. Vendo a minha cara espantada ele perguntou.

–Você não sabia não é? Por isso a cara de boba.

Como eu não respondi, ele continuou falando.

–Pois é, voilá bruxas existem assim como vampiros. Estou surpreso que você não saiba, afinal de contas...

As batidas na porta fizeram com que Vincent parasse de falar.

–Susan? Você está bem? – perguntou Robert.

–Eu estou legal! – respondi.

–Bom, eu só vim me despedir. Sua mãe acabou de chegar e eu vou voltar para o hospital agora. Ela quer falar com você.

–Eu já estou indo – disse. Quando olhei para o lado Vincent já não estava mais lá.

Abri a porta para encontrar Robert de pé.

–Eu podia me despedir lá em baixo, mas eu queria falar com você antes sabe, só nós dois.

–O que quer me dizer? – perguntei.

–Olha Sue, a sua mãe está tendo uns problemas ultimamente e você vai ter que ser compreensiva com ela.

–Ela não é muito compreensiva comigo – resmunguei.

Ele coçou a cabeça desconcertado.

–Só... apenas tente ser legal ok?

–Eu vou tentar- disse desanimada.

–Te vejo depois – disse ele me dado um tapinha de leve no ombro e virando-se para descer as escadas.

Eu não o acompanhei. Voltei para o meu quarto para ver se o Vincent ainda estava por lá, mas ele não havia voltado. Dei de ombros e desci as escadas. De qualquer maneira eu tinha certeza de que o veria muito em breve, afinal de contas nossa estranha conversa não tinha terminado.

***********************

Depois que Robert saiu ficamos apenas eu e a minha mãe sentadas no sofá sem dizer uma palavra. Ele estava incomodada com a situação tanto quanto eu, isso era visível. No entanto ela permanecia calada e eu tive que iniciar a conversa.

–Então, queria falar comigo?

Ela juntou as mãos como quem busca força para falar.

–Susan minha filha eu... nós, bem lembra da Maggie, aquela amiga minha?

Comecei a me preocupar com o rumo daquela conversa.

–A psiquiatra?

–Ela não é psiquiatra Susan, é uma psicóloga – retrucou ela cansada.

–Dá no mesmo – resmunguei baixinho.

–Não, não dá. Eu conversei com ela sobre...bem, sobre o que aconteceu aqui e ela quer conversar com você.

–Conversar? Que história é essa mãe?! Eu sou alguma louca agora!

–Susan é só uma consulta, para a orientação. Não é nada de mais – disse ela tentando me acalmar.

–Isso não é justo! Eu não sou louca! – gritei.

–E ninguém disse isso mas...

–Mas o que? – perguntei incapaz de conter minha raiva.

–Susan chega! Eu estou tentando fazer a coisa certa! Eu estou tentando impedir que isso se re... – disse ela pondo as mãos no rosto.

–Do que você está falando?

–Eu não vou mais discutir. A consulta é hoje às quatro da tarde – disse ela indo para a cozinha e encerrando a conversa.

E eu que achava que meu dia podia ficar pior.


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Notas finais do capítulo

E então??? Coitada da Sue não tá fácil para ela não...
Comentem de montão!!!