ANNA

ALGUNS MESES DEPOIS...

          Cada um dos nossos quartos estava decorado com cores e enfeites da nossa estação, no meu quarto havia belas flores em volta das janelas, ele foi decorado com cores rosa e lilás, um perfume maravilhoso no ambiente e galhos dourados na frente da minha cama. O quarto de Rapunzel era todo dourado como uma bela chama, era quente e aconchegante, devo dizer que no inverno foi o quarto que eu mais frequentei, pinturas feitas por ela mesma estavam em todo o quarto, um lindo desenho do sol ficava no chão e no teto e por ela ser a rainha do verão, o primeiro quarto que o sol iluminava pela manhã era o dela. Merida tinha o quarto todo verde, era o mais ventilado do castelo e também o mais bagunçado, diferente dos outros quartos, no dela tinha um canto especial para o seu arco e suas flechas que agora, graças aos seus poderes, poderiam alcançar uma velocidade considerada impossível para os outros. O quarto de Elsa era o mais bonito na minha opinião, todo branco, decorado com belos cristais que refletiam na luz, deixando um brilho maravilhoso, no teto ficava um lustre que ela havia feito, em volta das janelas tinham flocos de neve que  nunca derretiam e em sua cama estavam dois lindos cristais de gelo feitos por Jack Frost, um grande amigo (meu amigo pelo menos).

—Querida. –Kristoff entrava batendo na porta. –Estão todos prontos, só falta você... –Ele arregalou os olhos.

—O que foi?

—Você está... uau. –Ele começou a ficar sem palavras. –É... bem... você... nossa.

—Eu estou o quê?

—Está maravilhosa. –Ele se aproximou de mim. –Não sabia que alguém poderia ter tanta beleza assim.

—Oh meu amor. –Beijei-o.

—Obrigada. –Ele disse sorrindo.

—Obrigada? Pelo o quê? –A dúvida tomou conta de mim.

—Por aparecer na minha vida, por ser a minha futura esposa.

          Estávamos prestes a nos beijar de novo.

—Vamos, vamos, vamos! –Olaf surgiu com Sven na porta. –Anna... quer dizer... majestade, todos esperam. Kristoff! –Disse pegando a mão dele. –Terá seu tempo com ela depois. –Ele tentava bancar o autoritário, embora não conseguisse. –Agora ela está atrasada. –Olaf olhou para mim. –Venha majestade. –Ele sorriu. -Você está bonita.

             O grande salão foi dividido em quatro partes para a festa, pessoas de várias partes do mundo estavam presentes, inclusive os familiares de Rapunzel e Merida (e devo dizer que os parentes de Merida me deram um pouco de medo no início).  Eu, Elsa, Rapunzel e Merida caminhamos em frente enquanto todos nos observavam, olhamos uma para outra e rimos discretamente. Nossas vidas estavam recomeçando, éramos rainhas agora. A minha felicidade parecia ser infinita. Paramos de andar e observamos os nossos tronos, em cada um deles havia um símbolo nosso, o meu era uma flor, o de Rapunzel era uma chama, o de Merida era um círculo com várias voltas e o de Elsa era um floco de neve. Ao nos aproximar deles olhamos mais uma vez uma para a outra e nos viramos para o povo. Os pais de Merida e Rapunzel faziam a abertura da passagem de nossa caminhada, Kristoff, Olaf, Sven e Jack Frost estavam do lado da família de Rapunzel. E então o representante se aproximou com um rapaz que carregava nossas coroas, ele se aproximou de Elsa.

—Em nome do elemento água e do inverno, apresento-lhes rainha Elsa. –Disse colocando uma bela coroa branca na minha irmã. –Em nome do elemento ar e do outono, apresento-lhes rainha Merida. –Falou colocando uma coroa dourada com pedras verdes em Merida. –Em nome do elemento fogo e do verão, apresento-lhes rainha Rapunzel. –Ele colocou uma bela coroa que os pais dela haviam mandado fazer quando ela nasceu. –Em nome do elemento terra e da primavera. –Gelei quando se aproximou de mim. –Apresento-lhes rainha Anna. –Foi colocada em mim uma coroa feita por flores e folhas feitas de jóias.

          Sentamos em nossos tronos e observamos o representante falar em frente às pessoas.

—Agora peço que fiquem de pé. –Ele se virou para nós. –E aplaudam vossas rainhas.

          Não sei se foi após nós acordamos do sono da morte, pois viveríamos para sempre e nossos sentidos ficaram mais desenvolvidos, mas nós podíamos ouvir de todos os cantos do salão, do palácio... e do reino as pessoas gritando: “Viva a rainha Elsa! Viva a rainha Merida! Viva a rainha Rapunzel! Viva a rainha Anna!”

 ALGUNS SÉCULOS DEPOIS

ELSA

          Estava ocorrendo uma exposição sobre reis e rainhas ao longo dos tempos, as meninas observavam todas as pinturas como verdadeiras damas, roupas, coroas, jóias eram o que mais tinha. De repente uma menina me chamou atenção.

—Mamãe! Mamãe! Quem são essas? São rainhas?

—Sim. -Falou a mãe da menina. -Não se sabe tanto sobre elas como os outros reis e rainhas daqui, dizem que estas rainhas tinham poderes. -Os olhos da menina brilharam. -Uma tinha o poder de congelar, a outra podia fazer fogo, uma podia controlar os ventos e a outra podia fazer nascer plantas. Alguns falam que elas viveriam eternamente, mas não se sabe se isso aconteceu, embora suas histórias digam que elas vivem até hoje.

—Então elas estão vivas? -A menina perguntou animada.

—Talvez. -Anna se aproximou da garotinha. -Talvez elas vivam mas estejam escondidas. -Disse piscando para mim e as meninas.

—Como você sabe? Você é uma delas? -A menina olhou para Anna com os olhos brilhantes.

—Talvez. -Anna se ajoelhou em frente a menina e pegou a sua mão. -As quatro rainhas podem estar vivas e onde você menos espera. -Ela piscou para a menina e ao soltar a mão dela, a garotinha viu uma flor e sorriu.