Todos se ajoelharam diante a mim inclusive o diretor.

–Se levantem! O que está acontecendo? – Grito indignado.

–Já sabemos quem é! – O diretor se levanta.

O diretor faz um sinal para que eu e todos permanecêssemos ali enquanto ele e o homem que me auxilio a entrar no vidro entraram no colégio. Passaram-se uns cinco minutos e ele volta com uma espécie de concha gigante. Ele a aproxima da boca e assopra. Um barulho como de um trompete invade nossos ouvidos. Quando ele para, olhamos para o céu e nuvens pretas e carregadas começam a fechar a paisagem, começa a ficar de noite rapidamente e não se ascendem as luzes externas do colégio. Do canto de olho vejo três fortes luzes brilhantes a primeira era vermelha, a segunda dourada e a terceira prateada. Elas se aproximam e começo a reconhecê-las. São Melissa, Mariah e Bianca!

–Vocês estão.. – Falo apreciando suas belas formas.

Elas possuem grandes assas e uma coroa de flores de acordo com sua cor. Seus vestidos são brilhantes e é como se houvesse um mar de brilhantes escorrendo por eles.

Melissa se aproxima e me da à mão.

–Vai ficar tudo bem! – Ela afirma.

Um clarão seguido por um raio causa um estrondo que faz meus ouvidos doerem. Logo depois vem chuva. Uma luz muito forte desce do céu e faz um cubo de lá até a superfície.

–Vamos – Diz Mariah tocando nas minhas costas.

Andei lentamente até o cubo onde as meninas entraram junto a mim.

Começamos a levitar por dentro do cubo até que...

–CUIDADO! – Gritou Mariah.

Bianca me puxa para fora do cubo rapidamente e Melissa está jogando um tipo de feitiço a um bicho estranho que está lá. Quando Bianca me jogou para fora do cubo se esqueceu de que nós já estávamos no alto. Minha adrenalina sobe quanto vejo a distância que estou caindo. Cada vez mais e mais perto do chão. Vai doer! Fecho os meus olhos e...

–Peguei! – Ouvi uma voz muito familiar dizer quando me segura da caída.

Respiro ofegante e olho para o rosto ao meu lado.

–Você está bem? – Ele me pergunta comigo ainda em seu colo.

–Sim – Afirmo sem parar de olhar nos seus olhos – Já me pode por no chão – Peço delicadamente.

Ele solta o braço das minhas pernas e me ajuda a equilibrar-me.

–Venham! – Gritou o diretor correndo para a escola.

A chuva estava cada vez mais forte. Filipe me puxou pela mão e quando estávamos prestes a entrar me viro e vejo Melissa sendo atingida e caindo no chão com força.

–MELISSA! – Grito e corro para socorrê-la.

–Sofia vá corra! Você não pode ficar aqui! – Ela se esforçou para falar.

Mariah desce rapidamente e põe a mão em Melissa.

–Ela está quente – Ela diz aflita e depois alcança Bianca com quem cochicha algo.

Bianca olha para trás e fecha a cara, com toda força ela enfrenta o bicho.

–Melissa!! – Chamei passando a mãe em sua testa.

–Deixe comigo! – Felipe abaixou e a pegou no colo.

Corremos para a escola e logo na entrada vejo um monte de gente.

–O que houve? – Pergunta uma menina com quem nunca estive antes.

–Ela foi atingida! – Digo aflita.

Ela toca em Melissa e fecha a cara e então se vira e grita:

–MENINAS ELAS PRECISAM DE REFORÇOS AGORA! – Ela gritou e um monte das meninas que ali estavam começaram a brilhar e mudar de cor.

–Vamos! – Gritou uma na frente levantando uma luz.

–Vamooos! – O resto gritou.

Então em uma grande marcha elas saíram e comecei a ouvir estrondos.

Corremos para a enfermaria.

–Deixe-me vela – A enfermeira disse abrindo a porta.

Olhei para ela como quem pergunta “Como sabia que estávamos vindo?”

–Leio mentes – Ela diz me encarando, mas ao mesmo tempo preparando uma injeção.

Ela se aproxima da cama onde Filipe deitou Melissa e aplica uma injeção um pouco abaixo do ombro.

Vou até a janela e vejo várias luzes coloridas brilhantes.

–Ela vai ficar bem – A médica cobre Melissa – Não adianta ficarem aqui – Ela se vira para nós.

–Está bem – Filipe responde e me puxa para fora.

–Eu não sei o que fazer – Digo nervosa, chorando olhando para Melissa.

–Calma – Ele me abraça.

–Sofia! Filipe! Venham! – O diretor apareceu no corredor escuro nos chamando.

Corremos até a sala dele.

–Sofia você vai embora agora! – Ele diz mexendo em um baú.

–Pra onde? – Estou aflita.

–Filipe você pode acompanha-la? – O diretor olha sério pra ele.

–Claro!

O diretor pega dois sininhos e dá a Filipe.

–Onde estão? – Ele pergunta.

–Logo depois do campo de flores! – O diretor responde.

Sobre o fato de eu estar boiando quase afundando...

–Vamos! – Filipe me puxa para a área externa do colégio.

Corremos debaixo de uma enorme chuva de cores.

–Aqui – Ele me puxa com mais força.

Há vários cavalos, pôneis, sei lá o que é isso, mas possuem asas.

–Suba – Ele me puxa para um deles.

Eu fico atrás me segurando em suas costas enquanto ele prepara o alado.

–Segure-se firme!

O cavalo começa a corre e...ESTOU VOANDO!

–Para onde vamos? – Pergunto.

– Casa das nuvens! – Ele afirma.

–Casa do que?

Esse cavalo era muito rápido, havia pouco tempo em que estávamos voando e eu não via ne de longe o colégio!

–Ali! –Ele fala um pouco mais alto se referindo há um enorme palácio de vidro que está no meio do céu!

Conforme nos aproximamos vi várias pessoas lá nos esperando.

–Venha desça! – Filipe me ajudava.

As pessoas que ali estavam se curvaram diante de mim e havia uma bela moça de cabelos longos castanhos ondulados que vestia um longo vestido azul, emocionada.

–Eu sabia que voltaria! – Ela me abraçou.

Olhei pra Filipe com uma cara de assustada e ele riu.

–Ela ainda não sabe quem é! – Ele falou para a moça.

–Oh! Como não? - Ela disse indignada.

–Eu não sei! Até agora passei por diversas provas, perguntas e ninguém me deu uma dica se quer do que eu sou! Fui transferida de escola sem saber por quê! Fui perseguida e quase morta! E até agora não sei o que eu sou! – Reclamo.

–Você realmente quer saber? – Ela se reaproxima de mim.

Olho para a cara dela seria e impaciente.

–Tudo bem vamos.. – Ela passa o braço pelas minhas costas e me leva até um quarto do palácio – Sente-se – Ela se virou e um sofá apareceu.

–Por favor, seja o mais breve possível! – Peço aflita.

–Preste bem a atenção, você tem que se manter segura!

–Tá, mas fale logo!

–Como você já deve ser percebido, há muito mais que humanos habitando a terra, guinomos, fadas, bruxas e etc. Nós formamos uma espécie de leis para podemos organizar nossa forma de viver sem que altere algo na dos humanos, então há uma pequena nobreza onde estão escalados os mais poderosos.

–Até ai eu entendi, mas o que eu tenho a ver com isso.

–Esses que estão na nobreza não desejam ter filhos, pois eles poderão nascer tão quanto ou mais forte que eles próprios e acima de tudo e de todos está o mais poderoso de todos do nosso mundo. Ele uma vez se apaixonou por uma fada da nobreza e os dois juntos tiveram um bebê.

–Acho que já estou entendendo..

–Essa criança cresceu e estava se tornando muito poderosa até que um dia tudo foi interrompido.

–O que houve?

–O lado obscuro estava ameaçado com os poderes dela e resolveram se juntar e sem pensar eles a levaram para lá, só que essa criança era da luz, da felicidade, da magia do bem e não conseguiu resistir. Os membros do bem iniciaram uma guerra para resgata-la, mas não deu tempo. Alguns séculos depois um pergaminho misterioso foi encontrado.

–E o que ele dizia?

–Que ela estava voltando, que ela não havia ido embora, apenas fora protegida para ser libertado na hora certa, depois dessa notícia o rei ficou doido com esperança de reencontra-la e protege-la e então iniciou testes com todas as meninas da nobreza, mas ela não foi encontrada. Certo dia outro pergaminho foi achado e dizia que a menina se chamaria “Sofia” e eles começaram a fazer buscar pelo mundo dos humanos.

–E essa “Sofia” sou eu?

–Sim, e você é muito mais poderosa que o grandioso rei. Você ameaça todos nós.

–E o que vocês querem de mim agora?

–Eu não sei o que vamos fazer com você...