– o-O que? – pergunto meio gaguejando, as coisas não poderiam ficar piores. Agora vândalos estão invadindo a escola? E tudo isso por culpa de nós quatro... Droga – Obviamente não é nossa culpa! – exclamo para os professores presentes.

– Então porque os membros de outras escolas que possuem Chuunibyou estão vindo aqui? E porque todos dizem que um grupo Otaku dessa escola os atacou? – diz a nossa monitora. Logo ouço um ressoar de Hunns atrás de mim. Viro-me certamente irritado. Lá está os três com os dedos nos lábios como se estivessem pensando, logo Tsubasa surge e entra na conversa fazendo o mesmo humm...

– Eu acho que derrotei uns carinhas por ai e disse que isso é em nome do clube Otaku da Seyou... – dizem os quatro ao mesmo tempo. Realmente, como eles ainda não foram para um reformatório? – Mas não foi nossa culpa! – eles devem ter ensaiado esses doidos falam em uma perfeita sincronia – Eles vieram nos atacar... Pode ser o contrario, mas quem liga!

– Isso muda muita coisa – diz as professoras com certa calma – Odeio ter que pronunciar isso, mas enquanto não resolverem isso Tsubasa estará fora do conselho e o seu grupo Otaku estará perto de sua destruição – os quatro caem ao chão. Pera, só as três, Nuts já estava no chão dormindo... - Espero que tenham entendido o recado – a professora pede para nós sairmos e obedecemos.

– Atacaremos amanhã de noite – murmura Tsubasa dentro do quarto de minha irmã. Eles estão realmente querendo se vingar – Acho que o Kei deveria ir – diz ela um pouco brava... Porque eu estou envolvido? – Talvez assim podemos usar ele como saco de pancada ou isca – diz ela.

– Boa idéia – concorda as outras três vozes. Eles são loucos... Eu nunca me meti em algo assim na minha vida, ou seja, na vida de Keitaru, mas não na vida do príncipe do sol negro... Naquela época era barra pesada...

FLASHBACK:

– Eu invoco troll necromancer – jogo os dados – 12 acabei com vocês!

FLASHBACK OFF

– Tempos difíceis – murmuro.

– Certo, o Kei será nossa isca – a voz de Ami sai confiante e alegre.

– Tem certeza? – murmura Nuts... Ele está com uma voz abatida – Talvez... Devemos fazer isso normalmente, não envolvendo brigas – isso é surpreendente... O Nuts falando isso... A pressão cresce e percebo que todas devem estar surpresas. Mas logo elas falam que não e o que o melhor jeito de parar uma briga é com briga... Nuts não concorda nem discorda melhor eu falar com ele depois... Não, agora.

Levanto-me da cama e abro espaço entre a bagunça. Vou ao quarto de minha irmã e abro a porta vendo os quatro conversando enquanto se abraçam a umas almofadas roxas. Chamo Nuts quase gaguejando, nunca falei sério com alguém. Nunca.

– O que foi? – estamos já na cozinha. Ele me olha impaciente e eu não tenho coragem de falar nada, qual o meu problema? Para falar coisas estúpidas eu tenho tempo, mas para falar sobre algo serio com meu amigo não?

– V-você está bem?- pergunto. SE MATA! EU NÃO ACREDITO QUE FALEI ISSO, OBVIAMNETE EL NÃO ESTÁ BEM! - Você estava falando de modo triste no quarto da minha irmã – Nuts me olha irritado, acho que invadi a privacidade dele...

– Porque gostaria de saber? – ele me pegou... Eu nunca falei sério com ele, e acho que nunca tivemos uma conversa que não acabou em ele me socando ou eu irritado com sua infantilidade... Eu queria mudar isso – Olha Kei –ele coloca dois dedos sobre meu peito – Não se meta onde não é chamado – seus olhos me fuzilam, ele está parecendo outra pessoa. Ouço risos ecoando, não vem de nenhum local, ouço choros e gemidos, ouço o rastejar de passos e outras coisas que não sei o que é... Nuts rapidamente retira os dedos de meu peito – Apenas não se meta que tudo ficará bem e seus sonhos voltarão a serem bons...