Children escrita por KindestHuntress


Capítulo 4
The End Just a Beautiful Surprise




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Voltei para o outro lado, e com cuidado, coloquei as pernas dela na cama. Ela virou sozinha e pôs a cabeça debaixo dos travesseiros. Eu ri, sem produzir som algum.

Saí do quarto, trancando a porta. Virei e Beatrice estava atrás de mim, usando um vestido dourado, como o de Aubrey no primeiro Dance Central Tournament. Ela me olhava com curiosidade.

– Não vamos sair? - Perguntou, certamente procurando por Aubrey atrás de mim.

– Acho que não, niña. Sua tia está cansada, acabou dormindo. Que tal prepararmos nosso próprio jantar? - Perguntei animado.

Animação que não recebi de volta. Hm... Acho que ela não sabia fazer nada, nunca nem tentou. Dei de ombros e peguei sua mão, levando-a até a cozinha.

– Gosta de macarrão? - Perguntei checando a dispensa, surpreso. Aubrey tinha uma incrível variedade de comida, embora eu nunca a tenha visto comer em casa. Estreitei os olhos e achei melhor conferir a validade das coisas.

Beatrice riu, chamando minha atenção. Olhei para ela, que já estava sentanda em um dos bancos altos da bancada americana da cozinha.

– Sou da França, mas sim, gosto de macarrão. - Falou rindo.

Revirei os olhos. Eu sabia a diferença entre os dois países.

– Rá, rá. - Ri sem achar engraçado. Voltei a procurar o macarrão.

Arroz, temperos, bolachas, molhos prontos depois, ainda não havia encontrado.

– Hm... Angel? Posso perguntar uma coisa? - Ela me chamou depois de um minuto.

– Claro. - Respondi sem olhá-la.

Meio segundo depois, ouvi o banco arrastar, e imaginei que ela tivesse descido.

– O que acha da tia Aubrey? Ela é bonita? - Sua vozinha trazia uma calma, curiosidade de verdade.

Assim que ela terminou de falar, achei um pacote de macarrão e virei para responder, mas ela já estava na minha frente.

– Ora... Sua tia é muito bonita. Para falar a verdade, - Comecei a sussurrar - É a mulher mais bonita que já vi. Mas, pequeno tornado ruivo, beleza não é tão importante como muitos fazem parecer. Pelo menos não para mim.

Coloquei o pacote em cima da bancada, e me pus a procurar uma panela grande. Achei rapidamente. Coloquei bastante água e coloquei no fogo. Beatrice voltou a sentar, cutucando o pacote de macarrão, pensativa.

– E o que é importante para você?

Abri a geladeira, procurando mais temperos. Peguei um tomate, uma cebola, e algumas folhas. Eu deveria saber que ela tinha todo o tipo de coisa saudável em casa.

– Imagine todas as qualidades de Miss Aubrey. Conseguiu? - Fui em direção à pia, lavando tudo o que peguei da geladeira.

Beatrice ficou pensando por um bom tempo.

– Bem, ela é muito bonita. - Respondeu, e logo percebi que ela não conseguiu pensar em muitas coisas.

– Sim, é verdade, mas embora ela diga que não, e que negue até a morte, ela se importa com todos os amigos. Devo dizer que ela disfarça muito bem, mas eu conheço Aubrey melhor que ela mesma. Sei que ela se importa. - Mandei um sorriso para a pequena, que sorriu de volta.

Comecei a cortar a cebola com uma faca que estava na gaveta.

– E além disso, Beatrice, ela tem um coração bom, embora eu nunca o tenha visto. - Eu ri, ouvindo uma risada fina também - Tem tantas outras coisas... Pequenas coisas que eu adoro nela... É isso que a faz ser bonita para mim.

A pequena ficou em silêncio, provavelmente pensando a respeito. Coloquei a cebola picada em uma pequena vasilha de sobremesa, buscando o pacote de macarrão. Beatrice fazia pequenos círculos na bancada, apoiando o queixo na outra mão. Suspirou, e eu não entendi por quê.

– Você casaria com ela, Angel?

Abri o pacote e despejei a massa na água borbulhante, mexendo vagarosamente. Beatrice esperava uma resposta, mas eu já a tinha há muito tempo.

– Sem nem piscar. Pena que ela não saiba.

Ela pareceu satisfeita com minha resposta, porque pulou do banco e foi correndo em direção aos quartos, sorridente. Aubrey estava dormindo, Beatrice não seria maluca de acordar a tia.

Eu esperava que não.

Larguei o pacote vazio dentro da pia, e fui correndo atrás dela. Tão rápido que quase esbarrei nas duas abraçadas no corredor. Beatrice estava no colo de Aubrey, sussurrando algo no ouvido dela, enquanto olhava para mim, sorrindo, sapeca.

Aubrey também sorria, escutando atenta cada palavra que eu não conseguia ouvir. No final, Beatrice se afastou do rosto dela, vendo a expressão da tia. Aubrey segurou a menina com mais segurança, pondo a mão na boca, cobrindo o riso leve.

– Pensei que estava dormindo. - Comentei confuso.

– Estava. - Concordou ela, e colocou Beatrice no chão, abaixando-se. Beijou a testa da menina docemente, abraçando a sobrinha novamente.

A menina chegou perto de mim e puxou minha camisa, pedindo que eu ficasse da altura dela. Me ajoelhei e ela me abraçou. Eu ri e a abracei de volta, e quando eu ia levantar, ela pôs as mãos em concha em meu ouvido, sussurrando como se fosse me contar um segredo.

– Agora ela sabe! - E se afastou, piscando para mim, entrando no quarto.

Eu e Aubrey vimos Beatrice entrar no quarto e fechar a porta. Aubrey riu, de braços cruzados. Olhei para ela, que já vestia um robe de algo que julguei ser seda vermelha, e ela olhava para mim, sorrindo feliz.

– Sem nem piscar? Sério? - E se aproximou de mim, ainda de braços cruzados.

– O quê? - Fiquei sem entender, e Aubrey parou em minha frente, me analisando dos pés a cabeça.

– Você casaria comigo sem nem piscar? - Começou a passar os dedos em meu cabelo, tirando o visor de minha cabeça. Jogou na porta do banheiro.

Hm... Então aquele pequeno tornado contou para Aubrey? Hm... Gostei. Interessante.

Sorrindo, concordei com a cabeça. Aubrey alargou o sorriso, tocando a ponta de meu nariz ao falar.

– Bom saber. Vamos ver se é verdade.

E me beijou.


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Notas finais do capítulo

N/A: Hm... *-* Minha ruiva preferida, meu ás. 33 Reviews!

P.S.: Agora acabou de verdade, haha. Normalmente, era para ser uma one-shot, masssss. ;)



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