Do Silêncio, as Consequências escrita por GiTS
Os sentimentos de Mel dividiram-se entre alegria e medo. Amélie havia dito as palavras que ela nunca achou que diria.
-- Mel? - Amélie insistiu, quando não obteve resposta. -- Você ouviu o que eu disse?
Melissa respirou fundo e finalmente respondeu:
-- Sim, eu ouvi. Você sabe o que está dizendo?
-- Talvez não completamente, mas eu sei que cometi um erro ao não dizer isso antes. Eu precisava conversar com você sobre isso e não o fiz. Em vez disso disso eu fugi e fiz outra coisa estúpida. Eu não quero cometer o mesmo erro novamente. - Amélie respondeu -- Errei de novo?
-- Eu não sei. - Mel respondeu, fazendo com que Amélie se sentasse.
Ela virou e olhou pra sua amiga, que ainda permanecia deitada e perguntou:
-- Você repudia a idéia ou só não tem certeza se eu estou sendo sincera?
Mel olhou nos olhos da amiga, sem saber o que dizer. Amélie viu a barreira que sua amiga havia erguido, sem saber como passar por ela.
-- Você construiu um muro a sua volta e eu não sei como penetrar. Por que você não fala comigo? - Amélie exprimiu seus medos.
Mel fechou os olhos pra não ver a dor refletida nos olhos de Amélie e respondeu:
-- Eu tenho medo.
-- De mim? - Amélie perguntou, aflita.
-- Não, de mim.
Amélie decidiu se arriscar e chegou mais perto de Mel.
-- Você tem medo disso? - sussurou. O beijo na testa de Mel foi leve como uma pena, mas a sensação a fez tremer.
Amélie continuou olhando nos olhos da amiga, procurando qualquer sinal de que estava conseguindo passar pela barreira.
-- Ou você tem medo disso? - disse, ainda vendo o conflito nos olhos de Mel, e gentilmente beijou-lhe a bochecha.
Mel sentia as emoções correndo pelo seu corpo. Ela podia sentir o calor aumentando e não importa o quanto lutasse, ela sabia que não ganharia dessa vez. Ela abriu os olhos rapidamente quando ouviu a voz de Amélie, agora mais intensa.
-- Ou isso?
-- Amélie inclinou-se e encostou seus lábios nos de Mel. A doçura era indescritível e Mel só fechou os olhos, gemendo.
Amélie sabia que finalmente conseguira penetrar aquela barreira e sentiu uma necessidade de olhar naqueles olhos verdes que ela adorava. Ela começou a afagar a bochecha de sua amiga, até ela abrir os olhos de novo. Amélie olhou nos olhos verdes que estavam cercados por lagrimas e finalmente viu que a barreira estava caindo em pedaços.
-- Você sabe o quanto eu amo você? - Amélie perguntou, inclinando-se pra beijá-la novamente.
Dessa vez, o beijo teve objetivo e ela mordeu de leve os lábios de sua amiga, até que Mel suspirou e sucumbiu. Enquanto o beijo se intensificava, Mel puxou Amélie pra cima de si. Pela primeira vez em sua vida, sentiu-se completa.
Suas linguas competiam por controle enquanto o calor da paixão aumentava. Rolando na cama, Mel prendeu Amélie abaixo de si. Ela parecisava parar antes que fosse tarde.
-- Você tem certeza? - Mel perguntou a sua amiga.
-- Eu nunca tive tanta certeza em toda a minha vida. Eu só... não sei o que fazer? - Amélie admitiu.
Mel olhou dentro de seus olhos, procurando por qualquer sinal de medo ou incerteza. Em vez disso, ela achou amor refletido.
-- Faz o que for confortável. Se você quiser parar, a gente para.
-- Eu te amo! - Amélie disse, apaixonadamente.
-- Eu também te amo. Sempre amei - Mel sussurou e deslizou sobre o corpo de Amélie pra começar um gentíl exploração com a sua boca.
Naquela noite, dois corpos cujos corações batem em uníssono, saciaram-se em um eclipse de almas perpétuo.
FIM
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