“Será que agora você me dirá para onde estamos indo?” Rose perguntou, pela milésima vez. Era uma ensolarada sexta-feira, e Dimitri chegara a seu quarto chamando-a para um passeio. Na sua volta do banheiro, ela se deparou com um Dimitri segurando uma mochila. Quando questionado o que era aquilo, ele respondeu simplesmente com um ‘Surpresa’.

“Já disse, é uma surpresa, e já estamos chegando, então relaxa.” O moreno abriu um sorrisinho quando viu sua namorada fazer uma careta indignada, nos seis meses que se conheciam, Rose era conhecida pela sua impaciência, e essa era uma área que Dimitri adorava explorar.

“Você falou que já estamos chegando hás uns 40 minutos, e tudo o que eu vejo é estrada.” Rose enrugou o nariz, essa era uma mania que ela tinha quando estava impaciente, e uma das expressões faciais que Dimitri mais amava nela. Rose colocou as pernas no painel, sabendo que ia irritá-lo, às vezes, ela pensava que ele tinha um relacionamento sério com seu jipe, e, por mais difícil que fosse de admitir, ela sentia ciúmes. E como imaginara, o moreno arregalou os olhos e soltando uma exclamação, tirou os pés dela de lá e os colocou no colo dele. Rose riu quando ele fez uma careta e voltou a prestar atenção na estrada.

“Nós já estamos perto, de verdade. E por favor, tenha mais cuidado com o carro.” Dimitri esgueirou uma olhada para Rose, que agora estava com as costas na porta do carro, observando-o com um sorriso no rosto. “Você sabe como eu sou com ela.” O sorriso se transformou numa careta. É claro, além de aturar seu amor pelo carro, tinha de aturar sua devoção por ‘ela’.

“Sim. Claro. Sua Milaya não sofrerá um arranhão da minha parte.” Revirou os olhos. Milaya significava Querida em russo, e esse era o nome que Dimitri dera ao jipe. Quando tentou puxar os pés, em uma maneira muito infantil, Dimitri foi mais rápido e os manteve no colo. Inesperadamente, ele colocou o carro no acostamento e se virou para encará-la. Seus olhos estavam brilhando com diversão, ele sempre soube do ciúme de Rose para com seu jipe, e essa era só mais uma forma de irritá-la. Nada era mais importante para ele do que ela, e ela nem sequer percebia isso.

“Eu já disse para deixar de ser birrenta.” Ele disse. “E venha aqui.” Dimitri a puxou e colocou em seu colo. Rose, com relutância, enrolou seus braços em torno do pescoço dele. Antes que ela pudesse pensar muito, ele a beijou, rápida e duramente. “Agora, deixe-me dirigir.” E com mais um caloroso beijo, ele a baixou no banco ao seu lado.

Menos de 10 minutos depois, o casal chegou ao cais da cidade. Rose o olhou, intrigada, e ele apenas balançou a cabeça. Dimitri a levou até uma parte distante do corredor.

“Este é meu novo iate. Olhe.” Quando Rose procurou para onde ele apontava, ela viu, em azul-celeste e escrito em itálico.

ROZA

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