Eram três da manhã quando o celular de Beckett soltou um alarme desesperado. Ela o pegou rapidamente e desligou, olhou a hora. Tentou se lembrar do porque do alarme, ah sim, o remédio de Castle.Ela tirou o braço dele de sua cintura e se levantou indo buscar água. Quando voltou acordou ele.

–Hora do remédio.

–Não quero. - Colocou o travesseiro no rosto.

–Castle, você já esta ficando melhor. Se não tomar sua febre vai voltar.

–Não.

–Pare de agir como uma criança e tome a porra do comprimido. - Ela tirou o travesseiro do rosto dele, e quando ele abriu a boca para protestar ela colocou o comprimido lá dentro e lhe estendeu o copo com água.

Ele pegou o copo sorvendo a água e o devolveu a ela. - Você foi cruel. - Choramingou.

–E você uma criança.

–Eu estou doente.

–Crianças doentes são melhores que você.

–Talvez não seja eu e sim a pessoas que esta cuidando de mim. - Cruzou os braços a encarando.

–Ninguém tem paciência de tomar conta de um chato como você. - Ela quase gritou.

Castle abriu a boca em espanto. Beckett o encarou esperando ele retrucar mas ele não fez isso. Apenas pegou de volta o travesseiro e virou de costas para ela.

–Castle? - Chamou. - Droga. - Xingou baixinho se abaixando. - Hey, desculpe. Eu não quis te chamar de criança.

–Quis sim. E de chato também. - Sua voz saiu abafada.

Ela revirou os olhos. -Ok eu quis. Mas porque você é muito teimoso. Então seja bonzinho e tire esse travesseiro do rosto.

–Não.

Beckett se controlou. - Eu beijo você se você tirar. - Ofereceu.

O travesseiro foi colocado de lado e um biquinho se encontrava na boca de Castle.

Beckett riu beijando ele. - Desculpe. - Outro beijo. - Apesar da sua teimosia e chatisse eu gosto de você.

–Obrigado, eu acho.

–Volte a dormir.

Ela deitou ao lado debe beijando seu rosto e fazendo um novo cafune.

...

Castle acordou tateando a cama. Ele realmente esperava que Beckett ainda estivesse ali. Mas pelo visto ela tinha ido embora.

Fugido. Com sempre faz.

Ele respirou fundo alongando os braços. Não se sentia mais doente, uma coisa boa pelo menos.

Castle entrou no banheiro tomando um banho rápido. Quando voltou para o quarto trocou de roupa e olhou a hora. Quase oito. Alexis já estava no colégio. Martha com certeza não estava em casa. E ele ia tomar café sozinho.

Castle detestava tomar café sozinho.Ele saiu do quarto em direção a cozinha. Ele não conseguia parar de pensar em Beckett, ela tinha dito que ficaria, será que fingiria que nada tinha acontec...

–Beckett?

A detetive estava parada atrás do balcão de sua cozinha, mexendo o conteúdo de uma xícara com uma colher.

–Bom dia dorminhoco. Alexis já foi pra escola, deixou um beijo. Martha saiu cedo também, disse que ia encontrar um colecionador de joias.

–Você esta aqui. – Disse surpreso.

–Hãm, estou. – Respondeu com a testa franzida.

–É só que... eu não vi você na cama... achei que...

–Que eu tivesse ido embora. – Completou.

–Isso.

–Bom, eu não fui. E... – entregou a xícara a ele – fiz chocolate quente pra você.

Ele sorri bebendo um gole. – Isso esta ótimo. Obrigado.

–Não por isso. – Apontou para a xícara.

–Não – ele riu – por ter cuidado de mim, ter ficado comigo e ainda esta aqui.

Ela sorriu passando o polegar no bigode de chocolate dele. - Não abuse.

–Uh, sinto muito detetive. Mas eu sou abusado. – Ele fez uma voz safada.

Beckett riu alto. – Termine seu chocolate. Temos que estar na delegacia às nove. E eu ainda preciso passar em casa para tomar banho e trocar de roupa.

–Sim senhora.

Ela voltou para trás do balcão colando café em uma xícara.

–Se sentindo melhor?

–Definitivamente. Minha garganta arde um pouco, mas nada que um pouco de spray de mel não ajude.

–Ótimo. Mas, mel não adianta. Eu tenho um de menta em casa. Vou dá-lo a você.

–Oh meu Deus. Não use ‘’dar’’ e ‘’você’’ na mesma frase.

–Castle! – Ela bateu no braço dele com um pano de prato.

–O que? – Se fez de desentendido.

Beckett encarou ele de cara feia. – Só por isso eu não vou beijar você hoje.

–O que? Ah Beckett, por quê? Foi só uma brincadeira, eu juro que não faço mais... não seja malvada comigo sim?

Ela revirou os olhos voltando para o quarto e pegando suas coisas. – Vai ficar chorando ou vestir uma roupa e vir comigo?

–Eu queria falar com você antes.

–Não pode esperar? – Mordeu o lábio.

–Não. – Ele sentou na cama. – Vem aqui. – Estendeu os braços para ela.

Beckett sentou em seu colo. – O que foi?

–Sobre os beijos. Hãn, o que nós somos?

Beckett ficou calada por um momento antes de grudar seus lábios nos dele rapidamente.

–Você é meu, eu sou sua. Para sempre.

Ele a olhou, os olhos brilhando.

–Sempre! Isso parece bom Pra mim.

Eles riram e se beijaram de novo. Até Beckett interromper o beijo mandando ele se apressar se não eles se atrasariam.

É. Estava bom assim.