– Por que vocês não contaram antes? – pergunto Alec.

Eu e Daniel estávamos sentados no sofá da sala, enquanto nossos pais estavam de pé fazendo um interrogatório, enquanto Tessa,Anni, e Drea riam da situação, cretinas!

– Já disse... – falei, eu e Daniel já havíamos explicado tudo, cada coisinha que aconteceu, menos a briga, por que isso incluía falar que estávamos bêbados e fora do acampamento, o que ia complica ainda mais a situação.

– O que custava você me ligar e falar ‘’ a mãe to namorando meu primo’’ – disse minha mãe.

– Pra começo de conversa ele não é meu primo, não de sangue. Já disse isso também – falei já irritada com toda aquela bagunça. – E desculpa, sempre que conversamos eram tantos problemas que eu me esquecia de falar do Daniel.

– A mesma coisa pai – disse Daniel – eu me esquecia.

– Mas...

– CHEGA, ACABO! – Gritei me levantando do sofá – Estamos a exatamente – olhei no relógio de parede – 30 minutos discutindo meu namoro e de Daniel. Sim estamos namorando. Faz mais o menos duas semanas. Desculpa, esquecemos de contar .Sim,eu gosto dele. Não, não transamos. Pronto já estão informados. – falei.

– E sim, vou cuidar dela – completou Daniel se levantando também. – Já chega de perguntas, não somos mais crianças!,Se vocês querem uma apresentação formal , fazemos. – Daniel pego minha mão e me puxou ate ficar de frente com Magnus e Alec – Pais, essa aqui é a Katherine, minha nova namorada – viramos e fomos de frente pro meus pais.

– Pais esse aqui é o Daniel, meu primeiro namorado – disse.

– primeiro? – Daniel se virou pra mim surpreso.

– Sim – disse sorrindo.

– Linda – sussurrou – Então pronto já ta tudo resolvido, certo?.

– Certo – disse Magnus por fim – você é de longe a melhor namorada que o Daniel arrumou mesmo –falou como ‘’ a foda-se melhor ela do que as outras’’.

– Por mais que eu não goste disse – disse Alec – se vocês se gostam, então ok.

– Cuide bem da minha filha – disse minha mãe.

Daniel concordou sorrindo, olhei pro meu pai esperando algo..

– Vamos lá pai – disse.

– Eu posso fazer alguma coisa contra? Não, não posso então cuide dela – falou meu pai sorrindo pra mim.

– Pronto ta tudo resolvido – disse abraçando Daniel.

– E eu achando que esse acampamento era pra treinar nossos filhos e veja só dois já estão namorando – disse Jace com deboche encostado na parede.

Puxei uma adaga da minha calça e joguei em Jace. Acertando a alguns centímetros acima de sua cabeça.

– 3 centímetros pra baixo e.... – assobiei. Jace deu um sorriso travesso r pegou a adaga, achei que ele fosse jogar de uma vez, mas ao invés disso ele fez que ia guarda e logo em seguida jogou na direção do meu rosto. Segurei a alguns centímetros de me acertar. Me recuperei do susto, e dei um sorriso de vitoria.

– È, vocês estão treinando mesmo. – admitiu rindo.

– Mas eu não sou a única aqui namorando, querido tio Jace – Tessa ia pagar por ficar rindo de mim nessa meia hora.

– Como? – disse Jace se virando pra Tessa, que ate aquele momento ria, mas agora o sangue tinha sumido do seu rosto. Vários risinhos correram na sala.

– è... – ela deu uma gaguejada mas se recompôs – Estou namorando também – admitiu.

– Ah é...e quem é esse sujeito? – perguntou calmo, isso não era um bom sinal.

– Lucas Parker – respondeu.

– Hm...ja ouvi esse nome – ele tamborilo os dedos na mesa de seu lado – Um lobisomem, não é.

– È – respondeu Tessa.

– Porque já não o chamamos aqui também – propôs Magnus. – Assim já ficamos por dentro de todas as novidades desse acampamento!

– Mais novidades? Por favor me digam que não há mais nenhuma novidade – suplicou meu pai,

– Pela minha parte não tem mais nenhuma – disse.

– Nem pela minha – falou Tessa.

– Zero novidades – disse Daniel.

–Olha... ninguém me chama pras reuniões familiares – falou Scott encostado na porta e pra melhora a situação com Lucas do lado! Rá, agora Tessa morre!

– OI Scott – disseram todos.

– Oi Lucas – disse de propósito.

– Ah então você é o Lucas Parker? – perguntou Jace, caminhando ate ele.

– Sim...sou eu... – falou desconfiado.

– Acho que temos que conversar sobre um certo namoro seu e da Tessa.

– Ah claro – disse confiante.

– Por favor, não vou aguentar outro interrogatório, vão conversar no meu quarto – disse.

– Katherine – censurou minha mãe.

– Oque? È verdade – disse.

– Ok querida sobrinha, vamos conversar no seu quarto – disse Jace sorrindo ironicamente pra mim.

– Obrigada – disse devolvendo um sorriso.

Eles caminharam ate meu quarto, Tessa parou na minha porta e se viro pra mim e moveu a boca dizendo um ‘’ você me paga’’ , levei a mão na boca e mandei um beijo pra ela, que me devolveu um ‘’ vá se ferrar’’ e entrou no quarto.

– Então Kath sua mala já esta pronta? – perguntou papai.

– Como vou levar pouca coisa, sim já ta pronta – só havia 5 peças de roupa dentro da mala, era só eu colocar mais algumas rapidinho.

– Okay então, já conversei com Holiday e tudo já esta certo – falou mamãe.

– Não acredito que vocês vão levar essa peste embora – disse Scott se aproximando e passado o braço pelo meu pescoço e me abraçando, tava mais pra me sufocando.

– Katherine não queria voltar de jeito nenhum, mas por enquanto é pe... – eu olhei pra minha mãe, e levantei a sombrancelha tentando fazer ela parar de falar, ela me olhou confusa mas logo entendeu – é preciso que ela fique um pouco no Instituto. – concertou.

– Hmm – falou vagamente Scott – Mas tragam ela de volta – falou voltando ao tom normal da voz – Por que senão ela morre de saudades de mim.

– Ah é claro – disse mordendo seu braço.

– Aiii Katherine... – disse tirando o braço do meu pescoço – Toma que é sua Daniel.

– Pode me dar aqui – disse me abraçando

– Então ta na hora – disse Alec olhando no relógio – Vamos?

– È, eu tenho que me despedi de Jonas – falei.

–Melhor não – falou meu pai.

–Mas....- insisti.

– Não Katherine.

–Porque não ? – perguntou Scott curioso.

–Porque....estamos atrasados. Atrasados – falou mamãe.

–Mas...- meu pai fecho a cara, não ia adiantar eu discutir, então... – Vou pegar minha mala, já volto. – ...eu ia fugir.

– Vou com você amor – falou Daniel.

– Não precisa, melhor você ficar aqui matando a saudades de seus pais – falei sorrindo.

– Hm, tudo bem então.

– já eu volto – disse.

Andei ate meu quarto, mas Jace e companhia estavam lá, sem eles perceberem fui ate a cozinha. Me aproximei da pia e abri a janela que fica em cima, apoiei meu pé na pia e subi, joguei uma das minhas pernas pra fora da janela e depois a outra,tentei fazer o menos barulho possível.
Do jeito que toquei os dois pés no chão sai correndo em direção a cabana de Jonas, não podia ir embora sem conversar com ele. Corri tanto que cheguei em 5 minutos lá, bati na porta até ele abrir.

– O que houver?! – ele perguntou desesperado olhando pros lados – Estão atrás de você? – e me puxou com tudo pra dentro.

– Não – comecei a rir – Estou bem, só vim rapidinho me despedir de você.

– Despedir? Você vai embora hoje? – assenti.

– Mas eu vou voltar – disse animando ele.

– Isso é culpa minha se você não tivesse se metido nisso... – lamentou.

– Você não estaria mais aqui! – coloquei minhas mão nos seus ombros e balancei ele – Já disse eu não me importo de ter uma garota loca querendo vingança contra mim, o que importa é que você esta aqui. Estou voltando pro Instituto, pra pertos dos meus pais, pra resolver tudo isso, e você ter uma vida “normal”, sem um bando de fanáticos de Valentim atrás de você, ok. Não quero você se culpando de novo, certo?

– Certo – respondeu – Mas eu quero ajudar, não quero que os outros se machuquem por minha causa....

– Eu sei, eu sei,mas por enquanto é melhor assim...ok?

– Ok, só por enquanto..

– E tem outra coisa, não de um de herói por aí. Você pode ser forte e tals, mas não contra vários – falei. – As vezes é bom dar um de covarde e salvar sua vida.

– Quanta hipocrisia Katherine! – falou fazendo cara de serio – Você é a primeira a querer dar um de heroína!

– Pois é, mas veja só no que dá – ri – Mas eu prometo não dar uma de heroína, se você prometer o mesmo.

– Eu prometo – falou.

–Eu prometo – disse – Tudo certo então, eu tenho que voltar correndo de volta, antes que meus pais descubram que eu fugi.

– Fugiu? – perguntou.

– È, eles não queriam me deixar vim aqui, ai menti que ia pegar minha bolsa, e pulei a janela da cozinha e vim correndo ate aqui, simples! – e sorri.

– Simples – disse tentando imita minha voz – Seus pais vão é brigar com você, isso sim – falou.

– Se eu fosse você estaria me agradecendo por ter vindo te ver, isso sim.

– Muito obrigado por vir se despedir de mim, é um honra! Mas seus pais vão matar você, melhor a gente voltar,agora!

– A gente? – levantei um sombracelha, questionando.

– È, vou te acompanhar até lá. Se quiser até te carrego, pra agradecer você pular a janela por mim. – falou virando de costas pra mim.

– Hm...me carregar, é igual a eu não caminhar,e é igual a eu aceito, vamos lá – pulei na suas costas, traçando a pernas no quadril dele.

– Espera – e parou de na frente da porta – Se você está feliz, fazendo piadas, quer dizer, você e o Daniel voltaram... – concordei com a cabeça – Então, se ele me ver carregando você, ele não vai querer me matar, nem nada, né?

– Ah não sei...vamos testar. O que de ruim pode acontecer? Ele te queimar vivo? Nada demais... –falei.

– Rárárá como você é engraçada. Vou te soltar, porque ser queimado vivo não é nada demais – disse soltando minhas penas.

– NÃO, NÃO – agarrei no seu pescoço – Ele não vai fazer nada, pode me levar, vaaamos! – pulei de novo na suas costas.

– Ok então, bom mesmo que não aconteça nada – segurou minhas pernas.

– Não vai – disse rindo.

Jonas começou a correr pela mata de volta, apesar da dor no meu braço de ficar segurando nele, foi engraçada a volta. Já estávamos perto na cabana, quando vi todo mundo pra fora da cabana, legal descobriram que eu sai, to fudida!
Jonas parou de andar e me desceu no chão.

– Quer que eu vá ate lá com você? – perguntou.

– Não – respondi – Melhor eu ir sozinha mesmo... é isso aí,muito obrigado, se cuida,juízo, e até mais – disse abraçando ele.

– Muito obrigado, sou eu que falo por tudo que você fez e ta fazendo. – ele me afastou e me deu um beijo na testa – Juízo, nada de dar uma de heroína, e se cuida.

– Pode deixar. E de um beijo na Reh por mim – falei enquanto corria o resto de caminho que tinha.

– Ok – grito de volta.

Daniel foi o primeiro a me ver correndo de volta.

– Aonde você foi? – perguntou. Como se ele não soubesse, sonso.

– Você sabe aonde eu fui – falei dando um selinho nele e apertando sua bochecha – Não se faça de sonso baby...