9 meses escrita por Luangel


Capítulo 8
O fim da primavera dos Uchihas


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ Está tudo bem com você? ^-^ Eu sei que a titia aqui está atrasada, mas é que eu tive um bloqueio criativo, além do cursinho, mas to aqui! o/ e acho q vcs vão querer me matar com esse capítulo, mas gostei de escrevê-lo, eu estou lendo o Morro dos Ventos Uivantes e acabei me afeiçoando a literatura, o q acho q influenciou ^-^' espero que gostem do capítulo!



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“E felizmente, ninguém desmaiou dessa vez também... Sem saber, que tal felicidade era tão passageira...”
Sakura realmente correspondia á alcunha de flor, seu ventre desabrochada cálida e calmamente, em uma semente pura e delicada. A maternidade a deixara cada vez mais bela, com um ar natural, com um ar divino. A casa transbordava de alegria, e logo um quarto para os gêmeos fora providenciado, assim como todo o enxoval.
Os nomes pouco preocupavam os pais, que tinham algumas ideias, mas nada confirmado, deixando que o nome fosse dado na hora em que os vissem, isso dava um tom mais poético ao nome, dado exatamente aqueles bebes, carregando traços e personalidade dos mesmos.
A única coisa que acabava por desconcertar o casal foi Miku e sua curiosidade infantil que ingenuamente se tornara quase impertinente em determinadas situações, como quando os Uchiha se encontravam num jantar descontraído na casa dos Uzumaki e em meio a um silencio amigável, a menininha levantou os olhos para o pai e anunciou com uma seriedade assustadora para sua idade:
—Papai, o senhor poderia me responder uma duvida?
O moreno assentiu, fitando a garotinha, que indagou em alto e bom som:
—De onde vêm os bebes?
O silencio que se deu a seguir foi hilário, Hinata corou violentamente,olhando de soslaio para Arata, que parecia confuso com a reação de todos, e até um pouco curioso assim como Miku, e ao seu lado, Naruto gargalhou como um bêbado, Sakura deixou o seu copo de refrigerante cair e devido ao susto, nada vez para pegá-lo do chão e Sasuke, pobre Sasuke, ficou mortalmente pálido, chegando até a engasgar com o comia, sendo socorrido pelo melhor amigo que secava as lagrimas do riso.
Apesar de toda essa reação das pessoas ao seu redor, a Uchiha mirim continuava a fitar os pais, deixando claro que ainda se esperava uma resposta.
—Vai Teme, responde para a Miku-chan, eu também estou curioso.—Incitou Naruto recebendo uma olhadela nada amigável do Uchiha.
O homem olhou de relance para Sakura, que deu de ombros, tão desconfortável quanto ele. Se vendo sem saída, Sasuke abriu a boca e sem saber as palavras certas, ele respirou fundo antes e pigarrear, tentando reassumir o controle da situação:
—Bem, os bebes, eles...— Ele se esforçava, isso era certo, mas era complicado tentar explicar o que era sexo para sua filhinha de olhos tão ingênuos, na verdade, se ele falasse a verdade, sentiria que estaria profanando a infância dela, por mais exagerado que isso possa soar, era isso o que Sasuke sentia.—Digamos que os bebes são bem pequeninos... como uma semente.
—Ele vêem de uma arvore?!—Perguntou a garotinha, interrompendo o seu pai, arregalando os olhos de modo cômodo, se imaginando pequenina e quase insignificante como uma sementinha de mostarda.— E de que arvore vieram meus irmãos?
—Da do papai.— respondeu ele com um sorriso amarelo, enquanto o loiro gargalhava, fazendo piadinhas sobre o duplo sentido da “arvore do papai”.—Ai a mamãe engole as sementes...
Aquela frase pareceu chocar a garotinha, que ficou horrorizada com o fato de Sakura ter engolido seus irmãos, mas antes que a mesma pudesse falar algo, a rosada falou:
—Eu não os devorei meu amor... Eles começaram a crescer aqui, estão bem. Eu...—Disse Sakura, mordendo o lábio, como se assim, impedisse que as palavras se esvaíssem de seus lábios, sendo preciosas para quem fala.
—Você os semeou no seu umbigo?!—Exclamou Miku, quase gritando, olhando para a barriga da mãe com fascínio.
—Sim.—Respondeu a rosada, com um sorriso amarelo que expressava até um alivio pela conclusão da garotinha que depois se virou para Sasuke, estendendo a mãozinha:
—Papai, eu quero sementes.
A expressão que o Uchiha fez acarretou em outra gargalhada de Naruto, e a morena, achando que o mais velho não tinha entendido o que ela havia dito, tratou de se explicar com uma seriedade quase adulta:
—Onde eu arranjo sementes para ter um bebe assim como a mamãe?
—Isso só acontecerá quando você tiver alguém que ame você e que você a ame. Respondeu o Uchiha, como se fosse um decreto de morte, voltando a comer, tentando ali, encerrar aquela conversa inusitada.
—Hmm...—Murmurou a menina, pensativa e de súbito, disse:— Eu amo o Arata e o Arata me ama, é assim, papai?
Dessa vez, o homem não engasgou com a comida que mastigava, mas ficou mortalmente pálido como antes e teve de se controlar para que o sharingan não fosse ativado pelas emoções, para piorar a situação, o loiro bateu no ombro do filho, dizendo:
—Viu filho, a Miku te ama.
Sasuke fuzilou o menino com o olhar, e Arata quase se escondeu debaixo da mesa de tanta vergonha que sentia naquela hora. Dali em diante, as piadinhas do Uzumaki sobre uma união futura dos clãs se tornou ainda mais freqüentes, apenas para irritar profundamente o dito “pai da futura Uzumaki”, enquanto Sakura ria com o loiro e Arata corava como um tomate.
O moreno é um pai ciumento, mas apesar do ciúme que nutria na amizade entre a Miku e o amiguinho, o Uchiha tinha noção de que não poderia ser injusto com o menino. O tempo parecia voar para eles assim como uma borboleta de primavera sendo observada cuidadosamente por uma criança curiosa. E digamos então que ao invés de prosseguirmos no tempo, acompanhando com o olhar o auge dessa bela borboleta, que evolui a cada dia com o zelo no olhar da criança, vamos enxergar os detalhes, por mais dolorosos que possam ser, mas que em sua pequenez, mudam o rumo de tudo...
Venho, neste fatídico parágrafo, convidar você, meu amigo leitor, num convite quase que funesto e mórbido... Vamos observar o declínio dessa primavera, o fim dessa brisa gentil, o abandono da criança, que exausta de observar o farfalhar das asas de pequenino e desprezível ser como a borboleta, a deixou por si só, a desmanchar suas asas coloridas, sendo corroída pelo tempo e pela dor em que todos nós somos suscetíveis.
Era um dia nublado, mas igualmente abafado, mesmo que o Sol não pudesse ser visto, um dia tristonhamente enfadonho e quase irritante com suas nuvens nebulosas e pessimistas sobre a vila de Konoha. Mesmo assim, Sakura pouco se importou se o dia estava chuvoso ou ensolarado, todo dia era dia, a rosada não acreditava em definições como “dia bonito” e “dia feio”, tudo era uma questão de quem vivia para a Uchiha. Sendo assim, trajando o seu jaleco branco que nem mais abotoava devido á sua barriga redonda, a mulher saiu de casa, incrivelmente atrasada.
Seus passos eram apressados, mas não se importou muito em sair atrasada, só tinha ela para levar Miku a academia, já que Sasuke fora em uma missão rotineira. Chegando ao hospital, logo se viu rodeada de afazeres, de pessoas para atender, remédios para indicar e toda agenda corrida que a melhor médica de Konoha poderia ter. As horas voaram, e quando ela conseguiu parar para esticar as pernas e desafogar a cabeça um pouco, já era tardezinha, e da janela do corredor, a mesma viu com surpresa, o céu se tingir de laranja.
Sentou-se na lanchonete e pediu um café expresso, para combater a moleza que a atingira. Sakura bebericou o café, mas o seu mal-estar continuou, era difícil de se explicar o que ela sentia, mas tudo o que a rosada mais queria era ficar em casa, e foi quando Shizune a encontrou, sozinha na lanchonete do hospital, apoiando a cabeça com as mãos, as madeixas rosadas, desarrumadas, faziam uma cortina assustadora, enquanto o café esfriava timidamente na mesa.
—Está tudo bem, Sakura?—Perguntou Shizune, a sua voz suave ecoando pelo local vazio.
Sakura levantou a cabeça lenta e mecanicamente e esboçou um sorriso para a médica que disparou, de cenho franzido, mudando o tom da mesma frase:
—Esta tudo bem, Sakura?
—Estou exausta.—Confessou a rosada, depois de soltar o ar pelo nariz como se tivesse de contar um segredo, dividir um fardo.—Acho que é por causa da gravidez, esses dois precisam de bastante energia.—Disse sorrindo enquanto passava a mão pela barriga com a delicadeza de um harpista com seu instrumento.
—Não quer ir pra casa?—Perguntou a outra e a Uchiha disse com rapidez, parecendo uma criança.
—Quero.
—Cuidado ai vocês três!—Exclamou Shizune vendo a amiga saindo quase que correndo do hospital.
Miku brincava dentro de casa, mesmo sozinha, ainda se divertia com a sua bonequinha de pano que outrora pertencera a sua mãe quando a mesma era da sua idade. A menininha largou sua companheira no chão ao ouvir o barulho da chave abrindo a porta da casa. A mãe não estava tão entusiasmada em estar em casa quando a mais nova, que sorria abertamente para ela. A garotinha a seguia pela casa, a seguindo como um filhote de pato, tagarelando sobre o que aprendera na academia e outras coisas mais que as crianças adoram falar como se sua importância tivesse grande importância em sua ingenuidade. Sakura fora até a cozinha, abriu a geladeira, e bebeu a água gelada dali como se tivesse feito uma travessia pelo deserto.
Em resposta a tagarelice da menina, a mais velha sorriu e afagou-lhe a cabeça, bagunçando o seu cabelo, dizendo-lhe a seguir, com a voz cansada:
—Vou tomar banho, depois jantaremos.
A garotinha se calou, notando que sua mãe não estava bem, se voltando para sua sorridente e fiel bonequinha. Enquanto Miku voltara a brincar, no banheiro, Sakura se despia como se corpo estivesse entorpecido enquanto orava para que aquele banho fizesse que aquele mal estar fosse embora junto da água quente, mas pareceu o contrário, sua cabeça rodava e latejava como se alguém a tivesse colocado em uma montanha russa enquanto martelava a sua cabeça, viu a água que a lavava se tingir de sangue, e antes que pudesse fazer raciocinar o que estava acontecendo, ela desabou num estrondo assustador para Miku, no andar debaixo.


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Notas finais do capítulo

E ai? ;-) Mereço reviews? Recomendações ;-D? Ou tomates? T.T bem, como vocês sabem, fic minha sempre tem algum drama, tentem ñ me matar e.e
:*