O Irmão de Annabeth escrita por João Bohrer


Capítulo 5
Me sinto em uma galeria de Arte...


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo... Vi que o último não teve muitos comentários, então decidi diminuir um pouco os capítulos... E em todo caso, caso não estejam gostando, peço que me falem o porque... Bem aqui está e espero que se divirtam...



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Às vezes penso que a magia egípcia deveria ser um pouco menos invasiva, quer dizer, impor sua vontade sobre a do outro, transfiguração e acima de tudo, invadir a mente de irmãs em busca de seu nome secreto era uma falta enorme com a privacidade das pessoas, mas duvido que os magos no antigo Egito pensassem em privacidade e ou que os atuais estejam muito preocupados com tal coisa.

Mesmo assim, eu e Percy Jackson havíamos nos utilizado da magia divina de Ísis, para conseguir criar um elo mental entre nossas mentes e a da então incapacitada Annabeth, assim partiríamos em uma busca ao maior segredo que Annabeth pode ter seu nome secreto, aquela palavra que marca sua existência.

Eu e Percy aterrissamos no que parecia uma galeria de arte, era um longo corredor com diversos quadros nas paredes. A arquitetura do corredor era impecável, como se alguém tivesse passado horas e horas decorando e arrumando aquelas paredes para que ficassem igual as muralhas de Atenas.

Começamos a caminhar e olhar para os quadros... Não eram simplesmente obras de arte, mas sim as lembranças de Annabeth, cada uma que olhávamos se mexia e revelava uma série de imagens, cada uma revelava o pensamento de Annabeth em determinado momento de sua vida. Eu olhei para o Percy, ele admirava um quadro no qual Annabeth e ele estavam se beijando em baixo da água, no que parecia uma bolha.

– Esse foi o nosso segundo beijo, logo após a vitória sobre Cronos. E pensar que só fazem dois anos... – Comentou ele

– Entendo então você era namorado dela... – Disse eu com um pouco de ciúmes

– Sou namorado dela... E quero garantir que ela fique bem, nem que custe minha vida! –

– Eu entendo, mas então vamos começar a procurar... Annabeth deve ter escondido muito bem isso! –

Continuamos olhando os quadros por um tempo, até que sentimos o primeiro “terremoto”, todo o corredor chacoalhou e parece que as luzes piscaram por um momento. Eu olhei para Percy, eu e ele sabíamos que aquilo significava que o corpo dela começava a falecer, então tínhamos que andar rápido.

– Percy, onde Annabeth esconderia seu maior segredo? Um lugar onde ninguém entraria facilmente? – Perguntei

– Eu não sei... Tivemos muitos momentos ruins, seriam muitos em que procurar... – Disse ele

Foi aí que eu me veio uma luz em minha cabeça, Annabeth não teria sido tão óbvia em esconder em um lugar ruim, com muitas dificuldades. Ela era uma filha de Atena, tinha que pensar fora do óbvio, logo, a informação deveria estar em algum lugar em alguma boa lembrança, provavelmente a menos provável.

– Percy, onde está o quadro com as lembranças felizes de Annabeth? –

Ele indicou o quadro e eu o examinei. Eu olhei para ele e novamente para o quadro, as coisas não seriam fáceis e eu poderia ter errado a escolha.

– Annabeth é filha de Atena, têm que pensar longe do óbvio... Seria muito fácil esconder em algum momento ruim... Mas esconder em um momento bom, seria onde poucos iriam procurar. –

Então o que fazemos? –

– Simples, pulamos dentro desse quadro e pedimos para que seja o certo, se não for, estaremos completamente ferrados! –

Percy retirou o quadro da parede e o colocou no chão. Eu toquei na superfície do quadro e verifiquei que parecia água, um portal para acessar essas memórias. Percy foi o primeiro, ele pulou como se fosse um simples riacho e logo depois fui eu.

Não era como atravessar o Duat, era mais divertido e parecia com uma montanha russa, enquanto viajar pelo Duat era como ser jogado em uma tempestade de areia. Depois de uma série de Loopings, aterrissamos em uma espécie de acampamento improvisado, apenas alguns sacos de dormir, sem barraca e vários pacotes de alimentos estavam espalhados a nossa frente no chão.

Era uma lembrança conhecida, foi o dia em que...

– Annabeth, você é uma pequena guerreira! – Disse uma voz conhecida minha e de Percy

Nos dois nos escondemos atrás de uma árvore e olhamos em direção a voz.

Uma mini-Annabeth de sete anos de idade, duelava com um Luke adolescente. Ela estava com uma adaga e Luke com uma espada, Annabeth atacava ferozmente e Luke se segurava para não rir. Thalia estava atrás, sentada na grama apenas olhando os dois.

– Muito bem... Por hoje chega Annie! – Disse ele

Mas já? – Perguntou Annabeth fazendo beicinho

­ - Sim, chega de ser humilhado... – Disse Luke rindo

Annabeth abraçou as pernas dele e Luke afagou sua cabeça.

– Promete que a gente nunca vai se separar? – Perguntou ela

Thalia foi até ele e o abraçou.

– Prometo... Somos uma família! – Disse Ele abraçando Thalia enquanto Annabeth estava no meio

O que eu me lembrava era diferente, eu e Annebeth lutávamos, os dois com adagas, enquanto Luke nos orientava. Eu acabei cortando Annabeth e ela começou a chorar, nos paramos e Luke a pegou no colo e ela fez a mesma pergunta.

Uma lágrima escorreu pelo canto do meu olho.Percy me olhou confuso, eu a limpei e disse para fazermos a volta, não atrapalhar o momento deles.

Mas alguma coisa sempre dá errado, Percy pisou em um galho no chão e ele se quebrou, atraindo a atenção do grupo. Annabeth, Luke e Thalia olhavam diretamente para onde estávamos.

– Saiam daí! – Disparou ela

Sem escolha eu e ele saímos do meio das árvores e ficamos parados na frente deles.

– O que faziam aqui? Quem são? – Perguntou Luke

­Engoli em seco.

Estávamos de passagem por aqui... Não queremos lhe fazer nenhum mau – Disse

Luke e Thalia se olharam.

– Ninguém passa por essa floresta a essa hora da noite! – Disse ela

– Vocês dois são monstros disfarçados! – Disse Luke

Ele empunhou sua espada e Thalia pegou sua lança. Eu olhei para Percy sem muito o que fazer.

– Isso pode ser um teste da mente de Annabeth, ou podemos estar no lugar errado! – Disse a ele

– Verdade, mas como tudo já foi para o espaço... – Disse ele

Ele sacou a espada e eu peguei a varinha. Ele me olhou como se eu fosse louco por lutar com aquilo, mas não falou nada.

Thalia veio para cima de mim. Ela era rápida como me lembrava, tentava me acertar com a Lança a todo momento, mas não conseguia, eu desviava com maestria dela.

– Você é rápido! – Disse ela

Obrigado... E você é tão boa quanto me lembro! –

Thalia me encurralou contra uma árvore, não tinha para onde escapar.

– Não se preocupe, não vai doer nada! – Disse ela preparando para o último ataque

– Heh-Sieh! – Gritei e o Hieróglifo brilhou sobre minha cabeça (significa: Para trás).

Thalia foi forçada a ir para trás.

– Mas como? – Perguntou ela

– Tenho meus truques... Agora se pudermos terminar isso... – Disse eu

Ela ficou um pouco abalada mas veio para cima. Eu estava confiante, dei um passo para trás e agarrei a ponta da lança dela. Me concentrei na metade dela e gritei:

Há-Di! – (Significa destruir)

O hieróglifo brilhou na metade da lança e a partiu em dois. Thalia se assustou e deu um passo para trás.

– Bruxo! – Ela gritou

– Mago na verdade! – Disse eu

Eu joguei a varinha na direção dela. Ela desviou, mas na volta a acertou na cabeça, ela caiu e desmaiou.

– Thalia... Você é uma grande oponente, nunca a esquecerei... –

Olhei para Percy que já havia derrotado Luke que estava caído inconsciente. Fui até ele.

– Realmente, ele tinha um talento natural para a espada, mas não foi difícil... – Disse ele

– Thalia também não... Mas e o que faremos com a Annabeth criança? –

– Não posso nocauteá-la... Faça você... – Disse ele

Eu olhei para Annebeth que tentava desesperadamente acordar Luke sem sucesso e senti que não conseguiria fazer também.

Vocês dois são maus! – Disse ela ficando em posição de ataque

Escute Annie... Nós não queremos brigar com você! – Disse eu

Mentira! Agora eu vou matar vocês dois! – Disse ela vindo pra cima

Percy só teve o trabalho de a pegar pela gola da camiseta, tirar a faca dela e atirar no chão.

– Me solta! Me solta! – Ela esperneava

– Calma... – Disse ele

Annabeth parou por um momento e ficou olhando nos olhos dele.

– Você não é do mau... – Disse Ela

– Como fez isso? – Perguntei

– Só têm que saber lidar com ela... Realmente, a de 7 e a de 18 têm muita pouca diferença, ela confiará em quem passar confiança para ela. – Disse ele soltando a pequena

– Nos desculpe por atacar vocês... É que estamos meio perdidos... – Disse eu

Tudo bem... Foram Luke e Thalia que atacaram vocês primeiro... Mas quais seus nomes? – Perguntou ela

Eu sou Percy e aquele é o Connor... –

Eu me chamo Annabeth... Mas podem me chamar de Annie... – Disse ela encarando Percy com um sorriso

Eu não havia notado mas havia aberto outro portal ao lado de Percy.

– Percy, acho que temos que ir! –

Percy beijou a testa de Annabeth e pulou no portal. Eu pulei atrás olhando para Annabeth pequena.

Desta vez não era mato, mas sim um navio, estávamos no que parecia um estábulo ou um armazém (não sou bom com isso). Deitados no chão, Annabeth e Percy estavam abraçados e olhando para nós.

– Eu me lembro disso... Foi antes de irmos para Roma, esse é o Argo II... – Disse Percy

O outro Percy e a Annebeth se levantaram e foram até nós. Ela me analisou da cabeça aos pés e depois olhou para Percy.

Ahn... Oi? – Perguntou o Percy de 18

– Oi... – Respondeu o de 17 pouco a vontade

NO CASO O DE 18 ERA O QUE ESTAVA COMIGO.

Vocês são cópias nossas? – Perguntou Annabeth

– Bem, ele é a versão mais velha do seu Percy e eu sou um amigo... – Falei

Entendo... Estão atrás do meu nome secreto? – Perguntou Annebeth me analisando

– Como você sabe? – Perguntei

– Pois eu sei de tudo Connor... – Disse ela com um brilho sinistro no olhar

Eu dei um passo para trás.

– O que houve Connor? – Perguntou Percy

– Essa não é a Annie... Ela é... – Disse eu

Hera... – Disse Annabeth

– O que?! – Espantei-me

– Não posso deixar que essa garota sobreviva... Logo ela que foi tão grossa comigo... Não é Ares? – Perguntou a sinistra Annebeth

É... – Respondeu o Percy de 17 pouco a vontade

– Se quiserem realmente o nome secreto dela, terão de passar por nós dois! – Disse ela

Hera e Ares ficaram em posição de batalha.

Jamais ganharemos deles... São deuses... – Disse ao Percy

– São Hera e Ares... Se fossem Atena e Apolo eu sentiria medo... – Disse ele rindo

Ele sacou a espada e eu o cajado.

– Acham mesmo que podem ganhar da gente? Nosso plano é prender vocês aqui, atrasar o máximo possível até que a garota morra... – Disse Ares

Ares foi para cima de Percy e Hera começou a disparar algo contra mi...

Espera, aquilo eram flores?

Comecei a disparar fogo contra ela. E ficou nisso até que um novo terremoto abalou e eu e Percy caímos.

– Viu, está quase na hora... – Disse Hera

Não vou permitir isso! – Disse eu me levantando

Vai fazer o que então? – Perguntou ela

Eu olhei para frente e o outro portal havia sido aberto...

– Percy, temos que passar... –

Eu sei... Mas eles vão impedir... –

Eu olhei para o portal e me concentrei.

Estava tentando abrir o Duat, não sabia se seria possível na mente de Annabeth... Por alguns segundos não aconteceu nada, mas depois o portal se abriu. Eu retirei um pequeno animal em forma de gato de dentro dele.

– Connor, você ficou doido de vez? – Perguntou Percy

– Muffin... Peço que lute com eles por nós, estamos tentando salvar uma amiga nossa e eles querem nos impedir, sei que você protege as mulheres e lhe peço ajuda... – Disse eu para a gata

Muffin miou e começou a se transfigurar em uma mulher com roupa de ginástica que parecia uma pele de leopardo...

Connor... Você me acordou! – Disse Bastet

Sinto Muito minha Deusa, mas foi preciso! – Disse eu fazendo reverência

– Eu entendo... Então devo presumir... Ares e Hera... – Disse Bastet analisando os dois

Percy olhava perdido, assim como Hera que dava um passo para trás.

Connor... Quem é ela? – Perguntou Percy

Filha de Rá... Deusa dos Gatos, Mulheres e Crianças... Percy lhe apresento Bastet! –

Oi... – Disse Percy com um pouco de medo

Bastet se alongou e olhou para meu peito onde pendia o amuleto de Ísis.

– Vejo que finalmente se decidiu jovem mago... Seguindo os caminhos de Sadie? – Perguntou ela

Bem... Mais ou menos... – Disse a ela

Muito bem... Passem pelo portal! – Disse Bastet

Ares e Hera assumiram posição defensiva bloqueando o portal.

– Ninguém vai passar hoje! – Gritou Ares

Bastet alongou mais uma vez as mãos e suas garras apareceram. Ela foi para cima de Hera em uma velocidade felina. A deusa do casamento não pode fazer nada, Bastet a atacou com uma fúria incrível, as lâminas rasgaram toda a roupa de Hera e começaram a perfurar sua pele. O sangue dourado dos deuses começou a escorrer.

– Percy Vamos! – Gritei correndo em direção ao portal

Percy começou a correr em direção ao portal, mas Ares o impediu.

– Daqui não filho de Poseidon... –

Percy sacou a espada e começou a lutar com Ares. Percy era bom, tinha uma habiliadade incrível e se defendia da espada de Ares como ninguém, mas Ares era mais forte, ele não tinha medo de ser atingido. Um golpe atinge Percy diretamente, ele voa para trás e bate a cabeça contra a parede do Argo II.

Agora sua vez... – Disse Ares se virando para mim

Invoquei o cajado. Olhei para Bastet e ela estava ocupada com Hera, por incrível que pareça, eu teria que lutar.

– O que houve? Desistiu? – Perguntou Ares dando risada

Eu não desisto! Sou um mago da Casa da Vida, Sigo o caminho de Ísis, não tenho medo de ignorância! – Gritei alto

Ares se enfureceu e veio pra cima. Eu pulei para o canto e ele bateu com tudo a cabeça na parede. Olhei para Percy, ele começou a se levantar. Eu só tinha uma chance.

Khefa – Gritei alto

Ares que vinha correndo em minha direção foi atingido por um punho gigante e voou para trás.

Nunca fui bom com magia de combate, mas este era o comando para o “punho de Hórus”, um ataque poderoso, mas que drenou minhas reservas de magia. Eu ajudei Percy a se levantar e juntos fomos para o portal.

Nenhum de nós estava preparado para o último desafio. Annabeth havia sido muito inteligente em montar aquilo como guarda e escolher o momento de maior Terror e maior união com Percy em sua vida para guardar seu nome secreto.

– Não... Ele não... – Lamentou Percy


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Notas finais do capítulo

Comentários? Críticas? Recomendações? Estou aberto para elas, podem comentar a vontade... E obrigado por ler
Até a próxima...