I Hate Goodbyes escrita por Artur


Capítulo 5
Capítulo 05 : Alone again


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal! Mais um capítulo, adorei escreve-lo é bem intenso e triste, aqui definitivamente começa o romance deles com o primeiro beijo e tudo! Remetendo ao episódio '' Alone'' com MUITAS mudanças . Primeiro Pov do Daryl, nunca escrevi antes sobre ele, então espero que gostem do estilo de falas deles etc .. espero que eu tenha acertado! rsrsrs

I Hate Goodbyes está com 36 acompanhantes, eu adorei isso! Superou a minha história de maior sucesso, Vírus . Mas existem muitos leitores fantasmas então você que tem preguiça de comentar .. dê sua opinião pleaaaase!! É muito gratificante quando alguém comenta .



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I Hate Goodbyes

Alone Again

Um homem acabado, como se tudo que estivesse ao seu redor, tivesse desabado em meros segundos. Essa era a imagem de Daryl naquele momento, o suor respingando pela roupa, misturava-se as gotículas de chuva que logo se multiplicaram molhando-o completamente. Mediante a sua respiração arfante, estava notória a frustação que ele sentia, além do vazio que persistia e prevalecer a todo custo . Tudo que se ouvia era seu próprio choro ainda que seja tímido .

Perambulava feito um errante olhando para todos os lados, completamente desnorteado, respirando com grande dificuldade, não encontra mais nenhum sinal daquela pessoa que lhe trouxe de volta a vida. Deixa sua própria besta largada ao chão, enquanto que se rende ao cansaço estando outra vez, sozinho .

Pov. Daryl Dixon

O dia anterior foi crucial e ao mesmo tempo, decisivo para nós . De alguma forma nos aproximamos mais, além de descobrimos um pouco mais sobre nosso passado, nunca tive uma oportunidade de desabafar com alguém, e fazer isso com a Beth foi incrível .

Andávamos pela floresta, aos poucos ia ensinando a Beth algumas técnicas de rastreamento e de como manusear a besta .

– Estamos perto ?

– Ainda não, só mais um pouco . – Respondi em sussurro .

– Como sabe ? – Ela continua a questionar ainda mirando ao longe .

– Os sinais estão por aqui, só resta interpreta-los .

– E o que estamos rastreando ?? – Questiona assumindo sua posição mais à frente .

– Bem, quem vai responder é você mesma . - Beth olha para o chão, não demora muito e logo percebe as pegadas de algum errante que passara por ali .

– Pelas pegadas no chão, é obvio que alguém passou por aqui .. e já que o padrão é em ziguezague, sugiro que seja um walker ! – Ela responde bem contente, andando um pouco mais, encontramos com o errante, aparentemente estava devorando algo, sua presa . Beth larga na frente aproximando-se do verme, sempre mirando com a besta . Mas algo improvável acontece, algo prende o pé dela fazendo-a cair ao chão soltando um gemido, enquanto o errante acaba que vindo em sua direção .

Rapidamente retiro a besta de suas mãos enquanto acabo com o caminhante, mas minha preocupação era com ela, consigo tirar aquela coisa do tornozelo dela, enquanto continuava com os seus gemidos de dor .

– Consegue mover ?

– Um pouco .

Voltamos a caminhar, dessa vez Beth se apoiava em meu ombro, andava com dificuldades além de que estava incomodando-a profundamente . A imagem de um cemitério prevalece em nossos olhos e mais ao longe, havia uma espécie de casa, enquanto que Beth aparentava extremo desconforto em relação ao pé .

– Vamos, suba . – Falei erguendo os braços e abaixando um pouco o tronco para que ela possa subir em minhas costas, rapidamente ela se apoia em meus ombros pegando impulso para subir logo em seguida .

– É mais pesada do que parece . – Brinco .

– Talvez existam pessoas lá dentro . – Ela diz em relação a casa .

– Se existir, eu cuido delas .

– Ainda existem pessoas boas, Daryl . – Ela persiste .

– Não acho que os bonzinhos sobreviveram .

Paramos um pouco, enquanto nossos olhos fixaram-se em um túmulo onde estava estampado ‘’amado pai ‘’, aquilo doeu profundamente em Beth, e eu sabia disso, arranquei uma flor amarela do chão, colocando-a sobre o túmulo, e do nada sinto as mãos de Beth se envolverem entre as minhas, não soube como reagir, aquilo era muito estranho para mim !

Entramos na casa, que pro sinal estava completamente arrumada, acho que alguém estava mantendo-a assim e provavelmente estaria por perto . Descemos para um espécie de porão, lá embaixo haviam dois mortos, que foram se transformaram mas estavam em ótimos condições, não ligo para a presença dos dois e avanço no pequeno armário .

– Vamos enfaixar esse pé !

– É lindo . – Ela me interrompe olhando para os dois . – Quem fez isso se importava, queriam dar um funeral para essas pessoas . Lembram que antes de se tornarem esses vermes, eram pessoas, não acha lindo ?

Não consigo responder, na verdade eu tenho uma visão completamente diferente das coisas ao meu redor, ela me encara esperando algo de mim . Já com os devidos tratamentos, fizemos uma ronda na casa, onde encontramos um armário repleto de comida .

– Uau ! – Ela exclama surpresa .

– Espere um pouco, não tem poeira nisso . – Interrompi e ela se questiona .

– Idai ?

– São os mantimentos de alguém . Pode estar vivo, então pegaremos só um pouco ok ?

Minutos depois, monto uma pequena armadilha para os errantes, feito com uma corda e as latas para que possa fazer barulho se algum deles se aproximarem, e logo funciona quando um cachorro aparece atraindo minha atenção, mas rapidamente ele vai embora, assim como o dia e agora, a noite prevalece . Volto para dentro enquanto imergi em uma doce melodia no piano seguido de uma belíssima voz, vou atrás do som enquanto me deparo com um sala iluminada por duas velas realçando a ação de Beth, que toca docemente nas teclas do piano . Sua voz ? Era a mais meiga e gentil possível, me confortava e eu adorava isso, mesmo que não soubesse admitir . Me aproximo cada vez mais enquanto sento em uma cadeira .

– É lindo, continue por favor . – Implorei .

– Pensei que meu canto lhe irritasse .

– Não ! Muito pelo contrário, sabe ... naquele dia eu estava fora de mim, e acabei falando coisas sem sentido que eu na verdade nunca quis dizer, acho que esse é o momento certo para eu pedir desculpa . – Respondi rapidamente, ela expressa um belo e grande sorriso, estava começando a me moldar . Ela retorna a tocar enquanto a observo atentamente, todo aquele momento, foi encantador .

Finalmente estava começando a me abrir aos poucos. Depois dos acontecimentos da prisão, pensei que tudo havia acabado e que novamente eu voltaria a estaca zero, pensei que todos morreram, e que não haveria lugar para esperança dentro de mim, mas isso mudou assim que Beth começou a me envolver de alguma maneira. Ela me mostrou um novo caminho que eu possa seguir. E eu quero seguir esse caminho .. ao lado dela .

Estávamos agora, na mesa aproveitando nosso jantar farto, nos debruçamos rapidamente sobre a comida que nos era servida, ficamos maravilhados aquilo era o melhor em dias !

– Bem melhor que aquela cobra não acha ? – Ela pergunta brincando, retribuo sorrindo .

– Só um pouco . – Respondi observando que agora ela estava escrevendo algo em um papel .

– Vou escrever um bilhete de agradecimento para quando eles voltarem, se eles voltarem .. Vou escrever assim mesmo . – Ela explica .

– Talvez não precisa deixar isso . – Indaguei por fim, ela me olha estranhando e eu completo em seguida : - Talvez ficaremos aqui por mais um tempo . E quando eles voltarem, talvez a reação seja outra, e dê tudo certo .

– Então ainda acha que existe boas pessoas ? – Ela concretiza .

– E o que te fez mudar de ideia .. ? – Ela dispara ainda me olhando, timidamente procuro um meio de responder sua pergunta .

– Você sabe ...

– O que ?? O que te fez mudar de ideia ? – Ela persiste .

Não consigo proferir nenhuma palavra, eu queria poder dizer ''você'' mas, simplesmente não consegui . Ficamos em silencio por alguns segundos e foi ai que ela percebeu tudo .

– Aaah .

– Sabe, desde que ficamos juntos .. você demonstrou ser bastante esperançosa, além de encarar as coisas com um outro olhar, você simplesmente me mudou com o seu próprio jeito de ser, e é principalmente isso que admiro em você . – Tomei coragem e comecei a falar mas logo sou interrompido por ela .

– Daryl, existe um defeito em tudo isso também! Não estou preparada para enfrentar tudo isso como você está, ser esperançosa é algo bem difícil e torturante, porque mesmo com inúmeras coisas ruins acontecendo .. acabo colocando em minha cabeça que tudo terminará bem .. mas não terminará! – Ela exclama serenamente, enquanto surpreendo-a dando-lhe um beijo .

Agi por impulso, queria me controlar mas não consegui, Beth era uma pessoal incrível, e estando com ela nesses dias, pude conhecer um outro lado seu . Acabei que me envolvendo em seus sentimentos, transformando os meus e os delas em um só ! Aquela intenso momento continua, coloco minhas mãos sobre sua nuca, enquanto minha cadeira aproximava-se instantaneamente dela .

– Me desculpe . – Indaguei separando os meus lábios dos delas .

– Não tem problema, eu iria fazer o mesmo . – Ela desabafa suspirando e mostrando-me novamente seu delicado sorriso .

Um barulho ecoa sobre nossos ouvidos, era a armadilha, pensei rapidamente no cachorro pegando uma lata de comida para entrega-lo como alimento mas, ao abrir aquela porta, percebo que estava enganado .

Zumbis começaram a forçar a entrada da porta, chamo pela Beth e ela aparece jogando a besta para mim . Seguro a besta enquanto que os errantes adentram com tudo na casa .

– Beth! Abra um janela, pegue suas coisas !! – Gritei tentando escapar dos walkers .

– Não vu te abandonar! – Ela exclama .

– Saia! Vá para estrada, te encontrarei lá !! – Respondo ainda correndo . Atraio os errantes para a espécie de porão que existia, estava encurralado enquanto o local era completamente tomado pelos caminhantes .

Peguei uma maca colocando-a horizontalmente para servir de barreira contra os errantes, que esticam os braços ao máximo para poder me abocanhar . Apunhalo uma ferramenta não sei qual era, foi uma agonia extrema . Comecei a fincar o crânio de alguns errantes, não poderia continuar ali, abaixei passando pela maca pegando logo em seguida minha besta, despistei os errantes enquanto corri para fora da casa .

Já na estrada, encontro a mochila com as coisas da Beth no chão, mas minha atenção é tomada pelo barulho da ignição de um carro que partira, alguém havia raptado ela .

– Beeeeth! Beeeeth! – Gritei enquanto corria, pretendia seguir o carro.

Justo agora que as coisas estavam começando a ficar boas entre nós dois, isso acontece . Continuei a correr, mesmo que eu não sentisse mais minha perna, isso não fazia diferença, eu tinha que alcança-lo, tinha que tê-la a meu lado novamente . Amanheceu e continuei a correr, até que o cansaço toma conta de mim e não encontro mais nenhum sinal do carro, desabo-me ao chão . Foi como se uma metade de mim tivesse sido roubada, eu estava começando a mudar mas pelo visto, não existem pessoas boas . Estou sozinho novamente .


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Notas finais do capítulo

É isso gente, espero que tenha gostado! Estou aberto da críticas, deixem suas opiniões .