Naquela noite, as estrelas estavam belamente expostas no céu e e as ruas iluminadas pelos postes davam um ar de mistério, crianças podiam ser vistas brincando por toda a parte com seus pais pelas ruas do pequeno vilarejo, um cenário normal , mas se você prestasse devida atenção não demoraria a encontrar as coisa peculiares que aquele vilarejo possuía. Como as crianças que corriam para lá e para cá hora ou outar fazendo uma ou duas latas de lixo caírem no chão , sem ao menos tocá-las , e também os adultos trajados em vestes incomuns e carregando varinhas de madeira junto a si. Sim aquele era um dos poucos e autênticos vilarejos bruxos totalmente livres dos olhos dos trouxas, e especialmente naquele dia o lugar se infestava de alegria, e por que não? O Lorde das Trevas havia sido derrotado.

Mas prestando-se atenção percebia-se que nem todas as pessoas se enchiam de alegria, em uma rua afasta onde encontravam-se as grandes casas , havia uma pequena mansão assim por dizer, com em todas as casas as luzes estavam acesas, mas os gritos que vinham daquele lugar não se pareciam em nada com os de alegria.

Alicia Zancrow estava mais uma vez sozinha naquela sala, e não podia impedir que os soluços lhe viessem, agachada ao lado de uma das muitas estantes de livros ela se encontrava abraçada a uma capa de viajem preta, nada havia de especial nesta ...além de uma lembrança. Mas a mulher não se permitiu permanecer por muito tempo deste modo, logo levantou-se e se ajeitou, ela tinha algo importante a fazer, importante e doloroso.

Tão bela quanto podia com o rosto vermelho de choro a mulher se encontrava, com longos cabelos castanho escuro que caiam bagunçados pelas costas e olho verdes oliva escuros pelo sentimentos ruins que carregava.

Alícia rapidamente se dirigiu a escada da casa rumo ao segundo andar seu passos eram rápidos, ela não tinha muito tempo.

Eles vão chegar logo, tenho que me apressar pensava enquanto seguia diretamente para uma das portas.

Ao abrir se deparou com uma breve cena meiga. Uma menininha de cerca de dois anos se encontrava em frente a um berço , ela mal alcançava a grade, mas espremia o pequeno rosto entre as barras para assim ter uma visão melhor dos dois bebês enrolados em mantas que lá dormiam.

A menina tinha um cabelo negro cacheado e olhos verdes. Como os da mãe.

Vendo a menina ali apressou-se em dizer em tom baixo .

Mary , cuidado para não acordar seus irmãos- ela se aproximou e pegou a menina- a gente vai dar uma voltinha e eles tem que estar 'mimimndo

Vamo dar voltinha? – a menina indagou com um sorriso

O coração da mulher palpitou dolorosamente.

Sim vamos.

E rapidamente pegou a varinha e apontou para um guarda roupa de medeira branca que estava no canto do quarto, uma mala pequena rapidamente se fez ali.

Ela colocou a menina no chão e se dirigiu ao berço pegando os dois bebês que se encontravam la, uma palavra bastou para o elfo da família estar alá também segurando a mão da maior.

A Mulher deu uma ultima olhada para tudo nervosa ela já podia sentir os calafrios e seus maiores medos chegando, olhou para mary que segurava a mão da Elfa doméstica entretida em falar sozinha buscando reconforto, não adiantou.

Pois de sua mente não saia a ideia de que aquela era a ultima vez que via seus filhos. A conchegou os gêmeos ao peito. E com um ultimo suspiro foi puxada para dentro de si.

Mas o quarto ainda parecia sussurrar...' Me desculpem...'

A jovem corria apressada pelos corredores do grande prédio, as escadas rangendo e o piso soltando sobre seus pés enquanto aumentava o ritmo das passadas .

Subindo as escadas infinitas Madeleine fazia uma prece baixinho, não é que ela estivesse desesperada, não, mas com algumas coisas não se deve perder tempo.

Mas seu não desespero foi aplacado ao chegar ao ultimo andar na penúltima porta que permanecia fechada.

Ela suspirou se recompondo antes de entrar, encontrando a normal e engraçada cena de todos os dias. No pequeno quarto se acomodava apertado um beliche e dois guarda-roupas, uma janela parcialmente tapada pelos armários era recoberta com uma velha cortina vermelho desbotada. E nas camas se encontravam o que Madeleine gostava de chamar de pequenos problemas. Na cama de cima uma menina dormia seu rosto era de pele clara e cabelo preto, e mesmo com os olhos fechado Madeleine já sabia que quando esta acorda-se veria olhos verde oliva encantadores e alegres. Ja

Mads seus dedos são gelados – A menina reclamou se ajeitando e sentando-se, com os olhos abertos agora podiam se ver a bela cor verde, como uma floresta em um por do sol.

Mary fazia uma cara emburrada e havia agarrado as mãos de Madeline, mas ela não se importava verdadeiramente, na verdade a muito gostava de quando a inspetora de seu orfanato vinha acordar a ela e a seus irmãos, Mads tinha cabelos loiros escuros e olhos cor de chocolate derretido, tinha o rosto jovem que evidenciava toda a gentileza que lhe convinha, Mary não se surpreendera ao constatar há muito tempo que aquela se tornara sua figura materna. E de seus irmãos.

Os menores na cama de cima tiveram um tratamento um pouco mais maléfico do os que dedos gelados de Madeleine, rindo e chutando um ao outro logo os rostos vermelhos em efeito das cócegas apareceram. O primeiro o de uma menina pálida, com cabelo de um negro profundo que acentuavam um nariz reto salpicado por sardas. Logo o segundo era tão idêntico a menina quanto os traços masculinos lhe permitiam, com cabelos lisos bagunçados envolvendo o rosto e tapando lhe a visão, ambos compartilhavam não só a cama e evidentemente a data de nascimento , mas como também o ponto alto de sua aparência, com olhos de um exato tom de azul -acinzentado lindo e assustador.

Mars – a menina – se espreguiçou e bocejou, estava na ponta da cama e dera uma cotovelada no irmão, Barsoom.

Mads ainda é muito cedo- ela reclamou colando o rosto de volta ao travesseiro – volte mais tarde.

É – Barsoom concordou – Tipo semana que vem.

E deitou-se nas costas da irmã.

Mary riu, a anos convivia com os irmãos, mas mesmo depois de todo os anos, ainda não acreditava que seu irmão podia ter tanto sono.

Mas Madeleine apenas negou com a cabeça e puxou Mars da cama a fazendo descer.

Nada disso , preguiçosos, hoje é um dia especial e temos muito a fazer.

Que tipo de dia especial – indagou a garota mais nova enquanto empurrava Mary de sua cama e se deitava na mesma , a mais velha bufou e foi para fora do quarto.

É vai ter torta de frango? – Barsoom num tom esperançoso para Madeleine

Madeleine franziu o cenho em descrença e segurou uma risada.

Não , hoje é dia de visita e a Mars tem uma entrevista marcada.

Mars finalmente levantou-se, fitando Madeleine com uma expressão assustada, Barsoom desceu da cama com um pulo e se colocou em frente a irmã gêmea.

Como é? – Mary estava na porta, uma escova de dentes na boca e metade dos cabelos penteados. – Mads você não fez isso, me diga que não fez.

É claro que fiz – A mulher falou em tom defensivo – Esse casal era ótimo , e aceitaram uma criança mais velha , não é todo mundo que quer crianças de dez anos sabem.?

Não importa Madeleine, eu não quero ir – Mars disse nervosa – Não vou me separa do Bars e da Mary.

Querida, você não ia se separar de ninguém , poderia vir aqui sempre que quisesse

Que mentira – Barsoom exaltou-se – Quando você me deixou aquele ultimo casal me levar, eles disseram a mesma coisa, e depois me prenderam naquela casa.

Madeleine bufou.

E você explodiu o quarto e fez com que o trouxessem de volta.

E faremos o mesmo com todos – Mary disse firme.

A mulher gemeu em frustração.

Vocês não entendem? Estou tentando dar uma família a vocês

Mary franziu o cenho.

Já somos uma família Mads, nós e você

A moça corou fortemente e os olhou meigamente, mas logo pigarreou e virou o rosto.

Não vamos discutir isso – Falou com o rosto ainda virado – E Mars vai fazer a entrevista e ponto, se arrumem e desam pra tomar café com os outros.

E saiu apressadamente.

No quarto sozinhos eles continuaram cabisbaixos, Mars sentou na cama e bufou.

Por quê a Mads é tão sem noção? - Barsoom perguntou cabisbaixos

Não se preocupem , não precisamos ficar preocupados – Ela sorriu penteando o resto dos cabelos – Aqui é o Orfanato Merlim , somos os irmãos Zancrow e acidentes acontecem.O que significa plano B.

Barsoom sorriu e com um aceno repentino de suas mãos a escova de cabelos de Mary ganhara vida própria e fazia um belo trabalho bagunçando os cabelos da mesma.

Com certeza

****** – ******

O orfanato Merlim se encontrava em um vilarejo misto, atrás de uma colina ,mas ainda perto da cidade. O grande prédio era nada mais que uma antiga mansão colonial a muito esquecida, no prédio se abrigavam 83 crianças entre 6 de 13 anos e era dirigido pela elegantíssima senhora Polumos coordenado pela monitora Madeleine Castor. Neste dia tão especial em que o sol brilhava amargamente.

Sendo aquele um dia de visita era logicamente um dia cheio de esperança, mas entre tal esperança se infiltrava o descontentamento, este que pertencia a Mars.

A garota estava sentada em sua cama, concentrada no trabalho de prender a fivela dos sapatos de boneca que usava, combinando com o vestido verde de babados brancos.

Deus, Como ela adoraria morrer! Já não bastava Madeleine ter marcado uma entrevista para ela com aquela pessoas bobas e carentes, ainda a fazia vestir aquilo.

Ela preferia estar na varanda de trás, usando jeans velhos de doações e os all's stars cor de pessêgo que ganhara no aniversário de dez anos. Podia ajudar Mary a cortar o cabelo do irmão. Merlim sabia que nunca era bom para Barsoom quando ficava com os cabelos longos demais e era confundido com ela. Não que ele parece-se uma menina , talvez ela que agisse como uma garota, mas apesar da separação de sexo eles eram realmente parecidos, muitos ainda questionavam como eles podiam ter a mesma falha da sobrancelha direita, mas a verdade era que a única coisa que fora uma mudança mais drástica na a aparência eram dois pontinhos, duas pintas pontilhadas nas maçãs do rosto abaixo de seu olho esquerdo que tinha dez de que se entendia por gente.

A garota suspirou preguiçosamente quando se ergueu em direção ao corredor, passando pelas várias portas e desceu as longas escadas em direção a uma grande sala com sofás, hoje especialmente arrumada para as visitas, mas virou rapidamente tomando o caminho da porta ao lado da escada rumo a cozinha.

Três mesas tomavam a maior parte do lugar, os bancos estavam quase todos ocupados por várias outras crianças, todas arrumadas com suas melhores roupas. Ela se dirigiu a terceira mesa onde seus irmãos encontravam. Mary comendo um bolinho azul deformado com leite e Barsoom...aquilo era macarrão ?!

Bars eu desconfio que você tenha um caso de amor com a cozinheira, tem um caso de amor – Falou enquanto se sentava em frente aos irmãos – Por que você consegue muita comida.

Que nada – O menino falou enquanto enfiava outara garfada na boca – só sou um garoto esperto. Quer?

A garota deu de ombros e pegou um fio com a mão e pôs a boca.

Merlim, vocês são nojentos demais – reclamou Mary.

Mars deu de ombros .

Não é ser nojento, é não passar fome.

E os três terminaram seu café em silêncio.

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Ela estava nervosa , e se não conseguisse fazer nada? Ela era uma ótima atriz, mas existia muita gente estranha nesse mundo! Talvez pudesse apelar para magia, sempre dava certo.!

Hm.... não. Passaria todo o ano de castigo como da última vez.

Sentada em uma sala separada, Mars esperava, era uma sala para visitas exclusivas, e uma das únicas realmente decoradas . Com enfeites de vidros e porcelana espalhados pelas estantes , dois sofás de fronte um para o outro , e uma mesa de centro , onde se encontrava uma grande pasta com ois dados da garota.

Não conseguindo se manter quieta ela puxou a pasta e abriu, como sempre teve que fazer esforço para ler as linhas, mas depois de um tempo conseguiu, fazendo as letras embaralhadas se tornarem palavras concretas, e leu.

Nome: Mars Moony Zancrow

Idade: 10 anos

Cor: Branca

Sexo: Fem

Condição sanguínea: Não especificado

Manifestação Mágica: Constante.

Ela passou o dedo pelo em cima das letras do próprio nome antes de fechar a pasta, sempre gostara do segundo nome, ela e seus irmãos foram apresentados assim quando chegaram a grande casa, cada um com um nome diferente, o que acabara por tornar apelidos. Mars Moony, Mary Prongs, Barsoom Wormtail.

Ela nunca permitiria que tocassem em seu nome e nem que a levassem para longe de seus irmãos e de Mads, que fora sua mãe dez de que chegar. Ela queria uma família, sim, então Mads podia arrumar um namorado para ser o pai dela afinal, e tudo estaria bem.

Foi com esse pensamento que quando a porta se abriu ela se ajeitou no sofá com uma pose digna de uma garotinha fofa e adotável, tudo que ela não era

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Na verdade o homem e a mulher que entraram não eram os mais estranhos com que Mars se deparara , mas ela ainda sentiu uma pequena vontade de rir quando a gorda mulher de cabelos crespos e escuros e seu marido esquelético de cabelos cor de palha e rosto sem expressão entraram e sentaram-se

A mulher logo se apressou em começar uma conversa.

– Olá amorzinho – cumprimentou – Eu sou Fenólia e esse é meu marido Godofredo, cOmo se chama?

Ela sorriu de lado, com o rosto meigo e respondeu numa voz tímida.

Mars Zancrow

O homem franziu o cenho e a mulher torceu o nariz bulboso.

Mars como o planeta?- O homem perguntou.

Ela deu mais um sorriso encantador.

E como o Deus da guerra

Fenólia torceu o nariz mais uma vez

Mas guerra não é para uma mocinha, claramente.

Não claro, eu só estava dizendo, sabe eu adoro história , mesmo a trouxa.

O casal não pareceu pegar a mentira. Claro, embora Mars na verdade se esforça-se muito para não ter que pegar em um livro, ela parecia estudiosa e gostava de aprender.

A menina pigarreou sentindo doerem ao dor outro sorriso falso antes de falar.

Mas vocês só perguntam coisas sobre mim – comentou sentando-se mais ereta – Assim fico envergonhada. Falem de vocês , gosto de ouvir.

Fenólia deu uma risadinha encantada enquanto cutucava o marido, que sorriu mas com os olhos ainda mortos.

Ah querida , somos uma família muito importante, somos de sangue puro – Mary sentiu-se incomodada – E moramos numa casa enorme em um vilarejo em Londres, tem quartos ótimos.

Sério? – Perguntou em falsa animação

Sim, você vai adorar.

Ao ouvir a afirmação , Mars reprimiu uma risada, já tinha feito o bastante para convencê-los? Ótimo .

Agora iriam odiá-la.

E finalmente o sorriso que deu foi confortável para ela, com os lábios repuxados de lado, sardas se acentuando no nariz , legítimo de uma criança levada.

Ela fitou as unhas enquanto estendia as pernas preguiçosamente sobre a mesa de centro a sua frente, e recostando-se para trás.

A mulher franziu o cenho e endireitou a própria postura, como se induzindo a menina a fazer o mesmo, mas ela apenas se afundou no sofá em resposta ao gesto.

Isso parece legal – Falou em tom de tédio olhando as para eles – Onde vocês moram?

Perto de Londres, como já dissemos – Respondeu Godofredo que a olhava contrariado agora.

A garota levantou uma sobrancelha.

E vocês são sangues puros mesmo?

Sim, com muito orgulho.

Ah , sabe eu não sou sangue puro, devo até ser meio trouxa.

Claro que não – O homem falou, em seu tom morto, dessa vez as sobrancelhas se arquearam gerando-lhe expressão – Você tem dois irmãos mágicos e demonstra má gia dez de os seis anos, deve ser mestiça ou sangue puro. A sua inspetora falou.

Mars concordou internamente, muitas crianças ali eram mestiças, de famílias puras que não admitiam esse tipo de relação entre trouxas e bruxos. Mas somente deu uma risadinha.

Jura? Eu acho que ela esta mentindo sabe- Ela falou em tom confidente Eu nunca fiz magia

Claro, Claro – O homem não pareceu acreditar.

Mars bufou e jogou-se novamente no sofá.

Sabe querida – comentou Fenólia revelando um olhar incomodado – Sei que pode estar cansada, mas deve se sentar direito.

A garota deu-lhe apenas um sorriso sardônico e curvou-se para frente colocando as mãos nos joelhos.

E se eu não quiser? – E fechou a cara

a mulher levou um susto com a reposta e colocou a mão no peito, seu rosto encheu-se de manchas avermelhadas.

Ora – O homem gaguejou, seus olhos estavam arregalados , mas ainda entediados – Se um dia quiser ser nossa filha terá que se portar muito bem.

Quem eu ? --- perguntou indignada – Quem disse que eu quero? Merlim me perdoe , já pensou como seria morar com uma mulher com cara de hipopótamo e um homem com cara de Serial Killer trouxa.... como é mesmo? Jack o estripador?

Desta vez o homem demonstrou emoção , na verdade um realmente digna de um assassino em série, e se levantou tentando agarrar Mars , que graças a uma agilidade adquirida momentaneamente rolou para o lado.

Enquanto corria em volta de um dos sofás conseguiu gritar.

Mads, aconteceu de novo , SOCORRO.

Menos de segundos depois Mads estava ajudando a tirar a casal de cima da garota, ' Por que isso acontecia tanto? '

Fenólia se afastou de Mads, ainda tentando pegar Mars, enquanto o homem gritava. Que por fim disse:

Essa garota é o demônio...

Nossa só por que eu disse a verdade. – A garota bufou e então de repente a velha gorda apontava uma varinha para seu nariz. A menina gelou.

Madeleine tomou o lugar de Mars rapidamente pulando de frente para a mulher , esta tremeu olhando raivosamente para a menina escondida nas costas da morena mais velha antes de guardar a varinha.

Com certeza deve ser culpa sua a garota ser assim – Ela apontou os dedos curtos e gordos para Mads – Imagine , como deve ser crescer com um aborto da natureza. Vocês deviam ser jogados na rua .

Nesse momento Mars ficou vermelha de raiva e com um estalo todos os enfeites de vidro da sala começaram e explodir, o casal tentava se defender dos cacos que vinham em sua direção, mas era inútil, apenas Mars e Mads não eram acertadas e quando a menor colocou-se em frente a Madeleine com o rosto mais vermelho e os olhos cinzentos brilhando perigosamente por um minuto o barulho sumiu

Não fale assim com ela – E de repente Fenólia tinha grandes chifres de alce saindo de sua cabeça como se fizessem parte de seus fios crespos.

Logo os dois começaram a gritar, e para resumir todo o problemas e ofensas nada dignas que foram lançadas a Mads ao orfanato e principalmente a adorável Moony Zancrow, depois de dois homens do ministério já conhecidos aparecerem para desfazer os chifres da pobre senhora e o casal se retirar lançando juras de morte a uma inocente criança de dez anos, a diretora do orfanato Sra. Polumos ter ameaçado a garota , falando algo sobre jogá-la na rua com os irmãos e lhe dar um safanão , Mads e Mars ficaram a sós.

Mars estava sentada em um dos sofás da sala de visitas , tinha os pés sobre uma grande mesa e estava de cabeça baixa , Madeleine a sua frente lhe lançava um olhar muito pior do que o humor de Barsoom com Fome, um olhar de cansaço de decepção.

'Só mais uma ' Pensava a garota enquanto observava seus recém calçados all's stars cor de pessêgo sobre a mesa .

Tire esse tênis da mesa – Madeleine disse enquanto sentava-se ao seu lado – Sou eu que limpo.

A menina suspirou ignorando o comentário

Mads, me descul...

Nem comece

A de olhos azuis engoliu em seco.

Mads...

Sério, não precisa , estou desistindo na verdade

A garota franziu o cenho.

Como assim?

Não vou mais agendar entrevistas para vocês se é o que querem – ela suspirou antes de continuar – Mas quero que me prometam uma coisa ... Que vão ter um futuro brilhante e tem que cumprir, que vão fazer isso mesmo sem a família que eu queria dar a vocês.

Ela fitou a menina que ficou quieta antes de virar-se e abraçá-la dizendo:

Madeleine, você nos da uma família átima sendo você. E sim eu prometo, mas só por Mary e Bars pois sou burra e não tenho certeza.

A mais velha riu

Burrice não é o mesmo que dislexia .

Mars sorriu se soltando e indo em direção a cozinha .

Ok,ok...vou comer agora.

Não pense que não esta de castigo mocinha-- Ela ouviu o resmungo atrás de si

Tudo bem o Barsoom cumpre metade por mim – Disse já entrando no aposento destinado, mas ouviu seu nome sendo chamado. Virou-se vendo a morena mais velha olhá-la com carinho.

Sim? O que? Não diga que não vai deixar o Barsoom fazer meu trabalho, é pra isso que os gêmeos servem.

A moça revirou os olhos , mas olhou docemente para a menina .

Obrigada por me defender...Você é ótima.

Deu de ombros Uma vez você disse que Mar e Bars eram família e tínhamos que nos cuidar , você também é minha família .

E saiu andando rumo seu objetivo deixando a moça corada.

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Quando Mars entrou no refeitório não foram poucos os olhares malignos que recebera , talvez aquilo se deve-se ao fato de todas as vinte famílias que fugiram ao ver a galhada de Fanóglia. Mas sem se importar ela se dirigiu ao final da segunda mesa onde Barsoom e Mary a esperavam sorrindo.

Ao sentar-se Barsoom começou a falar animado.

A diretora Polumos disse que não era pra você ganhar bolo e chocolate hoje, mas você pode ficar com o meu, pois você foi genial.

A garota sorriu aceitando o bolo

Genial ? Madeleine disse que não vamos mais fazer mais entrevistas , sou melhor que genial.

Eles olharam admirados para ela realmente felizes, mas Mary apenas comentou.

É Mas se contente com o Bolo do Worm.

O jantar se segui tranquilo depois disso com sorrisos e planos para o dia seguinte, mas at´[e somente uma enorme coruja marrom entrar voando pela janela deixando cair um papal sobre o prato de Mary.

Todos haviam parado e olhavam para a garota ,ela pegou o papel lendo-o

Mary Prongs Zancrow

Orfanato Merlim

O menor quarto da casa.