Encontramos Heloísa no banheiro dos monitores,no quinto piso, aparentava querer chorar porém não soltava uma lágrima, me sentei do seu lado.

– Oque houve? Se ia ficar assim por que não aceitou? - perguntei.

– Eu não - Heloísa respirou fundo, ela parecia segurar bastante o choro. - eu não queria me machucar.

– Como assim? - Hermione se agaixou na nossa frente.

– Eu tenho medo de aceitar, e ele machucar, sabe, os sentimentos e toda aquela coisa. - Helo disse, com a voz embargada por segurar o choro.

Eu e Hermione nos olhamos e a sineta tocou, Hermione nos olhou apreensiva.

– Pode ir. - eu disse. - eu cuido dela.

Hermione pareceu relutar por um momento para ficar porem acabou indo, não falei nada, apenas puxei Heloísa para um abraço e a fiz apoiar a cabeça em meu ombro, então ela desabou, soluçava e chorava, nunca vi Helo assim, uma vez, ela comentou comigo que achava chorar por amor uma bobagem, acho que todos dizemos isso algum dia, porém quando algo relacionado ao coração acontece para valer conosco, não dá para evitar o sofrimento, por mais que lutemos para isso.

– É assim que você se sente? - Helo peguntou para mim entre soluços.

– Como assim? - disse acariciando seus cabelos.

– E assim que você se sente - soluçou- quando vê o Harry com a Cho?

– Assim como?

– Despedaçada.

Abaixei a cabeça.

– Sim, é assim que me sinto, mais você não esta com ciúmes esta com medo de sofrer.

– E com ciúmes. - soluçou Heloísa. - dele com aquela cara de buldogue.

Demos risadas forçadas para reprimir o clima pesado, antes da sineta tocar novamente ajudei Helo a tirar os vestígios de choro de seu rosto, arrumei seu cabelo, e a deixei como se nada tivesse acontecido, faltavam cinco minutos para a sineta tocar e irmos para a aula de adivinhação.

– Agora você vai sair, com a cabeça erguida, divando divosamente, como se nada tivesse acontecido ok?

Heloísa respirou fundo antes de responder.

– Ok.

Nessa hora, ouvimos a sineta tocar, jogamos nossas mochilas por um ombro e fomos divosas em direção a aula, quem olhasse nem deduziria o que aconteceu, chegamos e nos sentamos no fundo da sala, quando percebemos, Umbrige estava com a professora.
– Ah qualé.- murmurei, fazendo Helo rir baixinho.

– B-bom alunos. - gaguejou a professora. - quero que vo-vocês desvendem os sonhos de seus parceiros, como na semana passada. Boa, boa sorte!

Me virei para Helo.

– Bom, ontem eu sonhei que corria por um campo de flores e mais flores e subia em uma vassoura e voava feito uma borboleta. - inventei fazendo Helo rir.

– Você vai morrer afogada em tinta lilás! Essa não! - rimos.

Graças a deus a professora Trelanew ( n/a: escrevi certo gente?) nem passou perno de nós com aquela sapa velha em sua cola, depois de passar na mesa de alguns alunos, a sapa cor de rosa fez algumas perguntas a professora de adivinhação.

– Então... Des de quando tem esse cargo querida? - a sapa perguntou com falsa meiguice.

– Ah, dese... Ah desseseis anos leciono aqui.

– Hum... interessante.- a velha cor-de-rosa anotou em uma prancheta. - pode prever algo para mim?

A professora e adivinhação gaguejou um pouco porem não disse nada.

– Ah... que pena... - Umbrige disse anotando algo em sua prancheta e começou a sair da sala.

– Não espere! - a professora a chamou - eu vejo, eu vejo perigo!

Umbrige sorriu falsa, e assentiu, anotando alguma outra coisa em sua prancheta enquanto saia. Logo mais a sineta tocou, saimos eu Harry Rony e Heloísa juntos da aula, indo em direção a biblioteca encontrar Hermione.

– Viram que injustiça aquela sapa velha fez com a professora? A ontomidou e depois quis que ela ficasse em perfeito estado! - bufei.

– Injustiça? Aquela louca adivinha nos atormenta des de ... Sempre?

– Cala a boca Ronald! - ralhei.

Logo encontramos com Hermione, que nos ajudou com os deveres, e passou a mim e a Heloísa o dever que perdemos da aula de Defesa contra as artes das trevas.

– Falando nisso, por que mataram aula? - perguntou Harry.

– Assuntos pessoais. - disse terminando de guardar meu material.

– Tem ha ver com o que o Draco fez no almoço não? - disse Rony, que levou uma livrada de Hermione.

– Sim, tem sim. - suspirou Heloísa, porem logo mudando de assunto. - acharam algum lugar para fazermos as reuniões do nosso grupo?

– Ainda não que tal a Casa dos Gritos? - sugeriu Hermione.

– Pequena de mais. - resmungou Harry.

– E aquela passagem da bruxa de um olho só? - Rony disse, me levantei indo em direção a prateleira, procurando algum livro interessante para ler, passando as mãos pelos livros velhos e novos.

– Foi bloqueada.

– E alguma sala vazia? - disse Heloísa.

– Iam nos descobrir. - indagou Hermione e os quatro suspiraram, quando passei a mão pelo exemplar de Hogwarts: Uma História. Me lembrei de algo que li no da minha mãe, que era o da primeira edição, falava sobre um lugar...

– Eu sei onde podemos fazer isso! - Exclamei feliz. - me sigam!

Os arrastei até o oitavo andar, ( n/a: gente, eu não lembro em que piso ficava a sala precisa, pois eu já li o livro faz algum tempo ok? Então pus no oitavo andar mesmo.) paramos em frente a um quadro no qual um homem tentava ensinar dois Trasgos a dançarem balé, fechei os olhos e comecei a andar de um lado pro outro, teria de fazer isso três vezes.

– Que ela esta fazendo? - sussurou Rony para Harry.

– Eu não faço a menor ideia. - respondeu o mesmo devolvendo o sussuro.

Depois de pensar no lugar ideal e andar três vezes para lá e para cá, uma porta se materializou no lugar do quadro, era de madeira, enorme, e a maçaneta era dourada, sorri e abri a mesma, entrando com os quatro na minha cola.

– Bem-vindos a Sala Precisa!