Amy PDV

– Magia fraca essa hein? - disse eu divertida e caímos na risada, mas logo eu parei de rir e ele parou também quando viu que eu não ria mais.

Olhei para o meu braço esquerdo onde ficava a minha marca Ômega de general, a marca estava ardendo como se fosse brasas. Isso é mau sinal a marca só arde quando alguém de nós está sofrendo com alguma coisa.

– Ai não! - disse eu colocando a mão no braço.

– Amy o que houve? - perguntou Alex me olhando preocupado... OPA PREOCUPADO DESDE QUANDO?

Olhei para ele com uma cara não muito boa, porque o que eu estou sentindo não é bom.

– Vamos continuar andando.

– Mas..

– Vamos - disse eu firme

E continuamos a andar, Alex estava contrariado, mas me seguiu já que eu estava um pouco mais a frente que ele. Esse para mim é um chamado que alguém lá de cima.

Logo mais a frente havia uma espécie de portal, nos olhamos e começamos a correr atravessando o portal dando de cara com um campo ensolarado, o ar estava quente parecia que estavamos dentro de um forno. A terra era seca e rachada, mas era meio úmida o que era estranho para um clima como aquele até que escutando um barulho de cobra cascavel, olhamos em perfeita sincronia para o chão e vimos uma, duas, três cobras se rastejando para nos alcançar a única coisa que saiu da boca de Alex foi:

– CORRE!

Saímos correndo, mas sempre olhando para trás quando uma Equidna apareceu na nossa frente, não uma, duas de uma vez.

– Olha Ssemidesses! - disse uma delas

– Olha uma cobra feiosa - ironizou Alex que recebeu uma cotovelada minha.

– Como você me faz uma afronta dessasss? - perguntou a cobra gigante atacando Alex.

Agora que a verdadeira briga começa.

Arthur PDV

Estava conversando com a irmã da Mellina, mas os meus pensamentos estavam voltados para a Ravena. Ela não é a mesma isso eu tenho certeza, mas ainda não vou contar para Melissa tenho que investigar isso com a ajuda de Hécate como a deusa é a protetora dela quase como uma mãe para Ravena.

– Melissa, preciso ir para o meu quarto, com licença - disse eu saindo em seguida sem deixar que ela responde-se.

Corri em direção a casa onde a deusa se encontrava, a porta estava fechada com um monte de símbolos desenhados, conheço esses símbolos! Eles foram feitos para proteger alguma coisa. Bati na porta e ela se abriu magicamente e uma voz saiu lá de dentro.

– Pode entrar Arthur;

Entrei na casa de Hécate que era com paredes roxas com um monte de símbolos desenhados nas mesmas, o chão feito de mármore branco reluzente com outras marcas encrustadas e cravadas no piso. No teto tinha plantas penduradas para fazer poções e feitiços, estantes grandes e longas ocupadas de livros, vidros de poções e objetos mágicos, a iluminação era feita por velas de vários tamanhos e formas com a névoa branca em todos os lugares.

– Hécate - chamei - Tenho uma pergunta para te fazer?

– Pode perguntar Arthur, estou ouvindo - disse a deusa mostrando o seu rosto.

– Você é a ''mentora'' da Mellina, certo? - perguntei

– Sim, a conheço desde que era uma criança, acompanhei o seu crescimento quando ela foi para escola, perdeu a mãe, foi traída pelo pai, salva por você da morte, ela se tornando uma general ômega, brigando pelas suas conquistas e se apaixonando secretamente - respondeu a deusa com uma cara pensativa, mas logo ficou séria - Por que você quer saber disso?

– Mellina está estranha, o modo de ela olhar as coisas está diferente até a sua voz - respondi.

A face da deusa passou de séria para assustada. Se inclinou para frente com um único movimento as velas apagaram, e a luz apareceu revelando o corpo da deusa que estava, trajando um vestido roxo com alguns detalhes em verde escuro, o cabelo escuro preso em um rabo de cavalo alto.

– Como que ela está agora? - perguntou ela

– A voz dela está infantil, ela está olhando nos olhos coisa que ela não fazia dizia que as auras a confundiam - respondi

E se fez um silencio escurecedor o ar que até então era quente ficou frio, passei a mão pelo meu braço para ver se esquentava grande erro.

– Arthur saia - mandou a deusa com a voz fria quebrando o silencio.

– Hécate você...

– AGORA- gritou ela me olhando com os seus olhos azuis/esverdeados que estavam gélidos.

Resmunguei baixinho, mas sai da casa e assim que sai a porta bateu violentamente, andei de volta para as ruas do Olimpo passando por ninfas, sátiros e espíritos da natureza, quando senti uma dor forte na cabeça e uma voz apareceu.

'' Socorro!'' ‘’ Arthur socorro!’’.

Olhei para o lado e para o outro não tinha nada, a voz me é conhecida, mas não me vem à cabeça quem é a dona dela, sim era mulher. Não encontrei apenas dei de ombros e continuei a caminhar, mas Hécate chamou-me.

Hécate PDV

Assim que Arthur saiu foi para a minha mesa de tarô, peguei as cartas de tarô abri-as em um formato de leque, respirei fundo e fiz com que a luz apaga-se e as velas acenderam todas de uma vez, a névoa ficou mais densa e o ar ficou mais gelado.

Estendi as minhas duas mãos em cima das cartas, e comecei bem devagar passar elas por cima até que duas cartas grudaram em minhas mãos uma carta em cada mão. Virei-as para cima e as olhei.

– φάρμακο * - resmunguei

As cartas eram a do amor e a da morte, isso não é bom não mesmo. Levantei-me da cadeira, caminhei até a porta, abri-a e chamei gritando o Arthur.

– ARTHUR.

Ele veio correndo ao meu encontro, o puxei para dentro assim que ele parou na minha frente e fechei a porta.

– Sente-se – mandei

Ele resmungando fez o que eu mandei, assim que ele se sentou na cadeira apontei com o dedo as duas cartas viradas para cima, ele as olhou sem entender nada.

– São cartas de tarô- disse eu – São a morte e o amor.

– Mas o que significam? – perguntou ele

– Significam...

Continua...