Draco Malfoy acordara cedi naquela manhã. Cedo até demais. Trocou-se e saiu do seu Salão Comunal nas masmorras em direção ao Lago Negro. Não queria ver ninguém. Sua vontade foi em vão, pois assim que chegou ao seu destino, avistou um semblante feminino, com seus cachos castanhos caindo por suas costas. Ele continuou andando

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Hermione já estava acostumada a acordar cedo. Assim que levantou seguiu ao lugar que mais gostava - tirando a biblioteca, é claro!

Sentou a beira do lago . Ali ela conseguia pensar melhor. Pensou em tudo novamente. Em como conheceu Harry e Rony, na Pedra Filosofal, na Câmara Secreta, em Sirius, no Torneio tribuxo - o que levou-a a pensar em Vitor Krum - , na Armada de Dumbledore, no próprio Dumbledore, nas Relíquias, em Snape, na guerra, nos amigos mortos... Deixou as lágrimas correrem livremente pelo rosto levemente bronzeado pelas recentes férias na praia com seus pais. Depois de algumas semanas ela havia conseguido recuperar a mesmória de seus pais, afinal, ela era, é e sempre será a sabe-tudo de Hogwarts, e a bruxa mais esperta de sua geração!

Lágrimas desciam como rios pela linda face, e como em poucas vezes ela deixava, também, além dela, quem seria doido o suficiente de acordar tão cedo?

Sua pergunta fora respondida em poucos segundos, quando ouviu passos. Ela rapidamente secou as lágrimas, ninguém ia ve-la chorar, não depois de Malfoy. Ela continuou olhando para a "linha do infinito", que separa o céu do grande lago.

A pessoa sentou ao seu lado. Era impossível não reconhecer aquela pele pálida e aqueles cabelos quase brancos. Draco Malfoy.

– Eu também sinto muito pelos seus pais... - ela falou sem olha-lo.

Ele deu um sorriso de canto amargurado.

– Não sinta, eles não merecem sua pena! Quer dizer, talvez minha mãe mereça, por fazer tudo que aquele desgraçado do meu pai falasse! Ele era frio, nunca se importou comigo, arrogante, idiota, burro... - a cada palavra, o tom de Draco era mais amargurado. Hermione não fora criada assim. Ela sabia de tudo o que os Mlafoy's fizeram, mas a boa educação da menina não permitiu que ele terminasse de falar. Colocou seu dedo indicador sobre os lábios dele, calando-o e enviando pequenos choques por todo o corpo.

– Draco, - ele sorriu minimamente por ser chamado pelo primeiro nome, ela percebeu - eu não faço a mínima ideia de como seus pais eram com você, não faço a mínima ideia do que você passou e sofreu na mansão Malfoy com seus pais... Mas, por favor, eu não aguento puvir alguém falando assim do próprio pai!

– Você é muito boa Hermione! - ela sorriu e o abraçou de lado. Ele se surpreendeu com o ato da menina, mas correspondeu. O toque da garota na sua pele, davam a impressão que seus nervos eram diretamente tocados.

Ela separou seus corpos lentamente, fazendo a sensação de frio dominar o garoto novamente.

– Até mais, Malfoy! - ela levantou-se e seguiu para dentro do castelo.

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Hermione não gostava de andar pelos corredores de Hogwarts, não agora! Tudo lembrava-lhe os corpos no chão.

A menina chegou aos dormitórios feminino da Grifinória. Assim que entrou teve a visão de dois garotos sentados em sua cama.

– Meu Merlin! Não acredito que estão aqui! - ela gritou.

– Achou mesmo que iríamos deixar nossa menininha indefesa sozinha por muito tempo? - eles deram uma gargalhada sonora e sincera, que há muito tempo não se ouvia naquele castelo.

– Acho que não sou muito indefesa , Ronald! - ela ralhou de brincadeira, o que os fez rir ainda mais.

– Com certeza nao é! Então como é estudar aqui de novo? - Harry perguntou olhando em volta.

– Estranho e desconfortável. - ela falou fazendo uma careta - Tudo me lembra a guerra e os corpos espalhados pelo chão! - ela completou fingido estremecer.

– Enfim, seu quarto é mais legal que o nosso era! - Rony falou lembrando que nunca tinha entrado no dormitório feminino.

– É mesmo!

– Hey! - ele fingiu brigar e continuou olhando em volta, até que seu olhar parou no relógio trouxa que a amiga tinha. - Pelas barbas de Merlin, Harry! Era para estarmos no Ministério a dois minutos atrás! Outro dia voltamos Mione, precisamos ir!

– Nós te amamos! - foi a última coisa que ela conseguir ouvir antes de se encontrar sozinha como antes...