American Horror Story Coven - The Aftermath escrita por AHSfan


Capítulo 20
Amedontrada e Encurralada


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não é o último!
Sim, ainda teremos mais algumas emoções antes do desfecho final, então peço que continuem acompanhando a saga



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Minhas pernas tremem e meus pés não param de tropeçar nos galhos e folhas em putrefação. De meus olhos densas gotas de lágrima escorrem. Estamos caminhando em direção ao celeiro abandonado, para resgatar Dimitry e salvar Ana. Mas então eu sei em algum lugar dentro de mim que este é um plano falido. A profecia de Dione, a certeza insana do olhar dela e a visão que ela me revelou se repetem incansavelmente em minha cabeça.

“Antes que o verão acabe Jennifer Young, você irá matar uma pessoa.

Estou tão absorta em pensamentos que quase não me dou conta quando meus pés pisam em falso e eu caio. Meu corpo se contrai e relaxa. Talvez eu deva ficar por aqui, porque me falta força para continuar. Falta-me força pra lutar. Falta-me esperança. Acho que tem alguém chamando meu nome, mas não tenho certeza. Até que Alexei entra em meu campo de visão.

Jennifer?

– Eu não posso. – Sussurro fracamente. – Eu não consigo.

– Jennifer, nós precisamos continuar, falta só mais um pouco. – Catherine fala ainda segurando Lili nos braços.

– Podem ir à frente, eu converso com ela. – Alexei diz, seu rosto composto e impassível. Incrivelmente as meninas fazem como ele pede.

– Jennifer, me escute. – Alexei abaixa-se até ficar a altura de meus olhos. – Nós precisamos seguir em frente. Meu irmão e uma de suas amigas são reféns nas mãos do demônio e nós precisamos ajuda-los.

– Você acha que eu não sei disso?! – Explodo. – Isso tudo é demais pra mim! E se nós não conseguirmos salvá-los?!

– Escute, Jennifer. – Ele respira fundo e seu olhar torna-se mais intenso como se o que ele estivesse prestes a falar fosse doloroso. – Quando eu tinha sete anos de idade, meu pai decidiu que seria o momento ideal para fazer um teste comigo. Ele me deu a pior surra que você pode imaginar. Disse-me que isso me tornaria forte e que se eu quisesse ser um bom caçador eu deveria estar pronto para enfrentar a dor que corroí a carne. Mas essa dor não é a física, Jennifer. É a psicológica. É esse medo de batalhar que nos faz falhar antes mesmo de tentar. Se você sentar aqui e se deixar vencer sem nem mesmo lutar, nós já perdemos. Foi por isso que há 18 anos decidi que me tornaria tão forte que ninguém, nem mesmo meu pai iria me derrotar.

Quando permaneço em silêncio apesar do discurso de Alexei ele suspira pesadamente e não mais que de repente, me abraça. No início quero empurra-lo, pois estou toda suja de lama, terra e sangue, mas logo o abraço dele ocupa minhas observações. Não é um abraço cheio de amor fraternal, como os de minha mãe e meu irmão. Não é o abraço de companheirismo que recebo de Catherine ou o abraço tímido de Ana. O abraço de Alexei é carregado de tensão e dor. É como se ele estivesse me dizendo que já esteve no meu lugar e que já sentiu tanto medo que não pode mover-se. Ele está me dizendo que está comigo. E antes que possa pensar, estou retribuindo seu abraço com tanta força que meus dedos se cravam na jaqueta de couro dele. Nada me surpreende mais que a gentileza das pessoas.

Apoio minha cabeça no ombro dele e me dou ao luxo de fechar os olhos por alguns segundos. Então solto Alexei, abro meus olhos e levanto-me.

– Vamos. – Digo simplesmente.

Ele concorda com a cabeça e ergue-se, para então segurar meu pulso com cuidado. Ele puxa algo do cinto e quando estende a mão, vejo que se trata de um pequeno punhal dourado.

– Use isso. Não é um artefato consagrado, mas tem a mesma proteção do bracelete.

Seguro o punhal em minha mão e constato que apesar de parecer leve, trata-se de uma arma bastante pesada.

“SoulEater” está escrito na mesma caligrafia rebuscada do bracelete.

Penso em perguntar mais a respeito do presente, mas sei que temos pouco tempo, pelo estado que Dimitry estava quando o vi pela última vez. Uma imagem de Dimitry agonizando graças aos ataques de Ana, surge em minha mente e a urgência de tentar salvá-los renasce em mim.

Caminhamos em silêncio até encontrarmos o resto das meninas. Misty está encostada em uma árvore enquanto as gêmeas conversam em um canto. Catherine está olhando para Lili inerte no chão e Elena encontra-se, no meio de todas, parada. Atrás dela, o celeiro abandonado de meus sonhos, impõe-se opressivo e decrépito. O odor metálico de sangue espalha-se pelo ar. Sei que estamos em território inimigo de imediato. Elena chama todos nós pra que fiquemos ao redor dela e nos dá algumas instruções finais antes de entrarmos no celeiro.

– Sigam o plano – Plano este que foi reelaborado de última hora e consistia basicamente em entregar as armas consagradas para ter Dimitry de volta e então, usar magia para deter o demônio – Não esqueçam que isto não se trata de um treinamento e ... – Então a voz de Elena é bruscamente interrompida por um estrondoso trovão.

– Vamos chutar a bunda desse demônio. – Elena fala com raiva. Ela ergue o punho no ar. Catherine faz o mesmo e então eu a sigo. As gêmeas e Misty também estendem seus finos punhos junto aos nossos. Alexei desvia o olhar e pergunta:

– Quem vai ficar olhando Lilia?

– Eu irei. – Misty responde gentilmente.

E então estamos nós seis adentrando o celeiro com Alexei e Elena a frente, abrindo a porta, enquanto Catherine e eu estamos no meio, seguramos as armas consagradas que o demônio requisitou e as gêmeas ficam na retaguarda com seus arcos em mãos.

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Está escuro, daquela forma sombria e silenciosa que indica que algo está muito errado. Toda a coragem que eu tinha reunido segundos atrás desaparece quando me dou conta do quão escuro está. Posso ouvir até mesmo a respiração irregular de Catherine que se assemelha muito a minha própria.

– É bom ver que vocês fizeram como pedido. – Dezenas de vozes falam, sibilando, ao mesmo tempo. Repentinamente, um grande feixe de luz ascende, deixando-me momentaneamente ofuscada. – Agora, me diga que tipo de idiota acredita que o irmão está fazendo jogos pervertidos com a namorada no meio de uma tempestade como a de hoje? – A risada dos demônios ecoa por todo o celeiro. Existem no mínimo umas doze Anas espalhadas pelo local, de forma que parece ser impossível distinguir a verdadeira.

– Somente um idiota apaixonado, não é Jennifer? – O demônio transmuta-se para minha frente. Posso vê-lo, saindo da boca de Ana, assim como antes, mas ainda assim a visão não é menos aterrorizante. Sinto meus braços e pernas começarem a tremer novamente. Ana, a verdadeira Ana, tem o olhar vazio e de seus olhos escorrem algumas lágrimas. Minha garganta trava e não consigo emitir um som que seja.

– Pare com esses jogos mentais, ser inferior! – Alexei brada empunhando uma pesada espada na direção de uma, das várias Anas que estão diante de nós.

– Onde está Dimitry?! – Catherine flexiona a perna, mas antes que consiga dar um passo a frente, seu corpo é jogado pra trás pelos poderes de telequinese de Ana. Catherine bate de costas na parede do celeiro e sua parte das armas consagradas cai, espalhando-se pelo chão.

– Primeiro as armas... – O demônio fala com a boca em putrefação. – Depois o garoto bonito. – Novamente as risadas ecoam monstruosamente. Então Ana toma as armas consagradas que tenho em mãos e se transmuta. Antes que eu possa pensar no que fazer a seguir, Alexei grita:

– Foda-se! – Ele joga jarros e mais jarros do que parece ser Fogo Místico, nas cópias de Ana. Então a cortina do caos é derrubada sobre nós. Há Fogo Místico derretendo em toda a parte, há fumaça e fogo.

Os vários clones de Ana atacam Elena que se defende eximiamente, contra ataca-os com dois machados, um em cada mão. Ela é forte, mas sei que não aguentará muito tempo sozinha, pela quantidade de clones que se acumulam ao redor dela. Á minha direita as gêmeas, velozmente, atiram flechas na direção do exército de Anas que vêm em nossa direção. Atrás de mim, escuto Catherine praguejando. Viro-me para ajuda-la a levantar-se e quando ela põe se de pé, sinto-a empurrando-me violentamente para a direita. Meu corpo é jogado e eu saio rolando pela terra seca.

Quando consigo finalmente algum equilíbrio, vejo Catherine sendo empalada no estômago, com uma das nossas armas, por um dos clones de Ana. É então que entendo que os clones não são capazes de acessar os mesmos poderes do demônio. Somente a Ana original pode usar magia.

– Porque esses – Ela pausa para respirar profundamente - Filhos da... Insistem em me empalar? – Ela pergunta tocando o clone e pondo-o em chamas, quase imediatamente. Levanto-me e ponho tanta força em minhas pernas que sinto os músculos arderem em protesto. O clone que estava perto de Catherine agoniza em chamas, então tudo que faço é chuta-lo para o outro lado.

– Tira logo essa lança. – Catherine arfa. – Você tem as poções de cura, não é? – Eu assinto com a cabeça. Fiquei responsável por guardar as poucas poções de cura que achamos quando invadimos o escritório de Cordelia em busca de suprimentos pra batalha.

– Faça rápido. – Catherine diz fechando os olhos. Enrolo meus dedos ao redor da lança e sinto a madeira perfurante nas carnes do abdômen de Catherine. Ranjo os dentes e puxo a lança com toda a força que possuo, de uma vez só. Catherine urra de dor e vê-la assim é torturante. Entrego-lhe a poção de cura para que ela beba rapidamente. Pego a lança e atiro-a em um dos clones que tenta nos atacar pelas costas. Então o grito de angústia de Elena preenche o ar.

– Elena! Vá ajudar Elena, eu vou ficar bem. – Catherine diz e empurra-me na direção do som. Corro, focando-me em manter meus pés seguindo em uma linha reta. Nessa parte do celeiro a fumaça está mais intensa e é praticamente impossível enxergar algo que não esteja muito próximo. Começo a tossir descontroladamente e meus olhos ardem como se estivessem sendo envenenados.

Então vejo Elena segurada por duas Anas e sendo repetidamente socada no rosto por uma terceira. Uso minha magia sem grandes reflexões no apocalipse que pode seguir-se, graças a meus poderes. Sinto a magia fluir por meus dedos e simultaneamente as três Anas param de se mover, deixando Elena desmoronar no chão. Não temo em liberar toda a energia mágica que possuo, de forma que os clones choram e se contorcem de dor, gritando. Um sorriso brota em meu rosto. Estou começando a gostar disso quando Elena ataca os clones com seu machado, fazendo-os desaparecer em uma fumaça acinzentada.

– Ainda temos que encontrar Dimitry, Alexei e Ana, não se deixe levar por seus poderes. – Ela fala determinada. Assinto com a cabeça, sentindo-me envergonhada por perder o controle em uma situação assim.

Morra!! – A voz forte de Alexei chega a mim. Ele está atirando com sua espingarda na direção dos clones de Ana, fazendo com que três ou quatro desvaneçam ao mesmo tempo. Acho que em outra situação ele estaria adorando isso, dá pra ver que ele é o tipo de pessoa que se empolga diante da possibilidade de uma luta. Porém hoje, ele luta vorazmente. Hoje a vida do irmão dele está em perigo e Alexei dá tudo de si para resgata-lo.

– Vamos! – Grito para Elena que me segue. Estamos as duas na retaguarda de Alexei, Elena com seus machados e eu com o punhal de ouro que Alexei me deu. Entretanto, quando tiro o punhal da pequena bainha, um dispositivo é apertado e o punhal transfigura-se em uma espada. Uma espada longa e fina, elegante e leve. Sua lamina dourada reflete a luz de forma bela e imaculada. É a mesma espada que vi em meus sonhos. Meu choque é tão grande que deixo a espada cair e quando me abaixo para pegá-la, um par de Anas me rodeia. Alexei fica atrás de mim e atira nas duas Anas, fazendo-as sumir.

– Me dê a espada. – Ele pede e eu não hesito em entrega-la. – Cuidem da minha retaguarda, eu vi onde Dimitry está. – Elena concorda e eu também. Assim, Alexei desaparece correndo no meio da fumaça a frente com a espada, deixando-me a espingarda com balas de prata no lugar.

Chego a atirar com sucesso umas duas vezes, acertando as Anas no tórax e uma vez na cabeça. Aí o assovio poderoso que precede uma explosão emana até meus ouvidos e balança meus cabelos. A próxima coisa que sei é que estou voando. Literalmente meus pés desgrudam-se do chão e meu corpo é violentamente empurrado, aterrissando dolorosamente metros atrás. Minha cabeça está tão zonza e minha mente tão confusa, que por um segundo esqueço-me o que estou realmente fazendo aqui. Quando a fumaça dissipa-se um pouco mais, posso ver Alexei, abaixado, com um joelho no chão. Lentamente várias Anas vão cercando-o. Atrás de Alexei, há o corpo imóvel de Dimitry, fazendo-me compreender que de alguma forma ele conseguiu resgatar o irmão.

Tento levantar-me para ajuda-lo e somente nesse momento noto que uma de minhas pernas está virada em um ângulo muito esquisito. Não consigo ver meu joelho, somente a parte detrás dele.

Está quebrada, meu subconsciente detecta. O que é estranho, porque nenhum tipo de dor me aflige. Logo me recordo da magia vodoo de Marie Laveau, e entendo que o feitiço que ela pôs em mim deve ter transferido minha injúria para Alexei. Mas que droga! , penso irritada. Tento virar minha perna para que ela fique em uma posição normal. Subitamente a iluminação do galpão é escurecida por algo. Quando olho para cima visualizo uma pequena chuva de flechas na direção das Anas que estão cercando Alexei. As flechas atingem as Anas na cabeça, transformando-as em cinzas.

– Revele-se seu demônio, filho da... ! Pare de mandar seus clones baratos! – A voz de Catherine transborda de tanta ira. Ela segura a mesma lança que a empalou, sei por que é a única lança que tem sangue respingando da ponta. Catherine põe a lança em chamas e atira na cópia de Ana que está mais próximo dela, desfazendo-a a pó. Uma das gêmeas me alcança e quando vê minha perna seu rosto transforma-se em um misto de pena e receio.

– Isso vai doer. – Ela anuncia assustada. Assinto com a cabeça e olho na direção de Alexei. Fecho meus olhos com força enquanto sinto Nádia rapidamente colocar suas mãos fortemente ao redor do meu joelho e rodar minha perna em um movimento só. Alexei urra de dor a alguma distancia, mas novamente não sinto absolutamente nada. Abro meus olhos e consigo ver mais ao longe e além da fumaça, Elena mancando em nossa direção. Alerto as gêmeas pra que elas curem Dimirty e ajudem Elena em seguida.

– Você quer que eu me revele?! – A resposta de Ana pra Catherine, é repetida horripilantemente umas dezenas de vezes pelos clones. – Mas aposto que você não quer que eu revele como você queimou a casa do seu amiguinho ao chão, matando a família inteira dele, não é?

Cale a boca! – Catherine está perdendo o controle e ao redor dela, há um círculo de fogo em expansão. – Você não tem o direito de falar sobre Daniel!

Uma parte de mim pergunta-se se Daniel é o rapaz na fotografia que Catherine estava guardando, porém minhas reflexões são interrompidas. Ana, a verdadeira, se transmuta a frente de Catherine, dentro do círculo de fogo, e segura-a pelo pescoço, erguendo-a do chão. Imediatamente, tento pôr-me de pé e apoiando-me na espingarda de Alexei, consigo finalmente.

– A verdade machuca, não é? – Ana diz sorrindo ironicamente. O demônio não está mais visível como antes, mas sei que ainda está em algum lugar dentro dela, controlando sua torturada alma. – Vocês todos vão morrer aqui e arrastarei suas almas pro meu inferno! – Eu vejo sua mão movendo-se em câmera lenta e eu sei, sinto em mim a crescente certeza de que Ana irá quebrar o pescoço de Catherine. Antes que saiba bem o que estou fazendo, grito:

– Venha até mim e eu lhe darei meu sangue!

– Voluntariamente? – Ana vira a cabeça em minha direção e seus olhos são injetados de sangue, amarelados e doentios, como se ela estivesse morrendo. Meu coração está explodindo, batendo com tanta força que dói.

– Sim. – Digo reunindo toda a coragem que há em mim. Sinto o olhar de Alexei cravar-se em mim, ele está pálido e parece derrotado, apesar de seus olhos serem selvagem. Ao menos daqui, posso ver que as gêmeas já estão curando Dimitry e sei que em breve elas irão ajudar Elena e cuidar de qualquer enfermidade que ela tenha. Catherine vai ficar bem, eu estou fazendo o certo.

– Deixe Catherine e meus amigos em paz! Darei meu sangue, só deixe-os ir.

– Você e eu, não somos tão diferentes assim. – Ana diz jogando Catherine contra a parede do galpão. O corpo dela bate em um som oco, que me envia calafrios. – Já era tempo de você enxergar nossa semelhança, Jennifer.

Talvez por estar cercada por diversos olhares atentos, eu tento negar, digo que não temos absolutamente nada em comum. Que eu não sei do que Ana está falando. E eu bem que gostaria de não saber. Ana faz um som de “Tsc, tsc” com seus lábios.

– Quando você usa seus poderes isso lhe faz bem, não é? Cada articulação no seu corpo vibra de alegria ao sugar a energia vital dos outros, tolos fracos, que estão em seu caminho. Sim, eu convenci sua antecessora a mudar de lado e sabia que você também não iria me decepcionar. – Ana aproxima-se de mim e sorri. Em sua boca vejo inúmeros dentes afiados, do céu da boca até a garganta e os dentes parecem mais proeminentes a cada palavra que ela fala.

– Você estava apenas enganando-se, fazendo-se acreditar que é uma bruxa ordinária e fraca. Não, não. Você está destinada a ser grandiosa, Jennifer Young. Posso vê-la derrubando New Orleans com apenas um pensamento e depois o mundo inteiro com minha ajuda. – Ana sorri e põe uma mão em meu rosto. Sua mão lentamente arranha a lateral da minha face, derramando gotículas de sangue. Ela inspira profundamente e o demônio por fim toma forma, surgindo por entre seus dentes, forçando suas mãos pela mandíbula aberta de Ana. Todo meu corpo treme e mordo a parte interna das bochechas tentando não gritar, para não deixar ainda mais óbvio meu desespero.

Quando julgo que o demônio está em uma posição adequada, próximo de mim o suficiente, mas distraído pelo meu sangue, seguro a espingarda na altura do coração de Ana e peço mentalmente que ela me perdoe. Antes que tenha a chance de me arrepender, aperto o gatilho.


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Notas finais do capítulo

Ao final da fic, postarei um Spin-off, especialmente dedicado aos leitores que comentarem.
Escreverei o encontro da Fiona com a Cordelia em Ohio, como foi sugerido pela leitora fiel RadioactiveDemons :) e um spin-off sobre a Catherine e a Elena.
O que acham? Tem mais ideias?
Digam o que querem nos comentários! Até o próximo cap!