Protect me with your life escrita por Effy, Lana Alice Stile


Capítulo 10
Capítulo IX - Guess who's back?




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“Andy?” Collins chamava impacientemente do outro lado da linha “Alô??”

“Mona” Andrew sussurrou, deixando cair o telefone de suas mãos dormentes. Ramona apenas abriu um meio sorriso, saía sangue do canto esquerdo de sua boca.

“De todos os carros na cidade você tinha que bater no meu” disse baixinho, seguido de uma tosse.

“Pra compensar sua vinda sem avisos” respondeu com a usual faísca que os dois sempre tiveram.

Andy prontamente tirou o cinto de segurança que apertava Mona e analisou a situação para tirá-la do carro.

“Não consigo mexer meu braço esquerdo” Ela disse, a todo momento olhando para os olhos azuis do mafioso.

“E suas pernas? Dá pra mexer? Não consigo ver por causa do vestido” Disse preocupado, o braço era o de menos, o problema seria se ela não conseguisse usar as pernas pra sair.

“Dói quando eu mexo” disse em num tom choroso

“Dio mio!” Exclamou ao olhar para o relógio, deveria estar indo a procura de Alessia.

“Você tem algum lugar pra ir? Chame uma ambulância e vá” a voz da morena saiu baixa, não queria que ele fosse, queria que esse momento durasse pra sempre, com acidente, machucados e sangramentos, não importava. Ele estava ali.

Andy sabia que não poderia contar à Mona que Alessia raptara Alexander, por mais que quisesse Alessia queimando em chamas, Ramona faria mil vezes pior.

“Meu compromisso pode esperar” disse puxando o canivete suíço de dentro da jaqueta “Sinto muito, querida, mas cortarei seu vestido” Sem esperar aprovação, rapidamente cortou o tecido na metade da coxa, podendo perceber que o sapato de Mona estava preso ao pedal.

“Eu gostava tanto desse vestido” disse baixinho, segurando com a mão direita o tecido que uma vez fez parte de seu vestido longo.

“Prioridades, Mona” respondeu, enquanto debruçava-se sobre a morena para retirar os sapatos e assim tirá-la do carro. Tentou não desconcentrar-se pelo cheiro e textura da pele de Mona. Fazia tanto tempo.

Com tamanha agilidade e destreza o mafioso tirou Ramona de dentro do carro, sendo carregada mais uma vez pelos braços de Andrew, a morena sentiu-se em casa. O loiro sentou a jovem na calçada para dar uma olhada nos ferimentos.

“Tem uma caixa de primeiros socorros no porta malas” Mona tentava, sem obter algum sucesso, manter-se parada, fazia frio e estar nua da coxa pra baixo não estava sendo fácil.

“Aqui, antes que você quebre seus ossos de tanto tremer de frio” retirou sua jaqueta preta e pousou sobre as pernas pouco machucadas de Mona. Buscou a caixa vermelha e fez seu melhor com os arranhões no rosto da morena.

Num som distante o celular que deixara cair no carro tocava impaciente.

“Droga! Collins!” praguejou e correu para buscar o aparelho.

“Finalmente! O que aconteceu? Liguei mil vezes e você não atendeu!” Collins soava impaciente do outro lado da linha “Não importa! Tony me ligou dizendo que hackeou as câmeras de segurança de toda a cidade e descobriu que James está na Itália! Qual é a probabilidade de Alessia estar trabalhando pra ele? Será que Mona está envolvida?” Collins disparava pergunta atrás de pergunta

Calmati!” Andrew respondeu no seu italiano estressado, andando para longe de Ramona “Acho pouco provável Alessia estar trabalhando com James, se eles estivessem juntos, todos nós já estaríamos mortos antes mesmo de descer do carro quando chegamos” manteve o tom baixo, não queria que Mona ouvisse. “Tive um imprevisto no meio do caminho, ligue novamente para Tony e mande ele ficar de olho em James. Mande-o procurar Alessia através das câmeras pela cidade” olhou para trás só para certificar-se de que Ramona ainda estaria do jeito que ele deixou “Te encontro como o combinado, arrivederci”

“Alguma coisa aconteceu? Você parece preocupado. Foi algo com Eve?” Mona disparou “Bozhe Moy!*, foi algo com Alexander? Responde!” o semblante da morena era de extrema preocupação.

“Calma, não foi nada com Eve” essa parte era verdade.

“E Alexander?”

O mafioso olhou para o chão, não queria contar, mas Mona sabia lê-lo como ninguém.

“Andrew” disse em aviso, era melhor ele contar “Não minta pra mim” seus olhos azuis como o céu de uma tarde ensolarada eram como ímã para o loiro, não conseguia desviar o olhar.

“Alessia, minha prima que está morando conosco, aparentemente, sequestrou Thomas quando ela e Eve foram ao shopping” Disse de uma vez, como uma criança que arranca o band aid rapidamente para não doer tanto.

O coração de Mona paralisou. Eve só foi ao shopping por que ela pediu! Se não tivesse voltado à Itália, talvez, Thomas não teria sido raptado.

“Não, não, não, não, não!” as lágrimas agora rolavam por todo o rosto da mafiosa “É tudo minha culpa!”

“Claro que não, Dio mio, Mona nada disso é sua culpa” Andrew tentou amenizar

“Exceto pelo fato de que é minha culpa! Eve só foi ao shopping porque eu pedi! Precisava me encontrar com ela e explicar tudo o que estava acontecendo. Se eu tivesse ficado na Rússia nada disso teria acontecido!” Abaixou a cabeça.

Uma pontada de raiva atingiu Andrew. Apenas pelo fato de que Mona sentia necessidade de explicar tudo a Eve, mas não a ele. Ele se perguntava o porquê.

“Incrível como para Eve você se desdobra em quantas vezes for necessário para deixar tudo às claras, enquanto pro idiota aqui, só resta te rastrear pelas câmeras de segurança” Não conseguiu controlar a raiva, mesmo naquela situação precisava falar. Não por simplesmente começar uma briga, mas porque ele estava cansado desse joguinho de esconde-esconde. Ele a ama mais que tudo, mas sente que precisa de algo mais que apenas amor. Precisa de confiança

“Andy… por favor, não faça isso” implorou “Você não sabe o inferno que eu tenho passado desde o dia em que fugi com Eve” alcançou o rosto do mafioso, o forçando a olhá-la “Todo dia um pedaço de mim morria, mas eu não podia voltar. Não podia arriscar dar James mais oportunidades de vir à Itália”

“E por causa disso você se alia a ele?!” Andy retirou a mão da morena de seu rosto.

Ela, por sua vez, não respondeu. Apenas encarou o chão e reuniu toda sua força para levantar. Não adiantava discutir nada disso agora, ainda mais quando Thomas ainda estava sabe lá Deus onde. Mona poderia continuar remoendo em sua mente sobre como tudo isso era sua culpa, mas fez a rápida e precisa decisão de lidar com uma coisa de cada vez. E imediatamente a urgência era achar Alexander.

“O que você pensa que ta fazendo?” o loiro levantou junto para ampará-la

“No momento, achar meu afilhado” disse determinada, retirou o salto alto e cambaleou até seu carro batido, abriu a porta do passageiro e pegou sua bolsa, sacando duas armas. “Depois, pintar meu escritório com o sangue de Alessia” seu braço esquerdo ainda apitava de dor, não conseguiria se garantir apenas com um braço bom. “Andrew, preciso que você coloque meu ombro no lugar”

“Você sabe o quanto isso dói? Podemos parar no pronto-socorro antes de tudo” disse preocupado, passando a mão nos cabelos

“Não, apenas coloque no lugar.” disse completamente decidida, fechou os olhos e cerrou os punhos. Após o estalo seguido de uma dor aguda pode mexer normalmente o braço.

O carro de Andrew, mesmo batido, ainda servia para alguma coisa. Mona, assim como Collins, achava que James poderia estar envolvido nisso. Mesmo acreditando de todo o coração que o irmão mudara, sabia que em relação à Eve a situação continuava a mesma. Ditou o caminho até o hotel em que James estava hospedado e durante o trajeto Andy a deixava a par da situação. Sem dizerem em voz alta, ambos concordaram que Alexander é a prioridade, lidariam com sua relação conturbada depois.

“Nós o acharemos” Andy disse convicto, pousando sua mão contra o joelho desnudo da mafiosa.

[…]

No momento que James segurou Thomas em seus braços desejou com todas as suas forças que o pequeno menino fosse seu. Ele conseguia ver todos os traços de Eve no bebê. A boca fina, os olhos desafiadores e as bochechas em harmonia com o rosto.

“Oh piccolo Alexander, che non vorrei fare per averti come figlio. Insegnare a sparare e prendersi cura degli affari.”** Dizia com brilho nos olhos “Te fazer grande, assim como eu”

James estava tão encantado pela criança que mal pode perceber que não estava sozinho na saleta no Roxy’s

“Que gracinha” Alessia aplaudia com ironia “Me diga o que eu ganharei em troca do pirralho?” Sentou-se na mesa e lançou um olhar desafiador à James.

“Considere a graça de manter sua vida” Respondeu, colocando o bebê no carrinho em que Tom o trouxera

“Acho que o ruivinho vale muito mais, sem contar que seria realmente uma pena se Andrew e Collins descobrissem que o fedelho está contigo” Disse enquanto analisava suas unhas, demonstrando nada mais que desprezo a James

“Você não sabe com o que está brincando, Alessia” James respondeu com seu tom perigoso. “Você realmente acha que eu me importo com Andrew? Sei das únicas duas coisas que ele quer, minha irmã e me ver sofrer.” respondeu com desgosto “Só mantém o bebê a salvo por comodidade, pois assim seu capacho Collins não vai a lugar algum”

“Você está redondamente enganado, Liev” levantou-se da mesa para intimidar James “Neste exato momento Andrew e Collins estão procurando o fedelho e sabe da novidade? Mona está com eles”

Um arrepio atravessou pelo corpo de James, uma vez que o mesmo achava que a irmã estava comendo em suas mãos. O único erro cometido foi achar que bancar o mocinho fosse fazer Mona menos apaixonada por Andy.

“E essa não é nem a melhor parte” Alessia se deliciava com a remota ideia de estar assustando James “Você vai me proteger e me incluir em seus planos, ou nunca mais verá o fedelho.” ameaçou

“E o que você ganha com isso?” Perguntou por curiosidade

“Collins, é claro!” Respondeu como se fosse obvio. “E destronar Andrew, o moleque nunca levou jeito para o negócio”

“Certeza? Odeio esse idiota com o fundo da minha alma, mas não posso deixar de reconhecer que toda a máfia italiana o teme e obedece. Ele tem esse país nas palmas de suas mãos.” James sentia repulsa ao elogiar Andrew, mas tinha que alertar Alessia. James jamais entra em uma guerra sem saber se pode ganhar.

“Andrew é um bebê chorão. Só está onde está por conta de sua mãe, Amelia preparou o garoto para tudo e deu tudo de mãos beijadas. Para a nossa sorte, Amelia me adora, tenho a total certeza de que ela se aliaria à nós.” Respondeu, erguendo sua mão como se fossem fechar um trato.

Liev ponderou todos os lados, e ele sabia que Alessia jogava para ganhar. Também sabia que Amelia Sack tem o que quer, na hora que quer. Talvez agora fosse a hora de cercar-se de mulheres ambiciosas.

*Meu Deus!
** Ah pequenino Alexander, o que eu não faria para te ter como filho. Te ensinar a atirar e cuidar dos negócios.


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