Harry Potter e a Clóris Perdida escrita por GiMarcolin


Capítulo 5
Sophia Hale


Notas iniciais do capítulo

Não queria que George sofresse por tanto tempo, acho que ele merece um pouco de felicidade, espero que gostem!



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– A reconstrução está muito adiantada, acredito que possamos terminar tudo em tempo para o início das aulas Ministro.

– Isso é maravilhoso! Pode enviar as cartas para informar os alunos que terão que repetir o ano Diretora Minerva, tem a minha aprovação!

– Excelente! Começaremos amanhã mesmo!

– Não esperávamos que tantas pessoas viessem ajudar a reconstruir a escola.

– Vieram pessoas de todos os cantos do mundo Ministro, comovidos com os acontecimentos acredito.

– Bom, eu preciso ir Diretora, se precisar de alguma coisa o Ministério está à disposição.

– Eu agradeço. Até logo Ministro!

– Até logo Minerva!

– Vamos, oque está olhando? Temos muito trabalho ainda Sr. Longbottom!

– Isso é sério? Eu terei que repetir o ano?

– Isso é muito sério Sr. Longbottom!

– Mas não é justo!

– O mundo não é justo e você sabe talvez melhor do que eu, Sr. Longbottom, que o ensino não foi suficiente, vocês não estão preparados para enfrentar os N.I.E.M.s! Precisam de uma preparação descente!

– Mas todos tem que repetir?

– Ninguém é obrigado a vir para a escola, mas como bem conheço a sua avó, ela não abriria mão de que você retornasse e concluísse os estudos!

Neville deu um suspiro, ele sabia que era verdade, sua avó jamais concordaria em ele não retornar a escola, nas mãos ele tinha uma vassoura e varria um dos inúmeros corredores da imensa escola. Mas a sua frente estava George, que tentava recolocar uma porta, estava arrumando as dobradiças para poder encaixá-la. Arrumando alguns estragos na parede, estava uma moça, com longos cabelos escuros e ondulados, com os olhos tão expressivos e um lindo sorriso. Ela era alta, quase tanto quanto George, porém tinha um corpo curvilíneo e atraente.

– Oque eu não entendo é por quê não podemos reconstruir a escola com mágica!

– Não seja tolo Sr. Longbottom, construir é como cozinhar, não se pode fazer comida boa com magia, a não ser que se saiba fazer sem a magia, e é claro, que se saiba quais ingredientes usar! Como podemos construir uma ponte se não soubermos como? É preciso saber construir! Falou a diretora Minerva, enquanto se encaminhava para dentro de uma das salas.

– Ei Neville. Chamou George.

Neville rapidamente se virou para olhar para George.

– Você sabe, eu não preciso voltar para escola! Disse ele aos risos.

– É, você tem sorte! Minha vó, nunca aprovaria que eu não viesse!

Ao olhar na direção de Neville, foi que George reparou na moça próxima dos dois, ela parecia alheia a conversa.

– Quem é ela?

– Ela não fala muito bem a nossa língua. Parece que o nome dela é Sophia. Disse ele aos sussurros.

George olhou e olhou para a moça e ela estava tão concentrada em concertar aquele pedaço de parede que nem notou os olhares dos dois garotos, só quando George derrubou um punhado de pregos e parafusos no chão, fazendo o maior barulho foi que ela olhou para o rapaz.

– Oi, estar tudo bem?

– Sim, está. Você.. Você...

– Não. Eu não ser daqui! Disse a moça com um enorme sorriso.

– Me desculpe, eu não quis ser inconveniente.

– Não tem problema, eu já estar acostumada, não falo muito bem a sua língua.

– Quase não dá pra notar, a não ser por algumas palavras.

– Já faz uma semana que eu estar em Hogwarts, acabar aprendendo um pouco.

– De onde você é?

– Sou do Brasil, mas minha avó mora em Hogsmeade, eu estava na casa dela e resolver ajudar. Eu sou Sophia, Sophia Hale!

– Eu sou George Weasley.

– Já ouvir muito falar de você!

– O que andam falando sobre mim?

– Ouvir falar de sua loja e de sua família.

– Falaram bem, eu espero!

– Oh! Sim, muito bem! E... Eu sentir muito pelo seu irmão... Eu imaginar como você s...

– Não! Você não imagina! Não imagina como é perder o seu irmão, que por um acaso é seu melhor amigo e também o seu sócio!

George dizia em tom meio grosseiro e lágrimas já escorriam pelo seu rosto, ele largou as ferramentas que tinha em mãos e foi deslizando o corpo pela parede como se houvesse perdido as forças e logo estava sentado com a cabeça entre as pernas. Sophia se aproximou rapidamente do rapaz e sentou ao seu lado.

– Me desculpar, eu não queria... eu não querer...

– Não, eu é que peço desculpas, eu fui muito grosseiro com você!

A moça estendeu a mão até que encontrou a mão de George e segurou com carinho.

– Eu realmente sentir muito.

Ele levantou a cabeça e olhou para a moça, mas não soltou de sua mão, apertou a mão retribuindo o carinho e o calor da mão delicada de Sophia parecia acalmar um pouco o rapaz.

– Que tal um café? Você gostaria?

– Acho que seria uma boa hora.

A moça se levantou e George se levantou logo em seguida, os dois seguiram pelo corredor e logo se depararam com um grande quadro, onde se via uma fruteira, Sophia ergueu uma das mãos na altura da pêra e fez cócegas na fruta que se transformou em uma maçaneta.

– Como você sabia que aqui fica a cozinha?

– Eu vir tomar café aqui, com um garoto.

– Você teve um encontro na cozinha de Hogwarts?

– Eu não dizer que era um encontro! Ele só querer ser gentil, me chamando para tomar um café.

Eles passaram pela porta quadro e entraram na cozinha, o número de elfos era pequeno, haviam cerca de meia dúzia deles, os outros provavelmente estariam em outras partes da escola limpando e reconstruindo.

– Bom dia Luci! Você faria a gentileza de nos servir um café?

– Claro Srta. Hale!

Os dois caminharam em direção a uma das quatro grandes mesas do cômodo e se sentaram.

– Parece que a elfa te conhece bem!

– Bom, fui convidada um dia para tomar café, no outro dia para fazer um lanche e ontem para tomar um suco, então acho que ela conhecer eu.

– Então foram encontros! Esses garotos! Convidar uma garota como você para um encontro na cozinha de Hogwarts!

– Não foram encontros! Eles ser gentil, eu não conhecer a escola!

– Eles não ser gentil! Eles querer sair com você!

– Então você achar que isso é um encontro? Por que, não é!

– Você sim, quis ser gentil, eu entendi que não é um encontro.

– Aqui está o café Srta. Hale, também trouxe uns biscoitinhos.

– Muito obrigada Luci!

Os dois ficaram em silêncio, enquanto tomavam seus cafés, George olhava para a moça que desvia de seu olhar, um pouco aborrecida. Ouviram a porta da cozinha se abrir e olharam para a entrada tentando ver quem chegava.

– Oi Sophi, Oi George!

– Oi Dino! Disseram os dois em coro.

– Tentei te encontrar, para lancharmos juntos Sophi, mas vejo que hoje você já arrumou uma companhia.

– Eu chamar o George, ele estar triste.

– Posso me juntar a vocês?

– Claro Dino, sentar aqui.

– E ai, George como está sua irmã?

– Muito bem! Namorando! Com o Potter! Ele disse enfatizando o namorando.

– Harry Potter?

– Sim, Harry Potter!

– Oh! Minha Nossa! A sua irmã namorar Harry Potter? O famoso Harry Potter?

– O próprio!

– Ele é famoso no meu país!

– Não diga! Queria saber se tem algum lugar, em que não conheçam ele! Disse Dino com certo desdém.

– Que tal voltarmos para o trabalho? Afinal, estamos aqui pra isso!

– Sophi, às vezes você fala tão bem a nossa língua, que nem dá pra perceber que não é daqui!

– Obrigada Dino, estar me esforçando!

Os três se levantaram e seguiram até a porta, Dino deixou que a moça passasse primeiro, fazendo careta para George. Enquanto a moça caminhava, um pouco a frente dos dois rapazes, eles faziam uma espécie de mimica, Dino tentava dizer que viu a moça primeiro e George balançava a cabeça, dizendo que não importava. Quando a moça olhava para trás, os dois disfarçavam e sorriam para ela, que olhava desconfiada.

– Ei Sophi! Disse Dino

– Sophia! Disse George

– Oque?

– Você... Falaram os dois juntos.

– Eu?

– Você quer... Novamente os dois falaram juntos e olharam um para o outro.

– Acho melhor um falar de cada vez!

– Oi Sophia! Disse Simas que vinha andando pelo corredor.

– Oi Simas!

–Estava pensando, você gostaria de ir comigo ao Três Vassouras hoje? Depois que terminarmos por aqui.

– Eu adoraria Simas!

O rapaz seguiu caminhando junto aos três, depois de cumprimentar os amigos.

– Te vejo depois então!

– Claro!

Sophia se dirigiu a mesma parede que ela concertava antes de ir a cozinha com George. Mas virou para trás para olhar os dois rapazes.

– Ah! Oque vocês queriam falar meninos?

– Nada. Responderam os dois de braços cruzados.

– Tá bom. Ela riu

Dino entrou em uma das salas enquanto George voltou a trabalhar na mesma porta, Neville ainda varria o corredor.

– Seu amigo sabe que pode varrer usando magia, não sabe?

– Na verdade acho que não! Disse George para Sophia. Os dois riram.

– Ele é legal, é uma boa pessoa.

– Eu acredito.

A moça andou em direção a George e esperou que ele olhasse para ela.

– Olha, quando eu disse que imaginava como você se sentia...

– Desculpa! Eu não quis ser grosseiro com você!

– Posso terminar de falar?

– Tudo bem.

– Eu imagino, por que também perdi meu irmão mais velho, no meu país as coisas também ficaram feias sabe e todos que apoiavam Harry Potter, foram caçados e mortos, nós tínhamos muitos seguidores de Voldemort, você não imagina quantos!

– E... Eu sinto muito! Eu não sabia.

– Tudo bem, mas você não pode ficar pensando, que só você perdeu alguém de sua família, praticamente todos que eu conheço perderam algum parente próximo.

– Honre seu irmão! Fazendo oque ele gostaria que você estivesse fazendo! Não deixe a tristeza te consumir, lembre de todas as coisas boas! É isso que eu faço todos os dias! Completou Sophia.

– Obrigado por me contar sobre seu irmão! E você com certeza está certa, sobre tudo!

– Eu sei que estou!

– Eu gostaria de ter te chamado para sair antes de Simas.

– Simas é meu amigo, só meu amigo George! E eu tenho muitas tardes livres ainda se você quiser me convidar!

– Seria um encontro!

– Poderia ser. Disse ela rindo.

– Então você gostaria de sair comigo? Mas vamos à Madame Puddifoot!

– Eu gostaria sim, achei que não fosse me convidar!

Os dois se encararam e então voltaram a trabalhar, muito mais sorridentes.

– Amanhã Srta. Hale?

– Ok! Sr. Weasley, vejo que está com pressa para sair comigo!

– Estou mesmo!

Entre um afazer e outro os dois se olhavam e trocavam sorrisos, até que no fim da tarde, Simas veio ao encontro da moça, para que fossem ao Três Vassouras. Ela ia andando ao lado do rapaz quando George a chamou.

– Sophia! Ele disse correndo para se aproximar da moça. Ficou em sua frente e conjurou uma linda flor branca, que ele delicadamente colocou sobre a orelha da moça, empurrando seus cabelos para trás.

– Até amanhã.

– Obrigada pela flor, é... é realmente linda! Até amanhã!

George olhava Sophia caminhar pelo corredor, continuou olhando até não ver mais vestígio da moça. Sentiu que seu coração estava aberto para ela, como nunca esteve para nenhuma garota! E sentiu que poderia ser feliz, quando parasse de lamentar a morte do irmão gêmeo, certamente que Fred não gostaria de vê-lo naquela tristeza, pois tristeza não combinava com ele e nunca combinaria. O vazio continuaria ainda por muito tempo e talvez pela vida toda, mas ele devia tentar viver a sua vida, mesmo sabendo que o irmão não estaria mais nela.


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