Super-Heróis? escrita por soyrebelde


Capítulo 28
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

OOI meus amados leitores, capítulo 30 cara (esse era pra ser o final, mas olha acabei me empolgando e vou escrever mais alguns) Obrigado por me acompanharem e aguentarem essa demora, demorei quase 10 dias dessa vez, nesse tempo todo. Tô muito feliz pelo resultado de "Super-Heróis?" e é isso, boa leitura!!!



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AI MEU DEUS! Eu realmente não sei o que fazer, eu tô completamente perdida, mas acho que tenho que ligar pra um advogado. Sim, é isso que eu tenho que fazer. Tudo bem, mas onde eu vou arranjar um advogado? Liguei para o meu pai e ele me passou o número do advogado da família. Ele queria saber o que estava acontecendo, mas eu tava tão apressada que nem expliquei e desliguei na cara dele, tadinho.

Quando cheguei na delegacia fui meio que impedida de falar com meus amigos. Depois de falar muito, e quando eu digo muito é muito mesmo, eu consegui autorização pra falar com apenas uma pessoa. Daniel não estava com uma feição nada boa, estava frustado.

Eu me senti meio culpada, jamais imaginei que pudesse acontecer tudo isso. Ele não se atreveu a falar nenhuma palavra sequer e eu não sabia o que dizer. Como o tempo era pequeno, tive que quebrar o silêncio.

– Eu chamei um advogado, eu sei que não vai ajudar muito, mas eu vou me empenhar em conseguir qualquer prova pra vocês serem soltos.

– Eu falhei Maria Joaquina, você tem ideia do quanto é decepcionante isso?

– Ei, eu tenho muito orgulho de você e não é porque vocês não conseguiram dessa vez que são uns derrotados. Olha tudo o que já fizemos.

– Vencidos pela verbena, eles encontraram nosso ponto fraco, é o fim.

– Verbena? Eu pensei que isso só interferisse em vampiros. Mas pera, vampiros não existem. Se bem que nós somos super-heróis né.

– Eles encheram a cela de verbena e o Paulo armou tudo muito bem, vamos ter que se conformar em ficar na cadeia e cumprir a pena.

– Então é assim? Vai desistir agora é? Ah, me poupe do seu momentinho dramático Daniel. Não é hora de abaixar a cabeça e olha aqui, eu não namoro fracos.

– Eu sempre fui assim Maria Joaquina e se você não namora fracos não tem problema, a gente termina agora mesmo.

– Eu não acredito que estamos discutindo agora.

– E outra, da próxima vez que você vier aqui chame outra pessoa pra conversar.

– Não seja infantil Daniel Zapata, eu te amo caralho.

– Estou te poupando de namorar um fraco.

– Acabou o tempo de vocês. - um policial chegou e levou Daniel de volta pra cela.

Pronto, agora tá tudo melhor ainda. Tudo bem que o Daniel sempre teve seus momentos dramáticos, mas hoje ele extrapolou e ao meu ver eu não falei nada demais pra que ele se ofendesse.

Depois desse longo dia, já havia anoitecido e eu fui pra casa. Quando cheguei meu pai me fez várias pergunta e eu disse que contaria tudo depois. Tomei um banho e desmoronei na cama. Quanta coisa pra pensar. Acabei dormindo depois de tanto pensar e acabar na mesma.

Acordei no lixo, minha aparência estava assustadora. Dei uma ajeitadinha e desci. Meu pai estava tomando seu café da manhã e tive que, enfim, explicar tudo. Mas não exatamente tudo, só o essencial, até porque se eu contasse que iria atrás de provas da inocência deles, ele me proibiria e falaria muito.

Pra faculdade hoje eu não vou, na verdade nem sei se eu vou mais, já que vou virar uma "detetive". Fui para a delegacia, no caminho falando com o advogado que falou em tanta coisa, mas no fim disse que a única coisa que poderia fazer era tentar diminuir os anos de condenação.

Cheguei na delegacia e pedi pra falar com o Cirilo, sim o Cirilo. Ele não é um dos meus melhores amigos, mas ele é o melhor amigo do Daniel e isso é o que importa.

– Oi Maria Joaquina. - ele disse ao me ver.

– Ah, oi Cirilo.

– Eu fiquei sabendo que você e o Daniel terminaram, mas eu achei estranho você querer conversar comigo. Pensei que você fosse falar com a Valéria, já que ela é sua melhor amiga.

– Pois é, mas eu preciso de dois favores e eu sei que você é o que mais pode me ajudar em um deles.

– Pode dizer eu acho sim, afinal somos amigos não é?

– Claro, então Cirilo primeiramente eu quero saber como posso encontrar o endereço de onde aquele segurança está porque depois daquela confusão toda eu nem sei o que fazer.

– Bom, eu acho que o papel onde tá escrito o endereço ainda tá lá na casa, você vai ter que ir lá pra saber. E qual é o outro favor mesmo?

– Então tá. Pois é, eu sei que você e o Daniel são melhores amigos e eu queria que você ajudasse ele, ah não sei, é que ele anda muito desanimado e ele precisa reagir sabe?

– Eu nunca tinha visto ele tão mal assim, ele já guardou muita tristeza sozinho e acho que isso não faz bem a ele. Só você conseguiu fazer com que ele superasse tudo e agora que vocês não estão mais juntos, é outro baque muito forte pra ele.

– Ele é muito cabeça dura, ele não me ouve e nem quer me ouvir, eu não sei o que fazer.

– Ele tá achando que você merece algo melhor, talvez ele não se sinta capaz de ser amado, mas não se preocupe porque o que estiver no meu alcance eu farei pra que ele no mínimo desabafe, quem sabe colocando pra fora ele consegue enxergar melhor as coisas.

– Muita obrigada Cirilo e diz ao pessoal que eu vou fazer tudo que estiver no meu alcance pra que isso acabe logo. - levantei da cadeira onde estava sentada e dei um abraço nele. - Você sempre foi um bom amigo e eu tô contando com você ok?

– Ok, se cuida viu.

– Pode deixar.

– Acabou o tempo. - assim um policial levou o Cirilo de volta pra cela.

Que ideia é essa do Daniel de que não me merece? Que bobo, ai ai. Saí da delegacia e fui em direção a casa velha para achar o tal papel. Quando cheguei, aquilo estava a maior bagunça, furos de tiro, um aué imenso. Procurei o papel por todas as partes e finalmente achei.

Quando saí da casa o táxi que me levou não estava, eu mandei ele esperar, que droga. Será que ele ficou com medo? Esse lugar não é o mais seguro da cidade, pelo contrário. Socorro. Fui andando, morrendo de medo. Eu tava com a impressão de estar sendo seguida, então fiz um teste pra saber.

Para o meu desgosto, sim eu estava sendo seguida e quando percebi já estava correndo e tinha um homem correndo atrás de mim. Consegui me esconder e despistar o tal homem.

Ele parou num lugar em frente de onde eu estava escondida e estremeci na hora. Ele estava falando no celular e eu só consegui ouvir: "Não se preocupar Paulo, eu estou de olho nela..." ele se afastou e eu não consegui ouvir mais nada. Então ele trabalhava pro Paulo, ai que merda eu estou sendo seguida.

Por um impulso, talvez, segui o homem quase sendo descoberta algumas vezes. Ele parou em frente a uma casa e tocou a campainha. Não sei exatamente onde eu estava, era uma parte da cidade que eu quase desconhecia. Não me lembro de ter vindo aqui, só há alguns anos atrás já que as missões eram quase sempre no centro da cidade ou nas fronteiras.

Um rosto familiar abriu a porta e quando eu consegui reconheci fiquei paralisada. O Lucas, o que ele tem haver com esse homem, com o Paulo? Ai meu Deus, será que isso tudo foi mais uma armação do Paulo.

Ele virar meu amigo, eu confiar nele, nossa eu não posso acreditar em tudo isso. O homem não entrou na casa apenas ficou conversando com o Lucas e foi embora, criei coragem e andei até a casa. Toquei a campainha. Ele se espantou ao me ver.

– Maria Joaquina, como você descobriu minha casa?

– Pois é né, eu pensei que você morasse em outra cidade, mas não.

– Eu me mudei faz pouco tempo, é que meu pai conseguiu um novo trabalho aqui.

– Novo trabalho? Como o que? Capanga oficial?

– Eu não estou entendendo nada, na verdade eu nem sei muito bem no que meu pai trabalha.

– Pois eu sei, o seu pai estava me seguindo, ele é um pau mandando de um criminoso chamado Paulo Guerra, o mesmo que deve ter te colocado numa missão pra se tornar amigo da burra aqui não é?

– Como assim? Sério, você não tá falando coisa com coisa.

– Vai me chamar de louca agora? Vou fazer um resuminho só pra refrescar sua memória. O Paulo é um criminoso que eu e alguns amigos estávamos atrás, aí devido a coisas a gente saiu dessa cidade, mas eu voltei, provavelmente o Paulo ficou sabendo e mandou você pra entrar na minha vida e sabe-se lá fazer o que. E ainda por cima mandou seu pai ficar de olho em mim e nos meus passos. Lembrou de alguma coisa agora?

– Que tipo de pessoa você é? Eu ainda não entendi, mas eu juro de verdade que não tenho nada haver com esse Paulo, nem conheço ele. Eu sempre desconfiei dessa profissão do meu pai, ele sempre evitava falar, mas eu não sabia. Acredita em mim Maria Joaquina.

– Quer saber, adeus Lucas, espero nunca mais te ver.

Deixei ele lá sozinho. Ele parecia convincente, mas como eu posso acreditar se o pai dele trabalha pro Paulo? Peguei um táxi e fui pra casa. Depois de tomar um banho e desmoronar na cama, acordei e já eram 23:47. Resolvi mandar uma mensagem pra Irene, eu precisava desabafar com alguém.

Depois de explicar tudo, ela ficou louca da vida. Disse que era o máximo ter uma amiga super-heroína e praticamente pirou, mal sabe ela como é difícil essa vida. Sobre o Lucas ela praticamente defendeu ele.

" Se ele fosse mesmo capanga desse tal Paulo ele teria te contado"

"Pq vc acha isso?"

"Pq ele tá apaixonado por você Majo"


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Notas finais do capítulo

Bom, nem sei o que falar diante desse capítulo. Não sei se perceberam, mas esse foi o capítulo mais longo (tudo pra compensar pela demora). Obrigado pelos comentários dos capítulos anteriores e já estou agradecendo em antecedência pelos comentários desse capítulo. Até o próximo!!!