Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 99
A execução


Notas iniciais do capítulo

Olá. Espero que estejam tendo um bom verão...
Em breve fazemos um ano de Historia, muitas coisas aconteceram, desde as primeiras escola destruídas, lutas contra criaturas, batalhas em casas, convivência, festa, mortes e planos de ação! E tudo começou com uma convocação via radio bem doida, rs. Faz tanto tempo... e isso será lembranças, não tão breve, pois ando com preguiça, mas terá. E já digo que amei pensar em tudo isso, saber o que acharam a cada capitulo e tantas coisas! É estranho pensar que daqui a uns anos, posso, sim, me lembra que passei um ano escrevendo para desconhecidos-conhecidos, interessada no que estavam achando. Faz parte da minha vida agora, e certamente continuo pensando e fazer do Filhos da Lua mais que uma historinha, deu muito trabalho para que eu simplesmente esqueça. Afinal não é uma Fanfic, é algo original... um projeto que só quem esta aqui me ajuda a chegar ao fim. Agradeço de todo o coração e me lembro de cada um! (Exceto uns que nunca mais apareceram desde o primeiro capítulo).
Feliz aniversário de Filhos da Lua! E boa leitura.



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Quando Alies se aproximou segurando o copo, Flecher não suportou o peso na perna ferida e encostou-se a um dos sofás beges.

—O que você quer de nós? —ele perguntou para o Guia. —Para onde levou os outros? —E as questões despertaram a atenção do homem, que se sentou no sofá próximo de Savannah.

—É por isso que o trouxe aqui. Para te explicar algumas coisas.

—E o que eu tenho a ver com isso? Pode me deixar ir? —Savannah voltou a se sentar no sofá e encarou os olhos azuis de Alies que se fixaram nela. —Me deixe voltar para terra firme.

Alies sorriu sustentado o olhar dela, sentindo a persuasão naquela frase e dando mais um gole na bebida, porém ele ficou em silencio, lutando contra a vontade de fazer o que a ruiva lhe pedia, até que disse:

—Você vai se comportar aqui mesmo. —e sorriu para a cara de desapontamento dela, então se virou para Flecher. —Quanto a você, começo dizendo que minha habilidade não serviu para enganar meu próprio sangue, e isso é muito interessante de descobrir. Suspeitou do que via desde que entrou na sala de reunião, não foi? Eu assisti a suas reações. —Flecher assentiu devagar, enquanto o homem deu um gole de sua bebida. —Mas o outro lado dessa experiência é que não notou a minha outra estratégia. Foi uma das primeiras vezes que usei a minha habilidade de forma diferente, com um proposito mais digno. —e sorriu audacioso para o rapaz empalidecido pelos ferimentos. —Jess fez um bom trabalho de me indicar aquela enfermeira, a menina Nia. Injetei um pouco de confiança naquela cabeça e ela lutou contra nós, salvou aquele loiro e se infiltrou no meio de vocês da forma mais convincente possível. Na verdade, ela tinha grandes tendências de ficar do lado de vocês desde sempre, o que deu trabalho para controlar nas primeiras semanas... Sabe daqui á terra é uma distancia muito grande para controlar a imaginação-realista das pessoas, mas consegui faze-la configurar aqueles computadores e mandar as informações, o que me custou uns bons dias de repouso. Mas a melhor parte era que vocês nem iam saber, porque na cabeça dela suas ações foram parte de um sonho noturno que foi logo esquecido de manhã. Então só tive que esperar que vocês dessem um jeito de vir, voltei a assumir o controle dela na hora certa e pronto! Os meus problemas de jovens revoltados é resolvido.

—Por isso que Cadius não encontrou nada na mente, não estava na memoria dela, pois ela não sabia disso. —Flecher falou. —Você ...

—Sim, sim. A controlei em alguns momentos. Foi o que disse, não precisa me repetir. —Tomou mais um gole da bebida relaxado. —O resto foi de mérito de vocês.

—Sabia que tínhamos que ficar com um olho naquela garota! Nunca foi de confiança, Flecher! —Savannah olhou para ele. —Eu até tentei convencer a Destiny a contar que ela incomodava demais na sala de vigia, mas sabe que ela não é do tipo que quer acreditar em mim. Ouviu Destiny! Eu estava certa o tempo todo!

Alies estranhou a ruiva se direcionado a si mesma, mas sorria por gostar daquele jeito e da voz desinibida dela.

—Você... —Flecher sentiu o corpo em péssimo estado e a cabeça deu uma pontada. —Você controla esse lugar, então? Se os outros quatro não são reais.

O homem concordou, levantando as duas sobrancelhas, bem convencido do fato, e enquanto virava o ultimo gole para a garganta.

—Levei a vida inteira para criar cada humano que foi ocupar um dos cinco lugares. Antes eram todos um bando de inúteis, sempre discutindo o mesmo assunto... Depois, com os minhas criações no lugar, manter tudo isso é divertido, por que ninguém sabe. Ainda acham que tudo é decidido por cinco pessoas diferentes — Alies riu girando o fundo do copo vazio. —Eu posso controlar cada parte desse lugar da forma que bem quero. —Alies encarou Flecher por um instante, e então disse mais sério: —Bem, até que empecilhos como você surjam. Vocês me divertiram esse ano, mas agora acabou. Amanhã de manhã serão apresentados á população, que está bem curiosa para saber dos desordeiros que invadiram a nave e tentaram fazer uma chacina... E não pense que esse pessoal que mora aqui vai achar que eu, ou “nós” deixamos a guarda fraca. Eles confiam em nós, e, sinceramente, não levamos mais que algumas horas para pegar cada um de vocês. —O Guia se levantou para buscar uma nova bebida. —Ah, e devo dizer obrigado. A invasão de vocês só ajudou a manter e aumentar a crença do meu povo de que os moradores da terra só querem nos derrubar e não são dignos de confiança ou compaixão alguma.

Assim que Alies terminou de falar soldados entraram e avançaram para arrastar Flecher.

—Levem-no para junto dos outros. Acho que não preciso mais dele.

—E a Savannah? —Flecher perguntou preocupado.

Alies sorriu e a olhou.

—Ela não está no meio de vocês... Sabe, gosto de coisas exóticas, Flecher, e culpo o meu DNA pelas ruivas serem minha obsessão, conheço todos que estão na nave. Vai ser interessante saber mais desta aqui; que parece ter uns segredinhos bem interessantes. —e Alies sorriu torto enquanto Flecher foi arrastado para fora sem forças para escapar.

No trajeto até os outros Flecher perdeu a consciência, pois a dor, o sangramento e o ferimento rasgando mais a cada passo, foi insuportável para seu corpo.

Acordou com um susto, procurando por ar enquanto se sentava bruscamente no banco em que estava. Então olhou em volta aturdido, no salão de paredes cinza e branco havia vários soldados o vigiando e no mesmo banco frio e de metal, ao seu lado esquerdo estava Téo, também com uma algema grossa no pulso. O rapaz de cabelos prata tinha hematomas e cortes no rosto com um filete de sangue escorrendo de um ferimento na sobrancelha e de um corte na boca.

— Flecher, você esta bem? —Philipe estava no mesmo banco que eles, do lado de Téo, e arcou para vê-lo quase escorregando do assento. O menino estava em melhores condições que eles, apesar das roupas sujas de pó e uma marca roxa na testa de quando desmaiou ao ser capturado com gás.

O moreno assentiu ainda confuso, e uma voz se expressou do outro lado do banco.

—É claro que ele não esta. Está muito pálido e chegou desacordado, Philipe. —Marlene disse ao lado de Yan na outra ponta do banco, todos com as pesadas algemas os mantendo dominados.

—Devia ter contido esses sangramentos antes, Flecher. —Yan disse calmo, o olhando preocupado. —A maioria dos seus ferimentos coagulou um pouco, mas esse da sua perna é continuo e suficiente para em pouco tempo não restar muito sangue em você.

O moreno o ouviu, mas não disse nada. Voltou a observar o ambiente, encontrando uma coleção de macas a frente deles. Em uma delas Charlie estava desacordado e recebendo tratamento para seus ferimentos - diferente dele-; Cadius, Aaron, Beatrice e Brian também estavam inconscientes, mas não recebiam tanta atenção.

–—Eles sabem do que eles são capazes, por isso deram sonífero, assim ninguém pode tentar usar as habilidades. E estão recolhendo todas as informações que querem antes de nos eliminar na frente de todo mundo. —Téo disse mansamente, recebendo o olhar de Flecher, e eles foram distraídos por uma frase ansiosa:

—Dá um espaço aí! —Taz se sentou entre eles, onde á pouco Flecher estava deitado, e se virou para analisar o rosto do moreno, então subitamente jogou a algema para trás do pescoço dele e o abraçou o apertando, contendo que o alivio de vê-lo novamente fluísse para fora. Ele não teve como retribuir e não a interrompeu.

Depois que ela se afastou Flecher sorriu e forçou o pensamento a voltar ao que estava acontecendo. Perguntou á Téo se estavam todos ali. O rapaz respondeu logo que Destiny, Lucas e Clark não estavam e indicou onde estava cada um dos outros: Dukan, que mantia os olhos fechados, mas estava atento a movimentação, pois abriu os olhos quando percebeu que Flecher e Téo o olhavam e cochichavam, estava sentado na maca vizinha a de Beatrice, tinha um corte no rosto, que surgia no queixo e ia á maça, e marcas de tiro no braço, porém os dois ferimentos estavam se curando. O ex-soldado também apontou para Diana, sentada no chão próximo de Yan, pensando na irmã, que a esperava voltar, e olhando de longe os que os homens de branco e seus ajudantes estavam fazendo com os outros.

—Como você conseguiu ficar assim? —Taz perguntou vendo o soldado limpar o sangue que escorrida dos ferimentos para o queixo.

—O comandante deles teve uma conversa particular com ele. —Philipe intrometeu-se, arcando novamente para vê-los, e dizia com uma estranha tranquilidade. —Foi aqui mesmo. Parecia até que era o pai dele dando uma lição de moral. Mas a pior parte foi quando ele deixou os outros soldados o punirem, o chamaram de traidor e-

—Nossa Philipe, você não se esqueceu de nenhum detalhe. —Téo o interrompeu irônico.

—Acha isso? —o menor sorriu inocente e lisonjeado. —Queria experimentar um pudim. Soube que tem um de cereja que tem um sabor diferente de todos que conheço. Mas não sei se pode ser vermelho ou...

Antes que ele pudesse continuar recebendo atenção de Téo, vários soldados entraram na sala, estavam com o uniforme completo e bem munidos de pistola e outras armas de calibre maior. Flecher se questionou quanto tempo ficou desacordado quando ouviu de um dos soldados, que estava os forçando a se levarem do banco, dizer que “estava na hora”.

Diana reclamou quando foi levantada, havia descoberto que tinha torcido o pé em algum momento e doeu, mas o soldado não ligou; apenas Yan a ajudou dando um apoio. Marlene junto com Taz ajudaram Flecher, pois logo perceberam que ele não tinha tanta força como pensou que tinha. Os soldados fizeram sinais para eles o acompanharem. Dukan foi o mais complicado para tirar do lugar, não queria se afastar de Beatrice, mas quando os ajudantes de branco chegaram injetando a solução e os combatentes desacordados despertavam bem zonzos, ele deixou de resistir vendo que Beatrice estava acordando, porém ela ainda não se movia normalmente quando a retiraram da maca e a arrastaram para a saída junto com os outros.

—P-para onde...? Para onde estão no levando? —Brian falou tropeçando para cima de um dos guardas, enquanto seguia o grupo completamente grogue, com uma vaga consciência de onde estava e o que estava fazendo.

Téo se pôs a explicar para os que estavam por perto e não compreendiam.

—Nesse tempo em que ficamos presos naquela sala, fomos divulgados para toda a colônia como os terroristas. Os cruéis da terra que queriam matar todos, derrubando a nave. Eles com certeza construíram nosso papel muito bem, pois nos adjetivaram com tudo que as pessoas daqui não gostam... E, pode ter certeza, os habitantes acreditaram.

—Mas, para onde estamos indo agora? —Diana perguntou ainda mancando.

—Vamos ser apresentados na praça central. Jess ira incentivar mais um pouco a inimizade das pessoas contra nós com um discurso nauseante, nos verão como o pior tipo de pessoa que existe e depois não deixarão que argumentemos ou que fiquemos vivos por muito tempo.

—Eles vão nos matar? —Taz perguntou pasma e o rapaz assentiu. —Na frente de todos? —e ele concordou novamente friamente.

Quando Taz ia dizer mais alguma coisa, Flecher caiu para frente, Téo o segurou pelo colete, com dificuldade pelas mãos presas, mas evitou uma queda pior, e então o ajudou a ficar de pé novamente sendo observados pelos soldados que não deram atenção.

O grupo saiu do elevador principal, próximo da praça, e foram encaminhados para a estrutura de palco sendo escoltados pelos soldados. Como Téo havia explicado, Jess, o comandante da força militar da nave, estava discursando coisas e parou para permitir que os treze combatentes capturados se posicionassem diante da plateia que lotava a praça até onde pudesse ser visto, e pelas expressões mostravam a intensidade com que os odiavam, mesmo sem conhecer as historias por trás do que ouviram ou as verdadeiras intenções do grupo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado e esteja ansioso pelo próximo.
E assim, se tiverem afim de marcar esse aniversario... Se encontrarem desenhos, imagens de ficção, trailers do you-tube, qualquer coisa que achem que combine, e possam me mostrar que eu possa guardar com o um presente ou lembrança... Isso seria interessante. Agora, se eu não tiver resposta, não tem problema.

No próximo teremos o capítulo 100°, as coisas guiam-se para o fim! Fuga ou morte, ainda não revelo.
Até o próximo. Obrigada por ler todos esses capitulo! Comente!



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