Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 92
Agitação - Entre uniões e separações.


Notas iniciais do capítulo

Já é dezembro. U.u e como meta tenho que terminar essa historia. Mas ai surge os probleminhas: quero postar logo, mas temo não ter retorno, ou então vou fazer pessoas acumular capítulos para ler e ela poderão surgir nos mais recente... são coisas assim que me rodam. Mas,pelas galácticas! Sigo o meu coração aqui, e ele comunica que prosseguirei. Porque? Porque eu amo essa historia, e é um amor estranho que me deixa agitada e feliz de poder contar tudo o que vai acontecer com eles.
~~
—Boa leitura.



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Algumas horas se passaram enquanto os combatentes se preparavam, verificando uma ultima vez suas armas e os kits compostos de ferramentas para armadilhas, munição, bombas de diferentes efeitos, armas de choque entre outras coisas úteis.

Flecher despertou de seu descanso subitamente, perturbado pela ação que viria. Após se preparar com roupas escuras, como todos os outros iam se vestir, resolveu que ia falar com o avô uma ultima vez antes de partir.

Leno entendia a motivação do menino que veio avisa-lhe que chegou a hora do tudo ou nada e pensou que se tivesse a juventude e energia dele faria mais para ajuda-lo, mas seus dias podiam estar contados. Após o rapaz se despedir como se fosse a ultima vez que se veriam e seguir em direção à porta, Leno soltou um riso sarcástico, fazendo Flecher parar diante da porta e olha-lo sem entender a graça. Vendo a expressão do neto ele tratou de se explicar, com a voz rouca e ar sonhador:

–Sempre me perturbou o pensamento de ser o ultimo da família. E agora, depois que ter um filho e um neto, meu neto será Esse Ultimo de toda minha grande família. -e o Leno sorriu levantando as sobrancelhas, ainda sentado em sua cadeira na frente de uma lareira acesa.

Flecher suspirou, encarando o senhor que deixava seu olhar perdido nas chamas diante dele.

–Obrigado vovô, pode me dar outra coisa boba para ficar pensando quando estiver sem saída naquela nave. –comentou ele, sarcástico.

Mas quando Flecher saiu para os corredores, os pensamentos do avô se tornaram o dele. Ele seria o ultimo de toda a linhagem da família e aquilo o perturbou, pois não havia pensado nisso antes. Então o metal preso em um corrente em seu pescoço se tornou notável. Lutava contra a nave por sua família e ao mesmo tempo estava tão determinado ao ponto de arriscar acaba-la de vez para atingir seu objetivo. Pensativo o moreno puxou o anel de sob a blusa e o encarou, a pedra verde brilhando e recordando há quem um dia pertenceu em sua existência quase infinita de objeto. Alguns pensamentos pensamento se acertaram e Flecher seguiu pela mansão determinado.

Subitamente, enquanto caminhava pelos corredores procurando encontrar uma pessoa, Flecher trombou quase violentamente com alguém que meio que corria ou andava rápido. A garota logo lhe deu um empurrão para afasta-lo e falando para ele olhar para onde andava antes que alguém com uma arma o fizesse sair. O moreno sorriu levemente quando a menina o notou ao olhar levemente para cima.

Taz, vestida com um casaco preto e uma calça larga escura segurada por um cinto largo, fez uma careta embaraçada e falou:

–Ahg...Você tem que dar um jeito de controlar esses meninos. -Flecher não a entendeu. - Eu estava de boa, indo atrás de você, quando viro em um corredor e vejo aquele dois muito próximos, entende? Eu não pensei que aquele menino, o cobaia, fosse... hãm, que tinha esse gosto. Ele parecia bem normal... diferente do Philipe.

Flecher continuou olhando a menina levemente corada e confusa em sua frente e perguntou:

–Taz, onde eles estão?

Estranhando-o, a garota indicou uma direção do corredor de onde veio. Então ele segurou o pulso dela e a puxou para o outro lado, sem dar explicações do que ia fazer.

–O que foi? -perguntou ela depois que entraram em um dos quartos desocupados, com os moveis cobertos por tecidos brancos e empoeirado. Taz não entendia as razões dele estava enrolando para partir.

Flecher parou diante dela e encarou seus olhos castanhos por alguns segundos, deixando-a mais tensa pelo que ele iria falar. Então ele desviou o olhar para o quarto, e logo se sentiu bobo por fazer isso; Afinal há tempos não tinha medo de olha-la diretamente. A curiosidade de Taz aumentou, mas antes que falasse outra coisa ele começou a procurar algo nos bolsos do colete grosso e negro que usava e nos bolsos. Logo Flecher olhou para ela com uma expressão muito séria:

–Preciso que você se esqueça de uma coisa, Taz.

Ela não entendeu e estranhou ainda mais.

–Esquecer o quê? –e Flecher pegou a mão dela. -Eu tenho boa memo...

Taz não terminou de falar ao sentir o objeto que tocou sua mão, mas ele manteve sua mão fechada entre as dele.

–Não é isso. –Flecher respondeu sendo encardo por ela, ainda em duvida em olhar a mão ou ele.

Flecher suspirou numa tentativa de diminuir reboliço dentro de si e controla-se. Taz sentiu as mãos dele tremerem levemente sobre a dela, pelo conhecia dele, sabia que não era pelo medo da batalha que viria e nem por estarem perto de dar um golpe final no Estado, e se questionou se Flecher estava assim pelo que estava fazendo.

–Prometa-me que ira esquecer esse momento. -ele continuou em um tom de voz calmo. -Só diga sim. –e olhou-a com tanta intensidade que a pequena ficou imóvel.

Entretanto, Taz não tinha total certeza de qual objeto era aquele, e se fosse aquilo que imaginou não queria quebrar outra promessa com Flecher. Ela tentou puxar a mão, mas ele não deixou. A voz dela entalou na garganta e, sem conseguir responder, ela concordou com a cabeça. Então Flecher soltou-a e sorriu vendo–a curiosa e perplexa. Um sorriso tão diferente que Taz se esqueceu da curiosidade de ver o objeto. Ele também a analisava fixamente, até que deixou de sorriu e se aproximou devagar, ainda suspeitando que as reações de Taz pudessem ser imprevisíveis, e beijou-a hesitante. Porém ela não agiu de forma diferente a de outra garota, logo estava participando da ação que ansiava há um tempo, mas não acreditava que o garoto, com encanto por ruivas, pudesse abandonar sua obsessão de acabar com o Estado e o seu próprio pacto de não criar laços, para expor algum interesse nela. E mais uma vez ele a fez prometer algo que ela não iria cumprir; mesmo pensando nisso, Taz não estragou o momento que iria deixar bem gravado na memoria.

O relógio de Flecher apitou e alguém o chamou, ele se afastou admirando o rosto da menina que também estava corada e um sorriso surgiu, mas logo foi sumindo enquanto a realidade tensa do que estava para acontecer voltava para seus pensamentos. Flecher saiu do cômodo respondendo ao comunicador no corredor. Taz ficou ali mesmo, relembrando o que acabou de acontecer e aproveitando a sensação que ficou, então se lembrou do que tinha em sua mão. Lentamente trouxe a mão mais perto do rosto e abriu os dedos bem fixos sobre o objeto, com um sorriso fino viu ao anel junto com a corrente que Flecher sempre usará. O objeto que o lembrava das mulheres que estiveram em sua vida.

Alguns segundos depois, Flecher abriu a porta do quarto, apareceu no vão, e, tentando manter-se sério diante da garota, disse:

–Taz, vamos. Temos um problema lá em baixo.

O par seguiu a passos rápidos pelos corredores. Quando viraram no corredor depois de onde se encontraram, passaram pela dupla: Charlie e Philipe, e Flecher manteve o passo chamando-os para seguirem para a nave se iam mesmo lutar contra o Estado.

[Retorno no tempo: Poucos minutos antes de Flecher saber de uma confusão no subsolo.]

Dukan terminava de ajudar os outros a arrumarem um lugar para suas coisas e ajustar alguns aparelhos e armas reservas no compartimento de carga do Totem, quando Yan começou a chamar todo mundo, os reunindo em um quase circulo com Clark o centro prestando atenção no que o dono ia fazer. Curioso Kan também foi até ele.

Yan estava acompanhado de Marlene e Téo, todos carregando um punhado de retângulos grosso e costurados no braço. O ex-soldado percebeu Dukan, mais próximo do que nunca nos últimos dias, e tentou não chamar atenção ficando na dele. Porém Kan também o notou, principalmente pelos cabelos claros e cinzas em meio aos outros, um estranho que ele raramente viu. Yan começou a explicar o que eles traziam: coletes especiais; Durante todo aquele tempo os três trabalharam para criar algo que imitava a composição do uniforme de um soldado, baseado no de Téo, e a proteção ajudaria a bloquear parte do efeito dos tiros elétricos que os atingisse e também de espinhos ou laminas que o inimigo pudesse usar.

De repente Dukan olhou em volta. Seguindo a ordem de Flecher, ele e Nia vestiam-se com as roupas que pegaram no Estado (ele de soldado e ela de assistente), e os outros vestiam roupas escuras para não chamar tanta atenção. Mas a de Vinte o lembrou da dele; e ele estranhou o rapaz ter a roupa de soldado. A seguir caminhou na direção do ex-soldado, que distribuía os coletes que carregava e tinha parado para conversar com Destiny se ela estava bem.

–Como conseguiu essa roupa? -Kan perguntou direto, e seu tom de voz sério e cismado alertou os outros para a cena.

Vinte o encarou, depois olhou os combatentes em volta, ao fundo encontrou Beatrice com um sorriso no canto da boca, e não o respondeu. Desviou-se do rapaz alguns centímetros mais altos e seguiu entregando o outro colete para Lucas, o mais próximo. Nesse momento Yan contatou Flecher pelo comunicador prevendo aonde aquilo podia chegar.

–Quem é você? -Dukan insistiu em criar um dialogo, acompanhando-o com o olhar, mas acabou se irritando mais por ser tratado daquele jeito.

–Seu nome é Pathéo Atom. -Yan respondeu muito hesitante e medindo o que ia dizer.

–O soldado desertor e mestiço de uma cobaia... -Nia sussurrou pasma, como um pensamento que sem querer escapou.

Dukan e Vinte a olharam. Então o loiro encarou o ex-soldado, ele tinha parado e olhava irritado para a menina. A mente de Kan despertou como um estalo.

–Como chegou aqui?- perguntou serio, mas não alterado, dando alguns passos até Téo.

Vinte permaneceu calado encarando-o se aproximar.

–É uma historia longa. -disse.

–E bem, mais bem, complicada. -completou Bea, assistindo a cena e admirando a expressão imobilidade de Téo.

–Como assim? -Dukan estranhou mais ainda tudo, com o que ela disse.

A situação não ia sair daquilo até que fosse resolvida, e Bea não gostou de Vinte estar ignorando e perturbando Kan sem o responder. Então amorena suspirou, tomando um folego:

–Ele surgiu no mesmo ataque em que você foi capturado. Eu tentei te vingar lá mesmo descarregando um dos meus melhores choques nele, depois que ele te acertou e te mandou para o Estado, mas ele resistiu de alguma forma e foi trazido como prisioneiro pelos outros.

–Você disse... -e Dukan apontou pata si -me acerta e me mandar?- Beatrice assentiu.

–AARON! -Cadius tentou avisar o único garoto que podia impedir o que ia acontecer, mas já era tarde.

Dukan acertou Vinte desprevenido. O soco pesado do outro o jogou para o lado e ele caiu se apoiando com joelhos no chão, com o maxilar doendo como nunca tinha sentido antes e com sangue escorrendo de um corte novo na boca. Logo a seguir, consciente de que merecia o primeiro golpe, o ex-soldado tentou se afastar, pois sabia que Kan só tinha começado, porém não estava rápido o suficiente para desviar do chute que o atingiu nas costelas. Mal tinha conseguido recuperar os sentidos do soco e agora estava deitado sem ar. Ele cuspiu um pouco de sangue, ainda buscando ar, e olhou Dukan avançar exasperado e gritando alguns fatos que ele viveu na nave por causa dele, mas Téo não prestava tanta atenção pelas novas dores que sentia. Finalmente um escudo surgiu entre eles, não eram oponentes tão justos, apesar de Vinte ter uma boa forma, Dukan ainda podia ganhar a briga. Então o loiro se virou para Aaron logo atrás dele e falou para ele não se meter naquilo. Antes que Kan resolvesse fazer Aaron para de algum jeito, Flecher apareceu falando para Dukan parar e contando o processo de Téo para mudar para o lado deles e em tudo que ter o soldado do Estado como aliado os ajudou a estar mais bem preparado para combatê-los. Não completamente convencido, Dukan encarou o soldado caído com a ruiva ao lado preocupado com seu estado.

–Você não devia confiar nele. -Dukan disse quando Flecher se aproximou dele.

Notando o olhar rancoroso do loiro contra o ex-soldado, o moreno cochichou apenas para Dukan:

–Também não sou fã e nem confio completamente em Vinte. Sendo assim, você podia acertar as contas com ele durante a batalha ou no final dela se quiser, mas no momento esse ex-soldado será útil para guiar-nos dentro do Estado.

Flecher pretendia usar Nia e o Vinte como guias, mas mesmo que Cadius tivesse verificado as memorias de cada um e dito que não havia nada de que suspeitar, sua desconfiança permaneceria.

Na sala de controle do Totem, Fleche tocou o painel diante da cadeira do piloto e verificou todo o sistema de dados instalados, arrumando algumas falhas dos códigos da nave e do sistema. Assim que teve certeza de estar tudo certo para que a nave deles fosse aceita como a outra nave raptada, ele permitiu que decolassem.


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Notas finais do capítulo

Oi. Seguinte dei vida a outra historia, que está no segundo capitulo e as vagas foram preenchidas, mas convido aqueles que tiverem atras de um historia para acompanhar desde o começo! :D
Essa é a sinopse:
"Um mundo selvagem sem regras, feito de perigos e criaturas assassinas, e uma única colônia de humanos sobrevivente. Porém uma colônia que vive no seu limite de habitantes para ser capaz de sustentar e continuar a existir. E a única saída encontrada para garantir um equilíbrio é banir o excesso.

Mas quem serão esses "Excessos" que serão mandados para tentarem sobreviver fora da proteção da colônia e enfrentar os perigos que nunca viram de perto? Será que alguém é capaz de sobreviver a esse destino marcado e difícil? E, afinal, que perigos temíveis e terríveis há fora da colônia?"
link: http://fanfiction.com.br/historia/569710/Sobreviva_ao_seu_Destino_-_Interativa/

Não precisam se preocupar, eu acho que penso melhor quando tenho que escrever suas historias ao mesmo tempo.
*****
Nesse capitulo vimos Leno uma ultima vez ante de partir, e, sim, Flecher finalmente assumiu alguma coisa, apesar de não deixar claro tudo. Achei que Philipe estava sozinho, depois do Fineu que o colocou para baixo, alguém que o entende e não conhece os preconceitos mundanos se tornou util. E finalmente Dukan descobriu sobre o ex-soldado, o mesmo que o empalou com uma lança, mesmo se controlando acho que essa conta ainda fica um pouco pendente...

No próximo capitulo: Uou! A viagem até a nave acontece e ,mais tenso, eles conhecem o hangar do Estado.
Obrigada por ler, comentem. bjs.



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