Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 76
Apenas uma lembrança.


Notas iniciais do capítulo

Hey, com vai?
Tão ouvindo isso? Ah sim, é o som de esperança, sonho, vida e inspiração. Hahah! Então, inspirada por muitas coisas, como musica, um certo grupo de teatro, mangá, filmes, sonhos e pessoas, consegui deixar esse cap aceitável. Sim, essa historia (que é o meu amor desse ano, meu filho querido do qual quis dedicar toda criatividade para criar minha 1º obra [mesmo que Sangue Monstro me ocupe ao mesmo tempo]) estava em decadência... Tudo parecia difícil, um deserto seco e vazio que não me deixava pensar direito, mas o sonho não pode morrer por dias nublados! E acho que um céu azul clareou sobre minha cabeça. A tímida medrosa aqui, esta com determinação renovada, e pensando nos fatos seguintes á este capitulo. Por que o final esta mais próximo do que quando começamos! E por isso seguimos em frente, porque avançamos ao ponto de que desistir, ou desanimar, seria um erro grave. Chega de enrolação, ou momento de inspiração, por aqui.
Anteriormente: Dukan resolveu levar a cobaia 177, com ele para terra. Depois descobriu que Jess não o tinha deixado sozinho quando ele se tornou um recruta do exercito da nave. Agora Kan, Nia Revier e 177, estão indo para o hangar de nave, logo acima do laboratório de cobaias.
Fiquem a agora com esse mega capitulo, para ler no final dessa noite ou no domingo. (Aliás: feliz domingo!)
—E boa leitura!



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O elevador de dentro da nave Estado chegou ao seu limite e as portas muito bem escondidas atrás de Dukan, Nia e 177 se abriram revelando um caminho único, uma passarela larga de metal seguia na frente deles por quinze metros e sem nenhuma proteção nas laterais. O vento que passava por ali era mal humorado, zumbindo sobre eles de todas as direções, e logo 177 perdeu seu chapéu quando os três começaram a caminhar. O objeto voou para sobre a passarela e saltou para a distante colônia os milhares de metros abaixo. Ali era um vão de oxigenação da parte interna, onde o ar filtrado e tratado era jogado abaixo por poderosos ventiladores acima, assim era mantida a atmosfera na colônia. Um mecanismo desconfortável para quem viesse ao hangar das naves, e onde só passava aqueles que não tinham medo de altura e eram corajosos.

Nia seguia na frente do grupo, em direção ao arco do outro lado da passarela, onde começava a estrutura do hangar. Mas, pouco antes de chegarem à passagem, ela parou e abriu sua maleta para pegar uma prancheta especial, sentindo o nervosismo da certeza de estar contra toda a nave naquele momento.

–Os guardas estarão ali na frente - Nia indicou além da passagem. - Eu falo com eles. Mas vocês têm que manter a postura do que são. Principalmente você, Dukan. Eles estarão de olho, mas não vão fazer perguntas se não tiverem do que suspeitar.

Assim que chegaram ao hall de entrada do hangar localizaram três guardas-soldados relaxados atrás de uma bancada com computadores e equipamentos. Os três logo se arrumaram no lugar ao encararem Dukan sério e parado logo atrás de Nia. A garota chamou a atenção deles pra ela ao bater a prancheta no balcão e sem falar muito entregou para o guarda próximo. O homem analisou rapidamente as informações do objeto e depois foi confirma-las consultando uma das telas próxima.

–Estamos com pressa. A missão já esta atrasada. – disse Revier séria para o soldado, e para ajudar Dukan havia se movido impacientemente por aquilo estar demorando.

A seguir o guarda rabiscou algo na prancheta, copiando da tela do balcão, e devolveu para Nia. Assim que ele soltou o objeto uma sirene grossa ecoou vinda da passarela. Um bip e o segundo guarda atrás do balcão atendeu um comunicador no ouvido. E o terceiro, confuso do que estaria acontecendo, observou Nia se afastar para dentro do hangar com Dukan e 177 seguindo-a.

–Não os deixe ir! - gritou o segundo guarda para os outros e logo as armas deles apontaram para os três. –Parem!

Eles começaram a correr e os três soldados começaram a atirar. Dukan puxou a pistola e retribuiu alguns disparos de energia, fazendo os três buscarem abrigo atrás do balcão. Pouco depois o elevador do outro lado da passarela se abriu e um grupo de soldados armados saiu e começaram a correr na direção deles, se aproximando muito rapidamente. O novo grupo de soldados tinha uma boa mira dos três que corriam no corredor vazio e bem iluminado, mas não atiraram antes de um oficial gritar a ordem para que os fugitivos ficassem parados. Como eles ignoraram a ordem os tiros começaram a ser disparados.

A volta dos três as paredes de ferro ricocheteavam brevemente os globos elétricos mais grossos e absorviam os disparos menores enquanto lançavam faíscas sobre eles, que corriam separados numa complicada, e aparentemente impossível, tentativa de não serem atingidos. Porem eles não ficaram sendo alvos por muito tempo, logo estavam dentro do Hangar das aeronaves, que era um lugar espaçoso de teto extremamente alto da cor laranja-vibrante e com grandes pinturas nas extensas paredes das cores vermelha cintilante e verde fosco.

Os três adentraram ao lugar parecendo pequenas formigas em uma caixa de sapato. E a seguir Nia virou para a esquerda, sabendo onde estava indo, e começaram a correr por trás das aeronaves que Dukan conhecia como Totem. O lugar estava vazio e por mais que corriam, ouvindo o som dos tiros e dos passos ecoarem, parecia que não iam chegar à nave que Nia tinha o código para ativar.

Os primeiros soldados que apareceram na passagem os procuraram, sem saber onde eles estavam, já que os três estavam andando em meio aos carros de manutenção, estantes de ferramentas e caçambas de peças que ficavam sob as naves. O comandante do grupo chegou e foi inteligente indicando a nave que a garota ia liberar. Só depois os soldados seguiram com mais facilidade mirando as armas e os procurando.

Os três passaram a andar mais devagar, sempre se escondendo, até que quando 177 passou por um vão entre a caçamba de peças em que estava para o carro de manutenção onde Dukan o esperava, um tiro passou perto de sua cabeça e mais tiros o seguiram. Kan e 177 se protegeram atrás do carro, mas Nia, que seguia á frente, continuou sem ser notada, até chegar á um painel com um cabo grosso ligado ao Totem logo acima.

O oficial gritou para os três que parassem de fugir, achando que o trio estavam escondidos ali, e que se entregassem. Mas em resposta Dukan entregou um par de armas para 177 e puxou as pistolas, então aproveitou a pausa de tiros para revidar. O garoto ao lado de Dukan tentou ajudar, mas ele não sabia mirar ou atirar muito bem, e no primeiro disparo a arma quase escapou de sua mão (um risco a mais para Dukan). A revanche de tiros derrubou pelo menos meia dúzia de soldados e fez os outros se esconderem atrás dos apoiadores das aeronaves, ou onde podia.

Nia Revier sabia assobiar, e foi assim que chamou a atenção de 177 pra que os dois fosse se juntar a ela, pois a Nave estava liberada e a passagem na ‘barriga’ do Totem se abriu liberando uma rampa, e a garota subiu correndo, pois foi notada e os soldados tentaram impedi-la com tiros.

Os garotos não conseguiriam correr pela distancia até a rampa que Nia subiu, seria alvos muito mais fáceis. Mas, enquanto Dukan mirava e tentava diminuir o numero de mãos segurando armas, 177 observou em volta e percebeu que o carro de manutenção onde estavam escondidos tinha rodas: o escudo deles podia se mover. Então o garoto puxando uma alavanca, que convenientemente estava escrito que era a alavanca de freio, e começou a empurra-lo na direção da nave. Dukan percebeu o plano e os dois começaram a dar velocidade ao veiculo, ouvindo o som dos tiros atingindo o carro com seus vários baques metálicos. Quando falta pouco para chegarem à rampa, o carro ficou mais pesado.

–Devem ter atingido os pneus. - explicou 177.

–Então vamos correr. - disse Dukan, já que não faltava muito para chegar nela.

–Mas seremos alvos fáceis ali...

–Eu sei. Vamos na sorte, e no três... Um... dois...

De repente o Totem começou a acender tiras de luzes em sua lataria e um zumbido continuo se iniciou. Os dois saíram correndo.

Com a nave em funcionamento e vendo os dois fugitivos correndo pra dentro, os soldados abandonaram seus esconderijos e avançaram em uma correria e tiros. Mas não foram rápidos o suficiente para acertar um dos garotos, um trovão ecoou no lugar e o escudo que o Totem gerava para capturar uma escola, saiu de seu topo e caiu ao redor da nave. Os tiros não fizeram enfeito contra a proteção e os dois únicos soldados que conseguiram se aproximar o suficiente, e ficaram presos dentro do escudo, foram atingidos pelos tiros de Dukan, que já subia a rampa sendo seguido de 177.

Pela rampa eles chegaram a um grande compartimento escuro, com grossas correntes penduradas nas paredes laterais e um corredor de piso prateado iluminado que seguia pelo meio do espaço até o fundo. Os dois olharam um para o outro sem saber para onde Nia tinha ido.

–Aqui!- A voz de Nia veio de uma passagem iluminada no topo de uma escada que ia para o teto do lugar. - Subam.

E, com o som da passagem se fechando logo atrás, Dukan e 177 foram se unir a ela. Subiram uma íngreme escada e seguiram pela passagem, chegando a um corredor estreito e mais claro. Nia os chamou de novo, e seguindo a voz dela, os garotos foram pela direita até chegarem em um cômodo oval e amplo, com controles e painéis por todos os lados.

–Dukan preciso que você pilote. -Nia, que andava agitada pelo espaço, indicou uma cadeira grande diante de leme e um painel em arco de botões e alavancas.

–Mas eu não sei fazer isso! – disse ele sendo empurrado pela garota até a posição.

–Eu sei que não, mas é o único que alcança os pedais e é forte o suficiente para controlar essa direção.

–Gente, eles estão pegando alguma coisa grande e apontando pra nave. Acho que ainda não desistiram... -informou 177 que olhava um dos monitores com as imagens de uma das câmeras externas.

Nia instruiu rapidamente como Kan tirava o Totem do chão, e depois foi até outra cadeira para mexer em outro painel e preparar os canhões e o iniciar os misteriosos motores de propulsão.

–Estão prontos?- perguntou ela com um dedo sobre uma parte do painel na sua frente.

Kan suspirou encarando as janelas em sua frente que iam até a da lateral da cabine onde estavam. De dentro da nave o Hangar parecia pequeno praquela nave. Então ele concordou, Nia apertou o botão, e ele iniciou o processo de aceleração e elevação do Totem. A seguir Nia pressionou outros comandos que desfez o escudo, pois se o mantivesse fariam presos ao chão.

Os soldados perceberam e atiram em vão. Um tranco, da primeira manobra de Dukan de sair do solo, chacoalhou a nave e desequilibrou 177, que estava em pé em um dos cantos da sala de controle. Despois, seguindo as instruções gritadas por Nia, Dukan avançou para o corredor entre as diversas naves estacionadas. Enquanto isso no piso do hangar o canhão sobre rodas, foi ativado apressadamente para disparar contra o Totem, mas antes que a arma estivesse pronta para atirar, Revier usou um dos canhões da nave para atingir mecanismo, a explosão derrubou um grupo de soldados e outros se espalharam procurando formas de impedir que a nave continuasse sua fuga.

Sem proteção do escudo o Totem de Kan foi atingindo em varias partes da lataria. Alguns sinais de alerta se acenderam nos painéis, mas Nia, que conhecia melhor a nave, as ignorou e Dukan embicou a nave em direção à saída e começou a percorrer o corredor, fazendo algumas manobras bruscas para não atingir os outros Totens, o teto ou o chão.

–Ah! Temos que dar o código de liberação da área de transição para o espaço, antes de chegar à passagem!- Nia se levantou e correu até os controles do lado esquerdo de Kan e começou a digitar coisas rapidamente.

Na frente deles, ainda um pouco distante, um escudo denso e branco estava rigidamente materializado no final do corredor. Nia terminou de digitar o código e confirmou, restava esperar que o comando fosse recebido pela passagem e o escudo fosse desfeito. Os dois garotos seguiram o olhar da garota para a parede branca e esperaram ansiosos. Então, poucos metros antes deles chegarem, o branco da barreira enfraqueceu, se tornando translucida com finos raios percorrendo o espaço até o chão. Nia sorriu aliviada e o Totem avançou sem impedimento pela passagem.

No espaço, livre da atmosfera da nave-mãe, o Totem pareceu ficar mais lento, mesmo depois de Nia ajudar Kan a liberar a velocidade de atravessamento, que era um potencia máxima e continua dos propulsores para, justamente, viajar a distancia até a terra.

–E agora?- falou 177 jogado em um dos cantos da sala de controle. - Eles não vão nos perseguir ou rastrear?

–Acho que não vão nos perseguir hoje - respondeu a garota. – A energia para abrir a passagem do hangar para um Totem é muita, esgotaria a reserva se fizerem isso mais duas vezes nesse momento de lua minguante. Acredito que vão optar por não fazer isso, e delegar a missão pra alguma nave que esteja na terra. Então até chegamos na terra, não vamos ver ninguém.

–E eles podem nos rastrear depois?- disse Dukan notando que ainda tinha a pulseira que o Dirigente lhe pôs.

–Sim, mas, depois que deixarmos a nave no automático, vou ajudar a desativar os rastreadores que conheço. – dito isso Nia puxou o pulso de Kan para desarmar a pulseira e retira-la com habilidade.

Depois que terminou ela se lembrou de algo:

–Ah, Dukan, estava me esquecendo, mas acho que isso aqui é seu, não é? Achei em um dos depósitos com as coisas que vem com as cobaias.

Ela meteu as mãos em alguns bolsos e de um deles puxou um pequeno objeto prateado e com um detalhe de rubi vermelho, deixando cair na mão do rapaz. Depois Nia foi até o lado onde estava 177, pegou um dos manuais da bolsa de armas de Kan e começou a mexer nos computadores.

O pingente de dragão de Beatrice estava de volta com Kan. Ele se obrigou a esquecer do objeto na nave, pois achava que estava perdido. Junto com a volta do pingente, ele percebeu que tudo o que passou lá, seu momento de prisioneiro e cobaia, estava acabado. Estava voltando para a namorada e para onde cresceu e viveu. Conseguiu se libertar, e agora tinha mais argumentos para derrubara a nave, pois viveu nela e sabia mais que ninguém que aquilo tinha que acabar.


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Notas finais do capítulo

Meu gato se chama Logan e minha cachorrinha é a Kokynha, e aqui Dukan encerra sua vida nessa navezinha!
(ps.Não é um navezinha, como pode perceber,rs, so não ia combinar ^~^ )
Então, os proximos capitulo tem rolos e coisas que envolve Os Meus. vou reduzir o foco de escrever sobre os personagens de ficha, para aqueles que os "donos" estão por aqui, juntinho,coladinho, do meu lado nessas postagens. Eu sei que querem ver seus personagens. u.u , acho que ao fazer isso diminuo minha preocupação de falar de todos e fica justo.
Agora,outro assunto: posso oficialmente dizer que a Saga dos Prisoneiros chegou ao fim aqui. Looongo momentos... Não tenho ideia de como chamar esse novo momento...
O próximo capitulo, e todos os outros de agora em diante, sera dos combatentes. O titulo que dei é "Questões sem confissões", mas quem sabe pode mudar. Um preview? hum... tenho não, a maior parte desse cap fala de dois, e então rola falação alto que envolve questionamentos e luta no final.
É um capitulozinho fraco... :7 Mas talvez não! Haha! XD
Acho que bebi muita agua hoje, pode perceber como estou escrevendo muito e dizendo sobre um monte de coisa.Fiquem bem, nos vemos novamente (se tudo der certo) Segunda! Comentem! Bjs!



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