Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 46
O nome de um.


Notas iniciais do capítulo

3° A saga dos Prisioneiros.

Palavrinhas e mais palavrinhas... hehehe.

Quero que lembrem que os combatentes “Não” sabem do que houve com Kan.  Mas vocês sim, pois eu não quis torturá-los deixando sem saber.

Espero que gostem. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/473200/chapter/46

Mansão dos combatentes.

Era muito cedo e Brian estava acordado, deitado sobre um grande tapete que tinha no hall de entrada da mansão, observando as luzes coloridas que o vitral da entrada jogava nas paredes. De repente um som ritmado começou, interferindo no silencio perturbador em que a casa estava, mas ele continuou parado até que notou Clark, que o tocou com o focinho frio e úmido ao passar e seguiu adiante com o som de suas unhas se chocando no piso. Brian se sentou e o chamou. O cão parou o olhando e balançou a cauda em um gesto amigável, então latiu com um leve salto e subitamente animado, encarou o outro cômodo e depois Brian ansioso. O garoto resolveu seguir o que o cão queria. Clark o levou até o elevador para o subsolo, onde se sentou enquanto esperava o garoto chegar, dando um grunhido para que ele apertasse o botão e foi o que Brian fez.

Jalaska seguia Clark pelos diversos corredores e o animal parecia saber exatamente onde estava indo. Ao passarem pela porta do laboratório onde Yan ficava, Clark parou por um momento e farejou, depois continuou mais apressado pelo corredor fazendo Brian dar algumas corridas para alcança-lo. Se ele se perdesse do cachorro estaria perdido no labirinto que era o subsolo.

Do lado de fora da porta em que Clark parou e encarava, Brian escutou a voz de Leno. O cão foi mais impaciente e intrometido dando um pulo na porta, abrindo-a e entrando indo se juntar á Yan.

A sala era espaçosa, dividida ao meio por uma parede de vidro. Na metade próxima da porta, Brian viu Lucas, com seu costumeiro gorro escuro, e Yan sentados em um banco apenas observando a cena no centro daquela parte, onde Cadius e Aaron,que tinha um soco inglês nos dedos, estavam próximo do soldado sentado em uma cadeira desconfortável e de metal. Leno estava com os braços cruzados na frente do prisioneiro o encarando.

O rapaz de cabelos cinza parecia ter de dezessete á dezenove anos, não dava para se ter certeza com um cabelo daquela cor, vestia blusa e calça simples da cor branca, pois assim que chegou foi revistado e o uniforme que tinha seria uma vantagem pra ele. O soldado mantinha o rosto abaixado e pendia levemente para um lado quando Clark invadiu o lugar, tinha nos pulsos e nos calcanhares algemas douradas e grossas, o punho estava fortemente fechado e se mantinha em silencio. Ele deixou o sangue escorrer do novo ferimento na boca, então levantou o rosto para Leno com um sorriso quase invisível, depois observou Brian avançar para dentro da sala e se juntar á Lucas e Yan.

–É melhor dizer alguma coisa. –disse Leno ao soldado que o encarava e sorriu um pouco mais. -Diga o que acontece com que foi capturado. -A voz de senhor era autoritária e determinada.

E novamente o estranho ficou quieto.

–Leno eu quero tentar de novo. -disse Cadius dando um passo e Leno concordou.

O soldado entendia o que eles diziam, pois encarou Cadius com seus olhos claros para a segunda tentativa dele de invadir sua mente. Poucos minutos depois Cadius se afastou irritado.

–Ele tem algum truque. -disse voltando para perto de Aaron. -Eu não consigo entender nada. É como se ele colocasse diversas imagens sobrepostas e que mudam constantemente.

–Talvez devessem permitir que Beatrice viesse vê-lo. -disse Lucas em um momento em que seus pensamentos saíram pela boca alto demais.

Leno o olhou pensando, até o momento pretendia impedir que a menina viesse encontrar o prisioneiro, pois sabia que ela seria capaz de mata-lo pelo que aconteceu. Ele suspirou e negou o que Lucas falou.

–Diga pelo menos seu nome. -aconselhou o senhor para o soldado, que levantou uma sobrancelha o olhando sem medo.

–Se esta pedindo com esse jeitinho,vou te dizer. -a voz do soldado era suave e audaciosa e todos ouviram bem quando ele falou pela primeira vez. Um sorriso gozador veio a seguir quando disse: - Vinte.

Ninguém entendeu.

–O que quer dizer isso?- perguntou Leno confuso.

O soldado riu baixo do velho, então de repente Aaron o acertou novamente com um soco.

–Maldito!- proferiu o soldado alterado para Aaron ao voltar a sua postura na cadeira com um corte aberto no rosto sobre o roxo de um antigo soco.

–Ha!- falou Cadius um pouco empolgado. Então a expressão do soldado mudou percebendo porque o menino sorria. –Vinte é o nome que todos os chamam na corporação em que veio, ou foi treinado.

–Cala essa boca garoto! - o soldado o encarou tentando sair da cadeira com as sobrancelhas escuras quase se juntando.

Aaron deu um passo para frente e o soldado parou de tentar se levantar.

–Isso já é um começo. -disse Leno calmo. -Mas espero que Aaron não tenha que te bater todas às vezes, só para sabermos o que pode simplesmente nos dizer... Vinte.

–Vou me lembrar disso. -respondeu desdenhoso.

Depois Leno resolveu manda-lo para a cela. Vinte, desde que chegou, estava naquela cadeira, pois ninguém estava com cabeça para lidar com ele naquelas horas. O senhor apertou algum código em seu relógio multi-funções que aliviou o peso das algemas que seguravam Vinte, permitindo que ele se levantasse com uma ajuda, não muito amigável, de Aaron que o guiou até a outra metade da sala passando por uma passagem na barreira de vidro que se revelou. Aquela metade da sala era branca em todos os detalhes e se resumia em uma cama, uma pia e um reservado. Assim que Vinte estava dentro do lugar, as algemas dele se soltaram com mais um código no relógio de Leno e o soldado logo avançou sobre Aaron que as pegava do chão, mas foi rapidamente impedindo com um escudo de Aaron que o forçou a se afastar até quase pressiona-lo contra a parede. Vinte ficou um pouco irritado assistindo a passagem sumir e a parede translucida o isolar dos outros assim que Aaron o deixou.

–Porque você se chama Vinte? –Brian perguntou curioso se aproximando da divisa para saber mais sobre aquele Filho da Lua.

–Se eu te contar terei que destruir seu cérebro com um tiro.

Eles ficaram se olhando e Vinte sorriu depois.

–O nome dele não é Vinte de verdade...

–Droga! Para com isso!- disse Vinte se voltando para Cadius e se afastando para o fundo de sua cela massageando os pulsos.

Cadius não ligou, agora que tinha conseguido uma primeira invasão da mente de Vinte se tornou mais fácil compreender a bagunça que ele fazia para impedi-lo, e era ainda mais fácil quando ele estava distraído. Antes de continuar ele sorriu rapidamente para Vinte, que aborrecido balançou a cabeça negativamente e se sentou no chão deslizando as costas pela parede.

–O nome dele é meio estranho. –disse o menino de moletom escuro olhando Brian.

Jalaska sorriu bobamente vendo Cadius se divertir sozinho com o nome real de Vinte.

–E qual é?

–Hum... Algo tipo Patéo Atom.

–Pastel?- disse Brian sem entender. E rapidamente todos entenderam porque o nome se tornava um pouco cômico

–Isso não é engraçado. -gritou Vinte de dentro de sua cela desaminado. - E não é novidade.

–O que mais soube sobre ele?- perguntou Yan.

Então Cadius ficou um pouco mais sério.

–Foi a primeira vez dele em uma batalha na terra.

–Isso! Continua fofocando ai sobre mim. Eu não me importo. –Vinte deu de ombros, havia se levantado e lavava os ferimentos do rosto na pequena pia e se via no espelho sobre ela.

–Ele fala demais para alguém que estava quieto até pouco tempo. –comentou Leno. -Diga o que você sabe Cadius.

–Não muito, o nome verdadeiro, que era sua primeira batalha e que... eu não sei se entendi bem, mas tem algo que o faz diferente dos outros habitantes dentro do Estado.

Quando Cadius terminou sua frase todos olharam Vinte, que tinha parado observando o que Cadius falava. Ele estava um pouco chocado do que ouviue continuou sério:

–Como pode saber disso em tão pouco tempo?-se aproximou da barreira e a tocou, era uma simples barreira fria que não lhe causava mal, mas o isolava completamente.

–Me conte sobre você. -disse Brian.

Vinte o observou. Brian era diferente de todos aqueles que um dia viu dentro da nave e gostava da curiosidade do garoto sobre ele. Ele se afastou e cruzou os braços pensando:

–Acho que seria um pouco mais justo, já que sei algumas coisas de vocês.

–Sobre Nós? –Yan perguntou dando alguns passos para ouvi-lo.

Vinte concordou balançando a cabeça lentamente e com um sorriso convencido, mas ignorou a curiosidade de Yan:

–Prefiro o nome Vinte, pois é assim que me chamam desde que... bem, que posso me lembrar. Tive um bom pai, mas isso não importa. Sempre estive em treinando para entrar no comando de caça e consegui uma aposição há alguns meses. Mas vocês estragaram tudo me deixando vivo. -ele começou a aparentar a irritabilidade. –É muito irritante pensar em todas as coisas pela qual lutei a cada dia naquele lugar para conseguir e que vocês me tiraram. Eu podia simplesmente morrer, como qualquer outro soldado, mas nãão, vocês não podiam simplesmente matar mais um. Porém encurtando as coisas só quero que saibam que se depender de mim, vocês não conseguiram concluir seus planos.

Vinte deu as costas para eles e se deitou na cama.

***

Naquela manhã, na mansão, alguns poucos apareceram para um café da manhã solitário na cozinha.

Flecher tinha apagado assim que chegou do hospital e até aquele momento do dia não havia acordado. Philipe e Yan se revessavam para observa-lo de vez em quando.

Kate permanecia em seu quarto acariciando seu pequeno filhote de gato, seu ferimento não a incomodava tanto, mas obedecia a ordem de repouso. Havia sido o mais forte que podia na batalha, usou todas as técnicas que desenvolveu nos piores orfanatos em que esteve e ainda sim a única coisa que fez foi se defender e matar alguns soldados sem conseguir sair do lugar. E agora depois que viu Alec e Dukan serem capturados estava mais determinada em sua missão de acabar com a existência dos Filhos da Lua.

Taz andava mancando pela casa enraivecida, pois Leno impediu a quase todos de ir ao subsolo durante aquele dia. Encontrou Marlene em um dos sofás macios da sala de Tevê jogando um videogame, se atirou no outro sofá e pegou outro controle forçando Lene a iniciar um novo jogo para dois.

–O que aconteceu?- perguntou Marlene.

–Leno me impediu de descer e eu queria dar uma boa olhada naquele cara da nave, o extraterrestre.

Marlene riu.

–Leno só deve estar esperando as raiva de todos passarem um pouco.

–A minha não vai ser tão rápido...

Destiny estava com Diana fazendo companhia para Beatrice na biblioteca que folheava um livro qualquer sem muito animo.A morena tinha melhorado quase imperceptivelmente, mas as garotas constataram que Bea estava deprimida e tentavam anima-la como podiam. Beatrice não queria acreditar no que tinha acontecido e ainda tentava aceitar. Ela não tinha ninguém, vivia com sua herança muito feliz, até que aquele loiro irritante apareceu e não largou mais dela, então quando ela achava que tudo ia ficar bem, que finalmente teria uma companhia que não tinha problemas em dizer o quanto dependia dela, os Filhos da Lua o atravessaram com uma lamina e o levam para não se sabe onde,deixando-a sem nada novamente, nem a certeza se devia lamentar uma morte ou lutar para recuperá-lo vivo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E fim!
Então, primeiramente quero dizer que desde que comecei a pensar em tudo dessa historia, tenho a ideia do nome desse soldado. E Vinte, sempre esteve na minha cabeça quando pensava em alguma futura cena com ele, e adoravelmente gostei, pois o numero esta presente na numeração dessa fic  no site.^^ E o verdadeiro nome, rs, bem não sou criativa a esse ponto, mas um dia qualquer descobri esse nome.
Agora ando indecisa em chama-lo de Vinte ou Téo. Se quiserem opinar estarei lendo...
Quero saber o que acharam do jovem soldado chamado Vinte!

Obrigada por ler e comente!
Agradeço as companhias constante nos últimos capítulos! Obrigada!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.