Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 102
Reúnam suas forças.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Seguinte, peço perdão, mas não foi culpa minha, é essa vida de adulto irritante (tenho que ler uns livros de teoria que não estou tão afim, mas vamos lá!). Além disso, socializar é uma coisa bem difícil e tenso para mim, e eu quase me desesperei e fiquei bem perturbada ao ponto que não consegui escrever. Mas estou me organizando e consegui escrever o capitulo em uma semana, e depois só consegui revisar e prepara-lo em outra. Isso que resolvi me dedicar a essa que tá no final, pois não estou conseguindo pensar como antes, e tenho muito menos tempo de ficar na internet.
(Aos que estão no Sobreviva ao Seu Destino, desculpe, não terá capitulo ainda, mas não desisti!)
Sem mais enrolação: Boa Leitura!
P.S.: Eu nunca saberei se é o penúltimo capitulo, portanto acho que não será avisado.



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O grupo que seguia Dukan chegou a um salão vazio que ficava antes da sala de controle, indicada por um dos soldados interrogados no caminho, e até aquele momento lutaram contra alguns poucos grupos de inimigos, mas, naquele salão, havia vários soldados e técnicos, que se buscavam uma solução para desativar o processo desencadeado por Flecher. A luta junto de cobaias inexperientes era um perigo, por vezes alguns deles não tinham o controle de sua habilidade e atingiam aliados, porém, naqueles momentos rápidos, não se podia parar a luta para aconselhar ou auxiliar alguém. Logo que avançaram sobre os soldados, os técnicos fugiram para a sala ao fundo do salão, que era onde estavam os controles e o navegador de toda a nave.

Diana teve o tornozelo “curado” pela habilidade de uma jovem que libertaram, e lutava usando uma faca e sua habilidade espinhenta dos antebraços dela, ferido seus oponentes nas lutas corpo a corpo. E sempre ao lado dela, auxiliando e dando cobertura, estava Cadius, usando suas duas espadas e a ajudando nas piores situações que surgia. Clarck se infiltrava sorrateiro onde tinha mais soldados e, subitamente, os surpreendia, se transformando em algo grande e atacando, e também protegia as cobaias mais jovens que se feriam ou estavam em desvantagem. Taz se perdia facilmente nos seus golpes pesados e sua ira sem remédio, tinha uma grande determinação em abrir espaço até a Sala de Navegação e acabar logo com aquilo. Dukan usava de sua força muscular e também de suas armas para lutar, estava sempre nas companhia de dois irmãos cobaias ágeis, que tinham simpatizado com ele.

A luta estava equilibrada e durava mais do que devia. As cobaias eram em menor numero, porém tinham as habilidades de longa distancia e perto, enquanto os soldados eram muitos e tinham armas e treinamento.

E foi de repente que uma das mais jovens cobaias, que não passava de dez anos, criou uma poderosa barreira, se concentrando ao máximo e sendo protegida por dois garotos e uma garota mais velhos. A barreira, cinzenta como fumaça, percorreu todo o salão em batalha, passando pelos combatentes sem afeta-los e empurrando apenas os soldados para um canto apertado - como uma vassoura que só varria os inimigos.

A separação ajudou a mostrar a baixa quantidade de soldados diante do grupo depois dos vários minutos de luta. Com o poder de telecinese a moça que estava próxima da garotinha moveu todas as armas dos inimigos para longe deles, e só então a barreira se desfez, deixando os soldados acuados diante do grupo de combatentes que apontavam as armas e intenções de uso de suas habilidades contra eles, e a única opção dos inimigos foi se render. Em seguida a Sala de Navegação foi aberta e invadida. Os técnicos que estavam escondidos lá dentro cederam espaço facilmente, não querendo ser mortos ou feridos ao reagir, e não valia a pena lutar contra eles para continuarem tentando reverter o retorno da nave, pois nada que faziam dava certo, e nem iria dar.

Com seus reféns controlados e o acesso a qualquer informação da nave, Dukan, Taz, Diana e Cadius assumiram a Sala de Navegação e pouco depois Téo, Destiny, Lucas, Phlipe e Charlie apareceram no mesmo lugar, para se unir a eles. Os cinco com o mais importante prisioneiro: Alies, o quinto guia, e, ocultamente, o único, mantido inconsciente por com sedativos que Philipe carregava, já que tinham descoberto a habilidade dele.

Nenhum dos combatentes entendia bem o que estava sendo mostrado nas diversas telas de dados da sala. Nem sabiam o que faziam aqueles diversos botões e alavancas dos painéis, mas reconheciam o leme no centro da sala, centralizado em uma bancada de botões e alavancas exclusivos, movendo-se delicadamente sozinho, como se manuseado por um fantasma, seguindo ordens da programação de seu sistema para corrigir a rota e direções.

A coleção dos propulsores mais potentes estavam em sua potencia máxima, consumindo cada ml de combustível reservado durante todos esses anos, impulsionando a grande nave em direção ao planeta azul naquele universo escuro. E naquele ritmo não seriam necessárias diversas horas para a chegada, pois apenas a velocidade que o Estado foi adquirindo na primeira hora era inacreditável e continuou prosseguindo sempre mais rápido.

O governo daquela nave estava desfocado. Os sucessores da área militar não encontravam nenhum de seus cinco lideres para terem a ajuda deles ou permissão para uma estratégia. E isso deu muito tempo de tranquilidade para os combatentes na área de navegação e para os que estavam na companhia de Flecher e Beatrice. Capturar Alies foi uma das cartas mais decisivas, e eles mal sabiam disso, afinal apenas Flecher e Savannah sabiam as melhores partes dos planos de Alies, e a ruiva não era de se apegar a detalhes de conversas para esclarecer aquilo.

Cientistas foram caçados por cobaias, alguns capturados e outros tiveram o fim de sua vida naquele momento quando encontraram sua cobaia livre e amargurada com as dores que lhe causaram. Os poucos que demonstraram um pouco de carisma com a causa de liberdade ou um leve remorso não tiveram nenhum tratamento especial.

O exercito havia sido gradativamente derrotado e diminuído em diversas oportunidades e lutas paralelas. Sem o Comandante Jess para planejar e organizar um contra-ataque eficaz, e por vezes desumano, os Dirigentes não tiveram sucesso; como nos ataques diretos na sala de navegação, pensados depois de muito tempo, que não ocorreram como o planejado, dando mais uma vitória aos combatentes, que resistiram muito bem usando, principalmente, das habilidades de longo alcance que o próprio Estado concedeu e a informações privilegiadas da sala de navegação, que mostrava as imagens de câmeras espalhada por todos os setores da nave, sem restrições.

Os habitantes inocentes da colônia, e ignorantes quanto ao assunto das pesquisas realizadas acima de suas cabeças, seguiram as ordens que ouviram e viajavam, sem serem afetados diretamente pelo o que os combatentes faziam, protegidos nas áreas reforçadas da nave criadas para este momento de retorno á Terra.

Houve alguns problemas que não puderam ser evitados com a súbita movimentação da nave: as criaturas, que foram criadas lá, se agitaram com o acontecimento e algumas fugiram de suas prisões ou cercados, e algumas estruturas da colônia, que depois dos vários anos não estavam em seu melhor estado, não resistiram e desabaram por causa da vibração de todo o esqueleto adormecido.

...

Quando a nave era tragada pela gravidade da terra, para se unir a ela, todos ouviram um estrondo súbito e abafado, logo bipes começaram a tocar na Sala de Navegação, com as telas e painel diante do leme-fantasma da nave se endoidando e mostrando coisas que ninguém tinha conhecimento para interpretar.

—O que foi isso? —Kan perguntou enquanto Cadius, Lucas e Téo analisavam as telas atrás de uma explicação.

Ao mesmo tempo um homem se moveu em alerta, no meio do grupo de técnicos e soldados reféns, isolados juntos em um canto do salão. Observava em direção a Sala, ouvindo os sons de aviso e buscando entender o que estava acontecendo de longe com uma expressão séria. Uma das cobaias que os vigiava conversou brevemente com o homem, depois o escoltou até Dukan e o apresentou como o Navegador. Ele perguntou se podia ver o painel diante de Kan e dos outros rapazes. Dukan olhou os outros e, copiando um sinal de Téo, assentiu.

O navegador, um homem careca e magro, observou os painéis por alguns instantes e depois os tocou umas duas vezes, procurando por outras informações, até que começou a falar o que todos queriam saber:

—O combustível está baixo. A reserva esta sendo usada e não vai durar nada.

—E...? —Taz não entendia nada, mas o diagnostico devia ter uma explicação melhor e o incentivou a continuar.

—E ai que precisaríamos de mais combustível para reduzir a gravidade sobre a nave depois que passarmos pela atmosfera. —e o Navegador começou a apertar mais alguns botões. —Se não desaceleramos usando os motores novamente em um estado reverso, contra a gravidade, o impacto no pouso acabará com tudo. A nave e ponto de pouso... e vamos todos morrer.

—Mas a nave deve ter desaceleradores na lataria. Está no projeto do lado externo: placas que se sobressaem para agir como paraquedas. —Téo falou tenso.

—É claro que tem. Mas eles fazem apenas a parte deles no processo todo. O uso da propulsão revertida é uma segunda peça para evitar o impacto agressivo contra o solo. Sem cada peça fazendo sua parte, não vamos pousar como deveria. Iremos colidir.

—E como podemos evitar isso? —Diana se aproximou deles perguntando.

O homem riu rapidamente irônico e desgostoso.

—Só se arrumarem uma forma alternativa, e boa, de reduzir a velocidade, ou produzir mais combustível.

O inegável fato que aliou aquele Navegador aos combatentes era que não havia volta, a nave estava destinada a voltar para terra, mas a quantidade de combustível não era a necessária, e sem isso todos iam morrer se nada fosse feito.

O silencio se instalou por alguns minutos, todos em busca de uma solução.

—Sugiro que usemos as naves menores para sair do Estado antes que cheguemos a terra — falou o Navegador calmo e tentando manter-se humilde, já que ainda era um refém. —Só assim uma parte de nós vai conseguir sobreviver.

—Uma parte? Uma parte viva para uma parte de mortos?! Não podemos fazer isso, Kan — Charlie se pronunciou tenso e levemente desesperado. —O objetivo nunca foi matar inocentes. Eles nem devem sabem o que esta acontecendo!

Téo concordava com ele, conhecia algumas pessoas da colônia, elas mal entendiam o que acontecia no instituto de pesquisa sobre a cabeça deles, a única coisa que faziam era trabalhar naquele ambiente e viver uma vida pacifica. Então uma ideia se iluminou na mente dele:

—Se pudermos usar o combustível das naves menores, pode ser o suficiente para dar o contra impulso?

—Talvez — o Navegador concordou pensativo, depois mexeu nos painéis calculando e vendo os dados. —Se desviarmos todo o combustível do reservatório do hangar e também extrair dos tanques dos Totens e Guerrilhas, poderemos ter o suficiente para uma propulsão reversa de dez minutos. Será suficiente se usarmos no momento certo: não muito longe do solo e nem perto demais.

Os outros combatentes votaram rapidamente, até que concordaram com o plano, e o Navegador usou de um comunicador da sala para conversar com os mecânicos, que ainda estavam no Hangar, explicou-lhes o que estava acontecendo e a gravidade de tudo, por fim descreveu o plano que era a única forma de sobreviverem sem perdas demais. Os homens fizeram a parte deles, desviando e extraindo todo o combustível que tinha ali para um dos reservatórios previamente fechado dos propulsores. Mas além da reunião de combustível, algumas cobaias com o poder de mover objetos e similares se uniram para tentarem reduzir a velocidade usando suas habilidades. Aaron foi um dos chamados para se unir a esse grupo e para esta missão, seu papel seria de proteger a estrutura externa da nave diante da pressão contra a gravidade/queda.

Da terra o Estado foi logo visto com um objeto disforme, refletindo a luz do sol, nos céus que amanheciam. A notícia da decadência da nave se espalhou por todos os continentes e atravessou os mares. Os governos perceberam a oportunidade de atacar a nave que os perturbou durante anos, e rapidamente se reuniram e se organizaram, juntando seus exércitos e oficiais para recebê-la e rendê-la sob seu domínio - mesmo que a situação do pouso de uma nave, bem desenvolvida tecnologicamente e arrogante, resultasse em uma guerra, era a única oportunidade deles de lutarem para viver verdadeiramente livres e sem medo.


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Notas finais do capítulo

Então o fim está cada vez mais próximo. Acho que tinha umas coisas a serem ditas de alguns personagens, mas cá entre nós eu me esqueci ( eu sou esquecida de muita coisas), assim como alguns esqueceram de deixar comentário para seus personagens serem melhor visualizados por mim. Mas até o fim de tudo devo me lembrar de contar algumas coisas.
Espero que tenham gostado. Tem muita pouca coisas para acontecer... Eu não tenho um próximo, e isso me deixa tensa, porque eu não sei se será de fato o ultimo capitulo antes de um epílogo.
Comentem e até um próximo!



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