Diário de Bordo escrita por Lady Bellemare


Capítulo 2
Avatar: The Last Airbender - Sacrifice/Powerless - Zutara 1/2


Notas iniciais do capítulo

Sacrifice:
Zuko luta um Agni Kai contra sua irmã mais nova. Ele está preparado para redirecionar o raio que será lançado por Azula.
Contudo ele não é o alvo.

DISCLAYMER: Avatar: The Last Airbender pertence a seus criadores Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, mas a papelada para que a série passe a ser minha está quase pronta! Só falta o dinheiro... e todo o resto...



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sa·cri·fí·ci·o
(latim sacrificium, -ii)
substantivo masculino

1. Oferta solene à divindade, em donativos ou vítimas.

2. A morte de Cristo.

3. A missa.

4. Imolação de vítimas em holocausto.

5. Abandono forçado ou voluntário daquilo que nos é precioso; renúncia.

6. Abnegação; isenção.

O Agni Kai estava tão acirrado quanto Zuko pensou que seria.

As palavras de Katara passaram mais uma vez pela sua mente. Era isso que Azula queria – que eles lutassem separadamente, porque ela sabia que juntos Fogo e Água a derrubariam. Mas ele não podia recusar um Agni Kai. Porém, quando Zuko disse que desta forma ninguém iria se machucar, ele viu o entendimento brilhando nos olhos da dobradora de água e ela permitiu, embora ainda relutante, que eles prosseguissem com a batalha.

O calor do fogo azul era tão intenso que ele sentia sua pele arder toda vez que Azula lançava chamas em sua direção, porém ainda sim ele estava firme, aguentando tudo que ela mandava e ainda conseguindo revidar. O desequilíbrio mental que começava a se apoderar de sua irmã estava ficando no caminho de sua habilidade e ela já não era tão boa quanto costumava ser. A precisão fria dela estava se esvaindo.

Talvez ele tivesse uma chance.

O fogo se apoderava de todas as construções nos arredores, com chamas vermelhas brilhando contra o céu intenso da cor do sangue. Azula o circulava, o seu fogo azul impulsionando-a mais rápido. Quando ela estava passando logo a sua frente, lançando outra bola azul incandescente, ele viu sua oportunidade. Num movimento simples, ele socou o ar e seu punho se estendeu na forma de uma esfera de fogo alaranjada que acertou seu alvo, provocando sua queda.

Gemidos de dor escaparam dos lábios borrados conforme ela capotava pelo chão, finalmente parando, sem perder tempo para se por de pé mais uma vez. O cabelo, uma vez preso num nó alto, agora pendia solto, o corte desregulado criando uma imagem psicótica da garota que uma vez fora sua irmã mais nova, Princesa da Nação do Fogo.

— Sem raios hoje? — Zuko provocou, o calor da batalha correndo por suas veias. Ele havia se preparado por tanto tempo para aquele momento. — Com medo dele ser redirecionado?

Ele deu um passo para frente uma palma aberta adiante, o punho fechado perto do corpo, preparado para se defender ou atacar.

— Oh, eu irei te mostrar o que é um raio! — Ela respondeu, mordendo a isca.

Zuko respirou fundo, a imagem de Iroh ensinado-lhe clara em sua mente, e se preparou para fazer um redirecionamento. Ele sabia com todo o seu ser que seria capaz de fazê-lo, de mandar a flecha de energia pura de volta para a sua origem.

Azula também entrou em movimento, os dois dedos indicador e médio de cada mão unidos sozinhos. Ela fez gestos amplos nas duas direções, e pequenas manifestações de energia estralaram no ar ao seu redor. Então ela finalmente trouxe seu braço direito a frente do corpo, carregada e pronta para lançar a flecha mortal. Porém, segundos antes, seus olhos se miraram outro alvo, a esquerda do Príncipe do Fogo. Um sorriso de lado que não poderia significar nada bom surgiu nos lábios da Princesa Coroada. O corpo dela se moveu com uma precisão cruel e o braço foi a frente, os dedos apontando para a direção que o raio iria percorrer.

Surpreso, os olhos dourados do rapaz acompanharam o movimento e ele encontrou o objetivo de sua irmã parado em choque e com uma surpresa maior que a dele nos olhos. Seu corpo se moveu antes de sua mente.

— Não! — Ele gritou e virou seu corpo, criando uma barreira para proteger Katara.

Sem ter como redirecionar nessas condições, o raio o acertou em cheio. Seu peito ardeu e ele sentiu seu coração se apertar em uma dor terrível.

Momentos de sua vida passaram por sua mente e, por algum motivo além dele, o de quando uma pessoa qualquer havia lhe dito que ele não entendia de sacrifícios foi a que permaneceu. É claro que ele entendia de sacrifícios! Foi o que ele retorquiu na época. A pessoa tentara contradizê-lo, porém ele não era alguém de ouvir o que os outros têm a dizer.

Seja quem era essa pessoa, ele percebeu, enquanto seu corpo caia no chão, o impacto em nada comparado a dor em seu torso, ela estava certa.

Nunca houve verdadeiros sacrifícios em sua vida.

Só agora ele entendia.

Sacrifício é uma escolha. Não é algo imposto sobre si.

E ele escolheu.



Lady Bellemare - 10/02/14


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Notas finais do capítulo

Eu deveria estar dormindo.
Dessa vez uma short-fic, com o tema do Feveiro dos Fandoms: "day 11 - Sacrifice" (Sacrifício).
Vem aí sua continuação e final: "day 10 - Powerless" (Impotente).
Com os dias fora de ordem porque minha inspiração assim o quis.
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