Time to Protect escrita por MrsSaxon


Capítulo 1
Capítulo 1 - I'm drowned and nobody can see


Notas iniciais do capítulo

Então, essa é a minha primeira fanfic sobre Supernatural e não tenho tantos receios, apenas na parte do começo porque sou horrível nisso. Porém, espero que gostem e tenham uma boa leitura!



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I paint all black and step in among the shadows

The feelings of emptiness devours me quickly

And I know I never asked

But I need you to help me

Release me from darkness

Release me from all that chains me here

I'm drowning in silence

And I'm drowning alone

I'm Drowning Alone - Evergrey

As sirenes policiais piscavam loucamente em suas luzes vermelhas e azuis, policiais entravam e saiam pela casa e logo alguns saíram trazendo o pai de Kaddie algemado. Um homem de aparentemente 40 anos, nem tão gordo nem tão magro que tinha cabelos castanhos grisalhos e uma aparência agora furiosa, podia-se sentir o cheiro forte de álcool que ele exalava e a sua frieza na expressão facial incomodava Kaddie fielmente, que estava ocupada em um abraço apertado de sua avó, Meredith.

Meredith era uma velha senhora de cabelos brancos. Ela tinha a pele enrugada pela idade e era bastante fraca, porém seus olhos azuis se ocupavam em observar o estado da neta, que diferente da avó, havia belos olhos castanhos e profundos.

Kaddie agora estava com uma aparência horrível. Não só fisicamente, como emocionalmente. Não era fácil para ela ver o mundo que nunca fora perfeito desmoronando de vez, nunca foi fácil.

A sua avó continuou a afagar-lhe os cabelos castanhos claro, na tentativa de confortar a sua neta, que soluçava e murmurava"não pode ser, não pode ser verdade" a todo momento.

Kaddie voltou a olhar os policiais, que acabavam de passar uma fita nas cores amarela e preta, impedindo a passagem de quaisquer pessoas. As lágrimas ainda rolavam pelas bochechas da garota, que enxugou-as logo em seguida com seus polegares, observando que do outro lado da rua, Melody vinha a seu encontro.

Melody era a melhor amiga de Kaddie, sempre fora. Ela era loira, de cor de mel e tinha uma aparência invejável e angelical, porém, Mel, assim como ela chamava, não se importava com isso, ela gostava de se sentir confortável.

Melody acolheu Kaddie com um abraço apertado, dando-lhe leves tapinhas nas costas. Ela percebia no ar que sua amiga não estava nada bem, aliás, quem estaria bem ao perder sua mãe e logo em seguida seu pai de tal forma?

Kaddie suspirou ao sentir o abraço da sua amiga, olhou a rua por alguns instantes e fechou os olhos, aproveitando o calor do abraço dela, que murmurava palavras de conforto.

– Eu sinto muito Kaddie. - Ela disse se afastando de Kaddie lentamente e a olhando nos olhos, acariciando os braços dela para dar certa confiança - Você está muito mal?

– Eu não sei se consigo lidar com isso, Melody. Está sendo complicado, eu... - Kaddie deu uma pausa e engoliu em seco, tentando impedir que lágrimas rolassem por suas bochechas. -Eu não consigo lidar com isso, eu... Eu estou afogada e ninguém pode ver!

– Kad, você sabe que não está sozinha nessa e eu... eu sempre estarei aqui para lhe ajudar, não é? Você vai conseguir ficar melhor, eu confio em você, muito, confio na sua capacidade - Melody esboçou o seu melhor sorriso transmissor de confiança, aliás, até para ela estava sendo difícil, pois conhecia a família de Kaddie muito bem.

– Agradeço a você por tudo isso Mel, você me conforta.– Ela disparou as palavras e caiu nos braços de Melody novamente, a abraçando com tamanha força até que sua avó apareceu atrás delas, tocando suas costas com o dedo indicador para chamar a atenção dela, que estava absorta em um abraço e em pensamentos que lhe invadiam a mente a todo momento.

– Vamos pequena, temos que ir para casa. - Meredith disse com sua voz calma e serena, observando as duas garotas com preocupação no olhar.

– Tudo bem vó, eu já estou indo. - Kaddie acenou com a cabeça para a avó e voltou a olhar para Melody, que havia acabado de colocar as mãos nos bolsos do casaco e que havia ajeitado o gorro em sua cabeça ainda mais, para aquecê-la.

– Kaddie, você promete que irá me ligar? - Ela fez a sua melhor cara de fofa, o que aquecia o coração de Kaddie um pouco por ter alguém que a amasse e que sempre iria ajudá-la.

Prometo que ligarei todos os dias para você– Kaddie disse e tentou forçar um sorriso, virando os calcanhares e caminhando até sua avó, que acabara de entrar em um carro antigo, porém confortável.

O Carro cheirava a algo velho, aliás, o carro pertencia a alguém velho e havia pertencido ao avô dela, que morreu há 6 anos, quando ela ainda era pequena o suficiente para não saber a dor que passaram, aliás, ela só havia 10 anos de idade.

Ao chegar em casa ela pegou sua mala na parte de trás do carro e caminhou até a entrada, que era de uma madeira pintada de branco. Sua avó entrou primeiro e abriu a porta, liberando a entrada dela para o que ela devia agora chamar de nova casa. Ao pensar em nova casa algo desconfortável formou em seu estômago. Ela não aceitava o fato de não ter mais sua mãe conversando sobre novos esmaltes e seu pai conversando sobre futebol americano.

Levou sua mala sem dificuldades para o quarto e ao entrar no que seria seu novo quarto, suspirou e continuou ali. Oscilando naquele cômodo confortável, que ela havia usado apenas uma vez quando havia passado as férias de verão com sua avó. Ela fechou a porta atrás de si e trancou-a com a chave, antes de ir tomar o seu banho ela checou as janelas. Havia entrado em um estado paranoico. Pensou.

Após tomar um banho demorado, pois havia parado debaixo do chuveiro molhando sua cabeça pensando na vida, ela vestiu um pijama preto confortável, ela estava em um luto profundo. Se sentou em sua cama e tudo veio a tona. As lágrimas rolavam nervosas novamente e ela desejava morrer agora mesmo. Afundou sua cara no travesseiro e murmurou alguns "Eu deveria estar morta" para si mesma.

Ela se levantou depois de chorar por alguns minutos, sua aparência não era a mais agradável possível. Seus cabelos que geralmente estavam arrumados, estavam extremamente bagunçados. Olheiras roxas e profundas marcavam sua pele branca e sua palidez estava ainda mais grave que o normal.

Ela ajoelhou nos pés da cama após sentir uma forte tontura. Sua cabeça girava e os pensamentos se entrelaçavam numa enorme bola de linhas que adoravam se bagunçar e deixá-la confusa. Ela respirou fundo alguns minutos e juntou suas mãos, olhou então para o teto do quarto e começou a murmurar algumas coisas inaudíveis, para si. Sua mãe havia ensinado a ela, devia orar sempre antes de dormir, assim o seu anjo da guarda iria sempre estar a vigiando e a protegendo, além de ser uma maneira para se lembrar da sua mãe.

Após alguns minutos de profunda oração, um barulho irrompeu o quarto, causando um susto enorme na garota, que havia problemas cardíacos, mesmo com 16 anos de idade e com uma vida saudável. Ela respirou fundo e tentou achar o ar em seus pulmões, já que ela não conseguia respirar bem. Um homem. Um homem estava em seu quarto e ela não sabia de onde ele havia vindo. Ela levou a mão até a boca e continuou parada ali, perplexa em ver a figura de sobretudo bege que a observava com uma expressão um tanto piedosa.

Nenhuma palavra conseguia dizer. Elas paravam no caminho e pareciam evitar serem pronunciadas, mas ela conseguiu dizer uma única coisa, que disparou rapidamente:

Quem é você? Por onde entrou?– Ela colocou as mãos na cintura e tentou respirar novamente, rolando os olhos com a dificuldade de ar.

– Eu sou Castiel. Anjo do Senhor. - Ele disse a olhando seriamente. As suas íris azuis fuzilavam os seus olhos castanhos e ela se sentia desconfortável pelo olhar que ele tinha, ele então suspirou e esperou por uma resposta calma.

– Anjo do Senhor!?– A garota exclamou estupefata com tudo aquilo. Ela estava sonhando? Ela caminhou de um lado para o outro no quarto e então parou olhando para ele, sem reação alguma, quando ouviu passos lentos subirem as escadas. Era sua avó, e o que ela faria se encontrasse um homem estranho em sua casa? Ou melhor, em seu quarto? Ela se apressou em empurrá-lo para o armário vazio e sussurrou. - Fique quieto aqui!

Castiel entrou dentro do armário e então ela fechou a porta, se dirigindo até a porta do quarto, que era de uma madeira branca com detalhes delicados e abriu a mesma. Sua avó havia trazido chá com biscoitos, pois reconhecia que a neta precisava de comer, já que não o fazia há mais de 2 dias.

Kaddie olhava nervosamente para o armário e depois para a sua avó, que tentava extrair dela qualquer coisa que denunciasse sua paranoia.

Eu vou ficar bem, vó.

– Estou de olho em você, pequena. - Ela disse, pegando a bandeja com alguns biscoitos que Kaddie não havia comido e saindo pela porta, que a garota logo em seguida apressou-se em fechar.

Ela voltou a ir ao armário, e ao abrir a porta, não havia nada lá. Ela começou a acreditar que tudo era ilusão, que estava delirando devido a tantos pensamentos ao mesmo tempo. Caminhou até a cama e deitou-se de bruços, encarando a grande janela do quarto que estava trancada e que tinha vista para um jardim verde e bonito. A noite estava fria e apenas a lua iluminava o quarto, no céu havia poucas estrelas, mas o suficiente para fazê-la sair da linha de pensamentos depressivos por um instante.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, eu acho que o capítulo ficou curto e chato, porém, espero Reviews, elas ajudam a melhorar!



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