Em Família... Com Muito Amor À Vida! escrita por Paula Freitas


Capítulo 2
Capítulo 2: Amor à... Nova Vida!


Notas iniciais do capítulo

Nova família, nova casa, novo restaurante...tudo era novo na vida de Félix. Inclusive o amor, que não era novo, era único, pois Félix nunca tivera um amor até o carneirinho entrar em sua vida. Até seu pai já havia demonstrado amor, chamando-o de filho! Agora, para ser mais feliz, eles precisam aprender a amar essa nova vida!



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Niko e Félix eram um casal lindo e extremamente apaixonado. A declaração de amor de Félix para seu carneirinho tinha sido a prova definitiva de que Niko precisava para saber que tudo tinha valido a pena, deixar a cidade grande, ir morar na praia, cuidar do sogro, procurar uma escola nova para as crianças, abrir um restaurante novo, tudo valia a pena, todo sacrifício, todo desafio, se ele estava junto do amor de sua vida.

Depois de passarem a noite no jardim, e logo após, alguns minutos embaixo dos lençóis da cama de casal aquecidos pelos seus corpos, Félix e Niko começaram o dia com um belo café da manhã. Enquanto Félix tomava banho, Niko ligou para o restaurante para pedir que seu chef assistente cuidasse de tudo nesse final de semana. Ele queria passar o sábado inteiro com Félix e seus dois filhos, mimando os três, claro.

Logo que Niko desligou o telefone ouviu Félix chamando-o:

– Vem tomar banho comigo carneirinho!

– Aaahh... Bem que eu queria Félix, mas preciso preparar o café da manhã do Jayminho e do seu pai! E vou ver se Adriana já deu mamadeira pro Fabrício!

– Mas, carneirinho... Pelo menos vem esfregar minhas costas?!

– Ah ah... Deixa de ser dengoso Félix! – Disse Niko abrindo a porta do banheiro e colocando só a cabeça para dar uma espiada no seu homem. – Olha, eu hoje vou passar o dia inteiro com você e as crianças tá bem?!

Saindo de dentro do Box todo molhado e ensaboado, Félix foi até Niko, provocando-o com seu corpo, dizendo:

– Uhn... O dia inteiro é?! Muito bom, muito bom mesmo! - Disse ele com o sorriso malicioso de sempre, beijando em seguida o carneirinho, deixando-o com o rosto todo molhado.

– Ah! Félix, você me deixa louco assim!

– É?! Pois, eu já sou louco! Totalmente louco por você carneirinho! – Disse passando as mãos molhadas no corpo de Niko que ainda estava sem camisa. Depois voltou para dentro do Box, religando o chuveiro. Niko quase atende a sua vontade de entrar lá com ele, mas, se segurou, deu um profundo suspiro, e saiu.

Félix estava diferente, estava apaixonado, mas, ainda gostava de provocar. Ele sabia como ser sensual. E sabia que isso deixava o carneirinho desejando-o ainda mais.

Não tinha muito tempo que havia acabado o banho, Félix se arrumava no quarto quando o telefone tocou. Niko estava entrando no quarto e parou antes para ouvir com quem Félix estava falando com tanto entusiasmo.

– Claro! Assim que puder vou correndo vê-lo! Estou ansioso para conhecê-lo! Tchau! Beijos! Também te amo!

Niko entrou no quarto batendo a porta na parede com aquela carinha de revolta.

– Posso saber com quem você estava falando nesse telefone Félix?! Tão carinhoso tão simpático?! E ainda mandou beijinhos e disse também te amo?! Posso saber quem você também ama tanto assim, Félix?!

Félix deu uma gargalhada. – Ai, carneirinho! Eu devo ter dado chapinha nos cachos de Maria Madalena pra meu companheiro ser tão ciumento assim! – Aproximando-se de Niko, pôs os braços em volta do seu pescoço. – Quem você acha que eu amo além de você seu bobo?! Mami poderosa, quem mais?!

A carinha de revolta de Niko se transformou em um sorrisinho bobo e suas bochechas ficaram rosadas.

– Ah, Félix, desculpa! É que eu não posso nem imaginar a ideia de ser traído de novo, ainda mais por você que eu amo tanto! Mas, porque você falou no masculino “vê-lo” e “conhecê-lo”?

Com um sorriso cínico, Félix percebera que o carneirinho continuava enciumado e respondeu:

– Que é carneirinho? Pensa que você é o único homem que eu amo?

As bochechas de Niko passaram de rosas para vermelhas, quando seus olhos encheram de lágrimas em um segundo.

– M-mas, Félix... Como assim?!

– Sabe carneirinho, posso dizer que tem mais quatro homens importantes na minha vida!

– Hein?! Q-quatro?! Q-quem?!

– Sim, quatro! O papi soberano; e meus três filhos, o Jhonatan, o Jayminho e o Fabrício!

Uma lágrima escorreu dos olhos de Niko, que, sorrindo, abraçou o amado, dizendo:

– Ai, Félix! Não me dá mais um susto desses! Eu sou muito ciumento mesmo! Mas, é que eu não quero te perder!

– Quem disse que um dia você vai me perder, carneirinho! Eu nunca vou te deixar! Ah, e quer saber quem eu estava falando em conhecer? O meu mais novo sobrinho! O filhinho da Paloma nasceu ontem de manhã acredita?! Mami me chamou para ir vê-lo, disse que a Paloma e o Bruno escolheram para ele o nome Bernardo em homenagem a vovó! Eu achei lindo, finalmente aqueles dois tiveram bom gosto né?!

– Ai, Félix, você não tem jeito! Que bom pra eles, mas que chato que você vai hoje porque eu já tinha deixado tudo pra passar o dia com você, agora acho que vou pro restaurante mesmo e...

Antes de terminar de falar, Félix roubou-lhe um beijo estalado e depois sussurrou em seu ouvido:

– E quem disse que não vamos passar o dia inteiro juntos?! - Niko sorriu. - Você não vai? - Félix continuou: - Você, eu e os garotos e até o papi, se ele quiser, vamos visitar o bebê da Paloma. Assim o Jayme e o Fabrício conhecem o priminho!

– Ah, Félix! Você é maravilhoso! Vamos tomar o café e daí a gente arruma tudo pra viajar e, você tenta convencer seu pai a ir!

Tomaram o café. Arrumaram os meninos e avisaram a Adriana. Enquanto Niko revisava o carro para a viagem, Félix foi falar com o pai.

– Mas, pai, é seu neto! O filho da Paloma! Ela lutou tanto pra ter essa criança, com a dificuldade que ela tinha de levar uma gravidez até o fim... Enfim, acho que ele gostaria que você fosse conhecer seu netinho!

– Pra quê, Félix? Eu nem poderia enxergar direito o rostinho dele!

– Mas, papi, você pode, pelo menos, tocá-lo! E, tem seu filhinho também, o César Júnior, não tem saudade dele?

– Tenho... Mas, ele está sendo muito bem criado pela Pilar! Não tem razão para eu ir lá, o Júnior é meu filho preferido sabe...

Félix viu os olhos do pai se encherem de lágrimas. – Então... pai! Se ele é seu filho preferido porque não quer visitá-lo?

– Por que... Porque eu nunca fui um bom pai pra ninguém! Nem pra você, nem pra Paloma, nem mesmo pro seu irmão Cristiano que morreu tão cedo sem que eu pudesse fazer nada! O Júnior está bem melhor sem minha presença! Ele nunca vai ser infeliz como você foi Félix! O Júnior vai ter a felicidade que eu fui incapaz de proporcionar a vocês!

Félix chorou. Chorou como chorou na praia no dia anterior. Aquelas palavras de César pareciam ser mais um sinal de que ele estava arrependido por tudo que havia feito ao filho. Dessa vez, Félix não sabia o que dizer ao pai, pois, realmente, ele tinha sido muito infeliz, sem o amor desse pai que ele tanto tentou ser igual. César, notando que o filho estava sem palavras, resmungou:

– O que ainda faz aqui, Félix, chorando como uma mulherzinha?! Não disse que ia pra São Paulo?! Vá, senão fica tarde!

Enxugando as lágrimas, Félix respondeu: - Sim, sim pai, eu já vou! Fica bem então tá! Qualquer coisa pode chamar a Adriana, ela vai ficar aqui!

Já ia saindo do quarto, quando ouviu o pai dizer:

– Filho... Dê um beijo no meu neto por mim! E nos seus irmãos também!

Ouvir novamente a palavra filho sair da boca do pai, era, para Félix, como se a água brotasse da terra e lavasse sua alma de todos os pecados.

– Sim, pai! Eu farei isso! Até mais!


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Gostem ou não, comentem! E continua...



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