O Fogo do Ártico escrita por Sweet Cookie


Capítulo 2
Uma manhã de verão


Notas iniciais do capítulo

Sei que tinha excluído a fic... Mas me animei de novo e resolvi restaurar!
Explicações à parte, capítulo novinho para vocês!!!!!!!!!!!!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/472948/chapter/2

Acordei com algumas gotas de água caindo no meu rosto. Lentamente abri meus olhos, piscando algumas vezes para que minha visão ficasse normal.

Depois de despertar continuei sentindo gotas caírem na minha cabeça... VERÃO! Ele chegou...

Tenho que tirar o resto da neve que ficou acumulada no meu telhado para que eu não acabe acordando dentro de uma piscina algum dia...

Comecei o meu dia com minha higiene pessoal, depois do banho fui vestir o meu uniforme, não de escola, mas de guerreira, ele não é uma armadura nem nada do tipo, é um vestido azul marinho por cima de uma blusa e uma calça de mesma cor e uma faixa branca na cintura, além das botas pretas, prendi meus cabelos castanhos e levemente ondulados em um rabo de cavalo e pronto! Já podia ir para o castelo! Peguei uma maça como café da manhã e comecei a tirar a neve do meu telhado.

Enquanto estou trabalhando escuto alguém chamar por mim...

— Kate! – gritou um moreno lá da calçada.

— Oi Natan! – gritei em resposta.

— Quer ajuda? – ele perguntou subindo no telhado.

— Claro! – disse jogando uma pá na direção dele.

Ele a segurou ainda no ar. Natan é um dos meus amigos. Ele é que nem eu: foi abandonado e ficou para ser decidido se seria um guerreiro. Uma coisa que eu não falei e que vocês devem saber é que o guerreiro escolhido pode montar um grupo de elite com os outros órfãos, e eu quis fazer isso... Meu grupo tem 3 pessoas, Eu, Natan e Valery, somos inseparáveis e entendemos sempre um ao outro.

Já estávamos terminado quando ouvi outra voz conhecida...

— Apressa aí gente! Vamos nos atrasar! Longa caminhada até o palácio lembra?

— Oi Valery! – gritamos eu e Natan.

— Já estamos indo! – disse terminando minha parte.

— Vamos Kate! – chamou Natan descendo a escada.

Desci a escada, tranquei as portas e janelas da minha casa e começamos a andar. O palácio era longe, uns 50 minutos a pé. Durante o percurso acabei me distraindo e me perdendo nos meus pensamentos.

— O que está acontecendo Kate? – perguntou Valery preocupada.

— Nada... – respondi.

— Sei... – falou Natan.

— É só que todo dia é a mesma coisa... – afirmei olhando ao meu redor. Observando as pessoas na sua mesma rotina diária que eu observava todo dia, quando ia ao palácio. Essa rotina monótona me incomodava! – Nunca muda nada! – finalmente me abri.

— Kate! Você sabe que as coisas só mudam quando Laypry está em guerra! – falou Valery em tom de advertência.

— Sim eu sei...

— E se Laypry entrar em guerra, você vai estar na linha de frente na batalha! – completou Natan gesticulando sua mão sugerindo minha pessoa.

— Eu não posso lutar! – gritei assustada.

Nunca gostei da ideia de ser guerreira justamente pelas guerras! Derramamento de sangue é algo muito desumano para mim...

— Se Laypry entrar em guerra, não vai existir poder ou não poder! – advertiu Valery séria.

— Mas... – tentei objetar.

— Bom dia guerreira! – cumprimentou o guarda do portão. – Aliados!

— Bom dia! – respondemos com cordialidade.

Quando nos afastamos do portão e do guarda...

— Aliados! – imitou Valery forçando a voz, nos fazendo rir.

— Não se preocupem! Para mim vocês são tão importantes quanto eu! – me pronunciei.

— Sinto muito, mas acho que só você pensa assim! – falou Natan cabisbaixo.

— Eu sou a guerreira de Laypry! Então já é uma honra eu achar isso! – falei séria fazendo-os rir.

— Agora silêncio! – falou Valery parando rente a porta que dava para a sala do trono.

Ela e Natan abriram a porta e eu os esperei. Andamos em passos curtos e lentos até as duas figuras sentadas nas grandes cadeiras, que levam o nome de tronos.

— Bom dia! – cumprimentamos em uníssono olhando para eles.

— Bom dia! – responderam assentindo com a cabeça, o rei John e a rainha Hellena.

— As majestades têm alguma tarefa para nós? – perguntei dando um passo a frente.

— Por hora não! – respondeu o rei.

— Podem ir para a sala de treino! – falou a rainha.

Saímos da sala do trono e seguimos por um corredor do lado esquerdo da sala em que estávamos. Nesse corredor ficavam as pinturas de todos os reis que Laypry já teve. Mas eu nunca presto atenção nessas pinturas.

Paramos diante de uma porta gigante branca fazendo contraste com a parede preta onde ela estava. Abri a porta e entramos numa sala com vários equipamentos.

Peguei meu fiel cetro que eu mesma esculpi. Ele tinha uma linha elástica que quando puxada e colocada na outra ponta transformava o cetro em arco, já se puxasse a ponta com um desenho da cabeça de um urso polar uma lâmina aparecia e o cetro virava uma espada. Esses eram os dois equipamentos que eu usava com mais maestria.

Quanto aos outros, pegaram os equipamentos que também usavam com maior maestria. Natan o chicote e Valery seu inseparável bastão de madeira.

— Vamos a um rápido treino de aquecimento! – falei passando por eles e me dirigindo a um espaço vazio.

Eles me acompanharam e paramos em uma prateleira com três cintos de couro, esses eram os nossos cintos de treino.

Peguei meu cinto e coloquei o mesmo na minha cintura, um pouco folgado para não me atrapalhar no treino. Em seguida prendi o cetro no cinto de couro marrom e me dirigi ao espaço vazio do salão onde meus amigos já me esperavam.

— Então... – começou Natan tomando posição à minha esquerda. – Que arma você vai usar hoje?

— Não é uma arma! – contrariei irritada. – É um equipamento!

— Tá, mas qual vai ser? – perguntou Valery que estava à minha direita.

— Espada! – respondi desembainhando a mesma.

— Ok! – responderam em uníssono preparando seus “equipamentos”.

— Tem certeza que querem apanhar? – perguntei divertida enquanto começávamos a nos preparar girando a roda.

— Convencida! – exclamou Natan atirando o chicote na minha direção. Saltei para trás fazendo a ponta do chicote atingir o chão.

— Eu não sou convencida! – reclamei movimentando minha lâmina na direção de Valery, que apartou o ataque com seu bastão.

— Não! Imagina! – ela exclamou passando sua perna por trás da minha tentando me fazer perder o equilíbrio.

— O sarcasmo mandou saudades! – exclamei irônica mantendo o equilíbrio e atirando meu corpo para a esquerda fazendo Valery cair, mas ela me puxou junto.

— Que cena linda! – exclamou Natan sarcástico atirando o chicote que se enroscou na perna da Valery.

— Não enche! – gritamos eu e Valery juntas.

Natan deu um sorriso de canto e eu me toquei que ele aprontou. Ele chacoalhou o chicote com força e Valery pulou do chão me fazendo cair para o lado direito de cara no chão.

Fiquei parada no chão enquanto Natan ria freneticamente.

— Você vai pagar caro por isso! – gritei pulando em cima do Natan que se assustou com o meu ato súbito.

Larguei a espada e derrubei-o no chão. Fiquei em cima dele com meu braço em sua garganta.

— Nunca me faça beijar o chão! – alertei o encarando com meu melhor olhar fatal.

— Não vou esquecer esse concelho! – ele falou rindo e passando sua mão pelo meu rosto.

— Que bom pra você! – falei segurando a mão dele e ficando bem próxima do seu rosto.

— Katherine! – chamou um guarda entrando pela porta.

— O que houve? – perguntei preocupada.

— O rei a rainha me mandaram vir buscá-la... – ele fez uma pausa, não sei por que. – E você está bem Aliado? – ele falou confuso. Só aí eu me toquei que ainda estava em cima do Natan.

— Desculpa Natan! – falei saindo de cima dele.

— Tudo bem! – ele falou se levantando.

— Vamos? – chamou o guarda.

— Eu sei o caminho! Vou sozinha! – falei seca, indo em direção à porta, mas parei do lado dele e sussurrei. – E nunca mais chame meus amigos de “Aliados”!

Retirei-me antes que ele pudesse responder e segui pelo corredor das pinturas em direção à sala do trono.

Sabia por que o rei e a rainha haviam me chamado... Minha tarefa estava prestes a começar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Caso tenham dúvida sobre os nomes:
Katherine se pronuncia: Caterine
Natan se pronuncia: Neitan
Valery se pronuncia: Valery não com "i", mas um pouco mais embolado.
Se não entenderam, isso também não afeta em nada!!!!

Se puderem...
COMENTEM!!!!!!!

Bjs Bia ^-^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Fogo do Ártico" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.