Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 18
Capítulo XVII


Notas iniciais do capítulo

Conversamos lá em baixo.



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Estava lendo debaixo de uma arvore no jardim no pátio, no meu horário livre, depois de Herbologia e antes de DCAT. Esse é um lugar agradável de ficar, pensei, fechando o livro e rumando ao castelo. Não havia comido e faltava ainda 3 horas para o almoço, então fui paparicar alguns elfos domésticos na cozinha. Comecei sem pedir nada, e depois, quando pedi uma fruta, ganhei morangos, laranjas, uvas, limas, e até melancias. Eu sorri para uma elfa chamada Lynfa e ela sorriu de volta, com um sorriso macabro e torto.

Fui andando sem cerimonia para DCAT mesmo sendo uma aula importante. Cheguei lá cedo e fiquei me perguntando onde diabos estavam às mesas. Na sala com certeza não era. Encarei o armário que mexia e remexia no meio da sala e perguntei mentalmente o que a Professora tinha para nós. Fui até o armário, onde pude ver meu reflexo pular ao ouvir o “PÊÊ” do sinal da troca d’aula. As pessoas foram se amontoando na sala e eu fiquei bem na frente... De Potter. É o destino, Lily Rose Evans, aceite isso e vai doer menos. Cale-se consciência. O mundo trouxe Potter e afastou Snape, o que isso te diz? Cale-se consciência. Beije-o Evans, BEIJE-O!

–Argh! –Eu dei um gritinho, assustando tanto Potter e Amanda, que havia me presenteado com uma chuva de cabelos loiros na cara ao virar espantada, quanto a Professora que me olhou com os olhos negros, assustada que eu estivesse tendo uma premonição, supus. –Me desculpa. Eu só pensei alto.

A Profª assentiu e começou um longo e entediante discurso sobre os bichos-papões, nada novo.

–Hoje vamos enfrentar os nossos piores medos! -Matéria do terceiro ano pensei, mas não me atrevi a dizer. – Srta. Evans, ficando em primeiro lugar na fila significa passar por seu pior medo primeiro. Venha.

Eu fui confiante. Não fazia ideia do me esperava. Memorias ruins? Comensais? Sev de Comensal? Eu e Potter em um momento +18? Aranhas?

–Srta. Evans, você tem que usar o encantamento “Riddikulus” para acabar com o bicho-papão. Por que... –Ela disse

–Porque as risadas do ‘’ridículo’’ que ele se tornara acabarão com ele de uma vez. –Eu disse

–Mais dez pontos para Grifinória – Eu sorri ao ouvir o som dos rubis ao longe caírem, mesmo não tendo os ouvido realmente. -Vamos?

Ela abriu a porta e saiu de lá uma luz preta, que se transformou em um homem com 30 anos mais ou menos, muito bonito, com olhos verdes e cabelos morenos, lembrando um James com meus olhos. Encarei-o boquiaberta. Como eu podia ter medo daquele... Gostosão? Mas o sorriso dele me fez tremer. Diferente de James, Black, e qualquer outro ser humano –bruxo ou não- o sorriso o tornava mais macabro. O rosto dele foi se transformando após o sorriso, até virar uma criatura tão conhecida e temida. Voldemort nos encarava. Seu olhar percorreu meu corpo, agora petrificado, e depois encarou suas mãos fantasmagóricas e pálidas. Apareceu uma varinha na mão esquerda e ele a apontou para mim, berrando: “Avada Ked...” a voz dele sumiu quando ele virou uma Veela, fazendo todos rirem. Menos a professora. Ela me encarava com medo e ao mesmo tempo, algo que parecia respeito.

–Sr. Black. –Ela chamou Sirius, ainda rindo da ideia de Voldemort cantando e dançando músicas típicas da França – Sua vez.

No lugar da Veela, apareceu dementadores. Muito sensato, pensei, temer o medo. Sorri para Black, e depois para James. A vozinha, mesmo estando mais baixa, ainda vibrava com vários: Beije-o! Beije-o! Beije-o! Beije-o! Não, pensei. Não posso.

Depois de mais quatro pessoas, incluindo Amanda, cujo maior medo era libélulas, o “PÊÊ” tocou. Minha cabeça ficava me falando para segui-lo e eu o fiz. Ele foi para as masmorras e lembrei-me da nossa aula de Poções. Bati a mão na testa ao pensar em Sev. Droga Evans! Potter me ouviu. Eu não sabia que tinha verbalizado a frase “Droga Evans!”.

–Evaans! –Ele falou puxando o “a”. Eu estava quase pulando nos braços dele. Naqueles braços musculosos e entrelaçando minhas pernas na cintura dele. Naquele abdômen bem definido... DROGA EVANS! Balancei a cabeça. Puxei-o até um corredor escuro pela gravata, ele me encarava malicioso.

–Você bebeu uma Felix Felicis não é? –Falei, ele me olhou espantado- Esquece, eu não quero nada...

–Por quê? –Ele falou

–Porque eu quero dormir com você. No pior sentido da palavra. –Eu falei bem sincera. Ele sorriu malicioso. Eu já imaginava que ele deve ter dormido com metade das meninas do colégio, mas me olhar como se eu fosse um pedaço de carne e ele um leão fez a vontade que apertava meu estomago e coração com uma mão gelada e dura, afrouxar.

Potter colocou as mãos na minha cintura. Ele me encarou por baixo dos óculos. Beija meus lábios, minha clavícula, meu pescoço, só me beija, AGORA! Eu senti uma enorme vontade de gritar, berrar para James me atender. Ele, com se estivesse lendo meus pensamentos me colocou contra a parede. Uma mão de cada lado da minha cabeça. Eu queria beija-lo, mas parecia tão errado. Eu pensei no quão bem o corpo dele devia se encaixar no meu. Em todos os sentidos.

–Nós podemos perder a aula, Evans. Só fala as palavras.

–Nós temos que voltara para a aula. –Eu falei, encostando a testa na dele, e sentindo o sangue subir, porque eu devia estar muito descabelada. Afinal, Potter havia puxado meus cabelos para nos aproximar. –Agora, Potter.

–Droga, Evans. –Ele falou e eu não pude deixar de sorrir.

Ao entrarmos na sala me sentei entre ele e Lupin, sem ligar para os olhares de todos, inclusive o do velho Sluge e muito menos para Amanda soltando gemidos de reprovação. Claro que meu coração ficou apertado quando vi Sev, mas isso passou em segundos.

Fiquei pensando no gosto dos lábios de Potter. Como seria beija-lo após uma partida de Quadribol. Como seria beija-lo na chuva. Como seria beija-lo sem roupa.

O sinal tocou e eu me despertei em segundos. O que era para eu ter feito? Olhei para o quadro e vi a “Poção Morto-Vivo” no quadro.

–Potter, me ajuda. –Eu falei, suplicando- Eu transo com você ou qualquer coisa, só me dá um pouco de sua poção.

Ele levantou uma sobrancelha e sussurrou “Vou cobrar” ao trocar o caldeirão.

–Potter... Potter... Que decepção. –Slughorn disse ao passar por Potter. - Olhem Lily! Sempre perfeita! Mais 55 pontos para a Grifinória.

Eu sorri e falei sem fazer barulho “Obrigado” para Potter. Ele só piscou.

***

Acordei na manhã do dia 30 de janeiro com Amanda pulando na minha cama, com um bolo escrito “Sra.Potter” e com muito glacê em cima. Ri muito com ela e olhei para a pilha de presentes, eu era tão amada assim? Procurei o de Potter em vão, e meu coração murchou um pouco. Vi o de Sev e nem abri. Deixei para depois.

Ao entrar no Salão Principal, a mesa da Grifinória começou um couro de “Parabéns, querida Lily” acompanhada por professores e até mesmo de Dumbledore. Eu sorri de orelha a orelha ao ver Potter com um embrulho em mãos. Na parte do “Com que será?” todos gritaram isso mesmo, gritaram James Potter. Eu corei e ele também.

Quando ele levantou e veio até mim, achei que ele fosse me beijar, ou qualquer coisa assim, mas ele só me abraçou e me entregou o embrulho, que se mexia. Eu encarei o presentinho com medo, mas ele só sorriu. Eu abri e vi uma coruja branca. Pulei em Potter, sem me importar. Não o beijei nem nada, mas o abracei com força.

–Potter... –Eu meio que gemi em seu ouvido quando todos voltaram a falar- Obrigada. Você pode me encontrar as 23:00 na estufa 4 hoje?

–Posso sim, Evans. –Ele falou minha cabeça ainda em seu pescoço- Mudou de ideia?

–Talvez - Eu falei manhosa de novo, de modo que ele ficou com os braços rígidos em volta do meu corpo, com muita vontade de me agarrar eu percebi. –Só me encontra lá.

Hoje era sábado, então Potter passou o dia treinando Quadribol e eu passei o dia lendo. Mergulhada em ficções trouxas, como “O Senhor dos Anéis”. Quando deu 18:00 eu fui correndo comer, estava faminta.

***

–Evans! –A voz de Potter encheu meus ouvidos as 21:00 no Salão Comunal. –Tenho uma coisa para você.

Ele chegou arfando, com um uniforme da Grifinória com os dizeres “POTTER” atrás. Eu sorri com aquilo.

–Obrigada, James.

–Não há de quer, Lily.

Sorrimos juntos e eu coloquei a blusa de Potter, meu vestido.

***

Ás 23:05 Potter estava na porta da estufa 4, de pijamas, diferente de mim, que ainda usa o vestido POTTER. Ele sorriu a me ver.

– Entra Potter.

Ele me obedeceu. Quando entramos uma das mesas estava vazia, eu não o vi, mas sabia que sorria com malicia. Eu cheguei muito perto dele, de modo que quando ele virou, nossos narizes se tocaram. Estávamos tão próximos que a única solução era nos aproximar ainda mais com um beijo, ou com mais do que um beijo. Beijos... Tão simples quando comparados aquele tipo de contato, pensei.


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Notas finais do capítulo

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