Counting stars escrita por Quione


Capítulo 4
Velho conhecido


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, fiz com muito amor, espero que os fantasmas apareçam, não me façam forçar o Nico!



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Antes de ser caçadora, eu costumava quebrar muitas regras, pelo menos mais do que as minhas "amigas" ... Como uma filha de Afrodite, eu sempre tinha um grupinho que ia para "lugares legais" depois do toque de recolher, que na minha opnião era para crianças, eu fazia isso desde os meus dez anos, e eu me lembro da última vez que fiz, eu tinha 16 e tive meu primeiro 'paquera' como chamavam, eu lembro que pulei a janela do meu quarto e usava meu vestido favorito, com uma maquiagem impecável e lembro de ter passado a tarde com minhas amigas falando sobre isso.

Agora, eu vejo como eu era estúpida, mas voltando ao presente, eu não estou tão diferente, a diferença é que.. Eu passei o dia falando mal do jantar com minhas amigas, vesti um vestido que eu já vestira bilhares de vezes, não passei maquiagem como forma de desprezo, porque eu sempre marco meus olhos com delineador e minha boca com batom, assim como muitas caçadoras, não precisei pular nenhuma janela, pelo contrário, tiveram que me arrastar pela porta e mesmo assim eu estava burlando regras como:

1ª- não ter contato com homens

2ª - não jantar na mesa que não for a sua

3ª- Não apostar coisas como encontros ( o que para mim é tolice, já que eu sempre ganho, menos dessa vez) e poderia citar mais um bilhão de regras, mas estou com preguiça

– Você não parece animada para o encontro, vamos lá! Cade sua empolgação de filha de Afrodite? - Thalia disse rindo, eu apenas a olhei com minha cara de "eu te odeio e vou te matar", respirei fundo continuei a andar

– Vamos lá, um monte de meninas se matariam por isso! - Anne exclamou rindo - Cuidado para não se apaixonar- ela advertiu

– Se eu quisesse, ele já estaria - falei rindo

– Eu não estava falando dele - ela retrucou, revirei os olhos. Olhei para as outras caçadoras e disse:

– Eu odeio vocês! - falei

– Nós te amamos - elas gritaram

– Tem certeza que eu não posso desistir? - perguntei para Thalia

– Nem pense nisso, você deu sua palavra, agora cumpra, seria pior não cumprir sua palavra. Concordei e dei um leve sorriso.

Olhei para o céu e fiz uma prece "Lady, me ajude" de longe vi uma silhueta de uma mulher com longos cabelos castanhos e cacheados, um longo vestido vestido vermelho que contrastava com sua pele pálida, ela sorria e era um sorriso lindo, tinha um batom vermelho impecável e piscou para mim, mas aquela não era Ártemis, era minha... Mãe ?! Por aquilo, soube que minha noite ia ser interessante.

– Pinheiro, pode me dar uma faca? - ela me passou uma faca que eu prendi na minha cintura. Procurei Alguém na mesa 13, mas não tinha ninguém, suspirei aliviada.

–Procurando por mim? - levei um susto quando ele falou atrás de mim

– Por favor, vamos acabar logo com essa tortura? - ele segurou minha mão e o cenário mudou, tudo ficou preto, instantaneamente segurei o cabo da faça, eu estava ficando tonta, até que paramos em frente a um restaurante.

– Esse não era o acordo - falei entre dentes

– Eu sei, mas é legal sair pela cidade pelo menos uma vez, não acha? Você nunca se separa da caçada, achei que você merecia isso - disse sorrindo eu apenas acenei e dei um leve sorriso.

Quando olhei para frente, meu corpo tremeu, meus olhos piscaram em descrença, era o restaurante onde eu comia com meu pai, era um lugar onde só se vendia hambúrguer e coisas gordurosas, foi onde eu passei minha infância indo, meu sorriso se alargou e tive lembranças do meu pai, uma lágrima escorreu pelo meu rosto enxuguei antes que ele visse

– Esse lugar é importante pra você ? - ele perguntou preocupado.

–Eu costumava vir aqui com meu pai, antes de virar uma retardada e ele ser chamado para voltar ao exército - disse rindo me lembrando disso, ele forçou um sorriso.

–Todos nós temos lugares que nós tornam mais vulneráveis - disse me puxando para entrar.

Tudo estava igual, os mesmos cartazes em moldura, uma parede cheia de coisas do Elvis,Frank Sinatra e cantores que eu gostava, me senti em casa, mesmo sabendo que alguns daqueles cartazes eu mesma tinha entregado para a dona, sorri ao lembrar dela e dos filhos que me faziam sorrir sentamos em uma mesa , perto do balcão, fizemos nossos pedidos e quando foram entregues e o garçom olhou pra mim, ele se assustou, até eu me assustei. Ele estava velho, lento, seus cabelos castanhos agora estavam brancos, seus dentes amarelos, seu olhar triste e perdido.

–Você me lembra muito uma velha amiga - Carl disse, eu me lembro que ele tinha uma paixão por mim, sorri ao ouvir o 'amiga'

– Obrigada, eu acho - disse sorrindo

– Qual seu nome,menina?

– Zara, senhor - respondi vendo a reação de choque dele

– Você conhece Zara Smith? - ele pronunciou meu nome com tanta esperança, que eu resolvi dar alguma

– Você fala da minha avó? Dizem que somos muito parecidas- argumentei

– Como ela está?

– Bem, muito bem

– Ela está casada? Com quantos filhos? Por que ela foi embora? Ela já falou de mim?

–Ela nunca chegou a casar, na verdade, ela foi embora com o pai, para a guerra - mentia tão descaradamente - só teve uma filha, minha mãe, com um tenente e foi feliz até sua morte - isso era o meu futuro que eu sempre desejei, sem mentiras, sem bobagens, só um fim feliz - Ela morreu há uns anos - isso pareceu esfaquea-lo, fiquei triste em vê-lo assim, ele era sempre tão alegre, fazia várias meninas serem loucas por ele, eu era a única imune ao seus encantos. Ele nos deixou comendo

– Você nunca teve uma avó chamada Zara, teve ?

– Não, nunca - Por que você mentiu?

– Eu quis dar esperanças ou dar um fim em Zara por vez, um final feliz sabe? Casou, teve filhos, morreu feliz

– Você ainda pode. - ele falou triste se lembrando de algo

– Eu queria, mas não posso, me sentiria pedófila - disse rindo e ele riu - Você nasceu antes da segunda guerra? - eu apenas acenei

– Eu também, você não seria tão pedófila assim - eu ri

– Não é tão simples, eu amo o que faço e sou fiel -disse sorrindo.

Ele ate que não era tão insuportável, passamos a noite conversando sobre coisas aleatórias e rindo um do outro, demos uma volta por New York, vimos filmes com péssimos atores, olhei a Time Square mais uma vez e voltamos ao acampamento.

– Sabe di Angelo, esse foi o melhor encontro que eu já tive - disse rindo - e olha que já tive muitos

– O meu também, só falta uma coisa - disse se aproximando

– Não me toque! - adverti e sai correndo.

Antes de entrar no meu chalé vi mais uma vez Afrodite sorrindo para mim e eu entrei no meu chalé onde havia várias caçadoras preocupadas e curiosas. Me sentei e comecei a contar sobre a noite...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, estou muito ansiosa pelos comentários, espero que tenham gostado, beijos e chocolates do rei dos fantasmas?



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