Feathers of Love escrita por Hillary McKarter


Capítulo 3
Capitulo 2- Just a Dream?


Notas iniciais do capítulo

Ok tem muita gente querendo me matar e eu simplesmente não sei como me desculpar pela demora.
Sinto muitíssimo mesmo. Estou ainda tentando conciliar minhas aulas com meu tempo livre, mas as provas estão se aproximando e isso esta ficando difícil. Mas... eu dou um jeito.
Sim, eu mudei a capa porque acabei achando essa nova mais fofa e olha que eu ainda tinha uma outra reserva para escolher. O que vocês acharam?
Para compensar o tempo perdido, escrevi mais linhas do que eu mesmo esperava.
Aqui teremos a aparição de mais uma personagem que eu desde a entrega dos Oscars eu não pude me conter em deixá-la de fora desse capitulo. Sim, é uma personagem de Frozen!
Se tiverem sugestões para algum casal é só me falar, ok?
Agradeço ao carinho das minhas leitoras nos comentários e que sejam sempre bem vindas suas criticas, viu?
Bem, é isso aqui em cima. A gente se vê lá embaixo.
Boa leitura



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O vento frio da noite novamente me rodeou fazendo todo o meu cabelo bagunçar e meu rosto se tornar cada vez mais frio e vermelho. Abracei meu corpo de forma a aquece-lo, porém sem sucesso. As lojas ao meu redor estavam fechadas naquele horário da noite e além de mim, não havia nenhuma alma viva naquele lugar que eu levemente desconfiava ser o centro da cidade. Sim, eu estava perdida.

Desde as 19h eu descobri que minha "irmã" Lauren acabou saindo com alguns professores do colégio para comemorar a sua entrada no "inferno" e parece que, devido a isso, ela deve ter se esquecido de mim... Completamente! E então , sem saber o seu número e muito menos onde ficava nossa casa, eu me vi sem escolha a não ser tentar a sorte e ver até onde ela me levava. É claro que eu não havia imaginado que, depois de ter amanhecido sem memória e feito uma prova sem ter estudado, ela iria me trazer para cá. Este, com certeza, não era um dia dos melhores para mim. Como eu queria não ter me esquecido de tudo!

Atravessei a rua correndo quase sendo atropelada por um fusca e, quando cheguei ao outro lado, sentei cansada e suspirei exausta. Eu tinha que dar um jeito de me lembrar do caminho de casa. Eu simplesmente estava sem opções! Olhei desesperada ao redor procurando alguma saída. Tinha que ter algo que me parecesse familiar por estes lados. Por menor que seja. Por mais insignificante que pareça. Eu só precisava de algo que...

De repente uma brisa muito forte me rodeou me forçando a fechar os olhos e me abraçar novamente. Como estava frio.

_Por que você não me vê? - Ouvi subitamente.

Aquela voz... Era igual à voz do meu sonho! Abri meus olhos num movimento brusco e finalmente vi a poucos passos de mim o garoto misterioso de hoje de manhã. Ele me olhava parecendo perdido e chateado. Sua expressão era um misto de preocupação e decepção e seu corpo estava curvado de forma a mostrar a sua exaustão aparente. Neste momento soltei minha respiração e uma pequena fumaça saiu de meu nariz congelado. Meu corpo então relaxou e uma sensação quente e confortável me rodeou. Por alguma razão eu me senti aliviada. Senti como se aqueles olhos azuis lindos que me miravam pudessem de alguma forma de me proteger de algum mal misterioso. Como se aqueles lábios que transmitiam tanta tristeza naquele momento pudessem se curvar e mostrar duas fileiras de dentes tão brancos e perfeitos que qualquer um se derreteria por dentro. E senti como se finalmente reconhecesse algo desde hoje cedo.

De repente hesitei ao lembrar-me das palavras de Lauren. Uma ilusão, uma alucinação. Eu só podia estar imaginando coisas. E se aquele rapaz a minha frente não fosse nada mais nada menos do que alguém que eu tivesse inventado da minha imaginação? Balancei a cabeça reprimindo tais pensamentos irracionais. Aquilo era real! Aquela sensação. Aquele garoto. Eu não podia ter simplesmente inventado tudo isso.

_Lucy, por que você não acredita em mim? -choramingou o rapaz fazendo meu coração se apertar.

Em um leve movimento seus pés se desprenderam do chão fazendo-o flutuar bem em minha frente e este aos poucos começou a se afastar lentamente de mim. Levantei-me desesperada e gritei por ele que já estava a uns dois metros de distância de mim.

_Não! Espere!

Corri sem pensar até o meio da rua e gritei mais alto.

_Eu te vejo! Eu acredito! Eu...

Uma forte buzinada me interrompeu então. Assim que virei meu rosto para o lado vi uma caminhão vir à toda velocidade em minha direção. Nesta hora o pânico tomou conta de mim e meu corpo ficou imóvel de pavor. Um grito mudo de socorro se perdeu no ar e eu pude sentir o meu corpo ser jogado para frente sem o menor esforço. E neste momento eu me senti morta.

~~~~~`

Acordei berrando desesperadamente. Próximo a mim um miado agudo repercutir por todo o lugar junto à algo estilhaçando no chão. Olhei ao redor assustada a procura do caminhão ou da estrada, mas tudo o que vi foi meu quarto (simples, porém ainda estranho para mim) me rodear. Engoli o seco e tentei me acalmar. Tinha sido um sonho, um pesadelo. Tudo aquilo era só coisa da minha cabeça: o acidente, o caminhão, o... rapaz. Um aperto se formou em meu coração e eu não pude deixar de amassar minha camisola nervosa e decepcionada. Tinha sido tudo um sonho.

Senti então algo pesado se aproximar de mim e vi em minha frente Brad Kit, o gato branco e gordo de minha irmã, a me observar como se eu fosse algum tipo de idiota. Ele miou para mim e eu pude pela primeira vez ver uma pedra linda e colorida presa por um fio ao seu pescoço. Tentei aproximar minha mão dela, porém o felino logo impediu meu movimento com uma de suas patas. Ele virou-me as costas e saiu do quarto me deixando sozinha novamente.

Olhei então para o espelho de meu quarto e senti a falta de algumas fotos antes penduradas nele. As lembranças de ontem a noite então se voltaram para mim e eu pude finalmente sentir as olheiras causadas pela falta de sono. Assim que Lauren me trouxe para casa, eu havia vasculhado toda e qualquer foto que pudesse me ajudar a lembrar de quem eu era ou de minha vida de antes da minha amnésia, mas, por incrível que pareça, quanto mais eu olhava as imagens, mais eu me sentia uma estranha no meio delas. Não sei. De alguma forma, aquelas poses, aqueles sorrisos, aqueles momentos me pareciam tão... falsos. Era como se tivessem sido montados ou algo assim. Como se fossem falsas memórias. Isso era possível?

De repente a porta se abriu com força e Lauren apareceu agitada enquanto segurava uma vassoura na mão:

_Ok, pode vir, ladrão filha da mãe! Cade ele, Lucy?

Infelizmente, não pude de deixar de rir daquela cena. Lauren com o cabelo todo bagunçado me olhou furiosa e depois de alguns minutos brigou comigo por ter quebrado o copo de água ao meu lado. Demoramos cerca de meia hora para arrumar a bagunça e nos dirigir à escola. Enquanto vasculhava meu quarto procurando um livro encontrei um mp3 antigo de Lauren e um fone de ouvido pequeno. Discretamente acabei pegando-o emprestado e o usei durante toda a viagem de carro até o colégio me esforçando o máximo para não ter uma alucinação novamente. E, para a minha alegria, funcionou.

~~~~~~

_E então ele olhou para mim e disse: "Qual é a próxima aula?" Ahhhhh! - berrou Rapunzel entusiasmada. - E então eu disse: ....

Punzie continuou com aquela conversa que mais se parecia um monólogo para mim. Eu simplesmente não fazia ideia do que ela estava falando. Estávamos a apenas cinco minutos do nosso horário de almoço e tudo o que eu estava entendendo até agora era que o meu lanche se basearia em uma salada simples e um suco de uva de caixinha. Virei-me confusa para Jonathan que comia um pedaço de massa enquanto ouvia entediado àquela conversa.

_Do que ela está falando? -perguntei.

_Sinceramente... eu preferiria permanecer na ignorância como você, Lucy.

_Ah, mas o Flynn Rider é tão... tão... -continuou Punzie com uma voz sonhadora.

_Idiota. - disse Jonathan cortando-a.

Rapunzel o fuzilou com os olhos

_Olha quem fala. - respondeu brava.

_Pelo menos eu não uso spray de cabelo pela manhã. - bufou meu amigo.

_Não? Então imagino que seu cabelo seja armado naturalmente não é? Que dó de você.

Senti novamente uma troca de olhares bravos entre os dois. Suspirei irritada. Aquilo já começara a ficar chato. Peguei a mão de Rapunzel que me olhou e pareceu finalmente entender o que eu queria. Ela então relaxou os ombros e pegou rapidamente um folheto da mochila me entregando logo em seguida com um sorriso no rosto.

_Está pronta para amanhã, Lucy?

Naquele momento eu acabara de tomar um gole do meu suco de caixinha e, devido ao susto, quase o joguei para fora de minha boca. Comecei a engasgar discretamente por alguns segundo e quando finalmente voltei ao normal, olhei Punzie, espantada. O que eu iria fazer? Eu não fazia a menor ideia do que tinha amanhã. Aquilo tinha me pego de surpresa de forma que eu não soube direito o que responder. E assim, comecei a gaguejar incondicionalmente.

_Ah... bem... O que tem amanhã mesmo?

Jonathan e Rapunzel então compartilharam um olhar surpreso e confuso por alguns instantes antes de se virarem para mim novamente e me explicar.

_Amanhã é quando o Triângulo das Bermudas abre, se esqueceu? - disse minha amiga sorrindo.

_É o melhor parque de diversões da cidade. Eles só vão ficar um ou dois meses aqui. Nós temos que visitá-lo. - falou Jonathan rindo.

_Nós vamos visita-lo. - corrigiu Punzie.

Eu sorri para eles parecendo animada. Eu não me lembrava de ter ido a um parque de diversões. Deveria ser muito divertido, principalmente com Jonathan e Rapunzel ao meu lado. Tenho certeza que Lauren não se incomodaria em me deixar ir para lá. Afinal, nós éramos "irmãs".

_Com licença. - ouvimos então alguém nos interromper.

Assim que me virei vi uma linda garota nos observando séria e indiferente. Seu cabelo era loiro claro e seus olhos eram azuis como o do garoto em meus sonhos. De alguma forma eu senti uma semelhança entre eles. Ela estava usando uma blusa de manga comprida fina azul claro e uma calça jeans escura. Seus braços cruzados estavam pressionando alguns papéis preenchidos contra o próprio peito enquanto com a mão direita segurava um cartaz cuja informação ainda era um mistério para mim.

_Ah... Presidente Elsa. - disse Jonathan com uma voz boba ao meu lado. - O-O dia está lindo hoje não é?

Eu e Rapunzel então encaramos nosso amigo perplexas com o seu comentário incomum e ficamos surpresas ao ve-lo babando pela garota em nossa frente. Quem diria que Jonathan estava interessado nela?

Elsa no entanto não se incomodou com ele e apenas ficou trocando olhares entre mim e o papel que segurava em sua mão por alguns instantes antes de começar a falar comigo.

_O diretor está te chamando na secretária, senhorita Lucy. Ele diz ser importante.

_Me chamando? - perguntei assustada. O que eu tinha feito de errado agora?

E, parecendo ler meus pensamentos, Elsa disse friamente enquanto analisava o cartaz segurado:

_Não se preocupe, não é isso que ele quer conversar com você. Tenho certeza.

_Mas então o que é? - disse ainda pasma e cheia de curiosidade.

Elsa finalmente desviou a atenção do papel para me olhar parecendo cansada de minha perguntas e, antes de me responder, suspirou impacientemente.

_Desculpe, mas poderia simplesmente ir para lá? Eu estou meio ocupada com esses papéis e não queria ser incomodada com indagações de pouco caso. Obrigada.

E assim, a garota se afastou de nossa mesa sem nem ao menos esperar uma resposta minha. Ouvi Rapunzel sussurrar irritada atrás de mim.

_E lá se vai a Rainha de Gelo da escola. - concluiu voltando a comer seu sanduíche de atum.

_Qual é, Punzie? - repreendeu Jonathan voltando ao seu normal e tomando mais um gole do refrigerante comprado. - Ela não tem culpa de ser filha do diretor. Ela tem que ser neutra com as pessoas, você sabe disso.

_Neutra? Neutra?! - berrou minha amiga batendo na mesa e se levantando. - Ela está mais dando uma de superior do que de "neutra"! Ela é arrogante, irritante, fria e...

_Hã... Punzie. -a interrompi antes que fossemos ouvidos pela escola inteira. - Sem querer atrapalhar a sua discussão, mas... poderia me mostrar onde fica a secretaria, por favor? Eu estou meio perdida por aqui.

~~~~

Levamos cerca de cinco minutos até chegar à secretária. Rapunzel se despediu de mim rapidamente com um aceno de mão para que pudesse voltar ao refeitório antes que Jonathan comesse seu almoço também. Sem me incomodar eu também acenei para ela e entrei pela porta da frente.

Acabei sendo dirigia à sala de espera pela secretária que parecia tão empolgada para trabalhar como uma criança é para comer brócolis. Fiquei lá por um bom tempo e quando a porta finalmente se abriu me levantei nervosa e curiosa para ver o diretor. No entanto, a primeira pessoa que apareceu não foi o pai de Elsa e sim um rapaz moreno mais novo que me pareceu levemente familiar a distância . Porém quando este se virou para mim e pude ver o seu rosto de perto senti meu coração parar por um momento. Tive que piscar várias vezes para acreditar no que estava em minha frente e ainda sim belisquei o meu braço para finalmente confirmar o que meus olhos aparentavam estar me pregando uma peça.

Era o garoto dos meu sonhos. Quer dizer, era parecido com ele. Apenas seus olhos e seu cabelo se diferenciavam por serem castanhos escuro e sua pele por ser morena e não pálida. Mas fora isso, ele era a réplica perfeita do garoto que eu havia sonhado noite passada.

Senti então um forte rubor se formar em minhas bochechas e sem qualquer aviso minhas pernas bambearam para trás me fazendo quase cair no chão. Minhas mãos tremeram e suaram e meu coração estava batendo tão alto naquele momento que eu sentia que qualquer um poderia ouvi-lo. O que estava acontecendo comigo? Eu não podia estar agindo assim por alguém que eu acabara de conhecer.

_Oi. O seu nome é Lucy, não é? - disse o rapaz com a mesma voz que o outro. Eu corei mais ainda.

Não respondi, nem sei se conseguiria. Eu estava tão perdida naqueles olhos castanho escuros que por um momento quase não lembrei meu nome. No entanto, sem esperar qualquer resposta vinda de mim naquele estado o rapaz estendeu a mão num gesto carinhoso e nossos olhares se cruzaram. Os deles expressavam um misto de satisfação e curiosidade, os meus de nervosismo e dúvida. Com muito esforço toquei em sua mão para retribuir seu gesto e senti todo o meu corpo arrepiar ao sentir aquele calor humano emanar dele. Olhei-o discretamente e vi um sorriso com seus dentes perfeitamente arrumados e branco se formar naqueles lábios sedutores. Sua voz novamente repercutiu por toda sala e eu não pude deixar de me surpreender ao ouvir aquela frase:

_Prazer, meu nome é Jackson Overland Frost. Mas meus amigos me chamam mais de Jack Frost.


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Notas finais do capítulo

Oie novamente! E ai? Gostaram? Odiaram?
Gente, a Elsa só vai ser meio fria assim no começo. Já tenho mais ou menos imaginado o que vai acontecer com ela mais para frente, mas é claro que eu não vou falar hehehe.
Enfim, comentem, ok? Adoro todos os comentários de vocês.
Beijos até o próximo capitulo ;)