Raivas Insubstituíveis escrita por Beatriz


Capítulo 12
Capítulo 12 - Mais Surpresas e Mais Hidromel


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde ou boa noite hehehe! Boa leitura!



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– Parabéns Clube Água, vocês venceram a prova número dois! – Professor Santana dizia enquanto estávamos na sala de aula.

– Jura? Nem tinha percebido. – Gustavo sussurrou em meu ouvido fazendo-me rir.

– Agora eu tenho uma surpresa para vocês. – Continuou o professor.

– Vou tirar férias! – Coloquei as mãos para cima e atrás de mim, pegando um tufo de cabelo de Gustavo e puxando.

– Cale a boca, deixe-me ouvir. – Disse para ele.

– Ai, Catarina! Para com isso. – Ele colocou a mão em cima da minha tentando tirá-la de seu cabelo cumprido.

– Vocês terão férias extra, férias antes das provas acabarem.

– Como assim? – Eu e Gustavo gritamos num uníssono.

– Ainda não terminei, Catarina e Gustavo. – Pausa dramática para o professor nos olhar com aquela cara que você sabe qual é. – Todos irão fazer a terceira prova e logo depois terão férias antes da quarta e quinta prova serem realizadas. – Ele terminou e já se ouvia os gritos de felicidade no pensamento de todos do colégio.

Com todas essas surpresas em um dia só, resolvemos comemorar. Porém, houve um problema.

Combinei com todo o Clube Água para levar guloseimas para a casa de Gustavo e ficarmos lá de bobeira. Mas havia mais uma surpresa.

– Acalmem-se... Ainda há uma surpresa restante. – Professor Santana prosseguia.

– Qual? – Aline perguntou.

– A terceira prova será agora.

E todos os gritos de empolgação se tornaram choros altos e completamente dolorosos.

Não, eu não ouvi isso. Na verdade eu ouvi mais ou menos como um “Eu vou acabar com a graça de vocês agora”, aquela coisa que você sempre pensa quando seu professor fala os blás dele.

Na sala de aula que estávamos, haviam janelas enormes. Nelas eu podia ver as árvores do jardim principal, livres como pássaros, mas ao mesmo tempo tão presas ao chão, e sentir o frio que invadia a cada segundo a cidade.

Eu então era um tipo de árvore, por me sentir tão livre, porém tão presa ao solo. Tão presa ao passado que meu pai me deixou desvendar sozinha.

Tão deprimente, tão dolorido.

– E então aqui está a caixa. – Mas que caixa que o professor estava falando? Acabei me deixando levar pelos pensamentos. – Cada um sorteará um nome. O nome contido no pequeno papel, será seu rival. Essa prova será para testar vocês individualmente, então se tirarem alguém do próprio Clube, não se assustem. – Ele explicava a terceira prova e eu ia ficando cada vez mais confusa.

– Professor... o senhor nunca nos disse que teriam provas assim. – Disse eu.

– É por que isso é uma prova. O meu dever é aplicá-la sem dar as respostas.

A caixa era totalmente preta, com somente uma abertura para as mãos na parte superior.

A primeira pessoa a colar a mão lá dentro fora eu.

Bruna, a animal de tetas seria minha rival.

Aquela garota era tão repugnante. Eu não suportava olhar seu rosto por nem míseros cinco segundos. A prova então começou.

Bruna não perdeu tempo voando e tentando golpear-me com seu machado extremamente grosso. Porém consegui me defender controlando alguma água próxima, e jogando contra ela. Foi uma prova de mais ou menos um minuto. Bruna estava acabada no chão depois desse golpe.

Ela chorava.

– Parabéns, Catarina! – Professor Santana soltou quando eu finalmente percebi que tinha ganhado. Mas ganhado de uma forma tão fula, que fiquei com mais raiva ainda dessa garota.

Todos competiram, e por incrível que pareça, só eu e Gustavo – do Clube Água – que ganhamos a luta individual.

– Já que todos foram embora tristes porque não ganharam, devemos comemorar não é? – Gustavo disse no caminho para casa.

– Não seria falta de sensibilidade da nossa parte?

– Eles nem vão saber, Cata. Qual é. – Ele parou na calçada, e eu o acompanhei. A rua estava lotada de carros.

Parei em sua frente, e lá estava ele com seus cabelos ao vento. Ele ficava ridículo com óculos de sol, mas eu ainda o achava bonito. Os traços que desenhavam seu rosto eram perfeitos como as nuvens que desenham o céu.

– Se não for comemorar comigo eu vou fazer uma coisa que talvez você não goste, ou goste. – Ele disse acordando-me.

– Faça então, por que eu ainda acho insensibilidade da nossa parte.

Gustavo fez uma cara que eu não sabia que ele tinha. Ameaçou beijar-me, com aquele bico pidão. Sem pensar em nada, fechei meus olhos, me preparando para o que viria a seguir.

Depois de um tempo assim, abri meus olhos e o vi incrédulo.

– Achou que eu ia te beijar, e ainda fechou os olhos? Que linda, você me ama! – Gustavo dizia num tom brincalhão e gozador.

– Eu não acredito nisso. – Coloquei a mão no rosto, envergonhada e ele me abraçou.

– Queria que eu te beijasse? – Ele finalmente olhou nos meus olhos, tirando o óculos de sol.

– É o que parece, Gustavo? Ou será que foi o que você pensou? Você queria me beijar? – Ri virando a história e corri para longe.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... Sintam-se a vontade pra me mandar mensagens contendo críticas, sugestões, elogios... etc.



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