The Story of a Daughter of Hades – The Beginning escrita por Winter Queen


Capítulo 4
Something About The Past


Notas iniciais do capítulo

Personagem:
Percy Jackson: http://content8.flixster.com/photo/12/90/44/12904430_ori.jpg

Música do capítulo: Memories - Within Temptation
http://m.youtube.com/watch?v=gsQIOgkZt68



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— Então... Você quer brincar um pouquinho, né?

Ela assente várias vezes com a cabeça enquanto sorri, ao o que respondo:

— Então vamos brincar! Mas só um pouco, logo escurece.

— O que vamos fazer? – Ela me olha esperançosa.

Olho ao redor, tenho uma ideia.

Dou um longo assobio, logo uma grande cadela negra está na nossa frente. Amber a olha maravilhada. Vou até o animal.

— Olá sra. O’Leary! – acaricio sua cabeça, Amber me segue e fica atrás de mim – O que acha de darmos um passeio com a sra. O’Leary, e comer algo no McDonalds Amber? ­– ela sorri e a sra. O’Leary late feliz.

­– Vamos! Eu adoro o McDonalds! – ela está dando pulinhos.

— O Tyler sabe que você está com a irmã dele, Arya? – Percy diz saindo de cima da sra. O’Leary. Como não o vi lá?

­– Não exatamente Percy – Amber para do meu lado – Eu acabei de encontrá-la, não acho que Tyler vá dar muita falta dela, até porque pelo que ela me disse ele não está nos seus melhores dias, se é que me entende...

— Sei, pra onde vocês vão? – ele me olha desconfiado.

­– Vamos dar uma volta na floresta, nada muito perigoso, voltamos ao anoitecer... E... adoraria que ficasse quieto sobre isso – ele suspira.

— Certo, mas se demorar demais eu aviso para o Tyler com quem a irmãzinha dele está ok?

— Ok – Percy sai da arena, e me viro para Amber:

— Vem aqui, vou te ajudar a subir nela – Amber dá alguns passos na minha direção.

— Subir nela? – pergunta assustada.

— Isso. – rio – ela não vai machucá-la. Vem – ela vem até mim e coloco-a sentada nas costas da sra. O’Leary, depois subo e me sento atrás dela para segurá-la.

— Vamos sra. O’Leary. Vamos para Nova York pelas sombras – ela late como se confirmasse e corre para as árvores.

Entramos na floresta, passamos por várias árvores até encontrarmos uma boa sombra para entrarmos. Eu amo muito isso. Assim que entramos nas sombras, tudo escurece, mas de um modo que mesmo assim eu posso enxergar, aposto que Amber não consegue ver nada, pois consigo ouvi-la choramingando. Sua voz fina se mistura com os sussurros sinistros da escuridão. Percebo que chegamos ao Central Park, saímos de dentro da “floresta” e vamos para a área aberta do parque.

Passamos o resto do dia brincando com a sra, O’Leary. Amber parecia bastante feliz. E me fez lembrar de mim, de como eu era exatamente assim quando mais nova.

— Vamos Amber! – chamo – Vamos comer alguma coisa e depois vamos voltar para o acampamento – olho o céu que está escurecendo – Está ficando tarde!

— Só mais um pouquinho! – ela diz abraçada à sra. O’Leary.

— Não vai dar Amber, se demorarmos mais vamos ter problemas.

— Tá bem – ela vem e segura minha mão. Olho para sra. O’Leary.

— Nos espere aqui, sra. O’Leary. Não vamos demorar.

Vamos até o McDonalds, que não está tão cheio. Faço os pedidos e pago. Amber parece bastante feliz, não conversamos enquanto comemos. Terminamos rápido e voltamos direto para o Central Park. Hoje tivemos bastante sorte, nenhum mostro! Mas melhor não comemorar tão cedo.

Encontramos a sra. O’Leary escondida entre as árvores, nos arrumamos e vamos em direção às sombras novamente.

Quando voltamos para a arena já está escuro. Ouvimos gritos à distância:

— Amber! Cadê você!

­– Amber! Aparece!

Amber!

— Acho que estão te procurando – digo a ela, e ela balança em afirmação com a cabeça. Estendo os braços e ela vem para o meu colo – Seu irmão deve estar arrancando os cabelos – digo e ela ri – Vamos.

Caminho para fora da arena e de onde estou consigo ver Tyler na área dos chalés. Caminho até ele, que parece tão estressado que considero voltar. Amber fica dando risinhos enquanto vamos até ele.

— Está procurando por ela? – digo parando atrás dele, ele se vira pra mim e me olha surpreso.

— Onde ela estava?

— Ela passou esse finzinho de tarde todo comigo.

Ele me olhou indignado.

— Onde vocês estavam? Não nos ouviu chamar? – as pessoas agora já haviam percebido que a pequena Amber já havia aparecido e estavam acumulando ao nosso redor.

­– Não, eu não ouvi você. Nós estávamos no Central Park.

— Onde?! – ele gritou – Você é louca Arya?

— Você ouviu muito bem e não, não sou louca – digo com uma calma muito estranha na voz – pelo menos dei a atenção que você não deu à sua irmã.

— Vem Amber – ele diz com se não tivesse me ouvido.

— Não! – a pequena diz grudando no meu pescoço.

— Sem brincadeira Amber, não quero você perto dela— ele me encara.

­– Ela é mais legal que você! Não vou, não vou e não vou! – ela cruza os braços e faz bico.

— Vai sim Amber – digo colocando-a no chão – Ele é um idiota, mas ainda é seu irmão...

— Pelo menos não sou um assassino!

Levanto os olhos e me endireito. Ouço todos prenderem a respiração.

— Assassina... – murmuro e olho para longe, para a praia – é um adjetivo bastante complexo... –volto a olhar para Tyler e digo me aproximando – nunca nem mesmo pense em insinuar que sou uma assassina, ou posso provar que sou bem pior do que isso.

Viro-me e saio do meio da roda de semideuses que estavam ao nosso redor e vou para o meu chalé.

Entro batendo a porta. Deito-me.

Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina. Não sou assassina.

Eu sou uma assassina.

Não matei minha mãe. Não impedi que a matassem. Eu me vinguei. Eu matei.

Balanço a cabeça, e tento afastar os pensamentos.

Com um suspiro volto a pensar em Jake. Pego uma pequena caixa de madeira com entalhes de ouro e dela retiro um desenho, que eu fiz, onde o desenhei. Sorrio. Sinto tanto a falta dele. As memórias chegam até mim sem aviso.

All of my memories keep you near. In silent moments imagine you be here.”

“Ouço a campainha.

— Arya, há um rapaz aqui para vê-la – diz Emily atrás de mim. Viro-me.

— Obrigada por avisar Emily, por favor, diga para ele entrar – guardo as facas de caça e escondo a caixa em baixo do sofá, no momento em que ele aparece com a Emily ao seu lado.

— Oi – ele diz, meio envergonhado, sua mochila pendurada em um ombro, os cabelos loiros bagunçados, tão lindo...

— Oi – pego minha bolsa – acho melhor irmos para a sala de jantar, é mais fácil estudar lá.

Ele sorri e eu penso que vou derreter...”

As imagens mudam rapidamente.

“Estava sentada na arquibancada assistindo seu treino, sempre lhe mandando um sorriso quando ele olhava para mim. O treinador deu aos jogadores uma pausa e fui falar com ele.

— Você está melhor a cada dia – ele sorri.

— Como você aguenta isso A? Sei que não gosta – ele balança a cabeça rindo. Eu reviro os olhos.

— Não me importo de ficar e assistir. Gosto de olhar para você não importa o que está fazendo – digo me aproximando, ele passa os braços ao redor da minha cintura.

— Você é perfeita – ele afirma, e eu sorrio.

— Estou longe disso. – e então ele me beija, um beijo longo, doce que logo ganha mais intensidade até que ouvimos:

— Arranjem um quarto!

Nos separamos rindo, a pausa acabou, volto para a arquibancada e continuo assistindo ele...”

Suspiro, ainda olhando para o desenho. Eu poderia ligar para ele. Sinto tanta falta dele. No momento seguinte, me vejo com o celular na mão discando seu número.

­—Alô? Arya? – ouço sua voz, sorrio instantaneamente.

Oi, Jay – digo.

­– Kat é mesmo você? Faz tanto tempo que não conversamos...

Sim, eu sei. Desculpe-me. Sinto sua falta.

— Eu também, Kat, porque não vem pra cá, ficar alguns dias aqui?

Eu adoraria Jay, mas não vou poder, eu sinto muito. Eu... – ouço passos do lado de fora do chalé – tenho que ir Jay. Te amo.

— Também te amo – ele parecia triste.

Vou tentar te ligar amanhã, prometo. Tchau.

— Tchau – mesmo pelo telefone sei que ele havia sorrido.

Coloco o celular sobre a cama. A porta se abre. Meus irmãos entram.

Não acredito que sequestrou a irmãzinha do Tyler! – grita Haylley.

Não sequestrei ninguém, quando se vai por vontade própria não é sequestro e ela foi por vontade própria – digo em minha defesa – e outra, foi ele quem assustou a menina, a encontrei chorando e ela pediu para eu brincar com ela. Só resolvi estender o passeio – dou de ombros.

— Foi só isso mesmo? – pergunta Dylan com uma sobrancelha erguida.

— Sim, foi. Eu não tenho motivos para sequestrar uma criança.

— Arya, não importa o que você estava fazendo, foi muito perigoso. Você não pode sair assim do acampamento. Podia ter avisado alguém, né? – diz Nico com as sobrancelhas franzidas de preocupação.

— Eu avisei. Disse ao Percy que iria dar uma volta com a Amber e com a sra. O’Leary.

— Avisar ao Percy é o mesmo que não avisar – reviro os olhos.

— Muita preocupação para o meu gosto. Nós duas voltamos bem e é isso que importa – sorrio – obrigada – me viro para minha cama – vou me arrumar para dormir se não se importam.

— Agora? – pergunta Haylley – Não vai à fogueira?

— Não. Esse passeio pelas sombras me esgotou. Vou dormir como uma pedra – Ao ouvir isso, Dylan revira os olhos.

— Você é quem sabe, Princesa das Trevas. Sabe onde nos encontrar – Dylan pisca e passa um braço sobre os ombros de Haylley. Os dois saem rindo e eu rio também. Nico balança a cabeça.

— Esses dois são impossíveis. Boa noite, Arya – diz Nico, que também se vira e sai.

— Boa noite – respondo. Sei que ele ouviu.

Pego um pijama e vou para o banheiro. Tomo um banho quente e rápido. Logo estou deitada e pronta para dormir. Mas, aparentemente, minha mente não está pronta para isso. Quando não está tentando me forçar a lembrar, está me fazendo pensar em Tyler e em como seus olhos azuis céu são lindos... Uhh... Queria conseguir me controlar mais... Deito de lado, e encaro a parede escura, até que adormeço.

Arrependo-me disso, mesmo sabendo que não tinha como prever o que aconteceria se eu dormisse.

Os pesadelos voltaram.


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