A Turma M escrita por Jhlia


Capítulo 4
Capítulo IV - Pedida em encontro duplo


Notas iniciais do capítulo

Mais gente vai aparecendo aos poucos e vamos tendo um pequenina ideia de como as coisas vão se desenrolar.
Ahhh, comentem, PLEASE! Assim eu fico mais motivada para continuar escrevendo ^^



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Magali, Mônica e Marina estavam sentadas no banco de cimento. Marina estava concentrada em seu livro enquanto as outras duas conversavam.

—... E ela ainda teve a cara de pau de me dizer que ia me visitar!

— Denise não presta mesmo!

— E o pior é que ela realmente consegue me irritar. Eu fico repetindo pra mim que não me importo, mas não dá certo.

—Relaxa Magá. Ela não tem nada melhor pra fazer. Aí fica atazanando os outros.

— Mas deixe ela... Uma coisa é ela me encher o saco aqui, outra é lá no meu trabalho.

— Concordo. E vem cá, é só você pra cuidar daquela loja?

— Na verdade, não. O Seu Gioachino disse que o filho dele também trabalha lá. Disse que ele teve de faltar, mas que amanhã ele vai.

— Você não vai hoje?

— Não. Só tenho que ir segunda, quarta e sexta.

— Ahh... Bem, tomara que o filho dele seja legal! — Mônica sorriu

— Se for igual o pai vai ser. — Magali sorriu.

— Olá garotas! — Franja se aproximou e deu um beijo na testa da Marina, tirando ela do transe da leitura — E aí? Como vocês estão? — Ele se sentou ao lado da namorada.

— Indo Franja... — Magali sorriu amigavelmente.

— Só você para desipnotizar essa daí. — Franja riu.

— Tenho um dom! — Marina fez uma careta para ele.

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No intervalo os alunos estavam amontoados no balcão da cantina. A “fila” era inexistente e tentar conseguir ser atendido era tão difícil que algumas pessoas gritavam o nome das pobres mulheres de avental que estavam do outro lado do balcão a fim de conseguirem um misto.

Cebola e Cascão estavam logo atrás esperando alguma falha ou brecha na muralha humana para poderem fazer os seus pedidos.

— E como foi a sua conversa com a Cátia? — Cebola perguntou já esperando uma má notícia.

— Péssimo... Ela me deu uma bronca. Disse que eu era um insensível por ter esquecido o aniversário dela e tal...

— Também, né... Esquece o aniversário dela. Quer o quê? Problema seria se ela não se importasse.

— Tá, pode ser. Mas eu não tenho culpa. Eu nem me lembro do aniversário da minha mãe, piorou o dela.

— Então já tá na hora de você colocar uns alarmes nesse seu celular! — Cebola se virou quando uma garota estava saindo, mas logo depois um garoto ocupou o seu lugar.

— E você vai convidar a Mônica? — Cascão perguntou.

— Vou, mas se ela vai aceitar... aí eu já não sei.

O sinal tocou o que fez com que os gritos do balcão parecessem mais desesperados.

— Bora... Agente deixa pra comer no próximo intervalo. Não tô a fim de me atrasar pra aula do professor Licurgo.

⇠△ ⇢

Quando era Meio dia e meia Mônica chegou em casa. Sua mãe estava terminando de servir a mesa.

— Bom dia Mãe! — Elas se abraçaram e ela foi em direção ao seu quarto. — Como foi o dia?!

— Bom! — Sua mãe gritou da cozinha. — Conseguimos fazer um artigo muito interessante sobre depressão pós-parto. — Mônica riu.

— Imagino.

— E o seu dia?

— Até agora foi ótimo. — Ela disse enquanto abria a geladeira e se serviu com um copo de água — Vou depois passar na casa do Cebola. Ele disse que queria falar comigo. — Ela colocou o copo na pia e se sentou quando percebeu que só havia um prato na mesa.

— Ué? Não vai almoçar?

— Não vai dar... — Sua mãe fez uma expressão de decepcionada e Mônica fez o mesmo. — Mas depois a gente janta juntas. Juro

— Pizza?

— Ok. ok. Pizza. E recebeu a prova?

— De inglês? Ainda não. Só amanhã.

— ah, ok. Beijo. — Luísa deu um beijo na testa da Mônica. — Até mais tarde. Juízo!

Luíza fechou a porta e a casa adormeceu embalada pelo som dos talheres de Mônica.

⇠△ ⇢

Do Contra estava lendo um livro jogado no sofá da sala. Uma brisa agradável saia da janela e levava a cortina junta por alguns centímetros. Seus olhos passeavam pelas linhas quando foi interrompido.

— Luís, você pode levar o lixo do banheiro lá fora? — Ele levantou o olhar.

— Pode ser...

— Se quiser, eu levo. — Nimbus, que estava na cozinha caçando algo na geladeira, se aproximou. — Posso?

— Claro. Obrigada meu filho! — Keiko disse entregando a sacola branca de supermercado cheia.

Ele abriu o portão e procurou com o olhar o banco em que no dia anterior acomodava Aninha e seu livro. Porém ele estava vazio. Na praça havia apenas um casal de idosos que passeavam sob a sombra das árvores. Ele jogou o lixo na lixeira e voltou para a sua casa fechando a porta.

⇠△ ⇢

A campainha tocou. Nada. Tocou novamente e Cebola abriu a porta.

— Oi! — Mônica entrou abraçando o Cebola. — Tá bem?

— Tô. Desculpa, tava no quarto e acabei não ouvindo.

— Ah, sem problema. — Mônica olhou em volta. — Tá sozinho?

Aham. A Maria tá no colégio.

— Ah, é mesmo. E aí... — Ela se sentou no sofá. — o que queria me falar?

— Então... — Ele se sentou ao seu lado. —O Titi disse que uma tal de Laís tava afim de mim e me convidou pra ir no cinema na sexta. — Mônica ouvia atentamente. — Acontece que ela vai levar o irmão junto e queria que você fosse também, pra fazer tipo um encontro duplo, sabe?

— Não, sei não, Cebola.

— Por favor, Mônica. Titi já combinou tudo com ela. — Mônica parou e pensou um instante.

— Eu já tô sentindo que esse garoto é um idiota, mas se você precisa que eu vá, eu vou.

— Obrigada Mô! Vou ficar te devendo uma!

— Me paga uma coca-cola amanhã e nó ficamos quites. — Eles riram. — Mas posso falar a verdade? Acho que essa... Laís é uma vaca! Se é amiga do Titi...

— Eu prefiro acreditar que, como eu, ela é diferente. — Ele riu. — E não deve ser tão ruim assim. Eu espero.

— Ela vai ficar no pé do seu ouvido te contando o nome de todos os esmaltes que ela tem no armário...

— Qualquer coisa eu só assisto o filme.

— É justo isso que eu vou fazer...

— E não vai dar nenhuma chance pro garoto?

— Se ele for legal, o que eu duvido, eu posso pensar... em prestar menos atenção ao filme. — Ela olhou para o Cebola. — E olha lá o que você vai arranjar tá? Não vou ser madrinha de casamento de uma noiva usando minissaia. — Cebola riu.

— Não, não. Só vou conhecer ela. É que já faz um tempo que eu não conheço alguém legal. — Cebola suspirou fundo. — Aliás, já faz um tempo que eu não vejo você com alguém...

— É, eu sei... — Mônica inclinou sua cabeça a apoiando no sofá e disse olhando para o teto — Desde o João eu não tenho saído muito. É sempre a mesma coisa: Eu começo a gostar de um garoto, até que ele começa a falar. — Cebola riu.

— Vou falar pro irmão da Laís costurar a boca.

— Pois fale mesmo! — Ela levantou a cabeça. — Mas mudando de assunto... Eu me inscrevi num projeto lá da biblioteca de catalogação dos livros.

— Catalogação de livros... Parece ser chato...

— Bom, não é aquilo que se pode chamar de radical, mas acho que vai ser interessante. É que a escola quer fazer uma espécie de catálogo online. E como eu estou com as tardes livres resolvi ajudar.

— E quando é que começa?

— Segunda-feira. Vão ser duas semanas mais ou menos.

— Não acredito que vai me trocar por um livro?

— Melhor. Por vários! — Eles riram.


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Notas finais do capítulo

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