A Turma M escrita por Jhlia
Notas iniciais do capítulo
Mais personagens que amamos :3 E acho que um novo casal à vista...
Ahh... E não esqueçam de visitar o blog da fic.: http://aturmam.blogspot.pt/
"Cara me encontra na saída
Tenho uma coisa pra te contar que acho que vai gostar"
O sinal de saída tocou e o Cebola olhou em volta mas o Titi já havia evaporado. Ele pegou a sua mochila rapidamente, bem como o bilhete que Titi o mandara e o colocou em seu bolso. Ele desceu em direção à saída. Esbarrou em uma ou duas pessoas, mas afinal conseguiu sair do cardume e virou a esquina. Titi, encostado à parede, conversava com o Jeremias.
— ...Tô te falando! Ela tava dando em cima de mim.
— Quem? — Cebola se aproximou.
— A louca da Carminha. Ontem veio me falar que vai estar no aniversário da Vanessa e queria saber se eu ia.
— Se Aninha sabe disso...
— Que Aninha o quê, Cebola! Com a Carmem, cara, eu morria feliz. — Opinou Jeremias.
— Peraí... Olha o respeito aí! A Aninha também não tá tão mal assim não! — Titi o encarou com um olhar de desaprovação e se virou para o Cebola — Mas, enfim. Cebola, sabe a Laís?
Cebola semicerrou os olhos parecendo pensar por um momento.
— Não...
— Minha prima!
— Ahh! Sei, sei. Quê que tem?
— Ela foi no jogo de sexta acompanhar o mala do irmão dela, o Leandro.
— Sei...
— Aí ela me disse que te viu e que ficou interessada em você e queria saber se você não queria sair com ela. — Titi e Jeremias o encararam aparentemente ansiosos pela resposta.
— Não sei, cara... — Cebola passou a mão na nuca.
— Não sabe o que?
— Nada, é que parece que ela não faz o meu tipo... não sei.
— Qual é o seu tipo? Barangas? — Titi riu sarcasticamente.
— Inteligentes.
Titi fez uma careta pro Cebola.
— Tá, tá. Pelo menos aceita. Ela não tá te pedindo em casamento. É só um cinema.
Cebola parou um instante.
— ...Beleza. Quando?
— Sexta. Mas tem uma coisa... Ela vai estar com o irmão.
— O que?
— Sem problema, você leva a Mônica e vocês fazem um encontro duplo.
— Pirou Titi?! Eu não vou ficar no cinema junto com o irmão dela.
— Ué, a Mônica distrai o Leandro... e pronto: Caminho livre pra você e a Laís.
— Eu não vou convidar a Mônica...
— Tarde demais. Já combinei com a Laís e a não ser que leve outra garota no lugar dela, vai ter que levar ela.
⇠△⇢
Magali olhou para o celular que marcava duas horas e meia da tarde e desligou a televisão. Ela escovou os dentes e pegou a sua bolsa.
— Mãe, já tô indo, tá?! — Magali gritou e ouviu em seguida a sua mãe gritando do banheiro concordando.
Ela saiu e desceu as escadas chegando na recepção.
— Boa tarde Israel! — Israel sempre estava na recepção das dez às seis da tarde.
— Boa tarde Magali!
Magali saiu do prédio e olhou em direção a rua que virava à direita, a mesma que ela seguia todas as manhãs para ir em direção à escola. Porém, ao invés de segui-la, foi pela rua contrária e virou na esquina da esquerda descendo por uma pequena ladeira. Quinze minutos depois e ela havia chegado em frente a uma pequena loja com uma placa em cima onde lia-se: Padaria Quim. Ela entrou e se surpreendeu com o espaço aconchegante que estava diante dela: uma loja decorada aos anos 60 e com vitrines repletas das mais apetitosas guloseimas. Ela entrou um pouco apreensiva. Havia apenas três pessoas ali. Um senhor robusto de pele e cabelos claros e com uma barba rala se aproximou dela com um sorriso doce.
— Ora, você deve ser a Magali! — Ele tinha um sotaque diferente. Ela fez que sim com a cabeça. — Sua mãe falou muito bem de ti! — Italiano, sem dúvidas.
— Espero que eu não tenha demorado. — Ela exibiu um sorriso humilde.
— Ahh. Claro que não! Venha, vou-lhe mostrar um pouco da loja. A propósito... — Ele se virou novamente para ela e estendeu a mão — me chamo Gioachino.
Depois de se cumprimentarem, ele a mostrou toda a loja: O espaço destinado às mesas onde se encontravam alguns clientes, as vitrines, os banheiros, a dispensa a cozinha e finamente o balcão de atendimento. Ele a ensinou como usar a caixa registradora e a deu algumas dicas.
— ... E não se esqueça: o cliente sempre tem razão. — Ele sorriu.
— Ok. Obrigada Sr. Gioachino. — Ela retribuiu com outro sorriso.
Passaram-se duas horas e dez clientes entraram e saíram com alguns pães, sejam eles no saco de papel ou na barriga. O Sr. Gioachino não ficava na padaria, mas sim no seu escritório localizado logo acima do estabelecimento e ligados através de uma escada esguia e em forma de espiral.
Faltava apenas vinte minutos para que Magali fosse dispensada quando apareceu, andando pela calçada, Denise. Ela andava tranquilamente quando o seu olhar foi atraído para dentro da loja e viu Magali atrás do balcão. Ela parou instantaneamente e encarou Magali por alguns segundos até se ter dado conta que era realmente ela. Ela entrou na loja com um largo sorriso.
— Magá, o que faz atrás desse balcão? — Ela encarou Magali com um olhar tripudiante.
— Trabalhando, Denise. — Ela exibiu o seu melhor sorriso.
— E desde quando trabalha aqui?
— Por que o interesse em minha vida?
— Nada... Só... curiosidade.
As duas se encararam em meio ao silêncio.
— Bem, tenho que ir andando, mas não se preocupe que eu irei visitá-la todos os dias! — Disse Denise
Magali retribuiu o sorriso irônico. Denise já ia indo embora quando se virou e se despediu mais uma vez.
— Até qualquer hora Magá!
⇠△⇢
Nimbus estava no seu quarto diante do seu computador fuçando tudo relacionado à publicidade, campanhas promocionais... Tudo que pudesse talvez o ajudar em um futuro emprego. Abas e mais abas eram abertas em seu navegador e ele tentava absorver o máximo de informação possível, até que uma voz esganiçada veio do andar de baixo.
— Nimbus! O lixo!
Ele virou o seu rosto em direção à porta sem tirar os olhos da tela.
— Manda o Do Contra!
— Ele saiu!
— Merda.
Nimbus parou a pesquisa frenética e desceu as escadas de madeira. Sua mãe, Keiko, estava diante do fogão enquanto uma nuvem de vapor e cheiro à bacon saía e se dissipava.
— Tô indo!
— Tudo bem, meu filho. Obrigada.
Ele foi para a varanda, recolheu os dois sacos de lixo pretos e saiu. Andou um pouco mais de cinquenta metros como se as sacolas pesassem toneladas e as jogou na lixeira enorme. Ao voltar, sentada em um banco do belo parque florido que ficava em frente à sua casa, estava Aninha. Ele sabia que ela morava não muito longe da sua casa, mas poucas vezes a tinha visto fora da sala de aula. E ela não poderia estar mais bonita: Seus longos cabelos cor de mel esvoaçavam à medida que a brisa passava. Ela, vestindo um vestido azul, lia um livro e mal notou que o Nimbus estava lá. Muito menos que ele a estava a admirar. Ele desviou o olhar e apertou o passo até casa e entrou.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gioachino... Quim... Faz sentido, não?
E agora, o Cebola vai ter que convidar a Mô. Vamos ver no que isso vai dar.
Ah, Nimbus e Aninha, vem amor por aí...
Comentem e me digam o que estão achando ^^